sábado, 9 de maio de 2020
Vaticano: hospitais belgas adeptos à eutanásia não são mais católicos
A morte legalizada, ministrada por alguém como
um “tratamento” aos que sofrem por uma “condição de saúde sem esperança”. Na
Bélgica isso é possível desde 2002 e a esta visão do doente e da doença
alinharam-se desde 2017 os hospitais da Congregação dos Irmãos da Caridade,
fundada no final do século XIX. Uma decisão que determinou a escolha da Congregação
para a Doutrina da Fé, depois de três anos de confronto acirrado sem nenhum
passo atrás por parte da associação que administra por conta dos religiosos. “É
com profunda tristeza – explica a Congregação – que se comunica que os
Hospitais Psiquiátricos administrados pela Associação Provincialat des Frères
de la Charité ASBL na Bélgica de agora em diante não poderão mais ser
considerados entidades católicas”.
O início da história
Em uma carta de 30 de março passado, assinada
pelo prefeito do Dicastério Vaticano cardeal Luis Ladaria Ferrer e pelo
secretário arcebispo Giacomo Morandi afirmava-se: “Por trás daquela ‘dor’, há a
história de uma disputa delicada e complexa que opôs o princípio inatacável da
vida, segundo a visão cristã às considerações de uma normativa que o
relativiza”. A própria carta endereçada ao Superior Geral da Congregação, Frei
René Stockman, explica o desenrolar do caso, que iniciou pouco mais de três
anos atrás quando no site da Congregação dos Irmãos da Caridade da Bélgica, foi
publicado um documento no qual “se admite, em algumas condições, a praxe da
eutanásia em uma estrutura hospitalar católica”.
Como é grande o meu amor por você.
Quem tem filhos, sabe bem. Não há festa
de escola de dia das mães que não coloquem as crianças para cantar o clássico
de Roberto Carlos, Como é grande o meu amor por você. E tudo passa como se o
amor maior fosse dos filhos, como se eles tivessem tanto pra falar, mas com
palavras não saberiam dizer. Mas não é, o amor maior do mundo está nessa hora
transbordando em lágrimas comovidas das mães que a tudo assistem como se não
fosse o delas, o amor delas, como se o amor de mãe pelos filhos não fosse muito
maior e mais bonito do que o céu, as estrelas, o mar, o mundo e o infinito. Mas
é. Como dimensionar um amor tão grande assim? Tem
de ser de proporção “bíblica”. Pois daí você vai à Bíblia procurar pelo
amor de Maria por seu filho e o que encontra? Da anunciação do anjo Gabriel à
ressurreição de Cristo, Maria quase não fala, pouco cobra e apenas o acompanha,
testemunha, padece, guardando tudo no seu coração. Ah, esse coração de Maria…
Se nossa grandeza está no quanto amamos, imagine a magnitude de Maria! Como não
vê-la na mulher do Apocalipse vestida de sol, com a lua debaixo dos seus pés e
uma coroa de estrelas sobre a sua cabeça, gritando com as dores do parto? Se queremos ver como é grande o amor de mãe,
temos de procurar no que elas guardam em seu coração. E aí cada um tem de se
voltar para o coração da sua mãe. Quando paro pra pensar no da minha, da dona
Célia, parece que nem preciso procurar, nada haveria que não transbordasse do
coração dela. Minha mãe é toda “para fora”, não se aguenta com nada. Quem a
conhece sabe que é impossível imaginá-la quietinha, por exemplo, sem falar (e
minha mãe fala tanto, mas tanto, que, se fossem transcrever, a literatura
mundial perderia em número de páginas), sem dar pitaco, sem criar um furdunço.
sexta-feira, 8 de maio de 2020
Presidente da CNBB presta homenagem reverente às mães: “o amor materno é o que mais se aproxima do amor de Deus”
O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e
presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor
Oliveira de Azevedo, gravou mensagem homenageando as mães, por ocasião do dia a
elas dedicado, no próximo domingo, 10 de maio. Reverenciando as mães, dom
Walmor desejou “votos e preces de saúde e paz” e afirmou que o amor materno “é
o que mais se aproxima do amor de Deus”.
