segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Padre desvenda técnica dos abortistas utilizada no caso da menina de 10 anos



Tenho acompanhado o caso da menina de dez anos que foi violada por um parente e teve uma gravidez como resultado da violência sexual. A absurdidade da situação causa em todos nós uma justificada comoção, a qual pode, porém, ser usada de modo a obscurecer uma análise atenta e racional dos fatos.

Gostaria de chamar a atenção para alguns detalhes:

1. O movimento que visa a expansão da prática do aborto adota como técnica retórica a sistemática invisibilização do bebê. E a razão disso foi explicitamente declarada pela então presidente das “Catholics for Choice”, Frances Kissling, na entrevista que concedeu a Rebecca Sharpless em 2002, Washington DC:

“Quando você contrapõe um feto contra uma mulher, a mulher perde. Você sabe disso. Bebês contra mulheres, os bebês vencem”.

2. Ora, no caso concreto deste fim de semana, todo o noticiamento silenciou cuidadosamente o fato de que o bebê estava com 23 semanas de gestação, ou seja, quase seis meses. Tratava-se de um bebê já formado.

3. O objetivo deste silenciamento era: – fazer o aborto acontecer às pressas, através de uma autorização judicial, para conseguir-se um precedente; – manter a opinião pública imobilizada ou confusa, concentrando todas as atenções sobre a violência sexual, fazendo apelo aos sentimentos de revolta da população; – amordaçar todos os pró-vidas como fanáticos, fundamentalistas, obscurantistas que querem apenas salvar a vida de um bebê, a despeito da vida da mãe. 

Nota em defesa da vida





“Escolhe, pois, a vida.” (Dt 30,19)

Prezados presbíteros, diáconos, religiosos(as) e povo santo de Deus,

Que o Espírito Santo de Deus brilhe em vossos corações e vos conceda os seus dons, para discernir sempre a mensagem do Evangelho e que ela vos traga saúde e paz!

Diante dos fatos acontecidos na cidade de São Mateus, estado do Espírito Santo, com grande repercussão nacional, onde uma menina de 10 anos vinha sendo violentada sexualmente, há alguns anos, resultando numa gravidez; diante dos diversos posicionamentos que tem gerado a possibilidade do aborto; e ainda, diante da confusão de pensamentos ou julgamentos de alguns cristãos favoráveis ao aborto, como Pastor desta Igreja Particular de São Mateus-ES, “devo pregar e ensinar ao povo a fé e ainda estar vigilante para afastar os erros que ameaçam a fé” (Vaticano II, Constituição Lumen Gentium, n.25). Quero lhes dirigir através desta nota, umas palavras orientadoras e firmes, que ajudem cada um a discernir com clareza a voz do Espírito, através dos representantes do Senhor Jesus.

Minha tarefa, como defensor da vida, é orientá-los sobre a Doutrina da Igreja e de seu Magistério a respeito. De acordo com o Magistério da Igreja, segundo a moral católica, a defesa da vida humana desde sua concepção é um princípio imprescindível.

Estas palavras do Papa Francisco, ilustram claramente o que desejo lhes dizer: “É necessário reiterar a mais firme oposição a qualquer atentado direto contra a vida, de modo especial a inocente e indefesa, e o nascituro no ventre materno é o inocente por excelência” (Discurso à plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina, em 28/02/14). E ainda nas palavras do Papa Emérito Bento XVI: “O aborto nunca pode ser justificado, por mais difíceis que sejam as circunstâncias, que levam a alguém a considerar uma medida tão grave” (No Vaticano, em 19/11/07).

Diz ainda o Magistério da Igreja: “A vida humana deve ser respeitada e protegida, de modo absoluto, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento da sua existência, devem ser reconhecidos a todo o ser humano os direitos da pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo o ser inocente à vida (cf. Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução Donum vitae, 1, 1). “Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi: antes que saísses do seio da tua mãe, Eu te consagrei” (Jr 1, 5). “Vós conhecíeis já a minha alma e nada do meu ser Vos era oculto, quando secretamente era formado, modelado nas profundidades da Terra” (Sl 139, 15).

No que se refere ao aborto provocado em algumas situações difíceis e complexas, é válido o ensinamento claro e preciso do Papa São João Paulo II: “É verdade que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um caráter dramático e doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os outros membros da família. Às vezes, temem-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas estas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente” (Evangelium vitae, 58).

A proteção da vida humana, desde a concepção, não exclui de forma alguma uma atitude de compaixão, misericórdia e proteção para com o drama da criança estuprada. Mas humanamente falando, não se repara um mal com outro mal. O inocente não pode receber pena maior do que o culpado, ou seja, não pode de forma alguma receber alguma pena.

Assim, pois, meus queridos irmãos e irmãs,  minha palavra hoje é que deveis lembrar ao nosso povo que “o direito à vida de cada ser humano inocente, nascido ou não nascido e que se aplica a todas as pessoas sem nenhuma exceção”, como falou ainda o Papa Emérito Bento XVI aos bispos de Quênia, na África, presentes no Vaticano para a Visita ad limina. 

