quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Cardeal Pell desmente acusações de encobrimento de abusos em novo livro


O Prefeito da Secretaria de Economia da Santa Sé, Cardeal George Pell, desmentiu em um comunicado as acusações publicadas no livro Lussuria (Luxúria), do jornalista Emiliano Fittipaldi, acerca de um suposto encobrimento de abusos sexuais na Austrália, e assinalou que se trata de um relatório “de má qualidade e obsoleto”, promovido por pessoas que se opõe às reformas econômicas no Vaticano.

Segundo informações recolhidas pela imprensa internacional, em seu novo livro, Fittipaldi acusa o Papa Francisco de fazer poucas coisas contra os casos de abusos sexuais na Igreja e critica que o Cardeal Pell permaneça em seu cargo no Vaticano, apesar das denúncias midiáticas de encobrimentos na Austrália.

Fittipaldi foi processado pela Santa Sé depois do escândalo de roubo de documentos conhecido como “Vatileaks”, após publicar seu livro “Avareza”. Em julho de 2016, o presidente do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, Giuseppe Dalla Torre, declarou “falta de competência” para condenar o jornalista.

Segundo um comunicado publicado por Pe. Anthony Robbie, secretário do Prefeito da Secretaria de Economia da Santa Sé, “estes recentes ataques contra o Vaticano, as reformas econômicas e o Cardeal George Pell não só estão regurgitando afirmações falsas, mas parecem ter uma intenção mais sinistra”.

O escritório do Cardeal Pell indicou que aqueles que se opõem “às reformas e se (sentem) ameaçados pelo progresso no estabelecimento da transparência e da confrontação de ilegalidades e más práticas usaram durante muito tempo as mentiras, as calúnias e os ataques públicos como táticas de distração”.

“Como todo o impacto das reformas econômicas do Santo Padre começam a morder artigos procurando desacreditar o Papa e aqueles que lideram as reformas são de esperar, infelizmente”. 

EUA: Recém-nascido abandonado em Catedral é achado pelo sacristão e logo batizado


Na noite de 4 de janeiro, Nathan Leonhardt estava fechando a Catedral de São Paulo, em Minneapolis, no estado de Minnesota (Estados Unidos), quando encontrou algo inesperado: um bebê recém-nascido. Quando o sacerdote da igreja viu a criança, não perdeu tempo e logo decidiu batizá-la.

O recém-nascido foi tirado rapidamente da Catedral, mas não antes que o Padre Ubel pudesse batizá-lo. Ele fez isso com o nome de Nathan John. "Eu senti que era a coisa mais apropriada a fazer", disse o padre Ubel. 

“Fiquei sem palavras. Fiquei congelado durante 10 segundos, embora acredite que foi mais tempo”, comentou Leonhart, guarda da Catedral, ao Catholic Herald. “Escolheram um bom lugar para deixá-lo. É uma igreja e nós gostamos das crianças”.

"Eu também senti, honestamente, que, novamente, quem fez isso, por qualquer motivo, eu não vou julgar", disse Leonhart, "mas eles se sentem adequados para levar a criança para uma igreja católica".

A polícia local recebeu uma ligação informando que um bebê havia sido abandonado na Catedral. O sargento Charlie Anderson indicou que “todos os que participamos desta chamada ficamos imediatamente apaixonados” pelo menino.

Segundo indicou Anderson a CBS Minnesota, “neste trabalho, vemos muito o lado ruim das pessoas. Violência, morte e destruição. É lindo ter uma chamada como esta a cada certo tempo, recorda-nos porque usamos a placa policial”.

Leonhardt estava verificando as portas como de costume antes de trancar depois da missa.

Quando ele viu pela primeira vez a cesta verde depois de bater com uma porta, ele não pensou muito. Ele planejou abordá-lo depois de verificar mais portas, mas algo o fez voltar e olhar através dos poucos itens na cesta.

Foi então ele ouviu um choro.

