CONFLITO ISRAEL X PALESTINA
Israel e Palestina ocupam a mesma área geográfica, localizada entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, sendo esta a principal causa de seu conflito.
Israel é o único Estado Judeu no mundo, tendo sido estabelecido por um grupo político sionista europeu e reconhecido pela ONU em 1948. Após um processo de migração e guerras, ocupa grande parte da área que pertenceria à Palestina.
A sua declaração de independência foi firmada pela Organização para a Libertação da Palestina em 1988. Porém, o Estado da Palestina ainda não tem reconhecimento de todos os países.
Israel é o único Estado Judeu do mundo, criado em 1947 sob uma decisão das Nações Unidas.
Uma das causas da criação do Estado de Israel foi a perseguição de judeus na Europa. Desde o século XIX, vários judeus sonhavam com a possibilidade de ter um país próprio e o local ideal seria a região da Palestina.
Por isso, muitos judeus começaram a migrar para o território de Palestina, que era considerada sua “terra prometida”, segundo o relato bíblico.
Porém, este território já era ocupado por árabes e muçulmanos, que também o considerava território sagrado, de acordo com os mandamentos do Corão.
Eles resistiram à ocupação israelense, dando origem aos conflitos entre Israel e Palestina, que perduram até os dias atuais.
Atualmente, a capital e cidade mais populosa de Israel é Jerusalém, enquanto seu centro financeiro é Tel Aviv. Sua língua principal é o hebraico e o Judaísmo é a religião predominante, correspondendo a quase 82% da população.
Importante frisar que a maioria dos países não reconhece Jerusalém como capital de Israel e prefere manter suas representações diplomáticas em Tel Aviv.
Palestina é o nome do território localizado entre o Rio Jordão e o Mediterrâneo.
A independência foi declarada em 15 de novembro de 1988 pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Mas a maioria de suas áreas reivindicadas estão sobre controle de Israel desde 1967, depois da chamada Guerra dos Seis Dias.
Hoje, a Palestina se concentra em dois territórios: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
Apesar de a Cisjordânia estar sob ocupação israelense, é nominalmente controlada pela Autoridade Palestina.
Já a Faixa de Gaza é uma área povoada quase exclusivamente por palestinos, porém cercada e bloqueada por Israel. Hoje, está sob controle do grupo radical Hamas.
O Estado da Palestina declara Jerusalém Oriental como capital. Sua população atual é de 4,817 milhões (2016), e seu território é de 6 220 km².
Porém, estima-se que existam mais de 9,6 milhões de palestinos, considerando os refugiados em vários países da Europa, África e Oriente Médio.
A principal língua falada pelos palestinos é o árabe. A religião predominante é o islamismo sunita.
SIONISMO é a ideologia nacional de Israel a qual defende o judaísmo como uma religião e também uma nacionalidade. A partir dessa definição, é importante esclarecer que, quando surgiu, o sionismo não tinha apenas um caráter nacionalista, mas era um movimento que visava colonizar definitivamente a Palestina.
O sionismo político surgiu na Europa no final do século XIX, em um contexto de crescimento do antissemitismo (ódio aos judeus) no continente. Esse movimento surgiu a partir das ações do jornalista húngaro Theodor Herzl, que foi o grande responsável pelo surgimento de uma organização internacional para defender a ideia de constituição de um Estado Nacional para os judeus na Palestina.
Como a receptividade da ideia proposta por Herzl foi grande, o jornalista organizou o primeiro Congresso Sionista Mundial. Esse congresso reuniu-se na Basileia (Suíça) em 1897 e debateu questões relacionadas à viabilização do projeto de fundação de um Estado judeu na Palestina.
Nesse congresso, determinou-se o envio de uma comissão para a Palestina para que fosse analisada a viabilidade de ocupação da terra. De toda forma, ficou preestabelecido que esse Estado judeu deveria ser fundado na terra da qual os judeus haviam fugido no século III d.C. Determinou-se ainda que uma das melhores formas de se concretizar esse processo era realizar a compra de terras para serem ocupadas exclusivamente por judeus.
É importante esclarecer que o I Congresso Sionista não inaugurou a imigração de judeus para a Palestina (essa imigração já existia desde 1882), apenas organizou as bases para que ela acontecesse em maior escala.
À medida que crescia a presença judaica na Palestina, os desgastes entre judeus e árabes intensificavam-se. O sionismo, inclusive, é alvo de críticas atualmente, pois muitos afirmam que é uma ideologia que defende o isolamento da comunidade árabe nos territórios dominados por Israel.
Ao longo das décadas de 1920, 1930 e 1940, o sionismo fortaleceu-se consideravelmente, e a perseguição aos judeus promovida pelos nazistas durante o Holocausto viabilizou politicamente o projeto de fundação do Estado judeu, criado por meio da Resolução 181 da ONU.
O ANTISSEMITISMO é um movimento extremista que prega o ódio aos judeus. O movimento foi mais forte na Alemanha, onde durante anos foi criado o sentimento de que os judeus eram os responsáveis pelos males ocorridos no país.
A ideologia teve seu ponto máximo no nazismo, que defendia que os judeus eram moral e fisicamente inferiores aos arianos.
Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), houve o extermínio de judeus pelos nazistas, o que causou a migração de famílias judias para fora da Europa. Grande parte delas foi para a Palestina, onde seria criado o Estado de Israel em 1948.