O presidente da CNBB ressaltou sua homenagem
nesse tempo de pandemia, “quando o isolamento social impõe-nos o
distanciamento” e lembrou de filhos que perderam suas mães e mães que perderam
seus filhos por conta da Covid-19.
“O Dia das Mães é oportunidade para
reavivarmos o entendimento, o amor vence tudo, até a morte. Vamos homenagear
todas as mães com muita alegria. Nossa Senhora da Piedade, Maria Mãe de Deus, a
padroeira de Minas Gerais, ilumine os caminhos de todas as mães. Jesus Cristo nosso
mestre sempre proteja e abençoe o bonito amor que une mães e filhos”.
Leia a mensagem na íntegra:
Cardeal Müller: Nenhum Bispo tem o direito de proibir as Missas públicas
Este vírus representou uma tragédia para muita
gente. Esta é exatamente a razão pela qual a Igreja tem o dever de propor uma
visão do sofrimento e da existência humana, na perspectiva da vida eterna, à
luz da Fé. A suspensão das Missas públicas é uma demissão desta missão, é a
redução da Igreja à dependência do Estado. É inaceitável”. Em uma entrevista
por telefone concedida para La Nuova Bussola Quotidiana, o Senhor Cardeal
Gerhard L. Müller, ex-Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, é muito
claro no seu juízo sobre o que acontece agora em Itália e muitos outros países.
Eminência, para muitos fiéis o sofrimento da
doença significou o sofrimento adicional da proibição de assistir à Missa e das
exéquias, e, sobretudo, a sua justificação pela hierarquia eclesiástica.
É muito grave, é o pensamento secularista que
entrou na Igreja. Uma coisa é tomar precauções para minimizar o risco de
contágio, outra é banir a liturgia. A Igreja não é um cliente do Estado, e
nenhum Bispo tem o direito de banir a Eucaristia dessa forma. Mais ainda, vimos
sacerdotes serem punidos pelos seus Bispos por celebrar Missa para grupo
reduzido, o que significa que eles se concebem como funcionários do Estado. O
nosso Supremo Pastor, porém, é Jesus Cristo, não Giuseppe Conte ou qualquer
Chefe de Estado. O Estado tem a sua função, e assim também a Igreja.
Parece que para muitos é difícil reconciliar o
seu dever para com o Estado com a necessidade do culto público a Deus.
Devemos rezar também publicamente porque
sabemos que tudo depende de Deus. Deus é a causa universal, depois há a causa
secundária que passa pela nossa liberdade. Nós, criaturas finitas, não sabemos
quanto do que acontece depende da causalidade de Deus e quanto depende de nós
mesmos: este é o propósito da oração. Temos de rezar a Deus para ultrapassar os
desafios da nossa vida pessoal e social, mas sem esquecer a dimensão
transcendental, aquela visão da vida eterna e íntima união com Deus e com Jesus
Cristo, até no nosso sofrimento. Somos chamados a tomar aos ombros, todos os
dias, a nossa cruz, mas, aos fiéis, deve ser também explicado o seu sofrimento
com as categorias do Evangelho. Proibir a participação na liturgia vai na
direção oposta. Tomar certas medidas externas é tarefa do estado, a nós
cumpre-nos defender a liberdade e a independência da Igreja; e a superioridade
da Igreja na dimensão espiritual. Não somos uma agência subordinada ao Estado.
Muitos, entre os quais sacerdotes e Bispos,
apercebem-se de que há um elevado risco de perder o sentido da liturgia, dada a
proliferação de Missas na televisão e Internet.
Estas formas não podem ser consideradas como
substituição da Missa. Evidentemente, se se está numa prisão ou campo de
concentração, ou outras circunstâncias excepcionais, pode participar-se
espiritualmente na Eucaristia, mas esta não é uma situação normal. Deus
criou-nos corpo e alma. Deus acompanhou o Seu povo através da História,
libertou-o da escravidão do Egipto realmente, que não virtualmente. Jesus,
Filho de Deus, fez-Se carne, nós cremos na ressurreição da carne. É por isto
que a presença física é absolutamente necessária para nós. Para nós, não para
Deus. Deus não precisa dos Sacramentos, somos nós quem precisamos. Deus
instituiu os Sacramentos para nós. O matrimônio não funciona só
espiritualmente, é necessária a união do corpo e da alma. Não somos idealistas platônicos, não se pode seguir a Missa de casa, a não ser em circunstâncias
particulares. Não, deve-se ir à Igreja, reunir-se com os outros, comunicar a Palavra
de Deus. Até o vocabulário da Igreja indica esta necessidade: a “Sagrada
Comunhão”, comunhão é reunir-se; a Igreja é o Povo de Deus convocado, junto.
