Com a Solenidade de Pentecostes encerramos o Tempo Pascal! Pentecostes era uma das grandes festas judaicas; muitos israelitas iam
nesses dias em peregrinação a Jerusalém, para adorar a Deus no Templo. A origem
da festa remontava a uma antiqüíssima celebração em que se davam graças a Deus
pela safra do ano, em vésperas de ser colhida. Depois acrescentou-se a essa
comemoração, que se celebrava cinqüenta dias depois da Páscoa, a da promulgação
da Lei dada por Deus no monte Sinai. Por desígnio divino, a colheita material
que os judeus festejavam com tanto júbilo converteu-se, na Nova Aliança, numa
festa de imensa alegria: a vinda do Espírito Santo com todos os seus dons e
frutos.
Hoje é a plenitude do Mistério Pascal, com o Dom do Espírito Santo à
Igreja. É o nascimento da Igreja. O Pentecostes é o cumprimento da promessa de
Jesus: “… se Eu for, enviá-Lo-ei” (Jo 16,7).
O que aconteceu em Pentecostes é o contrário do que ocorreu em Babel. Na
torre de Babel cada um começou a falar a sua língua e por isso não se
entendiam. Em Babel, reina o egoísmo, o individualismo. Com a torre, os homens
ambicionavam chegar aos céus com as próprias forças, com os próprios méritos.
Em Pentecostes, há a união de línguas, todos reconhecem a linguagem que se fala
pelo Espírito. É uma linguagem do amor, que une o que estava disperso. É uma linguagem
que vai além dos aspectos culturais, cada um escuta como se fosse sua própria
língua e compreende. Em Pentecostes não é o homem que tenta se alçar ao céu. É
o Céu que desce ao homem no Espírito. Aqui não se trata de méritos, mas pura
graça. Tanto no relato de Atos ( 2, 1-11), como no Evangelho de João ( 20,
19-23), fala-se que os discípulos recebem o Espírito Santo quando estão
reunidos em comunidade. Desde a fundação
da Igreja, o Espírito se faz presente quando dois ou mais estão reunidos.
A vinda do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, não foi um
acontecimento isolado na vida da Igreja. O Paráclito santifica-a continuamente,
como também santifica cada alma, através das inúmeras inspirações que se
escondem em “todos os atrativos, movimentos, censuras e remorsos interiores,
luzes e conhecimentos que Deus produz em nós, prevenindo o nosso coração com as
suas bênçãos, pelo seu cuidado e amor paternal, a fim de nos despertar, mover,
estimular para o amor celestial, para as boas resoluções, para tudo aquilo que,
numa palavra, nos conduz à nossa vida eterna. A sua ação na alma é suave e
aprazível; Ele vem salvar, curar, iluminar” (São Francisco de Sales).
No dia de Pentecostes, os Apóstolos foram robustecidos na sua missão de
anunciarem a Boa Nova a todos os povos. Todos os cristãos têm, desde então, a
missão de anunciar, de cantar as maravilhas que Deus fez no seu Filho e em
todos aqueles que crêem nEle. Somos agora um povo santo para publicar as
grandezas dAquele que nos tirou das trevas para a sua luz admirável.
Ao compreendermos a grandeza da nossa missão, compreendemos também que
ela depende da nossa correspondência às moções do Espírito Santo, e sentimo-nos
necessitados de pedir-lhe freqüentemente que lave o que está manchado, regue o
que está seco, cure o que está doente, acenda o que está morno, retifique o que
está torcido. Porque sabemos bem que no nosso interior há manchas, e partes que
não dão todo o fruto que deveriam porque estão secas, e partes doentes, e
tibieza e também pequenos desvios, que é necessário retificar.
Não se pode conceber vida cristã nem Igreja sem a presença e a ação do
Espírito Santo.
