domingo, 29 de janeiro de 2017

Como o papa Francisco deverá resolver o "problema do celibato"?


Eu sou um padre católico casado.

Já fui ministro anglicano. Recebi a ordenação sacerdotal católica graças à provisão pastoral criada por São João Paulo II para permitir que ex-ministros protestantes casados fossem dispensados do voto de celibato a fim de se ordenarem na Igreja católica.


Muitas pessoas acham que a permissão de casamento para os padres resolverá a crise das vocações sacerdotais. Pode até ajudar, mas não será, necessariamente, a solução mágica. Permitir que homens casados ​​sejam ordenados trará tantos problemas novos quantas soluções de problemas velhos. Para começar, a Igreja terá que avaliar muito bem se tem condições de sustentar padres casados e suas famílias. Uma fonte confiável no Vaticano me disse, em conversa privada, que, quando a questão dos padres casados ​​é discutida, são os bispos das igrejas de rito oriental, que permitem o casamento do clero, os que na maioria das vezes mais desaconselham a mudança desta disciplina.


Num artigo publicado recentemente pela mídia, afirmou-se que o papa Francisco teria prometido "resolver o problema do celibato". Esta declaração, por si só, já levanta uma série de perguntas. Em primeiro lugar, o que viria a ser esse "problema do celibato"? O celibato já seria em si mesmo um problema? Se a maioria dos padres católicos prometeu e viveu o celibato ao longo dos últimos mil anos, não parece que ele seja um problema tão grande a ponto de precisar de urgente reforma. É claro que existem os críticos do celibato. O ex-monge Richard Sipe, por exemplo, escreveu um contundente questionamento do celibato. O mesmo foi feito pelo dissidente católico Donald Cozzens. Enquanto isso, o padre anglicano Ray Ryland, convertido, escreveu em forte defesa tanto do celibato dos sacerdotes quanto da continência perfeita dos padres já casados​​ (ou seja, da abstenção de todas as relações sexuais).


A primeira pergunta a ser feita, portanto, é esta: o que é esse “problema do celibato?”. Existem muitas pressões contra o celibato em nossa sociedade altamente sexualizada. O acesso e a aceitabilidade do "sexo livre" faz com que o celibato pareça muito estranho neste contexto. Além disso, com a diminuição das vocações sacerdotais, mais sacerdotes vivem o peso crescente da solidão; e com a expectativa de vida aumentando, a perspectiva de um voto de celibato pelo resto da vida se torna uma dificuldade maior ainda. O celibato, em si, pode não ser um problema urgente, mas é certamente verdade que a observância do celibato é muitas vezes bem desafiadora.


E como poderia o papa Francisco "resolver o problema do celibato"?

Conhecida atriz revela os 8 segredos mais obscuros sobre a “igreja da Cientologia”.


A atriz ítalo-americana Leah Remini revelou alguns aspectos surpreendentes sobre a chamada igreja da Cientologia, da qual pertenceu por cerca de 30 anos e que depois abandonou para expor os supostos maus-tratos, abusos e repressão perpetrados a seus membros e ex-membros.

A Cientologia foi fundada pelo escritor de ficção científica norte-americano Lafayette Ron Hubbard em 1950 e é considerada em vários países – entre eles, França – como uma organização de caráter sectário.

Em 2015, a HBO lançou o documentário “Going Clear: Scientology and the Prison of Belief”, que denunciou várias irregularidades.

A informação de Leah Remini foi revelada no final de 2016, em um questionário online no qual a atriz respondeu a perguntas de vários usuários ao mesmo tempo que realizava a campanha promocional de uma nova série para o canal A&E: “Leah Remini: Cientologia e as consequências”.

Recentemente, a atriz exigiu que a igreja da Cientologia lhe pague 1,5 milhão de dólares por supostamente tentar arruinar sua reputação em Hollywood e impedir que a série de A&E vá ao ar.

A seguir, 8 dos segredos mais importantes que Remini revelou sobre a Cientologia no questionário. 

