terça-feira, 12 de novembro de 2019

Bolívia: Após renúncia de Evo, bispos e líderes pedem que parem atos vandálicos


A Conferência Episcopal da Bolívia (CEB), Representantes da Comunidade Cidadania, comitês cívicos e o Comitê Nacional de Defesa da Democracia (CONADE) incentivaram seus compatriotas a interromperem os atos vandálicos após a renúncia de Evo Morales à presidência.

Em uma mensagem divulgada na noite de domingo, 10 de novembro, os bispos e os líderes civis fizeram um apelo “aos bolivianos em prol da paz e para que não cometam atos vandálicos, nem de vingança, nem de nada que possam se arrepender mais tarde. Todos nós temos a grave obrigação de defender a vida de todos os bolivianos”.

Além disso, assinalaram que "o que acontece na Bolívia não é um golpe de Estado, dizemos isso diante dos cidadãos bolivianos e diante da comunidade internacional".

“Em nome de Deus pedimos: cessem as ações de violência e preservem a vida e a paz. Mantenhamos o espírito pacífico que reinou no povo durante tanto tempo”, ressaltaram.

A mensagem dos prelados e líderes responde aos atos de vandalismo que foram registrados durante o domingo após a renúncia de Morales.

Os tumultos em várias cidades da Bolívia, como La Paz, El Alto e Cochabamba, com incêndios, saques e ataques a residências, entre as quais a do próprio Morales, em um ambiente de tensão e incerteza diante do futuro político imediato do país.

Fiéis se unem para limpar igreja atacada e saqueada no Chile




Dezenas de fiéis chegaram na manhã de sábado, 9 de novembro, à paróquia da Assunção, em Santiago, Chile, para limpar e ordenar a igreja que foi atacada por manifestantes no dia anterior.

Na sexta-feira, enquanto ocorria uma nova manifestação em Santiago, um grupo de encapuzados forçou a entrada na Paróquia da Assunção para roubar os bancos, confessionários e imagens religiosas para armar barricadas com estes objetos.

No interior da igreja, os vândalos picharam as paredes, pilares e o altar com fortes frases e insultos à igreja. Depois, foram para queimar a Universidade Pedro de Valdivia, que ficava na frente da calçada.

Os jovens e adultos que foram ao templo no dia seguinte limparam e juntaram os pedaços das imagens destruídas, recolheram os vidros quebrados, entre outras ações.

O pároco, Pe. Pedro Narbona, agradeceu o apoio daqueles que se preocuparam durante os ataques e também pela solidariedade gerada.

"Despertou-se uma corrente de vida solidária, de preocupação, de oração, de vir hoje, de trazer materiais e deixar horas de suas coisas pessoais para nos ajudar a limpar toda a sujeira", assinalou.

Além de expressar sua dor pelo que aconteceu, Pe. Narbona expressou que a Igreja “é construída com pedras vivas, que são aqueles que vieram ajudar. Ainda que fique somente um cristão católico apostólico romano que viva coerentemente a sua fé e seu amor a Jesus Cristo, vai existir a Igreja Católica, porque a Igreja é mais que as tábuas”.

Estado Islâmico mata sacerdote e seu pai em emboscada


Na segunda-feira, 11 de novembro, um sacerdote católico e seu pai foram assassinados pelo Estado Islâmico (ISIS) na região de Deir ez-Zora, no norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia.

Segundo informa o jornal italiano ‘Avvenire’, Pe. Hovsep Petoyan e seu pai Abraham sofreram uma emboscada na estrada entre a cidade de Hasakeh e Deir ez-Zora, no distrito de Busayra.

Ambos estavam acompanhados pelo diácono Fati Sano em um carro SUV cinza, no qual se dirigiam para inspecionar as obras de restauração da bela igreja católica armênia de Deir ez-Zora.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O que vem a seguir para a Bolívia após a renúncia de Evo Morales? Bispo responde!



Evo Morales renunciou ontem à presidência da Bolívia, depois de mais de duas semanas de protestos após as eleições realizadas em 20 de outubro e em meio às acusações de fraude contra ele. Um bispo que serve na Bolívia explica o que vem a seguir para o país.

