sexta-feira, 10 de março de 2017

Campanha da Fraternidade pode tratar de biomas?


Durante a Quaresma a Igreja no Brasil, desde 1964, propõe a Campanha da Fraternidade. Trata-se de uma ampla conscientização sobre temas relevantes que afetam a vida humana e o meio ambiente. A convicção de que é possível educar para a paz e superar os pecados pessoal e social que ameaçam a dignidade dos filhos de Deus é que motiva essa iniciativa e envolve paróquias, escolas, universidades, meios de comunicação e todas as instâncias que contam com a presença da Igreja.

A Campanha de 2017 trata dos biomas brasileiros e pretende uma conscientização sobre a preservação da natureza com sua rica biodiversidade manifestada de formas diferentes em todo país. Alguns têm estranhado esse tema e criticam a opção dos bispos.

Cada vez mais cresce a preocupação com a “casa comum” da qual depende a vida humana e o futuro das nossas gerações. Quando a Igreja assume corajosamente essa reflexão, é claro que toma posição em favor da sustentabilidade, da conservação e preservação do ambiente e, acima de tudo, empenha-se por uma ecologia que priorize a vida humana ameaçada por tantas causas de injustiça. 

É bom recordar e informar que a Campanha da Fraternidade está alinhada com a Doutrina Social da Igreja, que é endereçada a todas às nações e não se identifica com um ou outro partido e nem é refém de qualquer ideologia. O Evangelho orienta todo ensinamento e compromisso social da Igreja que é a maior organização caritativa do planeta. Um dos princípios dessa Doutrina é o “bem comum”, não compreendido como a soma dos bens particulares de cada sujeito do corpo social, mas o conjunto das condições da vida social que permitem aos grupos e a cada um dos seus membros atingir sua mais completa perfeição. Disso decorre a afirmação de que há uma destinação universal dos bens, por isso o cuidado do planeta é tarefa de todo ser humano, especialmente do seguidor de Jesus Cristo. 

O dia em que o carnaval rezou


Entre algumas polêmicas, opiniões convergentes ou divergentes, o carnaval de São Paulo homenageou Nossa Senhora, sob precisas orientações da Arquidiocese local, comemorando os 300 anos do encontro da imagem de Aparecida. 

Sem entrar na disputa do tema, quero apenas destacar os aspectos positivos que julgo importantes. O Brasil nunca havia visto algo igual. Em pleno desfile, onde antes eram quase obrigatórias cenas de despudor, com exibição inconveniente do corpo humano, haver uma escola de Samba que renunciasse a isto e a outros excessos, para homenagear, respeitosamente, o lado religioso do povo, é mesmo coisa inédita. O que se viu foi um espetáculo de rara beleza, exuberância de arte expressa na música, nos tambores, nas coreografias, no visual de roupas e carros alegóricos evoluindo em desfile na avenida do samba com variadas expressões de amor e devoção à Mãe de Jesus. Aos blocos se deu o nome de Preces. Ouviu-se no enredo um verdadeiro hino à Padroeira, quando o povo cantou: Aos teus pés vou me curvar, Senhora de Aparecida, a prece de amor que nos uniu: Salve a Rainha do Brasil... Oh Senhora, Oh Senhora, reluz teu manto azul bordado em ouro: a bênção de viver a tua glória!


As referências aos pescadores tricentenários, aos milagres, às súplicas dos aflitos, aos afro-descendentes, às ofertas votivas da amada Princesa Isabel, ao Santuário e tudo mais marcaram o grande espetáculo como verdadeira procissão de louvores e ações de graças. A ausência de nudismo e de sincretismo, pedidos pela comissão examinadora da Igreja, à solicitação da “Unidos da Vila Maria”, marcou um carnaval diferente, onde se descobriu que para se alegrar nos três dias do Momo, não são necessários exageros e nem cenas inconvenientes. A paz que se sentiu na hora das evoluções pela avenida demonstrou que é possível um carnaval sem violência e sem excessos. 

Alguns protestos anteriormente quase agressivos caíram, ao menos em parte, observando o outro lado da questão. Viu-se que, na verdade, carnaval não é só pecado, mas tem muito de arte e de mensagem e pode até se transformar em prece. 