"Os pobres de espírito são aqueles que assumiram os sentimentos e atitudes das pessoas pobres", diz Papa


Papa Francisco
ANGELUS
Praça de São Pedro 
Domingo, 29 de janeiro, 2017


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A liturgia deste domingo nos leva a meditar sobre as bem-aventuranças (cf. Mt 5,1-12a), que abrem o grande discurso chamado de "a montanha", a "Grande Carta" do Novo Testamento. Jesus manifesta a vontade de Deus para conduzir os homens à felicidade. Esta mensagem já estava presente na pregação dos profetas: Deus é perto dos pobres e oprimidos, e os livra daqueles que os maltratam. Mas neste sermão Jesus anuncia de uma forma especial: começa com a palavra “bem-aventurados", que é feliz; Continua com a indicação da condição a ser tal; e ele conclui fazendo uma promessa. A razão para a felicidade, que é a felicidade, não está na condição necessária - por exemplo, "pobres de espírito", "aflito", "fome de justiça", "perseguidos" ... -, mas na próxima promessa, a ser acolhida com fé como um presente de Deus. Ela começa com a condição desconfortável para abrir o dom de Deus e entrar no novo mundo, o "reino" anunciado por Jesus. Não é um mecanismo automático, este, mas um modo de vida para seguir o Senhor, quando a realidade do sofrimento e aflição é visto em uma perspectiva nova e testados de acordo com a conversão que ocorre. Não é abençoado se você não estiver convertido, capaz de desfrutar e apreciar os dons de Deus.

Eu paro na primeira bem-aventurança: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus" (v. 4). Os pobres de espírito são aqueles que assumiram os sentimentos e atitudes das pessoas pobres que em sua condição não se rebelam, mas sabem ser humildes, obedientes, disponíveis à graça de Deus que é a felicidade dos pobres – Ser pobre de espírito - tem duas dimensões: em matéria de bens e contra Deus . No que diz respeito a mercadorias, bens materiais, esta pobreza de espírito é sóbria: não necessariamente renuncia, mas tem a capacidade de saborear a essência, a partilha; a capacidade de renovar todos os dias, admira a bondade das coisas, sem peso extra na opacidade do consumo voraz. Eu tenho mais, eu quero mais; eu tenho mais, eu quero mais: este é o consumo voraz e que mata a alma. E o homem ou a mulher que fizer isso, que têm essa atitude "eu tenho mais, eu quero mais", eles não são felizes e não receberão a felicidade. Para louvor e reconhecimento de Deus que o mundo é uma bênção e que sua origem é o criador do amor do Pai. Mas também é aberto a Ele, docilidade ao seu senhorio: é Ele, o Senhor, Ele é o Grande, eu não sou bom porque eu tenho tantas coisas! É Ele aquele que queria o mundo para todos os homens e desejou que os homens pudessem ser feliz. 


O pobre de espírito é o cristão que não confia em si mesmo, em riquezas materiais, não insiste em suas próprias opiniões, mas em escutar com respeito e se remete com boa vontade às decisões dos outros. Se em nossas comunidades houvesse mais pobres em espírito, haveria menos divisões, discordâncias e controvérsias! Humildade, como a caridade, é uma virtude essencial para a convivência nas comunidades cristãs. Os pobres, neste sentido evangélico, parecem ser aqueles que mantém viva a meta do Reino do Céu, fazendo um vislumbre de que é no início do germe na comunidade fraterna, que se centra na partilha da propriedade. Eu gostaria de enfatizar ser dada essa prioridade à partilha da propriedade. Sempre têm o coração e as mãos abertas, não fechada. Quando o coração está fechado, é um coração pequeno: mesmo ele sabe amar. Quando o coração está aberto, ele vai para a estrada do amor.

A Virgem Maria, modelo e primeiro fruto dos pobres em espírito, totalmente dócil à vontade do Senhor, ajuda-nos a nós mesmos a entregar-nos a Deus, rico em misericórdia, que nos encha de seus dons, especialmente com a abundância do seu perdão.

Xuxa compartilha vídeo e pede prisão de padre. Entenda!


Xuxa Meneghel usou seu Facebook para pedir a prisão de um padre que interage com as crianças de uma maneira bastante peculiar durante as missas: ele bate na cabeça, chacoalha e até empurra a meninada.

"Gente! Quem é esse padre? Pelo amor de Deus... lei menino Bernardo em cima dele, prendam esse homem autoridades [sic]", escreveu a apresentadora na noite de sexta-feira, 27.

O vídeo, no entanto, não é inédito. Ele viralizou no início de 2016 e deu cinco minutos de fama ao padre José Roberto Angelotto, pároco da Paróquia da Ressurreição, localizada em Ceilândia, no Distrito Federal.