Dom Cristóbal Bialasik, Bispo de Oruro, conversou com ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, após saber da notícia da renúncia de Morales ocorrida no mesmo dia em que a Organização dos Estados Americanos (OEA) apresentou as conclusões de uma auditoria que cita sérias irregularidades nas eleições.

"Renuncio meu cargo de presidente para que (Carlos) Mesa e (Luis Fernando) Camacho não continuem perseguindo os dirigentes sociais", disse Evo Morales em mensagem transmitida pela televisão.

Evo Morales disse que esta decisão "dói profundamente", mas que é algo que faz "para o bem do país".

Morales disse que enviaria sua carta de renúncia ao Congresso nas próximas horas. Segundo a Constituição, o vice-presidente deveria assumir o cargo. No entanto, o vice-presidente Álvaro García Linera também renunciou. De acordo com o artigo 169 da Constituição, o presidente do Senado deve ocupar o cargo até que haja novas eleições, mas não está claro se ocupará o cargo.

Morales renunciou ao anunciar na manhã de ontem que convocaria novas eleições e um dia depois de denunciar que a casa de sua irmã na cidade de Oruro havia sido queimada, bem como as casas dos governadores da região e Chuquisaca.

Um dia antes, na sexta-feira, 8 de novembro, diversas unidades da polícia se manifestaram contra Morales em cidades como Cochabamba, Sucre, Santa Cruz, Chuquisaca, Beni, Potosí, Oruro e La Paz, informando que não enfrentariam os civis nos protestos contra Morales.

Os confrontos ocorreram após a retomada do escrutínio depois das eleições, o que deu a Morales uma vantagem que não possuía antes da pausa na contagem, o que tornava desnecessário um segundo turno que devia ser realizado com o candidato Carlos Mesa.

Os protestos dos últimos dias deixaram pelo menos três mortos, dezenas de feridos e centenas de presos.

Bispo pede que pare toda violência após saque a igreja no Chile


O Administrador Apostólico de Santiago, Chile, Dom Celestino Aós, expressou sua absoluta rejeição aos saques que ocorreram na sexta-feira, 8 de novembro, na paróquia da Assunção nesta cidade.


"Nosso templo católico da paróquia da Assunção foi saqueado ontem à tarde, retiraram seus bancos e outros pertences para serem queimados, as paredes foram pichadas com slogans e insultos, as imagens sagradas foram destruídas", lamentou o Prelado em um vídeo mensagem divulgada pelo Departamento de Comunicação do Arcebispado de Santiago, no sábado, 9 de novembro.

Preso homem acusado de vandalizar igreja nos Estados Unidos


A polícia de Nova York anunciou no início desta semana que capturou um sujeito acusado de vandalizar no domingo, 3 de novembro, uma igreja em Williamsburg, um bairro do distrito de Brooklyn, em Nova York (Estados Unidos).

Michael Gould Wartofsky, de 34 anos, foi acusado de crime de ódio porque supostamente arrancou plantas nos arredores da Paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo, jogou-as contra a porta, depois derrubou e danificou uma estátua de aproximadamente cinco mil dólares.

Como comentou o pároco Mons. Jamie Gigantiello à NBC de Nova York, a polícia anunciou que o sujeito estava bêbado quando destruiu as propriedades da igreja. Uma câmera de vigilância capturou os fatos em vídeo.

“Essa demonstração de violência, ira e ódio é muito inquietante. Definitivamente, é um ataque contra a Igreja Católica”, disse Mons. Gigantiello ao meio de comunicação.

Justiça anula multa à Arquidiocese da Paraíba por suposta omissão em exploração sexual


A Justiça do Trabalho anulou na quinta-feira, 7 de novembro, a multa de R$ 12 milhões aplicada contra a Arquidiocese da Paraíba por suposta omissão em casos de abuso e exploração sexual infantil, por considerar que não há provas suficientes.

O julgamento do recurso aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho, em João Pessoa, mas a procuradoria afirmou que recorrerá. A informação foi confirmada pela Arquidiocese, por meio de nota de sua assessoria jurídica.

 A Arquidiocese havia sido condenada em janeiro deste ano pela Justiça do Trabalho a pagar a indenização de R$ 12 milhões, em caso que vinha sendo investigado desde 2014, no qual um grupo de sacerdotes era acusado de abusos e exploração sexual contra flanelinhas, coroinhas e seminaristas.

