sábado, 12 de maio de 2018

Papa Francisco: Reflexões sobre a Santa Missa – Ato Penitencial - II (Parte 7/15)



PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 10 de janeiro de 2018


Ato Penitencial

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

No percurso de catequeses sobre a celebração eucarística, vimos que o Ato penitencial nos ajuda a despojar-nos das nossas presunções e a apresentar-nos a Deus como realmente somos, conscientes de sermos pecadores, na esperança de sermos perdoados.

Precisamente do encontro entre a miséria humana e a misericórdia divina adquire vida a gratidão expressa no “Glória”, «um hino antiquíssimo e venerável com o qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro» (Ordenamento Geral do Missal Romano, 53).

O início deste hino — “Glória a Deus nas alturas” — retoma o cântico dos Anjos no nascimento de Jesus em Belém, anúncio jubiloso do abraço entre céu e terra. Este canto inclui-nos também a nós reunidos em oração: «Gloria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade».

Após o “Glória”, ou então, na sua ausência, imediatamente depois do Ato penitencial, a oração adquire forma particular na prece denominada “coleta”, por meio da qual se expressa o caráter próprio da celebração, que varia de acordo com os dias e os tempos do ano (cf. ibid., 54). Mediante o convite «oremos», o sacerdote exorta o povo a recolher-se com ele num momento de silêncio, com a finalidade de tomar consciência de estar na presença de Deus e fazer emergir, cada qual no próprio coração, as intenções pessoais com as quais participa na Missa (cf. ibid., 54). O sacerdote diz «oremos»; e depois há um momento de silêncio, e cada um pensa naquilo de que precisa, que deseja pedir, na oração. 

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Papa Francisco: Reflexões sobre a Santa Missa - Ato Penitencial - I (Parte 6/15)


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Ato Penitencial

Caros irmãos e irmãs, bom dia!

Retomando as catequeses sobre a celebração eucarística, consideremos hoje, no contexto dos ritos de introdução, o ato penitencial. Na sua sobriedade, ele favorece a atitude com a qual se dispor para celebrar dignamente os santos mistérios, ou seja, reconhecendo diante de Deus e dos irmãos os nossos pecados, reconhecendo que somos pecadores. Com efeito, o convite do sacerdote é dirigido a toda a comunidade em oração, porque todos somos pecadores. O que pode dar o Senhor a quem já tem o coração cheio de si, do próprio sucesso? Nada, porque o presunçoso é incapaz de receber o perdão, satisfeito como está da sua presumível justiça. Pensemos na parábola do fariseu e do publicano, onde somente o segundo — o publicano — volta para casa justificado, ou seja, perdoado (cf. Lc 18, 9-14). Quem está ciente das próprias misérias e abaixa o olhar com humildade, sente pousar sobre si o olhar misericordioso de Deus. Sabemos por experiência que só quantos sabem reconhecer os erros e pedir desculpa recebem a compreensão e o perdão dos outros.

Ouvir em silêncio a voz da consciência permite reconhecer que os nossos pensamentos estão distantes dos pensamentos divinos, que as nossas palavras e as nossas ações são muitas vezes mundanas, isto é, guiadas por escolhas contrárias ao Evangelho. Por isso, no início da Missa, realizamos comunitariamente o ato penitencial mediante uma fórmula de confissão geral, pronunciada na primeira pessoa do singular. Cada um confessa a Deus e aos irmãos “que pecou muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Sim, também por omissões, ou seja, que deixei de praticar o bem que poderia ter feito. Sentimo-nos muitas vezes bons porque — dizemos — “não fiz mal a ninguém”. Na realidade, não é suficiente não praticar o mal contra o próximo, mas é necessário escolher fazer o bem aproveitando as ocasiões para dar bom testemunho de que somos discípulos de Jesus. É bom frisar que confessamos tanto a Deus como aos irmãos, que somos pecadores: isto ajuda-nos a compreender a dimensão do pecado que, enquanto nos separa de Deus, também nos divide dos nossos irmãos, e vice-versa. O pecado corta: corta a relação com Deus e com os irmãos, corta a relação na família, na sociedade e na comunidade: o pecado corta sempre, separa, divide.