Real Madrid elimina a cruz de seu escudo nos países árabes


Segundo informações publicadas em vários jornais esportivos espanhóis, o Real Madrid C.F. decidiu eliminar a tradicional cruz de seu escudo nos uniformes da equipe comercializados em alguns países do Oriente Médio.

Esta decisão ocorreu depois de um acordo que o clube assinou com Marka, uma empresa de distribuição varejista dos Emirados Árabes Unidos e que tem os direitos de fabricação, distribuição e venda exclusivos dos produtos do Real Madrid nos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Bahrain e Omã.

Este acordo, que afetará a linha da roupa que utilizará a marca Real Madrid, segundo informa o jornal ‘El País’, está previsto que comece no próximo mês de março, tenha uma validade para os próximos cinco anos e que dê ao clube um lucro de 52 milhões de euros (mais de 55 milhões de dólares).

Estes países têm uma população majoritariamente muçulmana, por isso, Khaled al Mheiri, vice-presidente da Marka, declarou à Reuters: “Temos que ser cuidadosos com regiões do Golfo que são sensíveis a produtos que contenham a cruz”.

Cristo chamou-nos para seu reino glorioso


Inácio, o Teóforo, à Igreja de Deus Pai e de Jesus Cristo, o dileto, rica de todos os dons da misericórdia, repleta de fé e de caridade, sem que lhe falte qualquer graça, muito amada por Deus, portadora da santidade, à Igreja que está em Esmirna na Ásia, efusivas saudações no Espírito imaculado e no Verbo de Deus.

Rendo glória a Jesus Cristo, Deus, que vos deu tanta sabedoria; pois notei como sois perfeitos na fé inabalável, como que, de corpo e alma, presos por cravos à cruz do Senhor Jesus Cristo e firmes na caridade pelo sangue de Cristo, crendo com fé plena e segura que nosso Senhor é em verdade oriundo da estirpe de Davi segundo a carne, Filho de Deus pela vontade e poder de Deus. Crendo de igual modo que verdadeiramente nasceu da Virgem, foi batizado por João para que nele se cumprisse toda a justiça. Crendo que verdadeiramente, foi, sob Pôncio Pilatos e o tetrarca Herodes, crucificado na carne por nós – a cujo fruto nós pertencemos por sua bem-aventurada paixão – a fim de, por sua ressurreição, elevar pelos séculos a bandeira que reúne seus santos e seus fiéis, judeus ou gentios, no único corpo de sua Igreja.

Tudo padeceu por nós para alcançarmos a salvação; e padeceu de verdade, como também de verdade ressuscitou a si mesmo.

Eu também sei que, depois da ressurreição, vive em seu corpo e creio estar ele ainda agora com seu corpo. Ao se encontrar com Pedro e seus companheiros, disse-lhes: Pegai, apalpai-me e vede que não sou um espírito incorpóreo. E logo o tocaram e creram, unidos à sua carne e a seu espírito. Por esta razão, desprezaram também a morte e da morte saíram vitoriosos. Depois da ressurreição, comeu e bebeu com eles como qualquer ser corporal, embora, espiritualmente,unido ao Pai.

Exorto-vos, portanto, caríssimos, embora bem saiba que pensais do mesmo modo.


Da Carta aos Esmirnenses, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir.

(Inscriptio; nn. 1,1–4,1: Funk 1, 235-237)                 (Séc. I)

O Deus "malvado" do Antigo Testamento


Um dos grandes cavalos de batalha da militância dos arautos de Satanás, entenda-se, os neo-ateus, é a maneira como Deus é retratado no Antigo Testamento. Segundo eles temos um Deus que manda enforcar, saquear, fazer sacrifícios e matar crianças. Como base para tal argumentação eles citam trechos das Esrituras como os seguintes:

Êxodo XXXII, 27: Aos quais disse: Eis aqui o que diz o Senhor Deus de Israel: Cada um cinja a sua espada sobre a sua coxa: passai, e tornai a passar de porta a porta pelo meio do campo; e cada qual mate a seu irmão, a seu amigo, e a seu vizinho.

Números XXV, 4: Disse a Moisés: Toma todos os príncipes do povo, e pendura-os em forcas contra o sol: para que o meu furor se aparte de Israel.

Números XXXI, 17-18: Matai pois a todos os machos, ainda os que são crianças; e degolai as mulheres que tiveram comércio com os homens. Mas reservai para vós as meninas e todas as donzelas.

