sábado, 25 de fevereiro de 2017

Carnaval: curtição e pegação?

Como aproveitar esta festa popular sem se esquecer dos valores cristãos

Está se aproximando a festa que talvez os brasileiros mais esperem durante todo o ano: o Carnaval. Este é, depois do futebol, o sobrenome do Brasil pelo mundo. E já tem gente por aí postando nas redes sociais os preparativos para cair na folia. Mas, e aí? Como nós devemos curtir esta festa sem esquecermos nossos princípios e valores?

Antes de qualquer coisa, é preciso termos em mente que as comemorações carnavalescas foram sofrendo mudanças. Esses festejos eram pagãos e serviam para celebrar grandes colheitas e principalmente louvar divindades. É provável que as mais importantes festas ancestrais do Carnaval tenham sido as “saturnais”, realizadas na Roma antiga em exaltação a Saturno, deus da agricultura.

Na época dessa celebração, as escolas fechavam, os escravos eram soltos e os romanos dançavam pelas ruas. Com o tempo a Igreja Católica incorporou esta celebração que marca os dias que antecedem a Quaresma. Ao fim do carnaval a “carne se vai” e começa o tempo de jejum. Na Europa também as pessoas se fantasiavam a fim de poderem cair na gandaia e não serem reconhecidos, assim poderiam fazer o que quisessem e não pagar por possíveis delitos.

Cada país celebra o carnaval de uma forma particular de acordo com as suas próprias tradições. Aqui no Brasil isto se tornou algo gigantesco e talvez seja a festa mais esperada pelas pessoas.

Entretanto, existe um embate muito forte acerca destas comemorações carnavalescas e a precaução religiosa diante da forma como se comemora. Talvez porque o carnaval mais “visado” por todos é aquele que tem pessoas de corpo expostos e, por vezes, desnudos e isto ataca de alguma forma os princípios cristãos. Enfim, há sempre uma discussão entre religiosos e foliões sobre a forma de curtir o momento. 

Aproximai-vos de Deus e ficareis luminosos


Suave, diz o Eclesiastes, é esta luz e extremamente bom, para nossos olhos penetrantes, é contemplar o sol esplêndido. Pois sem a luz o mundo não teria beleza, a vida não seria vida. Por isto, já de antemão, o grande contemplador de Deus, Moisés, disse: E Deus viu a luz e declarou-a boa. Porém é conveniente para nós pensar naquela grande, verdadeira e eterna luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo, quer dizer, Cristo, salvador e redentor do mundo, que, feito homem, quis assumir ao máximo a condição humana. Dele fala o profeta Davi: Cantai a Deus, salmodiai a seu nome, preparai o caminho para aquele que se dirige para o ocaso; Senhor é seu nome; e exultai em sua presença.

Suave declarou o Sábio ser a luz e prenunciou ser bom ver com seus olhos o sol da glória, aquele sol que no tempo da divina encarnação disse: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida. E outra vez: Este o juízo: a luz veio ao mundo. Desta maneira, pela luz do sol, gozo de nossos olhos corporais, anunciou o Sol da justiça espiritual, tão suave àqueles que foram encontrados dignos de conhecê-lo. Viam-no com seus próprios olhos, com ele viviam e conversavam, como um homem qualquer, embora não fosse um qualquer. Era, de fato, verdadeiro Deus que deu vista aos cegos, fez os coxos andar, os surdos ouvir, limpou os leprosos, aos mortos devolveu a vida.

Todavia, mesmo agora é realmente delicioso vê-lo com olhos espirituais e contemplar demoradamente sua simples e divina beleza. Além disso, é delicioso, pela união e comunicação com ele, tornar-se luminoso, ter o espírito banhado de doçura e revestido de santidade, adquirir o entendimento e vibrar de uma alegria divina que se estenda a todos os dias da presente vida. O sábio Eclesiastes bem o indicou quando disse: Por muitos anos que viva o homem, em todos eles se alegrará. É evidente que o Autor de toda alegria o é para os que veem o Sol de justiça. Dele disse o profeta Davi: Exultem diante da face de Deus, gozem na alegria; e também: Exultai, ó justos, no Senhor; aos retos convém o louvor.



