segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Quem eram os fariseus?





Para entender perfeitamente o Evangelho, é preciso que em primeiro lugar conheçamos o ambiente histórico que rodeia a pessoa do Salvador, antes de tudo, as tendências religiosas e políticas que agitavam aquela época. Havia então entre os judeus, além de algumas seitas de menor importância, dois partidos, nos quais se materializavam, como em dois polos, tanto as energias nacionais do povo judeu como sua mentalidade religiosa: os fariseus e os saduceus.

Prescindamos dos saduceus que mais tarde nos vão ocupar, assim como vamos passar em silêncio a classe dos escribas, mencionados amiúde juntamente com os fariseus; não constituindo um partido político, mas um grupo profissional, os escribas eram os que sabiam escrever e ler e explicavam a Lei de Moisés, como o expressa seu nome e ainda seu título de “rabino”. O que não exclui que a maioria deles politicamente se declarassem a favor dos fariseus.

Já o nome de “fariseus”, que significa os segregados, marca o rumo do partido. Segregando-se da massa que vivia em ignorância religiosa e política, os fariseus aspiravam à realização da Lei de Moisés e das “tradições dos maiores”, as quais desgraçadamente às vezes não eram mais que uma deformação da Lei.

Pela primeira vez aparece o nome dos fariseus em meados do segundo século na época do Macabeu Jônatas (160-143). É o famoso historiador judeu Flavius Josefus quem os reduz a esse tempo (Ant. XIII 5, 9), sendo provavelmente os predecessores deles os chamados “assideus” (piedosos), que eram homens dos mais valentes de Israel e zelosos todos da Lei (I Mac. II, 42), mas que foram perseguidos por Alcimo (I Mac. VII, 16).

São Domingos de Gusmão




Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica. O jovem espanhol dedicou-se aos estudos, tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Ainda durante os estudos vendia seus pertences para ter um pequeno "fundo" e com ele alimentar os pobres e doentes. Aos vinte e quatro anos recebeu a ordenação sacerdotal.

Durante a Idade Média, período em que viveu, havia a heresia dos cátaros, surgida no sul da França. Eles pregavam a reencarnação e a relação direta entre os homens e Deus. Domingos teve de enfrentar esta missão com muita eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e a pregação da verdadeira Palavra de Deus.

Em 1215 Domingos fundou o primeiro mosteiro do irmãos pregadores. Nesta época Domingos começou a propagar a devoção ao rosário mariano. Por isto, os dominicanos são tidos como os guardiões do rosário, cujo culto difundem no mundo cristão através dos tempos. Eles passaram a ser conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características essenciais a ciência, a piedade e a pregação.

No dia 08 de agosto de 1221, com apenas cinquenta e um anos de idade, ele morreu.  


Ó Pai, pela vossa misericórdia, São Domingos de Gusmão anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

domingo, 7 de agosto de 2016

Governo chinês proíbe enterrar o bispo com sua Mitra: os fieis lhe fabricam uma com flores.

 
O Bispo de Mindong, China, Mons. Vincent Huang Shoucheng, que não foi reconhecido pelas autoridades civis, morreu no último 30 de julho.

Para comemorar seu funeral, as autoridades restringiram o acesso dos fiéis, a incapacidade de enterrá-lo na Catedral e a proibição de que o mesmo portasse a Mitra.

No entanto, poderia usar sua cruz peitoral e anel episcopal e os fieis poderiam decorar seu corpo com flores. Apesar de vários policiais serem postos nas estradas de acesso, milhares de fiéis fizeram o seu caminho para à Catedral local para prestar uma última homenagem ao seu Pastor. O templo comporta cerca de três mil fieis, mas fontes locais estimaram haver mais de dez mil pessoas que estavam localizadas fora do templo à espera de uma oportunidade para se despedir do falecido bispo.