"Eu meio que congelei e fiquei lá", Leonhardt disse, perguntando se ele poderia estar ouvindo um bebê ou se poderia ser um cachorro. Depois de aproximar-se da cesta, ele viu a cabeça do bebê.

"Eu não sabia o que fazer no momento", lembrou Leonhardt. "Eu estava em choque."

Ele disse que envolveu o bebê e chamou o padre Ubel, segurando o bebê até que o padre chegou.

O padre Ubel chamou o 911 e os homens levaram a criança para a sacristia da igreja e trancaram a porta até que o Serviço de Emergência chegasse. A espera não foi longa.

"Eles fizeram o que tinham que fazer, e foi isso, o bebê foi embora", disse Leonhardt. - E já sinto saudades dele.

Enquanto esperava a chegada da polícia, o Pe. Ubel batizou o bebê e o chamou de Nathan John, o mesmo nome do guarda da Catedral que o encontrou. O sacerdote espera que o menino seja adotado por uma família católica.

“O fato de que esta criatura tenha sido abandonada em uma igreja católica não é um detalhe insignificante para mim”, expressou o sacerdote.

Este caso foi algo muito especial para o sargento Anderson, que se casou na Catedral de São Paulo, onde participou de alguns seminários há alguns anos. Também tem três filhos e, para ele, este chamado “tocou o seu coração”.

Quando a polícia chegou à Catedral, asseguraram que o bebê estivesse quente, pois nos Estados Unidos estão em pleno inverno, antes de levá-lo ao hospital. Anderson contou que os policiais se uniram em um abraço grupal para que o menino permanecesse quente.

Depois de levar o bebê ao hospital, os oficiais decidiram comprar coisas essenciais para ele e as enviaram ao local.

“Compramos macacões, uma cadeirinha, botas, um chapéu de macaco e um brinquedo de girafa que os meus filhos adoraram”, contou Anderson. 

Presídios brasileiros


A população brasileira tem conhecimento de fatos, antigos e recentes, referentes à realidade dos presídios, nos diversos Estados, com números que chamam a atenção, por sua peculiaridade, cujos custos sociais e financeiros são muito grandes. Parece ser um problema sem solução e, de fato, o será até que se busque a solução adequada. As intervenções do Poder Público costumam acontecer “post factum” e de forma emergencial, em muitos casos, quando deveriam ser implementadas, habitualmente, com medidas de natureza preventiva.

A crônica diária da mídia reporta-se a casos de anormalidade nas prisões brasileiras. Um dado generalizado é a superpopulação carcerária. Dados do IBGE revelam que, em 2014, a população carcerária tinha “622 mil detentos”. Hoje, obviamente, a estatística apresenta um número muito mais elevado. O desconhecimento das causas do aprisionamento, do número exato e da condição dos presidiários está exigindo um censo da população carcerária no Brasil, a quarta do mundo, cujo custo está estimado em R$ 18 mi (dezoito milhões de reais). Essa é a realidade: um número muito elevado de presos e um custo muito elevado apenas para sua identificação.

Enquanto aumenta o número de presidiários, diminui o número de alunos em escolas públicas de nível fundamental e médio e em universidades federais, estaduais e privadas; torna-se muito precário o atendimento hospitalar; reduz-se a oferta de serviços vitais. Nessa constatação, há, claramente, uma relação de causa e efeito: na medida em que não se oferece uma educação de qualidade à população, as consequências serão identificadas no dia a dia nas doenças físicas, mentais e sociais. Como esse estado de coisas vem de longe, os problemas estão mais relacionados com a falta de Políticas Públicas consistentes do que com a atual crise econômica. 

Saudosistas do futuro que se anuncia!


Já escutei muitíssimas vezes os incomodados com os jovens que desejam a grande Tradição da Igreja e rejeitam o tanto de secularização e desmantelo em que nos encontramos, particularmente no tocante à liturgia, à doutrina e à moral.

