segunda-feira, 9 de outubro de 2017

São João Leonardo


Leonardo nasceu na Toscana, em 1541. Levou uma vida normal de leigo, trabalhando no ramo farmacêutico com o pai até os vinte e seis anos de idade, quando este morreu. Tendo participado do trabalho junto aos pobres com os padres colombinos, decidiu entregar sua vida ao seguimento de Cristo.

Mesmo sabendo das dificuldades por ser adulto, Leonardo não se intimidou. Enfrentou os estudos desde o começo, do princípio mais elementar. Juntou-se aos meninos para aprender o latim e, em seguida, aplicou-se no estudo de filosofia e de teologia. Quatro anos depois, foi ordenado sacerdote.

Dedicando-se à catequese das crianças, implantou, junto com alguns religiosos, uma educação totalmente voltada para os princípios cristãos, nascendo, em 1574, a Congregação da Doutrina Cristã, hoje Clérigos Regulares da Mãe de Deus, também conhecidos como padres leonardinos.

Em 1584, resolveu fazer uma peregrinação à França, ao Santuário de Nossa Senhora de Loreto. Leonardo, que tinha conquistado a confiança do papa Clemente VIII, foi enviado por este para realizar diversas missões em seu nome, restaurando a disciplina religiosa em várias ordens, conventos e congregações. Era um tempo de decadência de costumes e seu trabalho entusiasmado e atraente trouxe de volta os velhos princípios do verdadeiro cristianismo que se haviam perdido no dia-a-dia de muitos integrantes da Igreja.

Preocupado em assegurar um futuro de fé às crianças pagãs, fundou, em parceria com João Batista Vives, um colégio para jovens sacerdotes que se espalhariam pelo mundo como missionários, pregando o catolicismo entre os infiéis e cuidando das vítimas das epidemias. Portanto João Leonardo foi o precursor do Colégio Urbano dos Missionários da Propaganda Fidei, ou Obra da Propaganda da Fé, fundado em 1627, em Roma, atuante até nossos dias, principalmente na esfera da Santa Sé. E também dos Missionários Exteriores de Paris, fundado em 1663.

Influenciado pelo Concilio de Trento, ao lado de grandes religiosos da época, como os depois santos Filipe Neri, José Calazanz e Camilo de Lellis, João Leonardo travou uma grande luta pela reforma eclesiástica da Itália, o que o fez tornar-se, também, um dos grandes do seu tempo.

Radicado em Roma, ele morreu no dia 8 de outubro de 1609. Seu corpo se encontra na cripta da igreja Santa Maria, em Campiteli. Beatificado em 1861, o papa Pio XI declarou santo João Leonardo em 1938, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


Bendito seja Deus altíssimo que inspirou a são João Leonardo na fundação do colégio da “Propaganda fide”, organismo atuante até os dias atuais. Concedei-nos, por sua intercessão, a graça que ardentemente vos pedimos. Amém.


São João Leonardo, rogai por nós!

domingo, 8 de outubro de 2017

Sexo: esclarecimentos para católicos solteiros e casados


Sexo!!! Eu pensava que esse assunto já estava claro na mente dos fiéis, mas não. A bagunça ainda existe. Solteiros que acham que NÃO É pecado, e casados que pensam que É. Vamos clarear isso!

O sexo é uma graça de Deus. É através dele que a vida humana floresce. Nada que Deus criou é ruim em si mesmo, pois Ele é o Sumo Bem. No entanto, o pecado chegou pra desconstruir os planos do Criador. Como diz um tio meu, Deus fez a cana e o diabo inventou a cachaça.

No matrimônio, o sexo é um ato sagrado. Jesus revelou a uma alma mística que, quando a esposa se recusa sem motivos sérios, está impedindo que o esposo beba na fonte da vida, e vice-versa. Há casamentos sendo destruídos por uma má compreensão do sexo. Uma senhora chegava a fugir do marido quando ele a procurava. Pegava o terço e dizia: “Tá repreendido. Saia daqui…” Existem casais que não comungam após uma noite de amor. Outra senhora que cobria o crucifixo do quarto com uma toalha “para Jesus não ver”. Minha gente, a cama de um casal ‘casado’, é o altar da vida, é um lugar santificado. Tobias e Sara rezavam antes de se deitarem. Não é a toa que a Igreja diz que o casamento só é consumado na noite de núpcias. Acordem pra vida!