A bondade de Deus tem limites?



A tendência da natureza humana decaída pelo pecado original é ver Deus de maneira unilateral, amando-O não como Ele é de fato, mas como gostaríamos que ele fosse. E, ademais, contemplar exclusivamente aquelas qualidades divinas que não contundem o nosso errado modo de ser. E tudo isso porque a visualização verdadeira de Deus exige uma conversão.

“Deus é tão bondoso, Ele vai ter pena desse pobre coitado”. Quantas vezes ouvimos essa máxima utilizada para justificar ações erradas e pecaminosas. Pecados horrorosos, públicos e advertidos, que são cometidos por esse “pobre coitado” que não quer nem ouvir falar de Deus, de religião e de Igreja. Devemos odiar o pecado e amar o pecador; isso é real, mas, antes de amar o pecador, devemos amar a Deus que é ofendido pelo pecador e ter “pena” do Divino Ofendido.

Devemos amar a Deus porque Ele pune o pecado, e não apenas porque premeia a virtude.

Façamos uma pequena viagem, reportando-nos aos tempos em que a sociedade era governada por monarcas, muitos dos quais, santos. Estamos em uma corte onde mora o rei, nobre varão, que ama seus súditos como filhos, e é amado por todos como verdadeiro pai.

Certo dia, velando pela harmonia de seu reino e atendendo aqueles que vinham apresentar algum problema e pediam o auxílio do rei, apresentou-se, um homem, realmente atormentado, que deixava entrever em seu olhar um ódio assanhado contra o rei, a nobreza, e tudo quanto havia de superior à sua pessoa. Nem mesmo a bondade imensa do olhar da rainha-mãe, que estava ao lado do rei e derramava torrentes de carinho sobre aquele pobre coitado, foi capaz de mudar seu coração odioso.

Após dizer algumas palavras ao santo monarca, não se conteve esse miserável, e, aproveitando-se de uma distração da guarda real, atirou-se sobre a rainha e, desferindo alguns golpes, deixou-a ferida, a ponto de escorrer seu nobre sangue. Rapidamente foi imobilizado pelos guardas e posto diante do rei.

O que fará o monarca? Terá pena desse pobre coitado e despedirá impunemente o agressor de sua bondosa mãe? Mas, não era ele tão misericordioso, será o caso de punir esse coitado? 

Coleta para o sustento dos cristãos que vivem na Terra Santa será em 13 de setembro



Igrejas que ajudam outras Igrejas, em uma rede contínua de fraternidade. Esta é uma marca registrada da comunidade cristã em todo o mundo. Mas há uma para o qual a ajuda recebida das Igrejas do planeta assume um valor único. É aquela que tem as suas raízes - as pedras da sua história, os espaços de sua geografia - diretamente no Evangelho. É a Igreja dos Lugares Santos, de Jerusalém, Belém, Nazaré, que a cada ano reserva uma ajuda específica assegurada pela Coleta para a Terra Santa, recolhida em todas as comunidades eclesiais na Sexta-feira Santa. Um costume não observado este ano em função da pandemia.

Nova data para um dia solene

Em abril passado, quando a crise de Covid-19 havia transformado em deserto as paróquias de muitos países europeus - tradicionalmente na vanguarda da Coleta - o Papa Francisco havia aprovado a proposta de adiar esta coleta de ofertas para 13 de setembro de 2020. Uma data, explica o padre franciscano Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, escolhida “porque é o domingo mais próximo da festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos aqui em Jerusalém – explicou ele - com particular solenidade, para recordar até que ponto chegou o amor do Filho de Deus por nós: a ponto de dar a vida na Cruz, pela nossa salvação”. 

Coreia do Norte: Diocese de Pyongyang é consagrada a Nossa Senhora de Fátima



Por ocasião da festa da solenidade da Assunção de Nossa Senhora, o Cardeal Andrew Yeom Soo-jung, Arcebispo de Seul, na Coreia do Sul, e Administrador Apostólico da Diocese de Pyongyang, na Coreia do Norte, divulgou uma mensagem na qual anuncia a dedicação da Diocese norte-coreana a Nossa Senhora de Fátima.

Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo!

No documento, intitulado “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo!” (Lucas 1, 28), o purpurado afirma “decidi, após sincera oração e discernimento, dedicar a Diocese de Pyongyang a Nossa Senhora de Fátima”.

Bênção do Papa

O Cardeal afirma ainda que pediu ao Papa Francisco uma bênção especial para a Diocese de Pyongyang. “O Santo Padre prometeu oferecer uma oração especial pela proteção da Santíssima Virgem Maria no dia em que dedicarmos a Diocese de Pyongyang à Santa Mãe de Fátima”, ressalta.

