sexta-feira, 31 de julho de 2020

Santa Sofia: Líderes propõem uso compartilhado por cristãos e muçulmanos



Líderes católicos e protestantes do Paquistão fizeram um chamado para que se permita o culto compartilhado entre cristãos e muçulmanos em Santa Sofia.

Pe. Abid Habib, ex-presidente da Conferência dos Superiores Maiores do Paquistão, expressou sua preocupação depois da primeira oração muçulmana em Santa Sofia após sua conversão em mesquita, na sexta-feira, 24 de julho.

“Como museu, era um lugar neutro que mantinha cristãos e muçulmanos em paz. Enquanto o mundo muçulmano se alegra com essa decisão, os sentimentos dos cristãos do mundo foram feridos. Eu também não estou feliz”, explicou o Pe. Habid a UCANEWS.

Nestas declarações, o Pe. Habib também especificou que “nos programas de diálogo inter-religioso, ouço frequentemente estudiosos muçulmanos citando um hadiz [tradição profética] quando o Profeta Maomé permitia que uma delegação de cristãos usasse uma mesquita Masjid-e-Nabvi, em Medina, na Arábia Saudita, para o culto cristão. Há muçulmanos que usam uma catedral de Boston para suas orações de sexta-feira".

Seguindo esses exemplos, o Pe. Habib propôs, de acordo com o artigo da UCA News, que “Santa Sofia seja um local de culto não apenas para os muçulmanos, mas também para os cristãos. Que seja permitido que os cristãos rezem aos domingos e muçulmanos às sextas-feiras. Isso certamente irá melhorar a imagem do povo turco". 

Capela na Nicarágua foi profanada com “fúria e ódio”



A capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no município de Nindirí, em Masaya (Nicarágua), foi profanada com "fúria e ódio", já que os indivíduos desconhecidos não apenas roubaram a custódia e o cibório, mas também quebraram imagens, pisotearam as hóstias e fizeram outras destruições.

O evento ocorreu nesta quarta-feira, 29 de julho. O sacerdote Jesús Silva, pároco da paróquia de Santa Ana, à qual pertence a capela, fez a denúncia nesta quinta-feira nas redes sociais.


"Esse ato foi realizado com fúria e ódio, porque não apenas roubaram a custódia e o cibório, mas também quebraram imagens, ultrajaram o sacrário, pisotearam as hóstias, quebraram bancos, causaram danos a móveis, portas e encanamento e, como se não bastassem esses ultrajes, fizeram suas necessidades fisiológicas sobre o que puderam”, expressou na página do Facebook da paróquia. 

Assim se viverá "o perdão de Assis" em tempos de pandemia



O tradicional “perdão de Assis” ou a “indulgência da Porciúncula” será realizado em 2 de agosto, mantendo as medidas sanitárias para evitar a propagação do coronavírus COVID-19.

De acordo com o programa publicado pela Diocese de Assis - Nocera Umbra - Gualdo Tadino, no sábado, 1º de agosto, ocorrerá a abertura da solenidade do perdão às 11h (hora local) com uma Missa presidida pelo Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores (OFM), Pe. Michael Perry. Ao concluir a Eucaristia, começará a "abertura do perdão", na qual será possível receber a indulgência plenária até às 12h de 2 de agosto.

O "perdão de Assis" se estende a todas as igrejas paroquiais e igrejas franciscanas do mundo.

No entanto, devido às medidas sanitárias para evitar contágios por COVID-19, este ano a festa do perdão terá algumas mudanças.

Em primeiro lugar, não será realizada a marcha franciscana na qual participam muitos jovens na abertura da porta da Porciúncula.

Além disso, a Basílica de São Francisco teve que se adaptar às regras do distanciamento social, à higienização dos espaços e espera-se que não haja multidões como nos outros anos.