Irritados, rotulam esses jovens como alienados, clericais, reacionários, autoritários… Ridicularizando, esses incomodados acusam esses jovens de terem saudade do que não viveram…


Pois eu digo: há, sim, alguns exageros e até algumas mentalidades patológicas, de reacionarismo atávico; mas não é este o caso da grande maioria desses jovens: eles estão mesmo é cansados de tanta secularização, de tanta ideologia liberal, de tanto imanentismo preconceituoso, de tanto relativismo, de tantas arbitrariedades, de tanta falta de piedade…

Eles não são saudosistas patológicos: têm, sim, uma saudável nostalgia daquilo que está no seu DNA: a verdadeira fé católica, o verdadeiro espírito católico, as verdadeiras atitudes de um católico! Já Paulo VI constatava, com imensa tristeza, que um tipo de mentalidade não católica havia entrado na Igreja católica após o Vaticano II.

Somente quem perdeu o sentido da Tradição e desconheça o que seja o sensus fidei (= o sentido, o instinto da fé) ou o sensus fidelium (= o sentido de fé que os fieis possuem por ação do Santo Espírito) pode apelar para um argumento tão raso quanto este, de chamar saudosistas do que não viveram aos jovens que trazem no seu DNA espiritual dois mil anos de vida cristã!

É bom que estejamos bem atentos: se tantos jovens – padres e seminaristas ou leigos – desejam mais retidão, coerência doutrinal, disciplina e seriedade nas coisas da Igreja é porque a ideologia do "espírito do Concílio" (que pouco ou nada tem a ver com a letra e a real intenção do Concílio!) fracassou e está devastando a Igreja: ao invés de uma primavera, colocou-nos num triste e frio inverno… 

A corajosa resposta de jovem católica com rara síndrome a cruel “meme” nas redes sociais


Lizzie Velasquez, uma jovem católica norte-americana que sofre uma rara síndrome que não lhe permite ganhar peso, foi vítima de provocações e um “meme” nas redes sociais. Entretanto, sua resposta corajosa comoveu muitos ao redor do mundo.

Não é a primeira vez que Velasquez, de 27 anos, sofre provocações na internet. Anos atrás, seus companheiros de escola a apresentaram como “a mulher mais feia do mundo” em um vídeo no YouTube.

Lizzie nasceu em uma família católica, em Austin, Texas (Estados Unidos). Em uma entrevista ao Grupo ACI em 2012, a jovem assegurou que "Deus é a razão número um de porque estou aqui agora. Ele me abençoou com a maior bênção da minha vida, que é a minha síndrome”.

Recentemente, um “meme”, uma espécie de brincadeira de redes sociais, viralizou com sua imagem e o texto “Michael disse que me encontraria atrás dessa árvore para se divertir. Está atrasado. Alguém, por favor, marque-o e diga-lhe que eu ainda estou esperando?”.

Em um post publicado em sua conta de Instagram, acompanhado da imagem ofensiva, Lizzie assinalou que “viu muitos memes como este por todo o Facebook recentemente. Estou escrevendo este post não como alguém que é uma vítima, mas como alguém que está usando sua voz”.

"Sim, é tarde da noite quando escrevo isto, mas o faço como um lembrete de que as pessoas inocentes que estão marcando nesses memes, provavelmente, estão acordadas a esta hora vendo o Facebook e sentindo algo que não desejaria ao meu pior inimigo”, lamentou. 