Do Comentário sobre o Eclesiastes, de São Gregório de Agrigento, bispo (Lib. 10, 2:PG98,1138-1139)  (Séc.VI)

Um ser vivo espiritual pervertido e perversor


Tentador falacioso e fatal do primeiro pecado, o demônio continua hoje agindo com aleivosa astúcia. Ele é o inimigo oculto que semeia erros e desventuras na história humana. Quais são, atualmente, as maiores dificuldades da Igreja? Não vos cause espanto nossa resposta, como simplista ou mesmo como supersticiosa e irreal: uma das maiores necessidades é a defesa contra aquele mal que denominamos demônio. [...]

Realidade terrível, misteriosa e assustadora

“Atualmente, quais são as maiores necessidades da Igreja? Não deveis considerar a nossa resposta simplista, ou até supersticiosa e irreal: uma das maiores necessidades é a defesa daquele mal, a que chamamos Demônio”. Antes de esclarecermos o nosso pensamento, convidamos o vosso a abrir-se à luz da fé sobre a visão da vida humana, visão que, deste observatório, se alarga imensamente e penetra em singulares profundidades. E, para dizer a verdade, o quadro que somos convidados a contemplar com realismo global é muito lindo. É o quadro da criação, a obra de Deus, que o próprio Deus, como espelho exterior da sua sabedoria e do Seu poder, admirou na sua beleza substancial (cf. Gn 1, 10 ss.). Além disso, é muito interessante o quadro da história dramática da humanidade, da qual emerge a da redenção, a de Cristo, da nossa salvação, com os seus magníficos tesouros de revelação, de profecia, de santidade, de vida elevada a nível sobrenatural, de promessas eternas (cf. Ef 1, 10). Se soubermos contemplar este quadro, não poderemos deixar de ficar encantados (Santo Agostinho, Solilóquios); tudo tem um sentido, tudo tem um fim, tudo tem uma ordem e tudo deixa entrever uma Presença-Transcendência, um Pensamento, uma Vida e, finalmente, um Amor, de tal modo que o universo, por aquilo que é e por aquilo que não é, se apresenta como uma preparação entusiasmante e inebriante para alguma coisa ainda mais bela e mais perfeita (cf. 1Cor 2, 9; Rm 8, 19-23). A visão cristã do cosmo e da vida é, portanto, triunfalmente otimista; e esta visão justifica a nossa alegria e o nosso reconhecimento pela vida, motivo por que, celebrando a glória de Deus, cantamos a nossa felicidade.

