sábado, 19 de novembro de 2016

Vigiar pelo Dia de Cristo

 

Meu caro Amigo, dê uma olhada no evangelho da semana passada (Lc 17,26-37). É estupendo! Muitos pediram-me uma explicação... Vai aqui... Não é tarde! Estamos em clima de final de Ano Litúrgico, que nos fala do tempo do fim...

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. 27Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. 29Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. 30O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. 31Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32Lembrai-vos da mulher de Ló. 33Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la. 34Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. 35Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. 36Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. 37Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”.

Note bem: Jesus está falando do final dos tempos:

1. Será como nos dias de Noé e de Ló: quando menos se esperar. O Senhor vem ao nosso encontro no vai-e-vem da vida, no curso aparentemente banal da história. O Senhor não nos pedirá licença, não consultará nossa agenda... É necessário, portanto, estar preparados; é preciso não enterrar o nariz e o coração na cotidianidade. Ser atentos aos nossos projetos e compromissos, sim; mas, sem perder de vista que estamos caminhando para o Senhor, para Aquele que vem! A vida não é nossa de modo absoluto: não pedimos para nascer, não nos escolhemos e, tampouco, poderemos marcar o momento e o modo do encontro com Aquele que é nosso Juízo e Sentido último do nosso existir. Vigiemos, portanto!

2. O Dia do Senhor virá com toda a sua urgência. Haverá de nos colher na situação de vida em que nos encontrarmos. Por isso mesmo o Senhor nos exorta a que estejamos preparados! Não haverá tempo para nos prepararmos, para voltar atrás! Aliás, quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino. Neste sentido, é impressionante o exemplo da mulher de Ló: olhou para trás e petrificou-se, virou estátua de sal, enrijeceu-se! Na vida, é necessário sempre olhar para frente, para Aquele que vem no tempo e no modo que Ele mesmo decidir soberanamente. 

Papa exorta a "descer do monte e ser misericordiosos"


CONSISTÓRIO ORDINÁRIO PÚBLICO 
PARA A CRIAÇÃO DE NOVOS CARDEAIS

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Sábado, 19 de novembro de 2016



A passagem do Evangelho que acabamos de ouvir (cf. Lc 6, 27-36) faz parte do que muitos chamam «o discurso da planície». Depois da instituição dos Doze, Jesus desceu com os seus discípulos para um local plano, onde uma multidão estava à sua espera para O escutar e ser curada por Ele. A vocação dos Apóstolos aparece associada com este «pôr-se a caminho» rumo à planície, para encontrar uma multidão que se sentia – como diz o texto do Evangelho – «atormentada» (Lc 6, 18). A escolha deles, em vez de os fazer permanecer lá no alto, no cimo da montanha, leva-os para o seio da multidão, coloca-os no meio das suas tribulações, ao nível da sua vida. Assim o Senhor revela, a eles e a nós, que o verdadeiro cume se alcança na planície, e esta lembra-nos que o cume se situa num horizonte e, especialmente, num convite: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36).

Um convite acompanhado por quatro imperativos – poderíamos dizer quatro exortações – que o Senhor lhes dirige, para moldar a sua vocação na existência concreta do dia-a-dia. São quatro ações que darão forma, encarnarão e tornarão palpável o caminho do discípulo. Poderíamos dizer que são quatro etapas da mistagogia da misericórdia: amai, fazei o bem, abençoai e rezai. Penso que, sobre estes aspetos, é possível estarmos todos de acordo, parecendo-nos mesmo razoáveis. São quatro ações que facilmente realizamos com os nossos amigos, com as pessoas mais ou menos chegadas, próximas na estima, nos gostos, nos costumes.

O problema surge quando Jesus nos apresenta os destinatários destas ações, e fá-lo com muita clareza, sem divagações nem eufemismos. Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai aqueles que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam (cf. Lc 6, 27-28).

Estas ações, não nos vem espontaneamente a vontade de as fazer a pessoas que aparecem a nossos olhos como um adversário, como um inimigo. Ao vê-las, a nossa atitude primária e instintiva é desqualificá-las, desacreditá-las, amaldiçoá-las; em muitos casos, procuramos «demonizá-las» a fim de ter uma justificação «santa» para nos livrarmos delas. Ao contrário Jesus, referindo-Se ao inimigo, a quem te odeia, amaldiçoa ou difama, diz-nos: ama-o, faz-lhe bem, abençoa-o e reza por ele.

Estamos perante uma das características mais específicas da mensagem de Jesus, onde se esconde a sua força e o seu segredo; daí dimana a fonte da nossa alegria, a força da nossa missão e o anúncio da Boa Nova. O inimigo é alguém que devo amar. No coração de Deus, não há inimigos; Deus tem apenas filhos. Nós erguemos muros, construímos barreiras e classificamos as pessoas. Deus tem filhos, e não foi para Se livrar deles que os quis. O amor de Deus tem o sabor da fidelidade às pessoas, porque é um amor entranhado, um amor materno/paterno que não as deixa ao abandono, mesmo quando erraram. O nosso Pai não espera pelo momento em que formos bons, para amar o mundo; para nos amar, não espera pelo momento em que formos menos injustos, ou mesmo perfeitos; ama-nos porque escolheu amar-nos, ama-nos porque nos deu o estatuto de filhos. Amou-nos mesmo quando éramos seus inimigos (cf. Rm 5, 10). O amor incondicional do Pai para com todos foi, e é, uma verdadeira exigência de conversão para o nosso pobre coração, que tende a julgar, dividir, contrapor e condenar. Saber que Deus continua a amar mesmo quem O rejeita, é uma fonte ilimitada de confiança e estímulo para a missão. Nenhuma mão, por mais suja que esteja, pode impedir a Deus de colocar nela a Vida que nos deseja oferecer. 