São Luis Beltran


Luis Beltran nasceu em Valência (Espanha) em 1526, e foi o tipo de jovem aventureiro, aberto aos desafios. Obediente a voz do Senhor, venceu a oposição do pai e ingressou na Ordem Dominicana para ser sacerdote.

Com passos largos em direção à santidade (tinha apenas 23 anos quando recebeu a ordenação sacerdotal), assumiu a importante função de mestre dos noviços, até que decidiu aventurar-se na evangelização do novo mundo. Na Colômbia, Luis Beltran muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e posteriormente contra os negros escravos.

O preço da conversão de milhares de indígenas espalhados por toda Colômbia foi o sofrimento promovido por exploradores espanhóis. Por duas vezes procuraram envenená-lo e em outras quatro ocasiões o assaltaram ameaçando-o de morte. São Luis não se deixou amedrontar e só voltou para a Espanha pela obediência aos superiores e com a intenção de melhor recrutar e formar apóstolos para a evangelização da América.

Este bondoso amigo de todos assumiu cargos de direção na Ordem Dominicana, exerceu com grande eficácia o ministério da pregação, chegando a operar inúmeras conversões e alcançar milagres. No ano de 1569 São Luis, já na Espanha como formador de futuros missionários, pôde partilhar com palavras o que viveu nas inúmeras missões. Ensinava que a arma mais eficaz na conversão das almas é uma intensa vida de oração e de muito sacrifício, e que a pregação necessita de ser acompanhada pelas boas obras, caso contrário, o mau exemplo destruiria de maneira fatal a proclamação da Boa Nova.

São Luis Beltran faleceu em Valência no ano de 1581, com 56 anos de idade. A tal ponto enriqueceu o povo e a Igreja com sua vivência missionária que o próprio pai, antes de morrer, declarou-lhe: “Meu filho, uma das coisas que mais me afligiu na vida foi ver-te frade, mas hoje, o que me consola é saber-te frade!”


São Luiz Beltran que a tantos convertestes, que olhastes a cada jovem como um futuro missionário de Nosso Senhor, olhai também benignamente todo o nosso clero, todas as desordens que possam existir dentro de nossa sociedade e na própria Igreja. Concedei a todos os missionários intensa luz e uma vida de santidade para que possam convencer muito mais do que multiplicadas palavras. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.


São Luis Beltran, rogai por nós!

sábado, 7 de outubro de 2017

Nossas crianças


O volante Gabriel, do Corinthians, foi suspenso por dois jogos por causa de gesto obsceno feito para a torcida do São Paulo. Ele pusera a mão sobre a parte da frente do calção, entre as pernas. Fico me perguntando se seria arte, na mesma cidade, quando aquela mãe induziu a filhinha a tocar num homem nu, deitado no chão. Em Jundiaí, a alguns quilômetros dali, um pai de 24 anos foi preso por estar fumando maconha no carro de vidros fechados, com seu bebê de uma semana deitado ao lado. Fico me perguntando porque estava aberta para crianças uma exposição em Porto Alegre que mostra um negro com o pênis de um branco na boca, enquanto outro branco o penetra por trás. A mesma exposição tem uma ovelha sendo violentada por duas pessoas, enquanto uma mulher pratica sexo com um cachorro. Não entendi porque isso estava num museu, aberto a crianças, e não numa casa noturna de shows de esquisitices sexuais e restrito a adultos.

Tampouco entendi a performance de um homem nu que esfrega num ralador uma imagem de Nossa Senhora. Em São Paulo, alguém que pensa que somos idiotas explicou que o homem nu é arte interativa com o corpo humano. Ora, arte com o corpo humano é o que a gente vê, e aplaude, no Cirque du Soleil. E a Veja, de que sou assinante, deve pensar que abandono meus neurônios ao abrir a revista. Comparou as garatujas da exposição de Porto Alegre a Leda e o Cisne, de Leonardo. Como piada, eu poderia acrescentar, no mesmo tom, que deveriam convidar o tarado ejaculador em ônibus para mandar uma foto a ser exposta entre as semelhantes manifestações de “arte”. As pinturas murais artesanais eróticas em Pompéia, têm um significado histórico que o mau-gosto do tal museu não tem.