Por sua vez, o frade franciscano Simone Ceccobao, que mora em Assis, indicou ao Vaticano News que uma mudança significativa será a "transferência das confissões da Basílica para o convento da Porciúncula", uma vez que os confessionários "ainda não podem ser usados, também se criaria uma situação incontrolável para distanciar os penitentes na Basílica”.

Por essa razão, nos dias 1º e 2 de agosto, "o convento dos frades, que normalmente é um espaço de claustro, porque somente muito poucas pessoas além de nós podem entram, será aberto às pessoas que desejam se aproximar ao perdão”.

“Poderíamos dizer que a casa dos frades se torna a casa da misericórdia. O perdão é sempre o perdão. Eu gosto de vê-lo este ano, porque é verdade que ainda existe uma emergência em andamento que nos fez sentir um pouco mais frágeis, um pouco menores, um pouco mais indefesos, mas ao mesmo tempo essa emergência destacou muito fortemente a urgência do perdão que renova nossas vidas”, alertou frei Simone. 

Arquidiocese de Brasília se pronuncia sobre supostos abusos de menores



A Arquidiocese de Brasília acompanha as investigações sobre supostos casos de abusos sexuais que teriam sido cometidos por dois franciscanos conventuais na Paróquia São Marcos e São Lucas, em Ceilândia (DF).

Em nota publicada em 28 de julho, o administrador diocesano, Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, assinala a solidariedade da Arquidiocese às vítimas e familiares, bem como garante que estão realizando o monitoramento das atividades da Paróquia, que está sob os cuidados da Ordem dos Frades Menores Conventuais.

De acordo com o site Metrópoles, dois religiosos, Frei Hoslan Guedes e Alex Nuno, foram acusados de encaminhar fotos e mensagens obscenas a adolescentes que frequentam a paróquia. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ao menos 10 pessoas teriam procurado a Polícia para denunciar casos de abusos que teriam sido cometidos pelos freis.

As investigações começaram após surgirem nas redes sociais imagens com as conversas dos franciscanos com as supostas vítimas por meio de WhatsApp, no chat do Facebook e do Instagram.

Os religiosos foram ouvidos na 19º Delegacia de Polícia, na terça-feira, 21 de julho, mas preferiram ficar em silêncio durante o depoimento, tendo apresentado uma defesa por escrito, por meio de advogados.

Ambos os sacerdotes também registraram ocorrência por difamação. Em comunicado, a 19ª DP informa que “os freis apresentaram memorial escrito de defesa e foram acompanhados de advogados, nos casos mencionados. Representantes da Igreja Católica compareceram à 19ª DP para acompanhar o desdobramento dos casos, na tarde da terça-feira (21/7). Os freis foram afastados de suas funções, segundo documento protocolado pela própria defesa”.

Em nota, a Arquidiocese de Brasília afirma que “as recentes notícias veiculadas por vários meios de comunicação sobre supostos abusos de menores resultaram no comprometimento do bom nome da Paróquia São Marcos e São Lucas sita na Ceilândia, com grave escândalo para os fiéis e pessoas de bem”. 

Mês Vocacional 2020: Comissão preparou programação e convida todos a rezarem juntos pelas vocações



A Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com a Edições CNBB, a Pastoral Vocacional, a Pastoral Familiar e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) preparou uma programação especial durante o mês de agosto para juntos, toda Igreja no Brasil, rezar pelo despertar das vocações.

“Amados e chamados por Deus” (Chv, 112) é o tema que inspira e faz reconhecer que cada ser humano é amado por Deus, chamado pelo Pai e enviado a viver de forma plena a sua vocação, como cristãos, de diferentes maneiras, na própria Igreja e na sociedade. O lema escolhido para a vivência do mês é “És precioso aos meus olhos. Eu te amo”  (Is 43,1-5). Clique (aqui) e baixe o cartaz do Mês Vocacional 2020.