Alunos que invadiram escola para protestar vandalizam Capela do Colégio CINTRA, em São Luís (MA)


Fiquei extremamente indignado ontem com a notícia de que a capela da escola CINTRA (São Luís/MA) havia sido depredada e as sagradas imagens destruídas. Os delinqüentes que invadiram a escola em afronta à PEC do governo, movidos pela depravação de sua ímpia ideologia, também vandalizaram o recinto sagrado e as imagens religiosas.

Sinceramente me pergunto se os criminosos que realizaram tamanho ato de vandalismo conseguem enxergar a própria imbecilidade ou se a doutrinação revolucionária que lhes foi imposta tornou-os cegos e insensíveis aos direitos dos outros.


O Art. 208 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40 - prevê: “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção de um mês a um ano ou multa”. 

Serei saciado quando aparecer a vossa glória


Com toda a propriedade se conclui o Símbolo da nossa fé com as palavras: «E na vida eterna. Amém»; porque a vida eterna é o fim de todos os nossos desejos.

A vida eterna consiste primariamente na união do homem com Deus. Na verdade o próprio Deus é o prêmio e o fim de todos os nossos trabalhos: Eu sou o teu escudo e a tua suma recompensa. Esta união consiste na visão perfeita: Vemos agora como num espelho, de maneira confusa; então veremos face a face.

A vida eterna consiste também no supremo louvor, como diz o Profeta: Ali haverá felicidade e alegria, ações de graças e cânticos de louvor.

Consiste ainda na perfeita satisfação dos nossos desejos, pois o que os bem-aventurados terão ali, supera tudo o que desejavam e esperavam. A razão disto é que, na vida presente, ninguém pode satisfazer plenamente os seus desejos, porque nenhuma coisa criada pode saciar o desejo do homem. Só Deus pode saciá-lo, e saciá-lo infinitamente. Por isso o homem não pode descansar senão em Deus, como diz Agostinho: «Criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Vós».

Os santos, na pátria celeste, possuirão a Deus de modo perfeito; terão a plenitude de todos os seus desejos e a sua glória será superior a tudo o que esperavam. Por isso diz o Senhor: Entra na alegria do teu Senhor. Agostinho, por sua vez, comenta: «Não será a alegria que entrará totalmente nos bem-aventurados, mas os bem-aventurados que entrarão totalmente na alegria. Serei saciado quando aparecer a vossa glória»; e também: Ele saciará plenamente os teus desejos. Tudo o que é agradável se encontra ali de modo superabundante. Se se desejam delícias, ali se encontra a delícia suprema e perfeitíssima, porque vem de Deus, o sumo bem: Delícias eternas à vossa direita.

A vida eterna consiste finalmente na ditosa comunhão de todos os bem-aventurados, comunhão sumamente agradável, porque cada um terá todos os bens com todos os outros bem-aventurados. Cada um amará os outros como a si mesmo e por isso se alegrará com o bem dos outros como seu próprio bem. E assim, será tanto maior a alegria e felicidade de cada um quanto maior for a felicidade de todos.



Das Conferências de São Tomás de Aquino, presbítero
(Coll. super Credo in Deum: Opuscula theologica 2,

Taurini 1954, pp. 216-217) (Sec. XIII)

Você é insubstituível? Sim e não!


Há frases que de início são muito bonitas e possuem certo sentido, uma delas é a de que "você é insubstituível", quem nunca ouviu esta frase? Pois bem, a frase tem em si uma certa verdade, acontece que não pode ser levada 100% a sério. Vou explicar.

Certamente conhecemos algumas pessoas na vida que consideramos especiais e insubstituíveis e nós mesmos o somos para algumas pessoas.

Quando dizemos que alguém é insubstituível - e é verdade - em cada um de nós temos uma impressão digital gravada, essa digital é única na face da terra, mas isso vale para a vida ou mesmo para as pessoas que nos amam. Você é insubstituível! Nenhum outro ser na face da Terra terá o seu jeito de andar, vestir, falar, valores, essência, ver e viver a vida. Você é único no espetáculo das emoções e insubstituível no palco da vida. (Ver nota: Comparar é negar o outro).

Quando se trata do mercado de trabalho ou mesmo no mundo empresarial, diferente da vida em si, engana-se aquele que se acha insubstituível. O colaborador ou mesmo o próprio empresário que se acha único dentro da organização e até mesmo no seu ramo de negócios, está fadado a permanecer eternamente no mesmo cargo ou, na pior das hipóteses, a sucumbir em sua própria carreira.