Adolescente submetido a mudança de sexo se arrepende após 2 anos


Um adolescente australiano, com a permissão de sua mãe, fez uma terapia hormonal de mudança de sexo a fim de tornar-se mulher, mas, dois anos depois, se arrependeu.

Entrevistado no programa de televisão 60 Minutes Australia, Patrick Mitchell revelou que começou a terapia aos 12 anos.

Naquela ocasião, disse ele, “eu tinha uma imagem de como é ser menino ou menina, mas é bem diferente quando você realmente experimenta”.

O menino foi diagnosticado com “disforia de gênero” e deu início a um tratamento hormonal que, como consequência, fez crescerem os seios de Patrick. Agora, os seios terão que ser reduzidos por meio de uma cirurgia na Coreia do Sul. Patrick afirma:

“Comecei a me desenvolver como menina, que era o que eu queria naquele momento, mas agora não é mais o que eu quero”.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Pastor manda fiéis comerem grama para “ficarem mais perto de Deus”.


O crescimento de igrejas neopentecostais na África vem despertando a preocupação de líderes evangélicos da região por conta das doutrinas e rituais que essas denominações têm difundido entre seus fiéis.

O mais recente exemplo de extravagância, por assim dizer, vem de uma denominação fundada pelo pastor Lesego Daniel, líder do Rabboni Centre Ministries (Centro de Ministérios Rabboni, em tradução livre).


Daniel pediu aos frequentadores da igreja que fossem ao lado de fora do templo e comessem grama, pois a ingestão da vegetação “os levaria para mais perto de Deus”. De acordo com o jornal Daily Mail, o pastor foi obedecido por vários fiéis. “Sim, nós comemos grama e somos orgulhosos disso, porque isso demonstra que, com o poder de Deus, podemos fazer qualquer coisa”, diz Rosemary Phetha, 21 anos, estudante de direito. 

Obediência Franciscana: Florescer na liberdade!


A obediência franciscana se faz inovadora no campo do Voto de Obediência ao longo da História do Cristianismo. São Francisco em suas Admoestações reserva um capítulo para tratar da perfeita obediência e o faz com toda humanidade, sem perder a dimensão do mistério:

(Adm III) – Da obediência perfeita

1 Diz o Senhor no Evangelho: “Quem não renuncia a todos os seus bens não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33), 2 e: “Quem quiser salvar sua alma, perdê-la.” (Mt 16,25). 3 Abandona tudo quanto possui e perde sua vida aquele que a si mesmo abandona inteiramente a obediência nas mãos do seu prelado. 4 E tudo o que faz e diz, sabendo que não contraria a vontade dele, e sendo bom o que faz, é obediência verdadeira. 5 E se acaso o súdito vê algo melhor e mais útil à sua alma do que aquilo que o prelado lhe ordena, sacrifique a Deus o seu conhecimento, se aplique com firmeza a cumprir as ordens do prelado, 6 pois nisto é que consiste a verdadeira obediência feita com amor, que agrada a Deus e reverte a bem do próximo. 7 Entretanto, se o prelado der ao súdito alguma ordem contrária à alma, este todavia não se separe dele, embora não lhe seja lícito obedecer-lhe. 8 E se por esse motivo tiver de suportar perseguições da parte de alguém, que então o ame ainda mais por amor de Deus.9 Pois aquele que prefere aturar perseguições a querer ficar separado de seus Irmãos, permanece verdadeiramente na perfeita obediência, porque “da sua vida pelos seus Irmãos” (Jo 15,13).10 há efetivamente muitos religiosos que, sob o pretexto de verem coisas preferíveis às que os prelados ordenam, “olham para trás” (Lc 9,62) e “voltam ao vômito de sua vontade própria” (Pr 26,11). Esses tais São homicidas e, por seus exemplos funestos, causam a perdição de muitas almas.

Obedecer na fraternidade franciscana não exclui, mas compreende a dimensão antropológica do ser humano que é a liberdade. Essa realidade consiste em como cada pessoa empreende e conduz o dom da vida. Floresce na concretude das atitudes pessoais e na maturidade da plena disponibilidade diante da ação divina. Como nos exorta São Francisco:

Devemos também renunciar a nós mesmos e submeter os nossos corpos ao jugo da servidão e da santa obediência, como cada um prometeu ao Senhor (IICatFi, VII, 40).