“Neste ano de 2020, a primeira verdade é que Deus nos ama, então isso está muito presente no tema e no lema. O tema “Amados e chamados por Deus” e o lema inspirado em Isaías “És precioso aos meus olhos. Eu te amo”, é uma citação bíblica que consta no documento do Papa, na Exortação Apostólica Christus Vivit, então a primeira verdade é que Deus nos ama e que nunca deveremos duvidar disso, apesar de que possa nos acontecer na vida momentos difíceis. Em qualquer circunstância somos amados infinitamente, então o mês vocacional quer de algum modo enfatizar esta vocação: fomos chamados a amar, porque fomos antes de tudo amados”, afirma dom José Alburquerque, bispo referencial da Pastoral Vocacional. 

segunda-feira, 27 de julho de 2020

ACN promove, on-line, Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos


A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) promove, no dia 6 de agosto, uma quinta-feira, a 6° edição do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos, que neste ano será totalmente on-line por conta da pandemia da Covid-19. Com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o ‘Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos’ convida todas as paróquias do país a promoverem e convidar as pessoas a participarem, mesmo on-line, desta corrente a favor dos cristãos que sofrem perseguição religiosa.

Os cristãos continuam sendo o grupo religioso mais perseguido no mundo. De fato, 80% das pessoas que sofrem perseguições por conta da fé são cristãs; 327 milhões de cristãos vivem em países onde há perseguição religiosa; 178 milhões de cristãos estão em países onde são discriminados por motivos religiosos. Com isso, conclui-se que 1 em cada 5 cristãos no mundo vive em países onde há perseguição ou discriminação religiosa. 

Divulgada carta de 152 bispos contra Bolsonaro



O jornal Folha de São Paulo vazou uma carta ainda não publicada oficialmente na qual 152 bispos brasileiros atacam o presidente, Jair Bolsonaro, acusando-o de promover “uma economia que mata” e usar o nome de Deus para difundir mensagens de ódio e preconceito

Mônica Bergamo, jornalista da Folha que obteve a carta, afirma que deveria ter sido divulgada na quarta-feira, 22, mas que sua publicação foi suspensa para permitir que a Conferência Episcopal Brasileira a revisasse. Segundo a repórter da Folha, há um temor entre signatários do documento de que o setor conservador da CNBB impeça a divulgação. Hoje há no Brasil 310 bispos na ativa e 169 eméritos.

É intitulado ‘Carta ao povo de Deus’ e garante que o Brasil esteja passando por uma ‘tempestade perfeita’, na qual a crise de saúde sem precedentes é combinada com a ruína econômica e a tensão sofrida pelas “fundações da República, causadas em grande parte medidas pelo Presidente da República e por outros setores da sociedade, causando uma profunda crise política e econômica “.

“Analisando o cenário político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do Governo Federal em enfrentar essas crises”, diz o documento.

“Participamos de discursos sistematicamente não científicos”, afirmam os bispos. E esses discursos “tentam naturalizar e normalizar o flagelo das milhares de mortes de Covid-19, tratando-o como resultado de acaso ou punição divina”.

Na carta, os bispos também acusam Bolsonaro de usar o nome de Deus para difundir mensagens de ódio e preconceito. “Como não ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra, misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao ódio, ao invés de pregar o amor, para legitimar práticas que não condizem com o Reino de Deus e sua justiça?”

Em nível internacional, recentemente a Pontifícia Academia da Vida publicou um documento que afirma que a pandemia não é um castigo divino ou um acidente aleatório, mas a vingança da Mãe Terra por nossa atividade predatória.

“Este discurso não se baseia em princípios éticos e morais, nem admite um contraste com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja, que tenta agir para que todos possam ter vida e tê-la em abundância”, dizem os bispos brasileiros referindo-se a este documento.