Depois que Jesus completou a sua obra, constituído Senhor a partir de
sua ressurreição, envia ao mundo o seu Espírito, o Espírito do Pai. Conforme
São João (Cf. Jo 20,19-23), Jesus comunica o seu Espírito, o mesmo Espírito que
Ele entregou ao Pai no dia da ressurreição. Para isso, sopra sobre eles,
transmitindo-lhes a vida nova, a força, o Espírito Santo: “Recebei o Espírito Santo…”
e o Dom do Perdão e da Reconciliação.
A chama do Espírito Santo transformou totalmente os apóstolos… Que essa
mesma chama ilumine e aqueça a nossa vida no caminho da Unidade, do Bem e da
Verdade…
“O Espírito Santo vem em socorro à nossa fraqueza”, diz S. Paulo (Rom.
8,26). Diz São João da Cruz que o Espírito Santo, com a sua chama está ferindo
a alma, gastando e consumindo-lhe as imperfeições dos seus maus hábitos.
Para chegarmos a um convívio mais íntimo com o Espírito Santo,
aproximemo-nos da Virgem Maria, que soube secundar como ninguém as inspirações
do Espírito Santo. “Perseveravam unânimes na oração, com algumas mulheres e com
Maria, a Mãe de Jesus” (At 1,14).
Rezemos hoje com a Igreja: Deus eterno e todo-poderoso, quisestes que o
mistério pascal se completasse durante cinquenta dias, até a vinda do Espírito
Santo. Fazei que todas as nações dispersas pela terra, na diversidade de suas
línguas, se unam no louvor do vosso nome.
Cantemos: Vem, vem, vem, vem Espírito Santo de Amor, vem a nós, traz à
Igreja em novo vigor.
COMENTÁRIOS DOS TEXTOS BÍBLICOS
Leituras: At 2,1-11; 1Cor
12,3b-7.12-13; Jo 20,19-23
Caros irmãos e irmãs, a liturgia da Palavra
deste domingo acentua a manifestação do Espírito Santo no milagre de
Pentecostes e nos conduz ao Cenáculo onde nos deparamos com Maria, a Mãe de
Jesus e os Apóstolos reunidos em oração (cf. At 1,14s), quando ficaram repletos
do Espírito Santo (cf. At 2,1-4).
Cumpria-se o prometido pelo Salvador: “O Espírito Santo, que o Pai vos
enviará em meu nome. Ele vos ensinará
todas as coisas e vos fará lembrar o que eu vos disse” (Jo 14,26).
Neste dia teve início a missão da Igreja no
mundo. O próprio Jesus tinha preparado os seus apóstolos para esta missão
aparecendo-lhes várias vezes depois da sua ressurreição (cf. At 1, 3). Antes da
ascensão ao Céu, ordenou que “não se afastassem de Jerusalém, mas que
aguardassem que se cumprisse a promessa do Pai” (cf. At 1,4-5); isto é, pediu
que permanecessem juntos e se preparassem para receber o dom do Espírito Santo.
O Povo de Deus, que tinha encontrado no Sinai
a sua primeira configuração, vê agora um novo sinal de Deus a ponto de não
conhecer qualquer fronteira de raça, cultura, espaço ou tempo. Diferente do que
tinha acontecido com a torre de Babel (cf. Jo 11,1-9), quando os homens,
intencionados a construir com as suas mãos um caminho para o céu, fragilizaram
a sua própria capacidade de se compreenderem reciprocamente, enquanto o
Espírito Santo torna os corações capazes de compreender as línguas de todos e
restabelece a ponte da comunicação entre Deus e a humanidade.
No Evangelho temos a aparição de Jesus aos
apóstolos para lhes comunicar a sua paz e o dom do Espírito Santo, para tirar o
pecado do mundo, ou seja, para que eles continuem sua obra salvadora (cf. Jo
14,27s). Jesus sopra sobre os apóstolos,
para que eles recebam o Espírito Santo e tenham o poder de perdoar os
pecados. Porém, o mais grandioso é
quando, na manhã de Pentecostes, um grande vendaval soprou em Jerusalém e o
Espírito Santo desceu em forma de línguas de fogo sobre a comunidade inicial da
Igreja, e eles ficaram repletos de uma nova vida e de uma nova luz.
