sexta-feira, 7 de abril de 2017

As procissões têm fundamentação Bíblica?


Sim. Mas, primeiramente, gostaria de explicar o significado da palavra procissão. Esta palavra é derivada do verbo latino procedere, e do substantivo processionis, que quer dizer: marchar, caminhar, ir adiante, saída solene, cortejo religioso, etc.

As procissões tem origem na Sagrada Escritura. A caminhada é um elemento muito importante na história da Salvação. No Livro do Êxodo, encontramos o povo que caminha rumo á terra prometida. Eis, em detalhes, a descrição da Arca da Aliança, dada pelo próprio Deus: “Farão (os filhos de Israel) uma arca de madeira de acácia” (Ex 25,10) e (tu Moisés) “cobri-la-ás de ouro puro, por dentro e por fora” (Ex 25,11); “Também farás uma tampa de ouro puro” (Ex 25,17) (e) “dois querubins de ouro” (Ex 25,18); “Farás um querubim na extremidade duma parte e outro querubim na extremidade da outra parte” (Ex 25,19)… o texto continua…

O povo hebreu cumpriu, religiosamente, a ordem dada pelo Senhor e, uma vez tudo concluído, conduziu a Arca em procissão, numa caminhada de esperança, de louvor e de libertação, na presença de Deus. Também o Livro dos Números nos mostra as normas estabelecidas por Deus ao povo que caminhava, vejamos o texto: “Quando se levantava a nuvem sobre a tenda, os Israelitas punham-se em marcha; no lugar onde a nuvem parava, aí acampavam. A ordem do Senhor levantavam o acampamento, e à sua ordem o assentavam de novo” (Cf Nm 9,17-18). Será isso idolatria ordenada pelo próprio Deus?

Vamos dar um salto no tempo e na história, e partirmos para o Novo Testamento. Aqui, gostaria de ressaltar a entrada solene de Jesus, em Jerusalém. Assim, está escrito: “E toda aquela multidão, que o precedia e que o seguia, clamava: Hosana ao Filho de Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!Hosana no mais alto dos céus! (Cf Mt 21,9). Nós recordamos esta cena a poucos dias, por ocasião da Semana Santa, precisamente no Domingo de Ramos.

A nível de esclarecimento, informamos que as primeiras procissões, de nós católicos, apareceram por volta do início do século IV, logo após a declaração de liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino. Hoje as procissões são realizadas em vários momentos e ocasiões. As mais comuns são: Via-Sacra, Semana Santa, Corpus Christi, procissões em honra dos santos padroeiros e de Nossa Senhora. 

quinta-feira, 6 de abril de 2017

A cruz de Cristo e a nossa cruz


As palavras de Jesus que convida os discípulos a segui-lo ressoam de maneira especial nestes dias que nos aproximamos da celebração da sua Paixão, Morte e Ressurreição: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 9,23). A vida cristã é via crucis, iluminada pela luz da Ressurreição. Já compreendeu assim Paulo, quando expressou seu desejo de uma vida totalmente identificada com Cristo e, chegando ao extremo de “tornar-me semelhante a ele em sua morte” (Fl 3,10). A cruz não foi somente um “fim trágico” da vida de Jesus, mas a acompanhou durante toda a sua vida, como ele próprio anunciou aos seus discípulos, por três vezes: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar depois de três dias” (Mc 8,31). Pelos evangelhos podemos ver claramente a crescente oposição que Jesus encontrou da parte dos que tramaram sua morte. A cruz do Nazareno revela, ao mesmo tempo, a violência que foi descarregada sobre ele e o amor intenso que nele estava sempre presente.  

Na cruz, o pecado do mundo se evidencia, se escancara. Ela é, claramente, a consequência do mal pensado, orquestrado, com interesses.  Cada vez que contemplamos o Crucificado nos é recordada a injustiça humana, que mata o inocente. O pecado que se revelou na morte de Jesus, continua presente e se tornou um poder que governa as estruturas da sociedade humana.  Por isso, a paixão de Cristo revela a paixão do mundo, que continua na história: migrações forçadas, refugiados de guerras, sistema político-econômico que exclui e mata, projetos que desejam tirar os direitos dos menos favorecidos, indiferença diante do sofrimento do outro, crescente ódio ao invés do diálogo, violência familiar, violência no trânsito, projetos para descriminalizar a morte de indefesos no ventre materno, situação caótica das penitenciárias, depredação do meio ambiente, sem contar os pecados e violências pessoais.  

Simpósio Mariano será realizado na Arquidiocese de Teresina


Em alusão ao Ano Nacional Mariano, a Arquidiocese de Teresina promoverá no mês de maio um Simpósio a fim de impulsionar o aprofundamento e a reflexão sobre a presença de Maria Santíssima na vida da Igreja.

Entre os dias 17 e 20 de maio, sacerdotes, diáconos, religiosos, coordenadores de pastorais e serviços, além de representantes de associações, movimentos, organismos e de comunidades da Igreja deverão participar desse momento.