Gestos e posturas na Santa Missa (Parte 1)


A missa se divide nas seguintes partes: ritos iniciais, liturgia da Palavra, liturgia da Eucaristia, rito de comunhão e rito de conclusão.

I. Ritos iniciais

Chegamos à igreja e nos preparamos para celebrar o maior mistério da nossa fé Durante este rito, os fiéis ficam em pé.

A. Canto e procissão de entrada: entoamos um canto apropriado, com muita alegria. O canto de entrada foi introduzido na liturgia romana no século V. A procissão simboliza o caminho percorrido pela Igreja peregrina rumo à Jerusalém celeste.

O sacerdote chega ao altar, o beija e, conforme o caso, o incensa. Incensar é um símbolo de honra, purificação e santificação. Depois, ele faz o sinal da cruz.

B. Saudação do sacerdote que preside: recorda as saudações que São Paulo fazia às primeiras comunidades cristãs em suas cartas.

C. Ato penitencial: nós nos reconhecemos pecadores e fracos diante de Deus. É um ato de humildade. E lhe pedimos perdão por todas as nossas faltas. Este momento não substitui a confissão em caso de pecado mortal. O ato penitencial tem 4 partes:

1. Convite aos fiéis para que se examinem e se reconheçam pecadores, em um momento de silêncio. Este momento de silêncio é importante e faz parte essencial deste ato.

2. Pedido de perdão, que se expressa na oração “Confesso a Deus todo-poderoso, e a vós, irmãos…” e no gesto de bater no peito, ao dizer: “Por minha culpa, minha tão grande culpa”.

3. Absolvição, que não é sacramental, mas expressa um desejo de perdão de Deus. O sacerdote implora: “Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna”. O povo responde, dizendo: “Amém”.

4. Petição: “Senhor, tende piedade de nós”.

D. Glória (nas festas – sejam ou não de preceito – e solenidades). O Glória é um hino antiquíssimo e venerável com o qual a Igreja glorifica Deus Pai e faz sua súplica ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser trocado por outro. Louvamos Deus e reconhecemos diante dele o quanto necessitamos dele.
 
E. Oração coleta (exclusiva do sacerdote): é uma oração que expressa o caráter da celebração. É a oração que o padre, em nome de todos, faz ao Pai. Nela, são agrupadas ou recolhidas as necessidades de toda a assembleia. 

Quarenta mártires de Sebaste


Eram quarenta soldados cris­tãos, de várias nacionalidades, que foram presos e submetidos ao su­plício, em Sebaste, na Armênia no ano 320.

Nessa época foi publicada na cidade uma ordem do governador Licínio, grande inimigo dos cristãos, afirmando que todos aqueles que não oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos seriam punidos com a morte. Contudo se apresentou diante da autoridade uma legião inteira de soldados, afirmando serem cristãos e recusando-se a queimar incenso ou sacrificar animais. Para testar até onde ia a coragem dos soldados, o prefeito local mandou que fossem presos e flagelados com correntes e ferros pontudos. 

De nada adiantou o castigo, pois os quarenta se mantiveram firmes em sua fé. O comandante os procurou então, dizendo que não queria perder seus mais valorosos soldados, pedindo que renegassem sua fé. Também de nada adiantou e os legionários foram condenados a uma morte lenta e extremamente dolorosa. Foram colocados, nus, num tanque de gelo, sob a guarda de uma sentinela.

A região atravessava temperaturas muito baixas, de frio intenso. Ao lado havia uma sala com banhos quentes, roupas e comida para quem decidisse salvar a vida. Mas eles preferiram salvar a alma e ninguém se rendeu durante três dias e três noites.
 
Foi na terceira e última noite que aconteceram fatos prodigiosos e plenos de graça. No meio da gélida madrugada, o sentinela viu uma multidão de anjos descer dos céus e confortar os soldados. Isto é, confortar trinta e nove deles, pois um único legionário desistira de enfrentar o frio e se dirigira à sala de banhos. Morreu assim que tocou na água quente.