A obediência Franciscana não é simplesmente uma atitude de renunciar a própria vontade, mas é uma atitude que pode ser poeticamente representada pela poesia de Adélia Prado:

O que morre, aduba! O que esta inerte, espera!”. Pois bem, renunciar à própria vontade, é morrer para si mesmo. No entanto, essa atitude constitui o húmus que fortifica e fertiliza a terra de nosso coração frente à ação divina. Portanto, aduba! Os anseios, nossas boas vontades e sonhos são salvaguardados por nossa individualidade, que não se esvai frente à dinâmica fraterna, mas se mantém sendo parte do projeto fraterno de vida e missão. Portanto, os desejos e sonhos do mais profundo do coração, estão inertes e envoltos na dinâmica divina. Estão inertes, portanto, esperam na Graça de Deus.

São Francisco nos ensina a verdadeira obediência feita com amor, que agrada a Deus e reverte ao bem do próximo.”(Admoestação III, 6). Nessa dinâmica coloca-se à disposição da fraternidade as próprias capacidades e escolhe-se, em liberdade, o melhor modo de servir a Deus e aos Irmãos.

O Capítulo VIII da  Segunda Carta aos Fiéis revela a profunda humanidade e sabedoria de Francisco quanto à obediência.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Os católicos ‘protestantes’


A carta que, com data de 16 de Julho passado, cerca de meia centena de católicos escreveram ao Papa Francisco, acusando-o de heresia, não é inédita, mas é insólita, injusta e muito infeliz.

Há precisamente cinco séculos, Martinho Lutero revoltou-se contra o papa e a Igreja católica, dando origem aos vulgarmente designados por ‘protestantes’. Também os signatários desta “correção filial”, embora não sejam, em sentido próprio, protestantes, são-no de facto, por este seu protesto contra o Santo Padre.

Não obstante o seu louvável zelo pela ortodoxia e suposta boa-fé, manifestam uma considerável presunção e arrogância, quando dizem que foram “obrigados a dirigir a Sua Santidade uma correção, devido à propagação de heresias produzidas pela Exortação apostólica Amoris laetitia e de outras palavras, atos e omissões de Sua Santidade”. É algo confusa a alusão a “heresias produzidas pela dita Exortação apostólica, porque nenhuma heresia é ‘produzida’ por um texto, nem por meras “palavras, atos e omissões”, mas por alguém que, neste caso, só pode ser o Papa Francisco.

Segundo o Código de Direito Canônico, “diz-se heresia a negação pertinaz, depois de recebido o batismo, de alguma verdade que se deve crer com fé divina e católica” (cânone 751). Portanto, só é herética a negação, por um fiel que o faça de forma consciente e pertinaz, de algum dogma. Não constando, como certamente não consta, essa intenção e vontade por parte do Sumo Pontífice, é moralmente temerária e juridicamente improcedente a acusação de heresia, também porque nada permite supor, no Papa Francisco, a consciência e intenção de contradizer a fé da Igreja.

Como é sabido, nenhum bispo, nem a totalidade dos cardeais pode, em caso algum, depor um Papa validamente eleito. Nem sequer o concílio ecumênico poderia fazê-lo. Não há nenhuma forma canônica pela qual se possa obrigar o bispo de Roma a renunciar ao seu ministério eclesial.

E se o Papa for herege?! Segundo o Código de Direito Canónico, qualquer clérigo que incorra em heresia, fica automaticamente excomungado e, em consequência, cessa no seu ofício eclesiástico (cân. 1364), mas não o romano pontífice, porque “a primeira Sé por ninguém pode ser julgada” (cân. 1404). “O Papa na Igreja é juiz supremo, a quem só Deus pode julgar. A esta prerrogativa, proveniente do direito divino, nem sequer o Papa pode renunciar. Ao dizer que a primeira Sé não pode ser submetida ao juízo de poder humano algum, deve entender-se acerca tanto das resoluções que o Papa pronuncie, como daquelas que ele faça com aprovação ou aceitação expressa e formal” (Communicationes, 10, 1978, p. 219).