Deuteronômio II, 33-34: E o Senhor nosso Deus no-lo entregou: e nós o derrotamos com seus filhos  e com todo o seu povo. Tomamos-lhe ao mesmo tempo todas as suas cidades, mortos os seus habitantes, homens mulheres e meninos: e nela não deixamos nada.

Isaías XIII, 18: Mas eles matarão as crianças com as suas setas, e não se compadecerão das mães em cujo ventre elas andarem, e a seus filhos não perdoará o olho deles.

Jeremias XIX, 9: E dar-lhes-ei a comer as carnes de seus filhos, e as carnes de suas filhas: e cada um comerá a carne de seu amigo, no cerco, e no aperto, em que os terão encerrados os seus inimigos, e os que buscam as almas deles.

Ezequiel IX, 6: O velho, o moço e a donzela, o menino e as mulheres, todos matai, sem que nenhum escape; mas não mateis nenhum daqueles sobre quem virdes o thau, e começarei pelo meu santuário. Começaram pois a matança pelos homens mais velhos que estavam diante da casa. 

Melhor que tratar cada versículo de modo específico (coisa que poderei fazer futuramente neste blog), o ideal é dar uma visão exegética geral que engloba a eles e a muitos outros. 

Em primeiro lugar, devemos saber que a inspiração divina se dá por meio do arcabouço cultural e das limitações pessoais do escritor sagrado. Nesse sentido, uma das características da linguagem semita era o uso de hipérboles; dada a sua vivacidade, o israelita era muito propenso às expressões fortes, exageradas e contrastantes.

Daí ocorrerem no Antigo Testamento, principalmente nos Salmos, fórmulas em que o autor sagrado ou outro personagem deseja mal àqueles que o angustiam. Diz D. Estevão Bettencourt:

“Em verdade, os autores sagrados, ao pleitear sua causa perante o Senhor, advogavam os interesses do bem, da justiça ou da verdadeira religião; por conseguinte, explícita ou implicitamente a sua causa se identificava com a de Deus, e os seus inimigos vinham a ser adversários do próprio Deus. Assim entendida a situação, não podiam ver motivo para abrandar o rigor dos termos com que os antigos orientais, dotados de ânimo fervido, costumavam pedir a extirpação dos adversários; não pode haver compatibilidade entre o bem e o mal, o reino de Deus e o do pecado; a toda instituição que se opõe a Deus, o homem justo não pode deixar de desejar completa ruína”.

Ou seja, eles procuravam mostrar qual o caminho reto, mas faziam isso imbuídos de toda a sua carga cultural.

Tal postura ainda é mais patente pelo fato de que não diferenciavam entre a pessoa que fazia o mal e o mal em si. Desconheciam o adágio retirado por Santo Agostinho da Lei aperfeiçoada e definitiva (o Evangelho):

“Odeia o pecado, mas ama o pecador”.

Daí, fazendo um parêntese, já se observa que a dicotomia promovida pelos protestantes liberais entre "o Deus do Antigo Testamento" e o "Deus revelado por Jesus" é falsa e absurda. É falsa porque deriva de conceitos que, em geral, não têm nenhuma relação com a religião, representando, tão somente, uma perspectiva culturalmente fechada. É absurda porque pressupõe a possibilidade de contradição num texto inspirado.

Isso é muito perigoso. As críticas que se fazem em torno dessa idéia levaram alguns a negar a necessidade de Cristo para nos salvarmos. Principiam contestando a “intolerância religiosa” presente na Antiga Aliança e disso passam a ver negativamente a exclusividade do culto ao Deus verdadeiro.

Mais uma ilusão dos hereges... eles não vão "descobrir a roda" e, no mínimo, deveriam procurar saber qual o status quaestionis antes de abrir a boca, seja para evitar erros conceituais, seja para não cair na posição orgulhosa de quem procura adaptar Deus a si. 

sábado, 28 de janeiro de 2017

Incêndio destrói parte da Catedral de São Nicolau na Argentina


Por volta das 15h (horário local) de quinta-feira, 26 de janeiro, a Catedral de São Nicolau de Bari, na Diocese de San Nicolás de los Arroyos (Argentina), sofreu um incêndio.

O fogo consumiu por completo a área do altar e parte do teto, de onde as chamas saiam.


Os meios de comunicação locais assinalam que o fogo foi causado por uma falha elétrica no órgão do templo.


Algumas fontes informaram que as chamas teriam começado na cúpula, onde há materiais de limpeza, outros indicam que o foco das chamas teria sido na área do altar.