Por outro lado, o sentinela que assistira à chegada dos anjos se arrependeu de estar escondendo sua condição religiosa, jogou longe as armas, ajoelhou-se, confessou ser cristão tirando as roupas e se juntou aos demais. Morreram quase todos congelados. 

Apenas um deles, bastante jovem, ainda vivia quando os corpos foram recolhidos e levados para cremação. A mãe desse jovem soldado, sabendo do que sentia o filho, apanhou-o no colo e seguiu as carroças com os cadáveres. O legionário morreu em seus braços e teve o corpo cremado junto com os companheiros.
 
Eles escreveram na prisão uma carta coletiva, que ainda hoje se conserva nos arquivos da Igreja e que cita os nomes de todos.


Eis todos os mártires: Acácio, Aécio, Alexandre, Angias, Atanásio, Caio, Cândido, Chúdio, Cláudio, Cirilo, Domiciano, Domno, Edélcion, Euvico, Eutichio, Flávio, Gorgônio, Heliano, Helias, Heráclio, Hesichio, João, Bibiano, Leôncio, Lisimacho, Militão, Nicolau, Filoctimão, Prisco, Quirião, Sacerdão, Severiano, Sisínio, Smaragdo, Teódulo, Teófilo, Valente, Valério, Vibiano e Xanteas.


Alegre-nos, ó Pai, a vitória destes santos, irmanados pela coroa do martírio; que eles nos fortaleçam na fé e nos ajudem com sua constante proteção. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.


Quarenta mártires de Sebaste, rogai por nós!

quinta-feira, 9 de março de 2017

Espanha: Freiras sem convento, convento sem freiras


Fazia mais de 500 anos que o povoado de Villamayor de Santiago, distrito de Cuenca, tinha freiras entre os moradores. Mas, desde 2014, quando as Franciscanas da Misericórdia viram-se obrigadas a deixar o convento, os habitantes do local tornaram-se órfãos. Falta-lhes vida. As religiosas estavam muito ligadas à vida do local e sempre ajudavam os vizinhos. Entre seus encargos estavam a educação das crianças, o cuidado com os idosos e outros trabalhos sociais.

Depois que as freiras foram embora e o edifício ficou vazio, o bispado e a Câmara de Cuenca deram início a uma profunda restauração tanto da igreja, quanto do convento. Entre outras obras, o telhado dos séculos XVI e XVII foi renovado, as umidades foram contidas e o templo pintado.

Os vizinhos também ajudaram na reforma e arrecadaram dinheiro para consertar o prédio, que tem 25 quartos, refeitório, cozinha e até uma estufa.

Infelizmente esta situação – de um edifício que fica vazio, sem comunidade religiosa – está acontecendo em muitos povoados da Espanha. Entretanto, os moradores de Villamayor de Santiago não admitem que isso possa ocorrer e, por isso, estão buscando uma congregação de religiosas que queiram viver no local e fazer parte de seu povo. 

Quaresma e penitências modernas


Quaresma é tempo de penitência, renovação restauração. Proponho algumas penitências próprias para quem vive e sobrevive na cultura moderna. São penitências libertadoras, saudáveis, humanizadoras, necessárias.

Libertação da dependência dos aparelhos eletrônicos.

A tecnologia virou ídolo. Somos reféns e escravos do celular, da internet, da televisão, etc. Estes meios de comunicação virtuais são magníficos e realizaram uma revolução sem igual. Todavia o mau uso destes meios nos escravizam.

Cortesia no trânsito

A cortesia é sinônimo de respeito, atenção, reverência para com os outros. Penitência no trânsito significa desfazer-se de veículos desnecessários, usar os meios públicos de transporte, observar as leis e caminhar mais. Todavia a cortesia é uma possibilidade de humanizar, suavizar e solucionar problemas crônicos nas cidades e estradas.

Saber silenciar

O barulho, a agitação, a dissipação nos obrigam a viver uma vida fragmentada, agressiva, doentia. Até o sono, a afetividade, a sexualidade são significativamente prejudicadas. Saber parar, saber meditar é um remédio, uma solução prática, uma atitude sábia em favor da saúde, da paz, da boa convivência e da alegria de viver. A quaresma equivale a um retiro espiritual.