Será que os bispos se lembram como era o Brasil antes de Bolsonaro? Com a ex-guerrilha Dilma Roussef ou seu mentor, o marxista condenado por corrupção LULA Da Silva. Certamente é isso que estes signatários preferem, afinal, foi o chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, arcebispo Marcelo Sánchez Sorondo, que declarou que a China é o país que mais fielmente se conforma à doutrina social da Igreja. 

domingo, 19 de julho de 2020

“Santo Henrique Soares”: redes sociais pedem abertura de processo de canonização

“O número de homenagens a Dom Henrique
é o grito dos católicos sedentos por bons e santos pastores”

A repercussão do falecimento de dom Henrique Soares da Costa nas redes sociais tem sido imensa, o que não surpreende quem conhecia o trabalho sólido e profundo de um dos bispos mais queridos do Brasil.

O pe. Gabriel Vila Verde postou em sua rede social:

“A Páscoa de Dom Henrique abalou o Brasil. Não se fala de outro assunto nas redes sociais! Uma verdadeira chuva de fotos, vídeos e textos sobre ele. Sabe qual a razão disso? A saudade das ovelhas que perdem um bom pastor. Neste tempo de superficialidade e de tanto fingimento, vimos em Dom Henrique um homem verdadeiramente apaixonado por Jesus, que falava com emoção e convicção. Não encenava um teatro, mas transmitia verdade e simplicidade a todo instante. Louvo a Deus por ter experimentado bons momentos em sua companhia. Meu Deus, como ele era bondoso e acolhedor! Baixinho no tamanho, mas gigante no amor. Eu perdi um pai na terra, mas tenho a certeza que ganhei um amigo no Céu. Dom, a tua partida é como o grão que cai na terra e morre, para dar muitos frutos. Acreditem: a morte deste homem servirá para conversão de muitos. Assim como os santos, ele fará mais barulho morto do que vivo!”

O pe. Zezinho publicou:

“A Igreja Católica do Nordeste já nos deu mais de quinze mártires e catequistas que marcaram o catolicismo no Brasil. O mais recente é Dom HENRIQUE Soares, bispo de Palmares. Culto, popular, seguro, bom de diálogo, simples, perdoador, amado pelos pobres, pelos jovens e pelos casais, grande catequista , grande comunicador! Espero que seja lembrado ao lado de Dom Helder, Irmã Dulce e outros líderes católicos do nordeste”.

O pe. Paulo Ricardo postou em seu site oficial:

“Muito nos consola saber que Dom Henrique morreu como viveu: segundo comunicado da família, ele ‘fez questão de enfatizar, antes da entubação, com a firmeza da sua têmpera e profundidade da sua fé, que estava espiritualmente bem, inteiro, nas mãos de Cristo’. Grande esperança nos dão, também, as datas dos últimos acontecimentos da vida de Dom Henrique. Atendendo à súplica que todos fazemos na saudação angélica, a Santíssima Virgem velou pela morte de seu filho com verdadeira delicadeza de mãe: Dom Henrique foi entubado no dia de Nossa Senhora do Carmo e faleceu no dia mariano por excelência: o sábado”.

Centenas de internautas fizeram questão de postar homenagens a Dom Henrique e deixar claro o porquê das homenagens:

“O número de homenagens a Dom Henrique é o grito dos católicos sedentos por bons e santos pastores” (Jefferson Andrade).

Uma foto compartilhada em dezenas de páginas apresenta o bispo como “Santo Henrique de Palmares” e traz a seguinte legenda:

“Se ele já era um santo em sua pobre humanidade, quanto mais o será agora, na presença Eterna de Deus! ‘Quando o Cordeiro abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as vidas daqueles que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que dela tinham dado. Eles gritaram em alta voz: «Senhor santo e verdadeiro, até quando tardarás em fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da Terra? Então foi dada a cada um deles uma veste branca. Também lhes foi dito que descansassem ainda algum tempo, até que ficasse completo o número dos seus companheiros e irmãos que iriam ser mortos como eles’ (Apocalipse 6, 9 -11)”.