As palavras que proferimos com os lábios são acompanhadas pelo gesto de bater no peito, reconhecendo que pequei precisamente por minha culpa, e não por culpa de outros. Com efeito, muitas vezes acontece que, por medo ou vergonha, aponto o dedo para acusar o próximo. Custa-nos admitir que somos culpados, mas faz-nos bem confessá-lo com sinceridade. Confessar os próprios pecados. Recordo-me de uma história, narrada por um missionário idoso, de uma mulher que foi confessar-se e começou a falar dos erros do marido; depois, passou a contar os erros da sogra e em seguida os pecados dos vizinhos. A um certo ponto, o confessor disse-lhe: “Mas senhora, diga-me: acabou? — Muito bem: acabou com os pecados dos outros. Agora comece a dizer os seus”. Dizer os próprios pecados!

quinta-feira, 10 de maio de 2018

SC: Padre é condenado a 33 anos de prisão por abuso de dois adolescentes



Dois dias após a condenação do padre Marcos Roberto Ferreira a 33 anos de prisão por abuso de dois adolescentes em Joinville, o pai de um dos garotos, que é afilhado do religioso, contou ao G1 sobre o sofrimento da família assim que os crimes vieram a público e disse que houve falta de apoio da igreja católica.


Após o pai ver o menino perder amigos e se sentir discriminado na comunidade religiosa que frequentava, ele decidiu colocar a casa e o negócio da família à venda e recomeçar em outro município.

O pai, que tem a identidade preservada para a proteção do adolescente, contou que o garoto, na época com 13 anos, estava sofrendo preconceito. "As pessoas na igreja começaram a olhá-lo de um jeito diferente, mas ele é a vítima. As pessoas começaram a nos ofender nas redes sociais. Foi muita hipocrisia”, afirmou.

Os crimes ocorreram em 2017 na paróquia de Pirabeiraba, distrito de Joinville, onde o réu passou a morar depois de atuado em São Francisco do Sul, cidade na qual administrou a paróquia de Santa Paulina por quase cinco anos.

Os abusos eram cometidos na casa do padre, lugar em que os meninos iam dormir a pedido dele. As vítimas relataram os abusos aos pais, que procuraram a polícia. Laudos periciais, elaborados a partir da análise de um psicólogo da Polícia Civil, comprovaram que os crimes ocorreram.

Quando o processo começou, o pai disse que 42 pessoas testemunharam a favor do padre e que precisou contratar um advogado para defender o filho.

“De repente, estávamos só nossa família e nossos amigos contra toda aquela gente em defesa do padre. No início, o bispo nos recebeu e disse que nos daria todo o apoio, mas depois quando o processo avançou, nos virou as costas. A igreja nos virou as costas”, afirma.

Para o pai, nos momentos mais difíceis, a igreja não ofereceu apoio. “O advogado nos cobrou pelo trabalho dele, então, fui pedir ajuda ao bispo, que nem nos recebeu. Um padre do [setor] financeiro da Mitra disse que não tinha nada a ver com isso e comparou nosso filho a uma televisão. Ele disse: ‘se você compra uma televisão e ela dá defeito, o problema é de quem?’”, contou.

Sem auxílio, a família explicou que precisou recorrer ao parcelamento dos honorários do advogado. “Estou pagando até hoje. Graças a Deus ele me deu a possibilidade de pagar aos poucos".

Diante da situação, o pai disse que a família deixou de frequentar a igreja.

Bélgica: Cardeal apoia “bênção” de casais homossexuais



O Arcebispo de Malinas-Bruxelas (Bélgica), Cardeal Josef De Kesel, expressou seu apoio à bênção de casais homossexuais e comentou que não tem nada contra, desde que sejam em um contexto de “honestidade e lealdade”.

Assim indicou o Purpurado belga depois de um encontro no Palácio da Arquidiocese de Bruxelas com o comitê executivo do grupo LGBT Homosexual Lesbiennewerking Mechelen (HLWM).

A mídia belga informou que o encontro aconteceu no final de abril e que o Cardeal afirmou que “bênção ta vez não seja a palavra adequada, porque é muito semelhante à bênção de um matrimônio. Talvez poderia falar de uma celebração de ação de graças ou de uma oração”.

“Uma oração eclesiástica pelo relacionamento de dois homens ou de duas mulheres com certeza é possível, desde que não pareça um casamento pela Igreja. Neste contexto, não a troca de alianças não poderia ser feita”, indicou o Arcebispo.

De acordo com o site pró-gay Zizo-online, o Cardeal De Kesel disse que, “até pouco tempo, a igreja era muito desdenhosa com os homossexuais e com as lésbicas, mas isso não foi diferente da sociedade em geral. Certamente, na Europa, muitas coisas mudaram para melhor, mas a Igreja na África e especialmente na Ásia, e em alguns lugares da Europa Oriental ainda não. Entretanto, também devemos respeitar essas opiniões”.

“Com certeza não estou a favor de um comportamento promíscuo dos homossexuais nem dos heterossexuais”, acrescentou.

“Nós temos um Cardeal que está seriamente interessado no bem-estar dos gays e das lésbicas”, disse um representante de HLWM depois da reunião com o Arcebispo de Bruxelas, que em 2015 se manifestou a favor de dar a Comunhão aos divorciados em nova união. 