O termo “Espírito” traduz o termo hebraico
“Ruah” que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza
precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a novidade transcendente
daquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino. É o dom por
excelência de Cristo ressuscitado conferido aos seus Apóstolos, mas Ele quer
que chegue a todos. No Evangelho Jesus diz: “Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará
outro Paráclito para que esteja sempre convosco” (Jo 14,16). É o Espírito
Paráclito, o Consolador, que dá a coragem de levar o Evangelho pelas estradas
do mundo! O Espírito Santo ergue o nosso olhar para o horizonte e nos impele
para que possamos anunciar a todos a mensagem de Jesus Cristo.
O Batismo nos concede a graça do novo
nascimento em Deus Pai, por meio do Filho no Espírito Santo, que é o primeiro
no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e aquele
que Ele enviou, Jesus Cristo.
Toda a história da Igreja, através dos
séculos, desde Pentecostes até nossos dias, está vinculada à ação do
Paráclito. Sua atuação é o cumprimento
da promessa de Jesus: “Eu estarei
convosco até o final dos tempos” (Mt 28,20b).
A comunidade primitiva não só se proclamava membro do Corpo Místico de
Cristo, mas igualmente acreditava ser o templo do Espírito Santo: “Não sabeis
que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Cor 3,16).
Notemos ainda que em Pentecostes, o Espírito
Santo manifesta-se como fogo. A sua chama desceu sobre os discípulos reunidos,
acendeu-se neles e infundiu-lhes o novo ardor de Deus. Realiza-se assim aquilo
que o Senhor Jesus tinha predito: “Vim lançar fogo sobre a terra; e como
gostaria que ele já tivesse sido ateado!” (Lc 12, 49). Juntamente com os fiéis
das diversas comunidades, os Apóstolos levaram esta chama divina até aos
extremos confins da terra, abriram assim um caminho para a humanidade, uma
senda luminosa, e colaboraram com Deus que com o seu fogo quer renovar a face
da terra. O fogo de Deus, o fogo do Espírito Santo, é aquele da sarça que ardia
sem se consumir (cf. Ex 3, 2).
Esta chama do Espírito Santo arde, mas não
queima. E, todavia, ela realiza uma transformação, e por isso, deve consumir
algo no homem, o pecado que o corrompe e o impede de construir de forma
satisfatória a sua relação com Deus e com o próximo.
Enquanto a água significava o nascimento e a
fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia
transformadora dos atos do Espírito Santo. São João Batista anuncia Cristo como
Aquele que “há de batizar no Espírito Santo e no fogo” (Lc 3,16). E São Paulo
ordena: “Não apagueis o Espírito!” (1Ts 5, 19). A tradição espiritual reterá
este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo
(cf. CIgC, n. 696).
Possamos também lembrar que quando Cristo sobe
das águas do seu batismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e
paira sobre Ele (cf. Mt 3,16). O símbolo da pomba para significar o Espírito
Santo é tradicional na iconografia cristã. Assim, em cada batizado que
celebramos, o Espírito Santo desce e repousa no coração purificado do
catecúmeno (cf. CIgC, n. 701).
Na solene celebração do Pentecostes, somos enviados
a professar a nossa fé na presença e na ação do Espírito Santo e a invocar a
sua efusão sobre nós, sobre a Igreja e sobre o mundo inteiro. Portanto, façamos
nossa, e com intensidade particular, a invocação da própria Igreja: “Vinde
Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do
vosso amor”. Uma invocação simples e profunda que deve nos envolver de alegria
e de esperança.