Diz o salmo: “Como é bom e agradável que os irmãos vivam juntos”.
Vítimas de coronavírus têm "direito" a receber ajuda de sacerdotes, diz Cardeal
Na pandemia de
coronavírus, não se pode negar aos doentes e moribundos a assistência
sacramental de um sacerdote, assegurou o prefeito da Congregação para o Culto
Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah, em entrevista
recente.
Em declarações à revista francesa Valeurs Actuelles, o Cardeal Sarah disse na
quinta-feira, 9 de abril, que, durante a emergência de coronavírus, "os
sacerdotes devem fazer todo o possível para permanecer perto dos fiéis" e
"fazer tudo o que esteja ao seu alcance para ajudar os moribundos, sem
complicar a tarefa dos cuidadores e autoridades civis ”.
“Mas ninguém tem o direito de privar uma pessoa doente ou moribunda da
assistência espiritual de um sacerdote. É um direito absoluto e inalienável”,
afirmou.
Na entrevista, o Cardeal guineense também disse que acreditava que muitos
sacerdotes redescobriram sua vocação à oração em meio à pandemia de COVID-19.
"Se [os sacerdotes] não podem segurar fisicamente a mão de cada pessoa
moribunda como eles gostariam, descobrem que, em adoração, podem interceder por
cada um", disse e acrescentou que espera que os doentes e os isolados se
sintam conectados aos seus sacerdotes através da oração.
O Cardeal Sarah também incentivou as pessoas que vivem trancadas a
redescobrirem a oração familiar.
“Está na hora dos pais aprenderem a abençoar seus filhos. Os cristãos, privados
da Eucaristia, percebem quanto a comunhão era uma graça para eles. Animo vocês
a praticarem a adoração em casa, porque não há vida cristã sem vida
sacramental”, explicou.
“Em meio de nossos povos e aldeias, o Senhor permanece presente”, acrescentou.
O Cardeal também assinalou que um aspecto positivo da pandemia é o
"espírito de entrega e sacramentalidade que saía dos corações".
"Hoje, as nações estão se movendo para proteger os idosos. De repente,
admiramos e aplaudimos com respeito e gratidão as enfermeiras, médicos,
voluntários e heróis do cotidiano", enfatizou.
Em declarações à revista francesa Valeurs Actuelles, o Cardeal Sarah disse na quinta-feira, 9 de abril, que, durante a emergência de coronavírus, "os sacerdotes devem fazer todo o possível para permanecer perto dos fiéis" e "fazer tudo o que esteja ao seu alcance para ajudar os moribundos, sem complicar a tarefa dos cuidadores e autoridades civis ”.
“Mas ninguém tem o direito de privar uma pessoa doente ou moribunda da assistência espiritual de um sacerdote. É um direito absoluto e inalienável”, afirmou.
Na entrevista, o Cardeal guineense também disse que acreditava que muitos sacerdotes redescobriram sua vocação à oração em meio à pandemia de COVID-19.
"Se [os sacerdotes] não podem segurar fisicamente a mão de cada pessoa moribunda como eles gostariam, descobrem que, em adoração, podem interceder por cada um", disse e acrescentou que espera que os doentes e os isolados se sintam conectados aos seus sacerdotes através da oração.
O Cardeal Sarah também incentivou as pessoas que vivem trancadas a redescobrirem a oração familiar.
“Está na hora dos pais aprenderem a abençoar seus filhos. Os cristãos, privados da Eucaristia, percebem quanto a comunhão era uma graça para eles. Animo vocês a praticarem a adoração em casa, porque não há vida cristã sem vida sacramental”, explicou.
“Em meio de nossos povos e aldeias, o Senhor permanece presente”, acrescentou.
O Cardeal também assinalou que um aspecto positivo da pandemia é o "espírito de entrega e sacramentalidade que saía dos corações".