Os vínculos da caridade




Volvei benignamente, Senhor, o vosso olhar de misericórdia sobre este povo e sobre o corpo místico da Santa Igreja; porque será muito maior a glória do vosso santo nome se Vos compadeceis da imensa multidão das vossas criaturas, do que se Vos compadeceis só de mim, miserável pecadora, que tanto ofendi a vossa majestade. Que consolação poderia eu ter na vida, vendo o vosso povo na morte? Que consolação poderia ter, se, pelos meus pecados e os das outras criaturas, visse envolta nas trevas a Igreja, vossa amada Esposa?

Peço‑Vos instantemente esta graça singular da vossa misericórdia, por aquele amor incriado que Vos moveu a criar o homem à vossa imagem e semelhança. Qual foi a razão de terdes elevado o homem a tão alta dignidade? Foi certamente o incomparável amor com que Vos contemplastes a Vós mesmo na vossa criatura e Vos enamorastes dela. Mas reconheço claramente que pela culpa do seu pecado perdeu merecidamente a dignidade a que a tínheis elevado.

Movido pelo mesmo amor, quisestes oferecer gratuitamente ao género humano a reconciliação convosco; e por isso nos destes o Verbo, o vosso Filho Unigénito, para que Ele fosse o advogado e medianeiro entre Vós e os homens. Ele foi a nossa justiça, levando sobre Si e castigando em Si todas as nossas injustiças e iniquidades, pela obediência que Vós, eterno Pai, Lhe impusestes, ao decretar que Ele assumisse a nossa humanidade. Oh incomparável abismo de caridade! Haverá coração tão duro que fique insensível e não se comova, ao ver como a sublimidade divina desceu à profunda baixeza da nossa condição humana?

Nós somos vossa imagem e Vós imagem nossa, pela união que realizastes no homem, escondendo a eterna divindade sob a nuvem miserável da humanidade corrompida de Adão. E porquê? O único motivo é o vosso inefável amor. Por este amor incomparável, com todas as forças da minha alma Vos peço que olheis misericordiosamente para estas vossas miseráveis criaturas.


Do Diálogo de Santa Catarina de Sena, virgem, sobre a divina providência
(4, 13: ed. latina, Ingolstadt 1583, ff. 19v-20) (Sec. XIV)

O Farisaísmo e o Rubricismo de que nos acusam e a Verdade do Evangelho




“As palavras dessa gente destroem como a gangrena. Entre eles estão Himeneu e Fileto, que se desviaram da verdade dizendo que a ressurreição já aconteceu e transtornaram a fé em alguns. Contudo, o sólido fundamento de Deus se mantém firme, porque vem selado com estas palavras: O Senhor conhece os que são seus (Nm 16,5); e: Renuncie à iniqüidade todo aquele que pronuncia o nome do Senhor (Is 26,13).” - II Timóteo 2, 17-19

Por conta do post que publicamos recentemente acerca daquilo que A IGREJA DIZ sobre as Missas de “cura e libertação”, fomos publicamente chamados de imbecis (por mais que o próprio Cristo Jesus nos proíba diretamente de dizer tal coisa a nossos irmãos; cf. São Mateus 5, 22). Ainda aos que não sabem, este que vos escreve serve como escravo ao Altar de Cristo, e por ser definitivamente fiel à Roma e ao nosso Arcebispo, disseram-nos que deveríamos nos envergonhar e abandonar o ministério extraordinário do acolitato ao qual Jesus nos chamou.

Longe de ser de nosso interesse prolongar este tema, gostaríamos de usá-lo como ponto de partida para este post uma vez que tal posicionamento em tudo se relaciona com aquilo que o título deste post se propõe a descrever. Afinal estão errados aqueles que posicionam-se imutavelmente à favor do Sagrado Magistério, da Palavra de Deus e da Santa Tradição de sempre e os defendem como nos pede o Senhor?