O profissional que vive a pensar que outra pessoa não poderá fazer tão bem as suas funções, além de estacionar no tempo, se tornará impromovível e não galgará outro degrau em sua própria carreira. Morrerá sufocado dentro do seu pequeno mundinho.

Conheço pessoas que se acham insubstituíveis, acham que se não estiverem presentes no seu ambiente de trabalho ninguém vai fazer certo, tudo vai dar errado. Certa vez ouvi um líder dizer que não podia subir no cargo porque "essas antas" (referia-se aos seus subordinados) não estavam à sua altura. Engano! Gente assim, mais cedo ou tarde, será substituída. 

São Roque González e companheiros


Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito ajudaram-no a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.

O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.

São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas – bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta – tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.

Certa vez numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.

Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.


Deus, nosso Pai, São Roque González e seus companheiros opuseram-se corajosamente à escravidão e à exploração dos índios pelos conquistadores. Olhai com bondade para todos os homens que andam como ovelhas sem um pastor que os ame, os procure e os salve.

Será que foram inúteis para nós o vosso sangue e as vossas dores no Calvário? Intercedei por nós para que os injustiçados sejam libertos, os pecadores se convertam, os fracos se fortaleçam, os aflitos sejam confortados. Vós bem sabeis como é o mundo em que vivemos, como são numerosos os inimigos que nos atacam e sabeis também o quanto somos fracos. Olhai com bondade para nós e caminhai conosco. Amém.


São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!

São Rafael de São José


José nasceu no dia primeiro de setembro de 1835 na Polônia, filho de um casal de nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã. Na juventude estudou engenharia civil na escola Militar de Engenharia. 

Sua vida na juventude foi marcada pela devoção a Nossa Senhora do Carmo, mas o progresso nos estudos o fez afastar-se da religião. Graças a sua inteligência atingiu altos postos na carreia militar. 

Em janeiro de 1863, durante um período de guerra, encontrou sua reconciliação com Deus. Confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria. 

O término da guerra o fez prisioneiro e ele foi deportado para a Sibéria, onde ficou dez anos sob o regime de trabalhos forçados. Suas únicas companhias foram um crucifixo e o livro “Imitação de Cristo”. 

Libertado e repatriado entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços, aos quarenta e dois anos de idade. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal. 

Morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, na mesma cidade onde anos mais tarde nasceria João Paulo II.



Ó Deus, que concedeste ao beato Rafael espírito de fortaleza nas adversidades e extraordinário selo de cardade para promover a unidade da Igreja, concedei-nos, por sua intercessão, ser fortes na fé e amarmos uns aos outros, colaborando fielmente para a união de todos os fiéis em Cristo. Amém.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Encontram sacrário e âmbulas roubadas na Argentina, mas não hóstias consagradas


A paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Argentina), localizada na diocese de Concórdia, fronteira com o Uruguai, sofreu o roubo do sacrário com ambulas e hóstias consagradas no último dia 15 de novembro. Segundo o pároco, Pe. Daniel Petelín, foram encontrados o sacrário e as ambulas, mas as hóstias não estavam com eles.

Em declaração ao Grupo ACI, o pároco explicou que comerciantes dedicados à compra e venda de objetos usados foram ontem até a Paróquia para devolver os objetos litúrgicos que tinham adquirido sem saber sua procedência.

“Eles são católicos, não sabiam do fato e não pediram nenhuma recompensa”, manifestou o Pe. Petelín.

As câmeras de segurança registraram o ladrão que ainda não foi identificado. As autoridades seguem com a investigação do caso.

O sacerdote também disse que solicitou ao juiz informações para “encontrar as hóstias e saber o que fizeram com elas”.

Sobre o roubo, Pe. Petelín disse ao Grupo ACI que “está claro que foi com objetivo de obter dinheiro” e manifestou que o responsável poderia ser um jovem com problemas com drogas.

A notícia do roubo impactou a cidade de Concórdia devido ao trabalho social que a Paróquia realiza: um refeitório para 360 pessoas, jardim de infância para 50 crianças, merenda escolar, um lar para idosos, cesta básica para 240 famílias, entre outros

O roubo, indicou o sacerdote, “não é algo comum, não é algo frequente e não é algo que aceitamos sob nenhum aspecto. Estamos muito consternados”.

Pe. Petelín disse à comunidade que este roubo “não foi (precisamente) um ato contra a Eucaristia, mas essencialmente para obter dinheiro”.

“Seguimos valorizando a presença de Jesus e é preciso seguir trabalhando com entusiasmo e alegria para que o Senhor siga atuando, curando e fortalecendo; e levando vida a todas as pessoas”, finalizou.

Através de um vídeo, o Bispo de Concórdia, Dom Luis Armando Collazuol, pediu que os “fatos sejam investigados com profundidade e com rapidez” e que todas as comunidades realizem atos de desagravo e perdão.

“Sentimos uma profunda dor espiritual por este acontecimento, sentimos uma grande tristeza e indignação, porque a Eucaristia é o maior tesouro que temos, o maior tesouro da Igreja”, manifestou Dom Collazuol.