"Hoje, as nações estão se movendo para proteger os idosos. De repente, admiramos e aplaudimos com respeito e gratidão as enfermeiras, médicos, voluntários e heróis do cotidiano", enfatizou.
Missas com fiéis na Itália serão retomadas no dia 18 de maio
Foi assinado na quinta-feira, 7, no Palácio
Chigi, sede do governo italiano, o protocolo para direcionar a gradual retomada
das celebrações litúrgicas com a presença dos fiéis. O documento foi elaborado
em conjunto com a Conferência Episcopal Italiana, CEI. O protocolo foi assinado
pelo primeiro ministro Giuseppe Conte, pelo presidente da CEI, Dom Gualtiero
Bassetti e pela ministra do interior, Lucina Lamorgese.
A data para a retomada das celebrações foi
marcada para 18 de maio em todo o território italiano. As missas serão
realizadas com algumas restrições, segundo o documento, devido ao perigo do
contágio e para atender as normas de contingência da fase 2 em que o país vive.
Cardeal Sarah nega ter assinado carta de bispos católicos contra o Governo Mundial
Horas
depois da publicação de uma polêmica carta aberta sobre a pandemia de
coronavírus, o Cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto
Divino e a Disciplina dos Sacramentos, que aparecia como um dos signatários,
negou ter assinado o texto.
A carta
titulada “Apelo para a igreja e para o mundo” assinala que a pandemia do
coronavirus foi exagerada para “criar pânico entre a população com o único
objetivo de impor permanentemente formas de inaceitável limitação das
liberdades, de controle de pessoas, de rastreamento das suas deslocações. Estes
métodos de imposição arbitrária são um prelúdio perturbador da criação de um
Governo Mundial isento de qualquer controle”.
O
Cardeal Sarah disse em sua conta do Twitter que “compartilho de maneira pessoal
alguns assuntos ou preocupações em relação às restrições das liberdades
fundamentais, mas não assinei a petição”.
“Um
cardeal prefeito da Cúria Romana tem que observar certa reserva em temas
políticos, então pedi explicitamente, na manhã de hoje, aos autores do apelo
intitulado ‘para a Igreja e para o mundo’ que não me mencionem”, escreveu o
Cardeal em outro tweet.
O
Cardeal Sarah estava entre os assinantes da carta quando foi publicada, em 7 de
maio, pelo National Catholic Register, LifeSiteNews, e outros sites web. A fala
do Purpurado africano questiona a legitimidade da presença de outros assinantes
da carta.
Jeanette
DeMelo, editora do National Catholic Register, disse à CNA, agência em inglês
do Grupo ACI, que o principal autor da carta é o Arcebispo Carlo Viganó,
ex-núncio apostólico nos Estados Unidos.
Dom
Viganò saltou à luz pública em agosto de 2018 com uma carta aberta na qual
assinalava que oficiais do Vaticano ignoraram as advertências em relação aos
abusos sexuais do ex-cardeal Theodore McCarrick. Desde então, o ex-núncio
publicou numerosas cartas onde expressa seu ponto de vista sobre assuntos da
Igreja, que incluem a crítica ao Papa Francisco e a outros membros da Cúria
Romana.
“O
Register entrou em contato com o Arcebispo Viganó, o principal autor, e lhe
perguntou especificamente sobre a autenticidade da assinatura do Cardeal Sarah
e ele disse: ‘posso confirmar 100% que o Cardeal Sarah a assinou”, disse DeMelo
à CNA.
Entre
os signatários da carta, além do Cardeal Sarah, que agora nega tê-la assinado,
estão o Cardeal Gerhard Müller, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina
da Fé, o Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, Bispo Emérito de Hong Kong, e o Cardeal
Janis Pujats, Arcebispo Emérito de Riga (Letônia).
A carta
também inclui dois bispos dos Estados Unidos: Dom Rene Gracida, Bispo Emérito
de Corpus Christi, e Dom Joseph Strickland, Bispo de Tyler, no Texas.
Entretanto, Dom Stickland indicou à CNA por correio eletrônico que ele “não
assinou esta carta”.