Se decide abortar, “não vou respeitar sua escolha”, diz sacerdote



O sacerdote argentino Leandro Bonnin, levantou a voz novamente em defesa do nascituro e, através da sua conta no Facebook, enviou uma mensagem dura às pessoas que promovem o aborto.

Anteriormente, o sacerdote que vive na província de Entre Rios, havia enviado uma carta a uma jovem que parodiou um “aborto” da Virgem Maria. Também publicou um livro no qual apresenta argumentos simples, mas convincentes, para defender a vida do nascituro.

”Se você pretende matar outro ser humano, se você pretende ter uma autorização para eliminar outro argentino, se escolhe desmembrar um bebezinho inocente ou aspirá-lo como se fosse lixo e ainda pretende que eu financie este homicídio e diga que você tem o ‘direito’ de fazer isso, nesse caso, que fique muito claro, farei o que for possível para impedir e de jeito nenhum vou respeitar a sua escolha”, escreveu.

Na publicação do dia 5 de maio, o sacerdote disse que pode respeitar a decisão de mudar o penteado, de usar certo tipo de roupa ou de fazer uma pequena cirurgia.

“Inclusive se você quisesse fazer uma cirurgia para mudar o nariz, ou para diminuir as orelhas, ou se quisesse cortar seu dedo do pé, ou mutilar qualquer outro membro ou órgão do corpo, eu não concordo com isso e vou lhe dizer, mas não posso impedi-lo, e prometo respeitar a sua escolha... Só não me peça para ajudar a fazer isso, nem que eu aprove a sua escolha”, assinalou. 

Ponderações para os dias que correm...



Caro Amigo, gostaria de partilhar com você algumas ponderações sobre a leitura [de Atos dos Apóstolos, 17]... Talvez lhes pareçam meio técnicas; mas são importantes... Deveriam nos ajudar a pensar sobre como ser cristãos, como ser Igreja e como anunciar o Evangelho nos dias atuais...

Trata-se do capítulo 17 dos Atos dos Apóstolos.

São Paulo está na sua segunda viagem missionária. Chegado da Macedônia, onde tinha sido colocado para correr de Filipos, de Tessalônica e de Bereia, o Apóstolo alcançou Atenas, na Ática.

Aí, pregava e discutia com judeus e tementes a Deus, na sinagoga, e pregava e debatia com os pagãos na ágora, na praça pública ateniense (cf. v. 17).

Falando aos pagãos na ágora, no Areópago, São Paulo, procurou entrar em diálogo com eles a partir da própria cultura gentia, pagã.

Ele tinha consciência de que aqueles pagãos eram pecadores diante de Deus, eram idólatras (cf. vv. 16.24.29.30.31); sabia muito bem que aqueles pagãos viviam na ignorância e precisavam ser notificados do Evangelho para que tivessem a chance de se converterem receberem a salvação em Jesus nosso Senhor (cf. vv. 30s). O Apóstolo não mascarou a verdade, não relativizou nem escondeu Jesus: "Ele é o homem a Quem Deus designou... ao ressuscitá-Lo dos mortos" (v. 31).

Contudo, procurou dialogar: começou elogiando a religiosidade dos gregos, eles que dedicaram um altar ao Deus desconhecido... Nas verdade, o altar era "aos deuses desconhecidos" mas São Paulo, num gesto de boa vontade, deu uma arrumadinha no sentido da dedicatória: "Ao Deus desconhecido!" E se saiu com esta: "O que adorais sem conhecer, isto venho anunciar-vos!" (v. 23)

Aí, usando a pura razão humana e a filosofia grega, mostrou que Deus é o criador de tudo, é o criador e o provedor dos homens e, portanto, não é um ídolo. Por fim, avisou aos atenienses com franqueza que esse Deus único a todos jugaria através de um homem que Ele enviara e ressuscitara dos mortos, Jesus!

O resultado da pregação foi um fracasso quase completo! Os atenienses não deram bola! Desapontado, São Paulo partiu para Corinto, capitada Acaia, uma das cidades mais depravadas do Império Romano (cf. 18.1).

Em Corinto, o Apóstolo mudou de tática completamente: agora resolveu não mais partir da lógica humana, da razão e das razões da cultura helenista, mas do escândalo da Cruz!

Ele mesmo escreveu isto aos coríntios: "Eu mesmo, quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com o prestígio da palavra ou da sabedoria para vos anunciar o mistério de Deus. Pois não quis saber de outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado... a fim de que a vossa fé não se baseie na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" (cf. 2,1-5).

O que pensar disto tudo?

A Igreja, os cristãos, a pregação cristã certamente pode e deve dialogar com as culturas, dialogar com as mentalidades de cada época... Mas, NUNCA, sobre pretexto algum, pode esconder o escândalo da Cruz e a loucura do Evangelho! A fé não se baseia em floreios da razão e das razões humanas! O arrazoado humano pode ser caminho, pode ser pretexto de diálogo, mas não pode nunca mutilar ou condicionar a fé!