Segundo Francisco Alves, membro da comissão organizadora, esta é uma ação concreta da Igreja particular de Teresina, que refletirá o tema intitulado "Maria no Mistério de Cristo e da Igreja".

Além disso, o Simpósio Mariano pretende reunir especialistas em Mariologia reconhecidos em todo o país. 

Subsídios doutrinais sobre Exorcismos e Filosofia são preparados pela CNBB


A CNBB, por meio de sua Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, lançará durante a 55ª Assembleia Geral da CNBB, entre os dias 26 e 5 de maio, em Aparecida, São Paulo, dois subsídios doutrinais.

Um desses documentos a serem apresentados na reunião intitula-se "Exorcismos: Reflexões teológicas e orientações pastorais". Já o outro abordará o ensino de Filosofia na Formação Presbiteral.

Todo o material foi elaborado pelos bispos e padres membros da comissão com o apoio do Grupo Interdisciplinar de Peritos (GIP), órgão de assessoria teológica para auxiliar a comissão no cumprimento de sua missão e atribuições.

De acordo com o bispo da Diocese paulista de Santo André e presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, Dom Pedro Carlos Cipollini, o primeiro subsídio oferecerá uma reflexão sobre exorcismos, rituais de cura e libertação que vem preocupando muitos bispos, que inclusive, solicitaram que a comissão tratasse do assunto.

"Nós vemos que surge nesse momento de crise uma situação onde as pessoas se desesperam, inclusive, agravam-se as preocupações, a falta de sentido da vida, a droga, são tantas crises acumuladas, inclusive, aumento de suicídio no meio de jovens. E no meio de tudo isso, nós vemos desespero e a apelação, por exemplo, a questão de exorcismos não só na Igreja Católica, mas também fora, em muitas outras denominações religiosas. Por isso, nós vamos oferecer uma reflexão sobre o tema", declarou o bispo.

Ainda conforme Dom Cipollini, "existe exagero quando as pessoas estão desesperadas em todos os sentidos. Então, é evidente que existem exageros, inclusive, existe a tendência de imitar outras denominações religiosas no que tange a essa questão de exorcismo para atrair fieis, às vezes, para satisfazer uma demanda, de forma que o estudo trata de tudo isto". 

“Procissão do Fogaréu” 2017 deve atrair 8 mil fiéis para as ruas de Aracaju


A tradicional "Procissão do Fogaréu" será realizada na Arquidiocese de Aracaju. O momento de fé e meditação será promovido pela Paróquia São Pedro Pescador, no bairro Industrial, e ocorrerá à meia-noite da Quinta-Feira Santa, 13 de abril.

De acordo com a organização, aproximadamente 8 mil fiéis são esperados na procissão, também conhecida como "Noite da Prisão de Cristo".

A iniciativa é realizada há seis anos, percorrendo dezenas de ruas do bairro, com encerramento previsto para às 3h da Sexta-Feira Santa. 

Papa Francisco confirma a validade dos matrimônios na FSSPX


Boas-novas vindas da Santa Sé. Publicamos aqui na íntegra a Carta da Comissão Pontifícia "Ecclesia Dei" que foi hoje tornada pública e que surpreendeu muita gente:

Com o objetivo de evitar problemas de consciência aos fiéis que aderem à Fraternidade de São Pio X, incertezas a respeito da validade do Sacramento do Matrimônio, e para apressar o caminho rumo à plena regularização institucional, a Congregação para a Doutrina da Fé divulgou um comunicado orientando os bispos das Conferências Episcopais.

O Santo Padre, por proposta da Congregação para a Doutrina da Fé e da Comissão Ecclesia Dei, decidiu autorizar os Ordinários Locais a conceder licenças para a celebração de matrimônios de fiéis que seguem as atividades pastorais da Fraternidade, segundo as modalidades seguintes:

«Vossa Eminência,
Vossa Excelência,

Como terá conhecimento, há já algum tempo que há reuniões e outras iniciativas a decorrer em ordem a trazer a Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X à plena comunhão. Recentemente, o Santo Padre decidiu, por exemplo, conceder a todos os sacerdotes da dita Fraternidade a faculdade para validamente administrar o Sacramento da Penitência aos fiéis (Carta Misericordia et misera, n.12), como que garantindo a validade e licitude do Sacramento e afastando quaisquer preocupações por parte dos fiéis.

Seguindo a mesma linha pastoral, que procura tranquilizar a consciência dos fiéis, apesar da persistência objetiva da irregularidade canônica em que, por enquanto, a Fraternidade de S. Pio X se encontra, o Santo Padre, seguindo uma proposta da Congregação da Doutrina da Fé e da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, decidiu autorizar os Ordinários Locais à possibilidade de conceder faculdades para os matrimônios de fiéis que seguem a atividade pastoral da Fraternidade, de acordo com as seguintes provisões.

Dentro do possível, o Ordinário Local deve garantir um padre da Diocese (ou em qualquer evento um padre duma outra circunscrição eclesiástica com as devidas licenças) para oficiar o matrimônio, recebendo o consentimento das partes no ritual do matrimônio, seguido, de acordo com o Vetus Ordo, da celebração da Missa, que pode ser celebrada por um sacerdote da Fraternidade.