No início deste ano, após a condenação da Justiça do Trabalho, o Arcebispo da Paraíba, Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, se pronunciou, informando que “existe o procedimento canônico iniciado com a suspensão de ordem dos padres” investigados.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Crise: acusada de contrariar “valores da família”, TV Globo perde público e receita



A TV Globo foi alvo de denúncia no Senado e de instauração de inquérito para apurar a ocorrência de apologia ao crime de aborto depois que, em uma de suas telenovelas, uma personagem grávida afirma: “Pensando bem, ainda não é um bebê, é só um embrião. Não tem sistema nervoso, não tem coração, nem ainda é um ser humano“. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) contestou, conforme divulgado pela Agência Senado:

    “Em primeiro lugar, entre 14 e 21 dias de gestação — nesse tamanhozinho aqui que cabe na palma da minha mão, não sei se a câmera consegue mostrar —, nesse período em que a mulher ainda não tem certeza de que está grávida, já existe um sistema cardiovascular primitivo, tornando possível escutar através de ultrassonografia o batimento cardíaco da criança (…) Com 18 dias da concepção, já tem um coração batendo”.

No mesmo capítulo, a mesma personagem acrescenta, num segundo diálogo: “Aqui no Brasil é ilegal, mas todo mundo conhece alguém que já fez. Quem tem dinheiro consegue fazer aborto seguro; quem não tem pode até mesmo morrer ou ser presa“. O senador respondeu dizendo que, do ponto de vista médico, não existe nenhum aborto seguro.

Segundo Girão, o promotor da República Fernando Almeida Martins, do Ministério Público Federal, instaurou inquérito para apurar se houve apologia ao crime nas cenas em questão. O senador citou a portaria nacional que regulamenta a classificação indicativa dos programas de TV, visando proteger o público infanto-juvenil no período das 6h às 20h, e afirmou que as emissoras de TV aberta devem ter mais responsabilidade na transmissão desse conteúdo. Ele ainda elogiou o promotor e recordou que mais de 70% da população brasileira se declara contra a legalização do aborto.

Perda de anunciantes

A emissora carioca também é alvo da insatisfação de anunciantes. Os grupos empresariais Condor, de supermercados do Paraná, e Havan, de lojas de departamento de Santa Catarina com presença em grande parte do território brasileiro, comunicaram nesta semana que suspenderam todas as campanhas publicitárias que vinham veiculando nos intervalos de determinados telejornais, telenovelas e programas de entretenimento da Rede Globo por considerarem que a emissora desrespeita valores ligados à família natural tradicional e tergiversa a objetividade do jornalismo.

A nota da Havan, assinada em 7 de novembro pelo proprietário Luciano Hang, afirma:

    “Não compactuamos com o jornalismo ideológico e algumas programações da Rede Globo nacional e estamos sendo cobrados pela sociedade e nossos clientes. Enquanto esses programas prestarem um desserviço à nação e forem contra os valores da família brasileira, não voltaremos a anunciar (…) Por ora, manteremos nossas propagandas nas afiliadas e jornais locais, que ainda informam a sociedade de forma mais isenta e conservadora. Entendemos que o setor empresarial tem que ter a coragem e a responsabilidade de não aceitar o errado como verdadeiro”.

De modo semelhante, a rede Condor declarou em seu comunicado que continuará anunciando em programas regionais e de “entretenimento saudável” levados ao ar pela afiliada paranaense da TV Globo, mas que cortará a publicidade em programas da própria Globo, especialmente jornalísticos, afirmando que a decisão “está fundamentada na parcialidade que o jornalismo nacional da emissora vem demonstrando“.

A nota da Condor acrescenta explicitamente que discorda das abordagens da TV Globo em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Por sua vez, Luciano Hang não cita o nome do presidente, mas é conhecido como seu declarado apoiador e por ter feito intensa campanha eleitoral a seu favor.

Apesar do aberto posicionamento político de ambas as empresas, porém, as demonstrações de insatisfação com o posicionamento ideológico da Rede Globo no tocante a temas ligados a valores tradicionais de família e vida vão além do espectro partidário.