Esta não pode ser negociada, a integridade da doutrina e a inteireza do dogma não podem ser arranhados sob o pretexto de compreensão, compaixão, ou seja lá o que for! Não se pode colocar o homem e seus estreitos limites, sua razão embotada pelo pecado, no lugar do Senhor Deus e do Seu Cristo!
 

Lampejos de uma luz intensa...



Eis a maior tragédia que poderia acontecer ao catolicismo latino: a perda do sentido do Mistério, do estar diante de Deus, sob Deus e Deus, que é a qualidade mais fundamental da experiência religiosa, sobretudo na Liturgia. Dá-nos Deus, colocar-nos em comunhão com o Divino é o âmago e a razão de ser do fenômeno religioso.

Uma religião que não nos coloque diante do Mistério para que serviria?


Ora, o local no qual o Mistério é feito palpável e nos é dado como dom gratuito e, no entanto, sempre transcendente, é a Liturgia, espaço no qual o Eterno nos visita, dá-nos Sua Vida divina e, assim, nos plenifica, nos salva! Isto é uma constante nas Escrituras Sagradas e na história do cristianismo.

A crise litúrgica da Igreja latina atual coloca em crise a própria percepção da Igreja como religião.

Muitos católicos e não-católicos, infelizmente, experimentam a Igreja como uma ONG preocupada como temas humanos e ecológicos ou, então, como uma instância de moralismo burocrático com aqueles temas chatos e picantes para o gosto da mídia atual: preservativos, união gay, relações pré-matrimoniais, etc.


Mas, uma religião que se ocupe sobretudo e constantemente com isso já não seria mais que uma caricatura de religião... 

Papa Francisco: Reflexões sobre a Santa Missa - Ritos Iniciais (Parte 5/15)


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Ritos Iniciais

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de entrar no vivo da celebração eucarística. A Missa é composta por duas partes, que são a Liturgia da Palavra e a Liturgia eucarística, tão estreitamente unidas entre si, a ponto de formar um único ato de culto (cf. Sacrosanctum concilium, 56; Ordenamento Geral do Missal Romano, 28). Portanto, introduzida por alguns ritos preparatórios e concluída por outros, a celebração é um único corpo e que não se pode separar, mas para uma melhor compreensão procurarei explicar os seus vários momentos, cada um dos quais é capaz de tocar e abranger uma dimensão da nossa humanidade. É necessário conhecer estes santos sinais para viver plenamente a Missa e apreciar toda a sua beleza.

Quando o povo está reunido, a celebração abre-se com os ritos introdutórios, que incluem a entrada dos celebrantes ou do celebrante, a saudação — “O Senhor esteja convosco”, “A paz esteja convosco” — o ato penitencial — “Confesso”, no qual nós pedimos perdão pelos nossos pecados — o Kyrie eleison, o hino do Glória e a oração da coleta: chama-se “oração da coleta” não porque ali se faz a coleta das ofertas: é a coleta das intenções de oração de todos os povos; e aquela coleta da intenção dos povos eleva-se ao céu como prece. A sua finalidade — destes ritos introdutórios — é fazer com «que os fiéis reunidos formem uma comunidade e se predisponham a ouvir com fé a palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia» (Ordenamento Geral do Missal Romano, 46). Não é um bom hábito olhar para o relógio e dizer: “Estou a tempo, chego depois do sermão e assim cumpro o preceito”. A Missa começa com o sinal da cruz, com estes ritos introdutórios, porque ali começamos a adorar Deus como comunidade. E por isso é importante procurar não chegar atrasado mas, ao contrário, antecipadamente, a fim de preparar o coração para este rito, para esta celebração da comunidade.

Geralmente, enquanto se executa o cântico de entrada, o sacerdote com os outros ministros chega processionalmente ao presbitério, e aqui saúda o altar com uma inclinação e, em sinal de veneração, beija-o e, quando há incenso, incensa-o. Porquê? Porque o altar é Cristo: é figura de Cristo. Quando fitamos o altar, olhamos precisamente para onde está Cristo. O altar é Cristo. Estes gestos, que correm o risco de passar despercebidos, são muito significativos, porque exprimem desde o início que a Missa é um encontro de amor com Cristo o qual , «oferecendo o seu corpo na cruz [...] se tornou altar, vítima e sacerdote» (Prefácio pascal V). Com efeito, sendo sinal de Cristo, o altar «é o centro da ação de graças que se realiza com a Eucaristia» (Ordenamento Geral do Missal Romano, 296), e toda a comunidade em volta do altar, que é Cristo; não para olhar na cara, mas para fitar Cristo, porque Cristo está no centro da comunidade e não longe dela.