Ensinamento Bíblico

Esta visão, porém, é completa, é exata? Não nos importamos, porventura com as deficiências que se encontram no mundo, com o comportamento anormal das coisas em relação à nossa existência, com a dor, com a morte, com a maldade, com a crueldade, com o pecado, numa palavra, com o mal? E não vemos quanto mal existe no mundo especialmente quanto à moral, ou seja, contra o homem e, simultaneamente, embora de modo diverso, contra Deus? Não constitui isto um triste espetáculo, um mistério inexplicável? E não somos nós, exatamente nós, cultores do Verbo, os cantores do Bem, nós crentes, os mais sensíveis, os mais perturbados, perante a observação e a prática do mal? Encontramo-lo no reino da natureza, onde muitas das suas manifestações, segundo nos parece, denunciam a desordem. Depois, encontramo-lo no âmbito humano, onde se manifestam a fraqueza, a fragilidade, a dor, a morte, e ainda coisas piores; observa-se uma dupla lei contrastante, que, por um lado, quereria o bem, e, por outro, se inclina para o mal, tormento este que São Paulo põe em humilde evidência para demonstrar a necessidade e a felicidade de uma graça salvadora, ou seja, da salvação trazida por Cristo (Rm 7); já o poeta pagão Ovídio tinha denunciado este conflito interior no próprio coração do homem: “Video meliora proboque, deteriora sequor” (Ovídio Met.7, 19). Encontramos o pecado, perversão da liberdade humana e causa profunda da morte, porque é um afastamento de Deus, fonte da vida (cf. Rm 5, 12) e, também, a ocasião e o efeito de uma intervenção, em nós e no nosso mundo, de um agente obscuro e inimigo, o Demônio. O mal já não é apenas uma deficiência, mas uma eficiência, um ser vivo, espiritual, pervertido e perversor. Trata-se de uma realidade terrível, misteriosa e medonha. Sai do âmbito dos ensinamentos bíblicos e eclesiásticos quem se recusa a reconhecer a existência desta realidade; ou melhor, quem faz dela um princípio em si mesmo, como se não tivesse, como todas as criaturas, origem em Deus, ou a explica como uma pseudo-realidade, como uma personificação conceitual e fantástica das causas desconhecidas das nossas desgraças.  O problema do mal, visto na sua complexidade em relação à nossa racionalidade, torna-se uma obsessão. Constituí a maior dificuldade para a nossa compreensão religiosa do cosmo. Foi por isso que Santo Agostinho penou durante vários anos: “Quaerebam unde malum, et non erat exitus”, procurava de onde vinha o mal e não encontrava a explicação (Confissões, VII,5 ss).  Vejamos, então, a importância que adquire a advertência do mal para a nossa justa concepção; é o próprio Cristo quem nos faz sentir esta importância. Primeiro, no desenvolvimento da história, haverá quem não recorde a página, tão densa de significado, da tríplice tentação? E ainda, em muitos episódios evangélicos, nos quais o Demônio se encontra com o Senhor e aparece nos seus ensinamentos (cf. Mt 1, 43)? E como não haveríamos de recordar que Jesus Cristo, referindo-se três vezes ao Demônio como seu adversário, o qualifica como “príncipe deste mundo” (Jo 12, 31; 14, 30; 16, 11)? E a ameaça desta nociva presença é indicada em muitas passagens do Novo Testamento. São Paulo chama-lhe “deus deste mundo” (2Cor 4, 4) e previne-nos contra as lutas ocultas, que nós cristãos devemos travar não só com o Demônio, mas com a sua tremenda pluralidade: “Revesti-vos da armadura de Deus para que possais resistir às ciladas do Demônio. Porque nós não temos de lutar (só) contra a carne e o sangue, mas contra os Principados, contra os Dominadores deste mundo tenebroso, contra os Espíritos malignos espalhados pelos ares” (Ef 6, 11-12). Diversas passagens do Evangelho dizem-nos que não se trata de um só demônio, mas de muitos (cf. Lc 11, 21; Mc 5, 9), um dos quais é o principal: Satanás, que significa o adversário, o inimigo; e, ao lado dele, estão muitos outros, todos criaturas de Deus, mas decaídas, porque rebeldes e condenadas; constituem um mundo misterioso transformado por um drama muito infeliz, do qual conhecemos pouco (cf. DS 800).
 

Santa Valburga


Ao lado de seus irmãos, foi uma das grandes evangelizadoras da Alemanha e exemplo de santidade para muitos.

 

Santa Valburga nasceu no ano de 710. Era filha de São Ricardo, rei dos Saxões do Oeste. Santa Valburga tinha dois irmãos: o bispo Vilibaldo e o monge Vunibaldo. Durante uma peregrinação com seu pai, mãe e irmãos aos Lugares Santos, Santa Valburga retirou-se numa abadia. E foi ali que descobriu a beleza do chamado de Deus, consagrando-se inteiramente ao Senhor. Seu pai veio a falecer durante a viagem de volta dessa peregrinação.

Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários. Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a região.

Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com frequência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado. Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado. Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga.

O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres.



Concedei-nos ó Deus, a sabedoria e o amor que inspirastes a vossa filha Santa Valburga, para que, seguindo seu exemplo de fidelidade, nos dediquemos ao vosso serviço, e vos agradecemos pela fé e pelas obras, por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espirito Santo. Amém. Santa Valburga, rogai por nós!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

EUA: Governo anula norma que permitia aos transexuais escolher banheiro nas escolas


Os Departamentos de Justiça e de Educação dos Estados Unidos revogaram no dia 22 de fevereiro a norma que obrigava as escolas públicas do país a terem "banheiros transexuais" em suas instalações.