Outros
assinantes são o Bispo Auxiliar de Astana (Kazakhstan), Dom Athanasius
Schneider, e o Pe. Curzio Nitoglia, sacerdote da Fraternidade Sacerdotal São
Pio X (lefebvristas), um grupo que não está em plena comunhão com a Igreja.
Este sacerdote é autor de um artigo intitulado “O Magistério do Vaticano II”,
publicado em 1994, no qual afirma que “a Igreja do Vaticano II, portanto, não é
a Igreja Católica Apostólica e Romana instituída por nosso Senhor Jesus
Cristo”.
Na
carta de 7 de maio também se indica que “os fatos demonstraram que, com o pretexto
da epidemia do COVID-19, se chegou, em muitos casos, a violar os direitos
inalienáveis dos cidadãos, limitando, de modo desproporcional e injustificado, as
suas liberdades fundamentais, entre as quais o exercício da liberdade de culto,
de expressão e de movimento”.
“Muitas
vozes autorizadas do mundo da ciência e da medicina confirmam que o alarmismo
sobre o COVID-19, por parte dos meios, não parece absolutamente justificado”,
prossegue.
Quase 4
milhões de pessoas em todo mundo padecem de coronavirus e mais de 271 mil
pessoas faleceram por causa da doença. As taxas de mortalidade em alguns países
sugerem que o número de mortos poderia ser maior.
A
pandemia e o distanciamento social assim como as ordens de confinamento se
converteram recentemente em fonte de controvérsia em distintos lugares do
mundo. Alguns peritos afirmam que as reuniões com aglomeração de pessoas, como
os protestos nos Estados Unidos, podem levar a novos surtos da doença.
A carta
refere deste modo que a crise ocasionada pela pandemia favorece “a
interferência de poderes estrangeiros, com graves repercussões sociais e
políticas. Estas formas de engenharia social devem ser impedidas por aqueles
que têm responsabilidades governamentais, adoptando as medidas destinadas a
proteger os seus cidadãos, de quem são representantes e em cujo interesse têm
uma séria obrigação de agir”.
“A
criminalização dos relacionamentos pessoais e sociais também deve ser julgada
como parte inaceitável do plano daqueles que promovem o isolamento dos
indivíduos, a fim de melhor manipulá-los e controlá-los”, adiciona.
Até
agora, não foi descoberta uma cura ou um tratamento efetivo para a Covid-19,
causada pelo novo coronavírus. Apesar de que alguns médicos têm tido êxito com
uso da hidroxicloroquina, outros assinalam que o fármaco poderia elevar a taxa
de mortalidade entre os pacientes de COVID-19. A Hidroxicloroquina é utilizada
contra a Malária e é um medicamento de baixo custo. Cientistas em todo o mundo
seguem empenhados em encontrar uma cura e uma vacina contra este novo
microorganismo.
Um
trecho que parece referir-se à controvérsia no uso deste fármaco, pois a carta
solicita “à comunidade científica que esteja atenta para que os tratamentos
para o COVID-19 sejam promovidos com honestidade para o bem comum, evitando
escrupulosamente que interesses iníquos influenciem as escolhas dos governantes
e dos organismos internacionais. Não é razoável penalizar medicamentos que se
mostraram eficazes, geralmente baratos, apenas porque se pretendem privilegiar
tratamentos ou vacinas que não são igualmente válidas, mas que garantem às
empresas farmacêuticas lucros muito maiores, agravando as despesas da saúde
pública”.
“Recordamos
igualmente, como Pastores, que, para os Católicos, é moralmente inaceitável
tomar vacinas nas quais seja usado material proveniente de fetos abortados”,
adiciona.
A carta
também destaca que os governos não podem restringir a liberdade de culto,
tampouco no que se refere aos sacramentos.
“O
Estado não tem direito algum de interferir, por qualquer motivo, na soberania
da Igreja. A colaboração da Autoridade Eclesiástica, que nunca foi negada, não
pode implicar, por parte da Autoridade Civil, formas de proibição ou de
limitação do culto público ou do ministério sacerdotal. Os direitos de Deus e
dos fiéis são a lei suprema da Igreja, que esta não pretende, nem pode,
derrogar. Pedimos que sejam eliminadas as limitações à celebração pública dos
serviços religiosos”, prossegue a carta.
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