“[…] Sê fiel até a morte e te darei a coroa da vida.”
Apocalipse 2, 10

De certo que muitas de nossas posturas podem parecer anacrônicas, velhas, carcomidas, mas é isto que Deus nos pede! Muitos dos que comparam estas nossas posturas àquelas dos fariseus – cujo fervor à rubrica tornavam a lei estéril – não reconhecem no Evangelho o vigor da Lei que Cristo tornou perfeita por ser ele mesmo o Grande Legislador. Jesus afirmou com toda a sua autoridade que não veio ao mundo para abolir a lei ou os profetas, mas veio para com a Sua Palavra edificante e o seu Preciosíssimo Sangue apagar a mácula do pecado original e imprimir em nossa alma, no lugar do pecado, a totalidade da lei (cf. São Mateus 5, 17).

Por tanto, é da natureza do catolicismo ser não só uma “Religião do Livro” (ou dos livros), mas um povo de leis e preceitos. Preceitos estes que recebemos pela inspiração do Paráclito que o Senhor enviou sobre nós:

“Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.”
São João 14, 26

Uma vez que estas leis nos foram dadas pelo próprio Deus que nos ensinou todas as coisas enquanto seu povo e que também depositou em Pedro a autoridade máxima sobre a Igreja e seus fiéis, devemos respeitá-las como Vontade de Deus que são. Sem condições, vontades nossas ou caprichos.  A Palavra nos alerta que não devemos nos desviar do ensinamento dos Apóstolos e seus sucessores (nossos Bispos):

“Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa.”
II Tessalonicenses 2, 15

São Caetano de Thiene




Caetano nasceu na Itália, em outubro de 1480. Desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis. Estudou em Pádua, onde se formou em direito aos vinte e quatro anos de idade.

Em 1506 exerceu a função de secretário particular do Papa Júlio II. Neste serviço fez contato e conviveu com cardeais famosos, aprendendo muito com todos eles. Mas a principal virtude que Caetano cultivava era a humildade para observar muito bem antes de reprovar o mal alheio.

Participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que procurava estudar e praticar a Sagrada Escrituras. Depois de muita reflexão, decidiu pela ordenação sacerdotal. Tinha trinta e seis anos de idade quando celebrou sua primeira missa na Basílica de Santa Maria de Maior.

Em 1523 fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero. A nova congregação começou somente com quatro pessoas, depois passou para doze e esse número aumentou em pouco tempo. São de vida ativa, vivendo em obediência, sob uma regra de vida comum.

Morreu aos sessenta e seis anos de idade em Nápoles, no ano de 1547.


Deus Pai de bondade, ajudai-nos a confiar mais na vossa providência e concedei-nos, pela intercessão de São Caetano, buscar o que é santo e promover a paz e a caridade entre as pessoas. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

sábado, 6 de agosto de 2016

São Justo e São Pastor




Com alegria, toda a Igreja festeja neste dia, a Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual se encontra testemunhada nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Neste fato bíblico, nós nos deparamos com o segredo da santidade para todos os tempos: “Este é o meu Filho bem-amado, aquele que me aprove escolher. Ouvi-o!” (Mc 9,7).

Sem dúvida, os santos que estamos lembrando hoje, somente estão no Eterno Tabor, por terem vivido esta ordem do Pai. Conta-se que eram jovens cristãos e estavam na escola, quando souberam que o perseguidor e governador Daciano acabara de entrar na cidade. Sendo assim, os santos Justo e Pastor, fugiram, mas foram pegos e entregues por pagãos ao grande perseguidor dos cristãos.

Diante do governador que estava sobre o seu cavalo, os corajosos discípulos de Cristo não recuaram diante das ameaças, tanto assim que, frente à possibilidade do martírio, a resposta de São Justo e Pastor foi um canto de felicidade. O governador, ridicularizado pela fé que transfigurava aqueles jovens, mandou que lhes cortassem as cabeças, isto ocorreu em Alcalá de Henares, em Castela, no ano de 304.

Santos Justo e Pastor, rogai por nós!


Deus todo-poderoso, que destes aos santos Justo e Pastor a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Amém.