Equilibrar trabalho e família

Trabalho é bom. Trabalhar demais vira doença. É o que se chama de “síndrome da fadiga”, ou seja, esgotamento, apatia, desânimo, frustração. Sei que esta penitência é muito exigente. Mas, o excesso de trabalho não pode prejudicar a família. O lazer é um dever. Demos primazia à família e não ao lucro e ao consumismo que se transformam em doença e desequilíbrio pessoal e familiar. 

Arqueólogos encontram palácio de rei bíblico no local da tumba do profeta Jonas destruído pelo ISIS


Recentemente, um grupo de arqueólogos descobriu um palácio que foi habitado por um rei bíblico no Iraque, ao fazer um relato dos danos causados pelo Estado Islâmico (ISIS), quando destruiu a tumba do profeta Jonas em 2014.

A tumba de Jonas, um personagem importante para cristãos e muçulmanos, e o palácio estão no santuário de Nebi Yunus, localizado na zona leste da cidade de Mosul. Este lugar foi recuperado em fevereiro de 2017 pelo exército iraquiano durante a ofensiva para expulsar o ISIS da Planície de Nínive.


Segundo informou Fox News, o palácio é do ano 600 a.C. Os arqueólogos puderam encontrá-lo porque os jihadistas tinham cavado túneis no santuário para buscar artefatos antigos a fim de destruí-los ou vendê-los.

O chefe do Instituto Britânico para o Estudo do Iraque, Paul Collins, disse à Fox News que as explosões destruíram severamente o local e que este pode colapsar.

O palácio foi construído para o Rei Senaqueribe e fazia parte da antiga cidade de Nínive durante o império Assírio.

Segundo o Livro das Crônicas e o livro de Isaías na Bíblia contam que este rei invadiu Judá e queria se apoderar de Jerusalém. Nesse então, esta cidade estava sob o comando de Ezequiel e ali vivia o profeta Isaías.

Senaqueribe escreveu uma carta para ofender Deus e seus servos aterrorizavam os habitantes de Jerusalém. Ezequiel e Isaías pediram ajuda a Deus. Em seguida, um anjo desceu do céu e destruiu os soldados de Senaqueribe. Este voltou à sua terra e foi assassinado por alguns dos seus filhos (2Crônicas 32, 1-21).

O seguinte rei que habitou no palácio e o expandiu foi Assaradão, filho de Senaqueribe. Ele foi mencionado no segundo livro dos Reis 19,37, em Isaías 38 e Ezequiel 4,2.

Depois que Nínive foi saqueada no ano 612 a.C., o palácio ficou parcialmente destruído.

Segundo narra o livro de Jonas, Deus confiou ao profeta a missão de ir à cidade de Nínive para avisá-los que caso não se arrependessem dos seus pecados, Ele os destruiria. Jonas desobedeceu e fugiu em um barco.

Um dia, caiu uma tempestade e a tripulação culpou Jonas. Ele foi jogado ao mar e engolido por uma baleia, permaneceu entro dela durante três dias. Depois dessa experiência, Jonas fortaleceu a sua fé e confiança em Deus.

Então, Deus lhe pediu para voltar a Nínive. Durante 40 dias, Jonas exortou aos habitantes a se converter, caso contrário, Deus destruiria a cidade. Finalmente, o povo se converteu e assim foi salvo da destruição.

Croácia terá um dos maiores monumentos do mundo dedicado à Virgem Maria


Uma imagem de Nossa Senhora de Loreto, que terá 17 metros de altura está sendo construída na cidade de Primosten (Croácia) e será um dos maiores monumentos do mundo construído em honra à Virgem Maria.

“Este projeto é único na Croácia e além”, disseram na Prefeitura de Primosten, segundo informações do jornal ‘Total Croatia News’.

“Foi objeto de grande interesse e a Santa Sé e o Papa Francisco nos deram à bênção”, acrescentaram.

Os habitantes de Primosten são conhecidos pela sua devoção especial à Nossa Senhora de Loreto. Em honra a ela, realizam uma celebração especial nos dias 9 e 10 de maio.

O tamanho da imagem permitirá que, quando o céu estiver claro, a Virgem possa ser vista na costa italiana que está próxima da cidade.