Onde não for possível fazer o acima referido, ou se não houver padres na Diocese disponíveis para receber o consentimento das partes, o Ordinário pode conceder as faculdades necessárias ao sacerdote da Fraternidade que deverá também celebrar a Santa Missa, lembrando-o do dever de encaminhar os documentos relevantes para a Cúria Diocesana assim que possível. 

Homilética: Missa do Crisma, dos Santos Óleos e da Unidade: "Cristo sumo e eterno sacerdote".


Irmãos e filhos caríssimos, mais uma vez, o Presbitério da Igreja de Deus reúne-se de modo solene ao redor do Altar da Eucaristia e do seu Bispo, aquele que, por graça do Senhor, preside a esta Igreja “no lugar de Deus”, como dizia Santo Inácio de Antioquia.

Sim, preside “no lugar de Deus” porque faz as vezes Daquele que veio da parte do Pai não para ser servido, mas para servir, faz as vezes do Cristo, “Pastor e Bispo de nossas almas” (1Pd 2,25), Aquele mesmo que “deu a vida pelas Suas ovelhas e quis morrer pelo rebanho”...

Aqui estamos no dia mesmo em que o Senhor Jesus Cristo instituiu o nosso sacerdócio ministerial.

Deveis, vós, presbíteros desta Igreja, renovar as vossas promessas sacerdotais diante do vosso Bispo e do inteiro Povo de Deus, a quem servis; deveis também, no final desta Celebração, ao redor do vosso Bispo, estender a mão direita enquanto ele consagra o Crisma da salvação.

Para compreendermos estes mistérios, do Crisma e do sacerdócio, é necessário seguir o conselho da Epístola aos Hebreus, que de modo solene nos exorta: “Meus santos irmãos e companheiros da vocação celeste, considerai atentamente Jesus, o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa profissão de fé!” (3,1) Considerar atentamente Jesus nosso Senhor e, a partir Dele, compreender o mistério do nosso sacerdócio e o mistério do Crisma a ser consagrado e dos demais óleos a serem benzidos...

Na Sinagoga de Nazaré, o Senhor leu o rolo do Profeta Isaías: “O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim, porque Ele Me consagrou com a Unção para anunciar a Boa Nova aos pobres... e proclamar um Ano da graça do Senhor!”.

Jesus apresenta-Se a Si mesmo como o Ungido, o Messias, Aquele sobre Quem o Pai derramou o Crisma espiritual para a missão de proclamar o Evangelho da salvação! Esse Crisma que ungiu Jesus, caríssimos, é o próprio Espírito Santo, no Qual o Filho foi enviado; é Ele o óleo da alegria, anunciado pelo Profeta Isaías (cf. Is 61,3)...

Na força do Espírito Santo, o nosso Salvador Jesus Cristo anunciou e tornou presente o Reino do Pai, seja pela palavra, seja pelos tantos sinais portentosos que realizou como sinal do Reino inaugurado entre nós.

Na força do Santo Espírito, Jesus, o Cristo, o Ungido de Deus, consolou, acolheu, perdoou pecados, expulsou demônios e libertou os cativos de todas as escravidões humanas, porque revelou Deus como Pai e a todos convidou a abrir o coração e a vida para o Deus que O enviara.

Foi ainda nesse Espírito Santo que Jesus, “tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1s), até a entrega total de Si mesmo na cruz! E, agora, ressuscitado no Divino Espírito, continua, na Igreja, pelo nosso humilde e indispensável ministério, a realizar a Sua obra de salvação.


quarta-feira, 5 de abril de 2017

RJ: Católicos dizem não à Ideologia de Gênero no Plano Municipal de Educação


Inspirada pela mensagem do Evangelho e pela Doutrina Social da Igreja, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro convocou toda a sociedade carioca para participar, na Câmara Municipal, nesta terça-feira, 4 de abril, da audiência pública para discutir o Plano Municipal de Educação (PME).

Homenagem

Com galerias lotadas por professores, profissionais de educação, merendeiras, mães e pais de alunos, e agentes de pastorais e movimentos, o debate foi conduzido pelos vereadores Paulo Santos Messina (PROS), Rogério de Castro Lopes (PTB) e Tarcisio Motta de Carvalho (PSOL), membros da Comissão Permanente de Educação e Cultura, e teve seu início marcado por um minuto de silêncio pela morte de Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, que foi atingida por tiros dentro da Escola Municipal Jornalista Daniel Piza, em Acari, no último dia 30 de março.

Metas da educação

Prevista em lei federal, a adequação do atual Plano Municipal da Educação do Rio será um dos principais elementos para a garantia ao direito de todos à educação no município, nas instituições públicas ou privadas, da educação básica ao ensino superior. Assim, no Plano, serão registradas e legitimadas as metas a serem executadas ao longo dos próximos dez anos para assegurar a educação de crianças, adolescentes, jovens e adultos, com qualidade e acompanhadas pela sociedade.