75° aniversário da libertação da Coreia do domínio colonial japonês

Recordando que este ano se celebram o 75° aniversário da libertação da Coreia do domínio colonial japonês e o 70° aniversário do início da Guerra da Coreia, Dom Andrew Yeom Soo-jung manifestou seu desejo de que as duas Coreias abram seus corações ao diálogo para alcançar uma verdadeira paz.

Tensão entre as Coreias

Neste ano, o aniversário do início da Guerra da Coreia ocorre em um período marcado por uma preocupante tensão entre as duas Coreias, que teve seu auge no último dia 16 de junho, quando Pyongyang explodiu a sede do escritório de ligação com a Coreia do Sul aberto na cidade de Kaesong, após a histórica cúpula inter-coreana em abril de 2018. 

Saiba quem é o médico que fez o aborto em menina estuprada



O caso da menina que interrompeu uma gravidez de 22 semanas, com apenas 10 anos de idade, mobilizou as discussões sobre o tema ao redor do país. Após ter o procedimento negado em um hospital do Espírito Santo, estado onde mora, a garota teve que viajar para o Recife, em Pernambuco, onde o aborto foi realizado pelo obstetra Olímpio Moraes, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam).

Moraes pode parecer, a priori, um nome desconhecido ao público geral, mas é um profissional conhecido quando o assunto é o aborto, principalmente quando há casos de crianças que ficam grávidas e a opção é por interromper a gestação, como ocorreu com a garota de 10 anos.

O procedimento realizado neste final de semana não foi o primeiro em que o médico viu uma forte repercussão sobre seu nome. Em março de 2009, Olímpio fez o aborto de uma criança ainda mais jovem, com nove anos. A gestação, na ocasião, ocorreu após um abuso que a menor sofria desde os seis anos pelo padrasto na casa em que vivia, em Alagoinha, no agreste de Pernambuco.

O aborto não foi completado sem que houvesse forte protesto contra o obstetra. Após realizar o procedimento, Moraes acabou excomungado pela Igreja Católica, pela segunda vez, já que a primeira fora determinada em 2006, quando ele foi apontado como o responsável pela campanha que distribuiu gratuitamente a chamada “pílula do dia seguinte” durante e após o carnaval. 

Papa envia equipamentos médicos para o Brasil


O papa Francisco enviou suprimentos médicos, 18 ventiladores pulmonares e seis aparelhos de ultrassom para o Brasil. A doação é uma forma de ajudar o país no combate ao novo coronavírus. A informação foi confirmada, nesta segunda-feira (17), pela Esmolaria Apostólica, setor do Vaticano responsável pela divulgação das obras de caridade do pontífice.

– A fim de concretizar a proximidade e o carinho do Santo Padre neste momento de dura provação e dificuldade, ele se mobilizou de diferentes formas e em mais frentes para buscar suprimentos médicos e equipamentos eletromédicos para doar a muitos centros de saúde que estão em situação de emergência e pobreza para encontrar os meios necessários para salvar e curar muitas vidas humanas – afirmou o comunicado. 

Só venceremos o coronavírus com os olhos da Fé e o coração da caridade, afirmam Bispos Filipinos



Numa carta pastoral, difundida em 12 de agosto na página web do Episcopado, os bispos filipinos exortaram os fiéis a responder à pandemia do coronavírus “com os olhos da fé, o coração da caridade e o cinto da verdade”.

A Carta Pastoral foi assinada pelo arcebispo de Lingayen-Dagupan e responsável pela Comissão para os Seminários, dom Sócrates Villegas, e pelo bispo de San José e presidente da Comissão de Catequese e Educação Católica, dom Roberto Mallari.

Deploramos a marginalização dos valores religiosos em nossos programas de combate a esta pandemia

Os prelados apelam às comunidades dos fiéis, para que neste tempo de pandemia, quando a população tem sofrido, entre outras coisas, em isolamento, com medo de doenças e morte, perda de emprego e liberdades fundamentais e com o colapso da economia, elas sejam capazes de discernir a verdade e tomar decisões apropriadas com base nesta verdade:

“Precisamos de clareza de propósito e certeza de direção de nossos líderes neste caminho tortuoso.

Deploramos a marginalização dos valores religiosos em nossos programas de combate a esta pandemia. O programa Covid-19 deve ser radicado na ética, uma ética centralizada nas pessoas”, diz a Carta Pastoral.

A verdade libertará de medos e ansiedades desnecessárias

Os bispos apelam para que os círculos de estudo dentro das comunidades religiosas sejam críticos e perspicazes diante das falsas histórias da mídia e de muitas políticas públicas não científicas e irracionais, convidando os institutos e universidades católicas, e seus departamentos de pesquisa, a fazer de modo que os estudos científicos sobre a Covid-19 sejam amplamente compartilhados, usando a razão, a ciência e os ensinamentos sociais católicos.

“Eles darão a nossos compatriotas, acesso à verdade que os libertará de medos infundados e ansiedades desnecessárias”, afirmam os bispos na carta pastoral.