O Procurador-geral Jeff Sessions, em um comunicado publicado no site do Departamento de Justiça, explicou que isto ocorreu porque as normas dos banheiros transexuais "não contêm suficiente análise legal".

Em 13 de maio do ano passado e durante os últimos meses do governo de Barack Obama, o Departamento de Justiça e o Departamento de Educação dos Estados Unidos assinalaram que “como condição para receber recursos federais”, embora uma escola pudesse ter “instalações separadas de acordo com o sexo (…), deve permitir que estudantes transexuais acessem essas instalações de acordo com a sua identidade de gênero”.

Isto implicaria que os meninos que se identificassem com o gênero feminino poderiam utilizar o banheiro e vestuário de mulheres, enquanto as meninas que se identificassem com o gênero masculino poderiam acessar as instalações dos homens.

Mais de 20 estados denunciaram o governo de Obama por esta medida e um juiz federal bloqueou a sua execução em agosto de 2016. 

Quando Jesus está presente!


Quando Jesus está presente, tudo é suave e nada há que pareça difícil; quando, porém, está ausente, tudo se torna penoso.

Quando Jesus não nos fala dentro de nós, vã é toda consolação; mas, se Jesus nos diz uma só palavra, grande alívio experimentamos.

Quão árido e insensível és sem Jesus!

Quão néscio e vão, se alguma coisa desejas fora Dele!

Não é isso maior prejuízo que se perdesse o mundo inteiro?

Que te pode dar o mundo sem Jesus?

Estar sem Jesus é terrível inferno; estar com Jesus é suave paraíso. 

Se Jesus estiver contigo, nenhum inimigo te poderá ofender. Quem acha a Jesus, encontra um tesouro inestimável, ou antes, um bem acima de todos os bens. Quem perde a Jesus, perde mais que se perdesse o mundo inteiro.
 

Ele em tudo, ele é tudo!


Desde a origem do mundo que Cristo sofre em todos os Seus. Ele é «o princípio e o fim» (Ap 1,8); escondido na lei, revelado no Evangelho, Ele é o Senhor «sempre admirável», que sofre e triunfa «nos Seus santos» (2Ts 1,10; Sl 67,36).

Em Abel foi assassinado pelo irmão; em Noé foi ridicularizado pelo filho; em Abraão conheceu o exílio; em Isaac foi oferecido em sacrifício; em Jacó foi reduzido a servo; em José foi vendido; em Moisés foi abandonado e rejeitado; nos profetas foi lapidado e dilacerado; nos apóstolos foi perseguido em terra e no mar; nos Seus inúmeros mártires foi torturado e assassinado.

É Ele quem, ainda hoje, carrega a nossa fraqueza e as nossas doenças, porque Ele é o verdadeiro homem, exposto por nós a todos os males e capaz de tomar a Seu cargo a fraqueza que, sem Ele, seríamos totalmente incapazes de suportar. 

Cardeal Burke explica que missão no Guam não é punição do Papa


Entrevista ao Cardeal Raymond Leo Burke, Patrono da Ordem de Malta. Nos últimos dias, o prelado americano, de 68 anos, foi enviado à ilha de Guam - a 12.000 km de Roma - para investigar um caso de abusos sexuais que remonta aos anos 70. De acordo com alguns teria sido um castigo do Papa, mas, na realidade, quando o Papa foi informado já o Cardeal já estava na ilha do Pacífico.

Cardeal Burke, como surgiu esta missão na ilha de Guam?

A missão nasceu de um pedido da Congregação para a Doutrina da Fé para que eu servisse como presidente do seu Tribunal Apostólico. Vou ter que lidar com um caso delicado de direito eclesiástico penal.

Por que razão foi escolhido?

O Papa confiou o caso à Congregação, e a Congregação tem procedeu de acordo com o as normas para a constituição dos membros do Tribunal. Seja como for, penso ter sido escolhido com base nos meus estudos de direito canónico e a minha longa experiência com processos eclesiásticos.