Na anunciação do Anjo Gabriel, Maria é
convidada a ser a mãe do Salvador, em quem habitará “corporalmente toda a
plenitude da Divindade” (Cl 2,9). A resposta à pergunta de Maria: “Como será
isto, se eu não conheço homem?” (Lc 1,34) é dada pelo anjo dizendo: “O Espírito
Santo virá sobre ti” (Lc 1,35). O
Espírito Santo, que é “o Senhor que dá a vida”, como recitamos no Credo, é
enviado para santificar o seio da Virgem Maria e para a fecundar pelo poder
divino, fazendo com que ela venha conceber o Filho eterno do Pai, numa
humanidade originada da sua. E a ela, que desde o Pentecostes se une com a
Igreja nascente invocando o Espírito Santo, peçamos que fique conosco no centro
deste nosso cenáculo singular, a fim de que, com a sua intercessão, possamos
dar ao mundo um testemunho vivo e autêntico de Cristo, o nosso Salvador. Assim
seja.
PARA REFLETIR
A Igreja conclui hoje o Tempo Pascal com a
solenidade de Pentecostes. Não poderia ser diferente, pois o Espírito Santo é o
fruto da paixão morte e ressurreição do Senhor Jesus. Ele morreu entregando na
cruz o Espírito e, no mesmo Espírito, foi ressuscitado pelo Pai. Agora,
plenificado por esse Espírito, derramou-o e derrama-o sobre a Igreja e sobre
toda a criação.
Vejamos alguns aspectos da ação do Espírito.
(1) Primeiramente, por ser Espírito do Cristo,
ele nos une ao Senhor Jesus, dando-nos a sua própria vida, como a cabeça dá
vida ao corpo e o tronco dá vida aos ramos. É no Espírito que Cristo habita
realmente em nós desde o nosso batismo, e faz crescer sua presença em nós em
cada eucaristia, quando comungamos o corpo e o sangue daquele Senhor, que é
pleno do Espírito. Só no Espírito podemos dizer que Cristo permanece em nós e
nós permanecemos nele; só no Espírito podemos dizer que já não somos nós que
vivemos, mas Cristo vive em nós, com seus sentimentos, suas atitudes e sua
entrega ao Pai. Por isso, somente no Santo Espírito nossa vida pode ser vida em
Cristo, vida de santidade.
(2) Mas, o Espírito, além de agir em cada
cristão, age na Comunidade como um todo, edificando a Igreja, fazendo-a sempre
corpo de Cristo. Antes de tudo, ele vivifica a Igreja com a vida do
Ressuscitado, incorporando sempre nela novos membros, fazendo-a crescer mais na
plenitude de Cristo. Depois, ele suscita incontáveis ministérios, carismas e
dons, desde os mais simples, como até aqueles mais vistosos ou mais estáveis,
como os ministérios ordenados: os Bispos, padres e diáconos. É o Espírito que
mantém esta variedade em harmonia e unidade, para que tudo e todos contribuam
para a edificação do corpo de Cristo, que é a Igreja. Assim, é no Espírito que
surge e ressurge sempre a vida religiosa, com tantos carismas diferentes, é no
Espírito que os mártires testemunham Cristo até a morte, é no Espírito que se
exerce a caridade, se visita os enfermos, se consola os sofredores, se
aconselha, se socorre os pobres, se prega o Evangelho… enfim, é no Espírito que
a Igreja vive, cresce e respira!
(3) É no Espírito que os santos sacramentos
são celebrados com eficácia, pois que o Espírito é a própria energia, a própria
graça, a própria força de vida e ressurreição que o Cristo recebe do Pai e
derrama sobre a Igreja. Sendo assim, é no Espírito que a Igreja é continuamente
edificada e renovada, até a vida eterna.
(4) É no Espírito que os cristãos podem rezar,
proclamando do fundo do coração que Jesus é Senhor e que Deus é nosso Pai de
verdade. Somente porque temos o Espírito recebido no batismo é que somos
realmente filhos de Deus, já que recebemos o Espírito do Filho que clama em nós
“Abbá” – Pai. O Espírito une a nossa oração à oração de Jesus, dando-lhe valor
e eficácia e colocando-nos na vida da própria Trindade Santa. Sem o Espírito,
não poderíamos chamar a Deus de Pai, sem o Espírito nossa oração não seria a de
Jesus e nosso louvor, nossa adoração e nossa intercessão não estariam unidas e
inseridas na própria união de Jesus com o Pai.
(5) É o Espírito quem recorda sempre à Igreja
a verdade do Evangelho, conduzindo-a sempre mais adiante no conhecimento de
Cristo. Por isso, assistida pelo Espírito da Verdade, a Igreja jamais pode
errar na sua profissão de fé; jamais pode afastar-se da verdade católica que
recebeu dos apóstolos. Assim, somente no Espírito é que cremos com fé certa na
fé da Igreja!
(6) É ainda no Espírito que a Igreja, ansiosa,
olha para a frente, para o futuro e, inquieta, clama que o Esposo venha logo
para consumar todas as coisas. Por isso, na força do Espírito, a Igreja deverá
ser sempre fiel a cada época, sem saudosismos nem medos, construindo com
humildade o Reino de Deus, até que venha o seu Esposo e leve tudo à consumação.
É no Espírito que os cristãos devem viver como profetas do Reino que está por
vir, denunciando com doçura e vigor tudo quanto se oponha à manifestação desse
Reino. No Espírito, a Igreja anunciará sempre o Evangelho, superando todo medo
de falar de modo novo a constante e imutável verdade do Evangelho, que
interpela, transforma e converte o coração.
(7) Mas, o Espírito não está restrito à
Igreja. Ele enche, impregna e renova o universo e toda a humanidade. Onde menos
esperamos, onde ainda não chegamos, lá já podemos encontrar a ação do Espírito
do Senhor, que cai cristificando toda a humanidade e todas as coisas.
(8) É o Espírito que vai, com força e
discrição, guiando a história humana para a plenitude de Cristo, e isto por
mais que, tantas vezes, o mundo pareça perdido e sem rumo, em meio a guerras,
injustiças, hipocrisias, violências, tristezas e mortes. Cabe aos cristãos,
saberem discernir e interpretar os sinais dos tempos, que o Santo Espírito faz
brotar por toda parte, tendo ouvidos para ouvir o que o ele diz à Igreja.
(9) Finalmente, é no Espírito, que um dia, no
Dia de Cristo, quando ele, nossa vida, aparecer em glória, tudo será
glorificado, a história será passada a limpo, a criação inteira será
transfigurada, o pecado será destruído para sempre, a morte será vencida e
nossos corpos mortais ressuscitarão, transfigurados como o corpo do Cristo
Jesus ressuscitado. Então, plena do Espírito, toda criação será plenamente
corpo de Cristo. O Ressuscitado será Cabeça dessa nova criação e entregará tudo
ao Pai, para que o Pai, pelo Filho, no Espírito, seja tudo em todas as coisas.
É esta a nossa esperança, a nossa certeza e a
plenitude da nossa salvação. É esta realidade estupenda que se iniciou com o
dom do Espírito, celebrado na festa de hoje. Só nos resta implorar novamente o
que cantamos antes do “aleluia”:
“Espírito de Deus,/ enviai dos céus/ um raio
de luz!
Vinde, Pai dos pobres,/ dai aos corações/
vossos sete dons.
Consolo que acalma,/ Hóspede da alma,/ doce
Alívio, vinde!
No labor, Descanso,/ na aflição, Remanso, / no
calor, Aragem.
Enchei, Luz bendita,/ Chama que crepita,/ o
íntimo de nós.
Sem a Luz que acode,/ nada o homem pode,/
nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai,/ ao seco regai,/ curai o
doente.
Dobrai o que é duro,/ guiai-nos no escuro, o
frio aquecei.
Daí à vossa Igreja,/ que espera e deseja,/
vossos sete dons.
Dai
em prêmio ao forte/ uma santa morte,/ alegria eterna./ Amém”.
Maravilhoso, parabéns. Deus abençoe.
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