Cristo sempre vivo para interceder por nós


Na conclusão das nossas orações, dizemos: «Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho»; e nunca dizemos: «Pelo Espírito Santo». Esta prática universal da Igreja tem a sua explicação naquele mistério, segundo o qual, o Mediador entre Deus e os homens é Jesus Cristo homem, sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedec, que entrou de uma vez para sempre pelo seu próprio Sangue no santuário, não no que foi construído pela mão dos homens e que era figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, onde está sentado à direita de Deus e intercede por nós. Considerando este ofício sacerdotal de Cristo, o Apóstolo afirma: Por meio d’Ele oferecemos a Deus um sacrifício de louvor, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. Por Ele oferecemos um sacrifício de louvor e oração, uma vez que fomos reconciliados pela sua morte quando éramos ainda inimigos. Por meio de Cristo, que Se ofereceu em sacrifício por nós, pode o nosso sacrifício ser agradável aos olhos de Deus. Por isso nos exorta São Pedro: Como pedras vivas, entrai na construção deste templo espiritual, para constituirdes um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais, que serão agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Esta é a razão por que dizemos a Deus Pai: «Por Nosso Senhor Jesus Cristo». Quando se menciona o sacerdócio de Cristo, necessariamente se põe em evidência o mistério da Encarnação, pelo qual o Filho de Deus, que era de condição divina, Se aniquilou a Si próprio tomando a condição de servo, isto é, Se humilhou, obedecendo até à morte, e Se tornou por um pouco inferior aos anjos, permanecendo não obstante na sua divindade igual ao Pai. Permanecendo igual ao Pai, o Filho tornou-Se por um pouco inferior aos anjos, na medida em que Se fez semelhante aos homens. Humilhou-Se quando Se aniquilou a Si próprio tomando a condição de servo. A humilhação de Cristo é o seu aniquilamento; e o seu aniquilamento não é senão o ato de assumir a condição de servo. Portanto, Cristo, permanecendo na sua condição divina, é o Unigênito de Deus, a quem oferecemos como ao Pai os sacrifícios; e tomando a condição de servo, tornou-Se sacerdote, para que, por meio d’Ele, possamos oferecer um sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. Não poderíamos oferecer o sacrifício a Deus, se Cristo não Se tivesse oferecido em sacrifício por nós: é n’Ele que a natureza do gênero humano se torna um verdadeiro e salutar sacrifício. De facto, quando dizemos que as nossas orações são oferecidas por Nosso Senhor, eterno sacerdote, reconhecemos n’Ele a verdadeira carne da nossa natureza, como diz o Apóstolo: Todo o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído em favor dos homens nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Por isso, quando dizemos: «Vosso Filho», e acrescentamos: «Que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo», comemoramos a unidade de natureza que têm o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e proclamamos que o mesmo Senhor Jesus Cristo, que exerce em nosso favor a função sacerdotal, é também por natureza igual ao Pai e ao Espírito Santo.



Duma Carta de São Fulgêncio de Ruspas, bispo (Ep. 14, 36-37: CCL 91, 429-431) (Sec. VI)

Por que fazemos o sinal da Cruz?


“É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, 
guarda o deserto, abre o paraíso”
(Proclo de Constantinopla, bispo).

A primeira coisa que nossos pais católicos nos ensinam a fazer é o sinal da Cruz. É uma das mais belas marcas de nossa religião; é o ato que inicia e termina nossas orações particulares ou coletivas. É um sinal externo que “nos volta para Deus”.

Sua referência é bíblica. Uma delas está no livro de Ezequiel (9,3-4): “O Senhor disse: Percorre a cidade, atravessa Jerusalém e marca na fronte os que se lamentaram afligidos pelas abominações que nela se cometem.”

A marca é um tau (T), última letra do alfabeto hebraico, que tinha a forma de uma cruz. Os marcados são propriedade do Senhor, uma porção sagrada e intocável. Em Apocalipse 7,3 temos outra cena semelhante: “Não causeis danos à terra nem ao mar nem às árvores, até que selemos a fronte dos servos do nosso Deus.” Em ambos os textos, a marca na fronte significava a salvação e sem ele o homem não seria poupado.

Tertuliano (†220) escrevia no ano 211 d. C.: “Nós marcamos nossa fronte com o sinal da cruz. Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).

Fazer o sinal da cruz já era um hábito antigo quando escreveu isso.

Há muitos textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo:

Mt 10,38: “Aquele que não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim” (Cf.Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27).

Mt 16,24: “Disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.

Gl 2,19: “Pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo.”

Gl 6,14: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” 

São Canuto


São Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça.

Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo. Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo.


São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, porque ele tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus. Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado.


Deus eterno e todo-poderoso, que destes a São Canuto a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém.