sábado, 9 de junho de 2012

Entendendo a Missa: Temas de Liturgia V



Nos passados artigos sobre a liturgia, apresentei algumas questões gerais sobre o sentido dos ritos na Igreja. Agora, vou tratar concretamente de alguns ritos e partes da Santa Missa, começando, naturalmente, pelos ritos iniciais. Esses ritos são a entrada, o ato penitencial, o “Senhor, tende piedade”, o Glória e a oração do dia (chamada de “coleta”). Qual o sentido de todos estes ritos? Preparar e introduzir a comunidade num clima de comunhão e escuta sagrada da Palavra de Deus. Estes ritos, portanto, preparam a comunidade para entrar no clima de uma verdadeira ação litúrgica!

A procissão de entrada é feita pelo sacerdote, o diácono (caso haja um) e os ministros, isto é, os acólitos. Não é previsto nem é de acordo com a tradição litúrgica da Igreja que entrem os leitores e os que farão as preces. O correto é que esses estejam nos seus lugares no meio da assembléia sem nenhuma veste “litúrgica” que os destaque.

O canto de entrada não é para “receber o nosso celebrante, padre fulano de tal” – como se diz por aí a fora! O canto de entrada tem como finalidade abrir a celebração, promover a unidade da assembléia pela mesma voz e introduzir no sentido daquilo que se está celebrando, de acordo com o tempo ou a festa litúrgica. Então, é errado o comentarista dizer: “Fiquemos de pé para receber o nosso celebrando, os acólitos, etc...” Fica-se de pé para cantar louvando a Deus, e canta-se para introduzir a celebração. Também não se deve dizer o nome do sacerdote. É sempre e somente Cristo quem celebra! Na liturgia não há lugar para personalismos! Aliás, os comentários devem ser simples e diretos, com pouquíssimas palavras. Nunca se deve dizer o nome da pessoa que fará esta ou aquela ação; é um cristão, membro da comunidade. Basta!

Diante do Altar todos fazem uma reverência – a não ser que o Santíssimo esteja colocado no fundo da igreja, atrás do Altar. Neste caso, faz-se genuflexão. Só o sacerdote (e o diácono) beija o Altar. O sacerdote, inicia a Missa diretamente com o sinal da cruz. Aqui é importante esclarecer: nunca o padre deve fazer algum comentário neste momento. Simplesmente, começa a Missa e pronto! Para ser bem claro: a primeira palavra do padre na Missa é “Em nome do Pai...” Não pode ser outra! Depois do “Bendito seja Deus...” é que ele, antes de convidar ao ato penitencial, pode, com breves palavras, dar as boas vindas e introduzir no sentido da Missa daquele dia. Então, não é o comentarista quem diz: “Boa noite! Sejam todos bem-vindos!” Está errado! Não se deseja boa noite nem bom dia na celebração litúrgica! São essas coisas que vão tornando a missa um showzinho meloso e insuportável, que parece não mais ter fim! Ainda sobre o canto de entrada: ele deve terminar logo que o padre beija o Altar e se dirige à sua cadeira. É importante compreender que quando o canto acompanha um rito, terminado o rito, termina também o canto!

Quanto ao Ato penitencial, há algumas observações importantes. A primeira delas é a seguinte: é preciso distinguir o Ato penitencial do “Senhor, tende piedade”. Não são a mesma coisa! O Ato penitencial é um pedido público de perdão por parte da comunidade e de cada seu membro; o “Senhor, tende piedade”, ao invés, é um canto de aclamação ao Senhor morto e ressuscitado e de pedido pela sua gloriosa misericórdia. Este “Senhor, Cristo, Senhor” não é dirigido à Trindade, mas ao Cristo: é ele o Senhor!

O Ato penitencial pode ser feito de três modos diferentes: 1) “Confessemos os nossos pecados...”; e reza-se o Confesso, 2) “Tende compaixão de nós, Senhor...” e 3) unido ao “Senhor, tende piedade”... Sobre este terceiro modo, veremos logo abaixo. O Ato penitencial é concluído pela absolvição: “Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós...” Depois disso, canta-se ou recita-se o “Senhor, tende piedade...”, que não tem nada a ver com o Ato penitencial!

Mas, como disse acima, pode-se unir o Ato penitencial e o “Senhor, tende piedade”. Como fazer? O sacerdote convida a reconhecer os pecados e, depois diz-se: “Senhor, que... Cristo, que... Senhor, que...” apresentando-se uma invocação. Após isso, o padre dá a absolvição: “Deus todo-poderoso tenha compaixão...” Então, resumindo: quando se diz “Senhor, que... Cristo, que... Senhor, que...” isso já é o “Senhor” com o Ato penitencial misturados; quando se reza o modelo 1 ou 2 de Ato penitencial, após a absolvição, tem-se que rezar o “Senhor”, e aí é de modo simples: “Senhor, tende piedade de nós; Cristo, tende piedade de nós; Senhor, tende piedade de nós” e passa-se logo ao Glória ou ao Oremos. É só olhar o Missal, que explica isso direitinho! No entanto, é muitíssimo comum errar nisso! Sendo assim, o coral deve sempre dizer ao padre que canto penitencial irá cantar. Se no canto penitencial já tiver “Senhor, Cristo, Senhor tende piedade”, então, com isso dá-se a absolvição passa-se ao Glória ou Oremos. Caso o canto penitencial não tenha o “Senhor”, terminada a absolvição, canta-se ou recita-se o “Senhor, tende piedade”, como eu expliquei logo acima.

Quanto ao canto do Glória, é importante saber que trata-se de um hino de louvor ao Pai pelo Filho no Espírito e sua letra não pode ser substituída por outra. A Introdução do Missal diz claramente: “O texto deste hino não pode ser substituído por outro”. Lembrem-se os responsáveis pela liturgia que tal hino é cantado nos Domingos, solenidade e festas, exceto no Advento e na Quaresma.

Os ritos iniciais terminam com a Coleta, isto é, a Oração do dia. O padre diz “Oremos”, guarda um breve silêncio para que aí, cada um se coloque diante de Deus com suas intenções para a Santa Missa; depois diz a oração. Todos se sentam para a Liturgia da Palavra.

Continuaremos no próximo número.

Côn. Henrique Soares da Costa
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Fonte: http://www.padrehenrique.com/index.php/liturgia/geral/148-temas-de-liturgia--v

Temas de Liturgia III



Já afirmei, nos artigos passados desta série, que a liturgia não pode ser manipulada. Somente a autoridade competente pode estabelecer e modificar as normas litúrgicas. Quem são essas autoridades? A Santa Sé, enquanto exprime e executa as determinações do Papa e, em alguns casos bem específicos, a Conferência Episcopal e o Bispo local. Fora disso, ninguém – nem mesmo um padre – tem autoridade para introduzir mudanças na liturgia. Isso seria um abuso! E, no entanto, todos sabemos o quanto tais abusos são comuns, tornando-se quase uma regra... Alguns exemplos? Não faltam: missas com excessos de cânticos, missas nas quais se mudam arbitrariamente os textos litúrgicos, orações eucarísticas inventadas, o costume absolutamente errado de permitir que os leigos aproximem-se do altar e tomem com suas próprias mãos a sagrada comunhão, o costume de permitir ou até mesmo mandar que os fiéis rezem juntamente com o padre a oração da paz e a doxologia “Por Cristo, com Cristo, em Cristo”, as missas-show ou de cura da Canção Nova... A lista de abusos e indisciplina seria enorme...

O mesmo vale para alguns especialistas em liturgia, que se acham no direito de desobedecer publica e sistematicamente às normas da Igreja. Vejamos alguns exemplos: recentemente, numa revista de liturgia das paulinas, uma conhecida doutora em liturgia, professora em alguns cursos no Brasil, a Ir. Ione Buyst, escreveu que não é correto ajoelhar-se durante a Oração Eucarística e nem mesmo durante a Consagração. Pois bem, a cara Doutora está totalmente errada e fere as normas da Igreja. Uma coisa é uma opinião que um estudioso de liturgia tenha; isso é mais que legítimo. Outra, bem diferente, é um liturgista meter-se a legislador da prática litúrgica da Igreja. No caso da Ir. Ione, ela apresenta um monte de motivos para demonstrar que o ideal seria permanecer de pé mesmo durante a consagração. É uma opinião dela e a Igreja permite que ela tenha essa opinião; mas não permite que ela deobedeça às normas litúrgicas e faça do seu jeito e, o que é pior, ensine o Povo de Deus a fazer errado, desobedecendo às determinações da Santa Sé. Isso seria um abuso, uma exorbitância que os católicos devem claramente rejeitar. Quanto ao ajoelhar-se na Consagração e na Oração Eucarística, eis o que diz a Instrução Geral do Missal Romano, aprovada pela Santa Sé, a quem todos, inclusive a Ir. Ione,devem obediência: “Ajoelhem-se durante a Consagração, a não ser que, por motivo de saúde ou falta de espaço, ou o grande número de presentes ou outras causas razoáveis não o permitam. Contudo, aqueles que não se ajoelham na Consagração, façam inclinação profunda enquanto o sacerdote faz genuflexão após a consagração” (n. 43). Ainda mais: “Onde for costume o povo permanecer de joelhos do fim da aclamação do Santo até ao final da Oração Eucarística e antes da comunhão quando o sacerdote diz ‘Eis o Cordeiro de Deus’, é louvável que ele seja mantido” (n. 43). Então, ainda que algum liturgista não goste desta norma, tem, no entanto, o dever de respeitá-la e ensinar ao Povo de Deus de modo correto. Do mesmo modo, os padres e arquitetos, têm o dever de providenciar para que os bancos das igrejas tenham o genuflexório para que os fiéis possam se ajoelhar: “Sobretudo nas novas igrejas que são construídas, disponham-se os bancos ou as cadeiras de tal forma que os fiéis possam facilmente assumir as posições requeridas pelas diferentes partes da celebração...” (n. 311).

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Projeto Gotinha de Amor




A Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro estará realizando no dia 09 de junho a partir das 8h no Centro Catequético da Igreja Matriz - cohab, o Projeto "Gotinha de Amor" que destina-se à doação de sangue. O que é necessário para ser doador:


- ter no mínimo 18 anos;


- não ingerir bebida alcóolica pelo menos nas últimas 12 horas antes da doação;


Seja solidário/a! Abrace esse projeto que é nosso. Amanhã pode ser você que esteja precisando. Compareça e traga mais irmãos, estaremos o dia todo com a equipe do Hemomar. Você pode salvar vidas!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Nota de Falecimento


Na manhã desta quinta-feira, 07/06, Solenidade de Corpus Chriti, faleceu o Frei Elias Baldeli. O corpo será velado na Fraternidade de Nossa Senhora Auxiliadora, Belém - PA. Contamos com a oração de todos na certeza da Ressurreição.


PNSPS: Servimos ao que veio servir!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Corpus Christi: o que significa?


O nome vem do latim e significa Corpo de Cristo. A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. 

Acontece numa quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. 

"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.

Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. 

O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59).

Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Maranhão: pacto do Cinismo


Desde São Luís do Maranhão, prestes a comemorar seus 400 anos de existência, com um milhão de habitantes, desleixada e maltratada em seu patromômio arquitetônico, que lhe rendeu o título de patrimônio da humanidade, envio essas breves informações da realidade e luta dos povos indígenas desta região", informa Egon Heck, CIMI-MS, ao enviar o artigo que publicamos a seguir:

O Estado do Maranhão, às vésperas da Cúpula dos Povos, Rio + 20, é o exemplo paradigmático do que não se deve fazer em termos de impacto e destruição da natureza e desrespeito a seus primeiros habitantes. O chão do Maranhão arde em carvão, suas florestas gemem sob o barulho ensurdecedor e contínuo dos dentes vorazes das motosserras.

O Greenpeace mantém seu protesto, com seus membros se revezando na ancora de um navio que vinha carregar carvão obtido através de trabalho escravo e carvão de madeira retirada das terras indígenas do estado. O protesto, já mais de dez dias, está chamando atenção do país e do mundo, sobre os crimes contra a natureza e os povos indígenas, que continuam sendo rotina nesta região do país, no cerrado, na mata pré-amazonica e na floresta amazônica. Olhando para o mapa da região amazônica, que nestes dias está sendo lançado pelo Greenpeace, se percebe claramente que o Maranhão é apenas uma mancha vermelha, significando o processo de total devastação da floresta, apenas interrompido pelo verde sobrevivente nas terras indígenas e algumas unidades de conservação.


Essa realidade motivou a solicitação de uma audiência pública pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado. O deputado Bira do Pindaré, que solicitou a audiência, a partir de pedido do Cimi Maranhão, foi o único parlamentar presente. Aos outros 41 provavelmente o tema dos direitos indígenas não devia ser motivo de interesse e de debate. O mesmo pensamento devem ter os órgãos públicos convidados, particularmente a Funai, oIncra, Ibama, dentre outros. Nenhum deles compareceu ou sequer se deu ao respeito de comunicar sua ausência. Um pacto de cinismo, como disse um professor da Universidade Federal do Maranhão, que mostra não apenas o grau de omissão do governo federal e estadual, mas sua criminosa postura de apoio ao processo de devastação e desrespeito aos direitos dos povos indígenas, especialmente à terra.

A audiência pública, em meio à greve geral dos transportes coletivos, foi convocada para debater de maneira especial, duas situações – Terra Indígena Governador, do povo Gavião, no município de Amarante do Maranhão e a Terra Indígena Awá Guajá, município de Zé Doca, ambas sob fortíssima pressão de interesses econômicos e políticos regionais, invasão massiva de madeireiras ( só nas terras dos Awá estão devastando a floresta há aproximadamente 180 serrarias) . É voz corrente entre os políticos e interesses econômicos de que essas duas terras indígenas não serão demarcadas. Como garantia às suas pretensões alegam a existência de milhares de assentados pelo Incra nessas áreas ( só na área dos Pukobjê-Gavião existem 11 assentamentos)

Rosana, coordenadora do Cimi Maranhão destacou a campanha difamatória contra os direitos dos povos indígenas no estado, estimulando um verdadeiro genocídio contra populações indefesas, com grupos em situação de isolamento voluntário, como é o caso dos Awá. A proteção e reconhecimento dessa terra indígena se arrasta por 30 anos. Representantes desse povo deram seu depoimento na língua materna. Falaram da destruição da floresta e da caça, com a invasão de seu território. “Destroem nossa comida. Eu tenho ciúme da floresta, da caça...”. Lembraram a ida a Brasília no ano passado, quando cobraram ao Desembargador Girair Aram, no TRF, a demora no julgamento sobre suas terras. Três Awá, dentre os quais um estava na audiência, no ano passado fizeram uma visita aos Kaiowá Guarani, no Mato Grosso do Sul, para os quais levaram flechas para que pudessem se defender da invasão de suas terras. Apesar das distâncias e realidade históricas tão diversas, se entenderam na língua (tupi-guarani) e nas intenções, defender-se dos invasores e destruidores de seus territórios e da floresta.

Encaminhamentos

- Fazer um relatório com as cobranças aos organismos do governo que não compareceram, especialmente a Funai;

- Cobrar da Funai um plano de retirada e reassentamento das moradores não índios da Terra Indígena Awá Guajá, conforme determinou a decisão judicial;

- Interditar uma estrada que atravessa a terra indígena Awá;

- Solicitar ao IBAMA um plano de fiscalização efetivo ( infelizmente em ocasiões anteriores de embargo triplicou o numero de serrarias atuando em terras indígenas;

Deputado Bira, em conjunto com outros aliados visita ros órgãos fundiários e também o Ministério da Justiça, com documentação relatando tudo que foi denunciado e exigido pelos indígenas e seus aliados, providências nesta audiência pública.

A audiência pública foi um momento importante para os povos indígenas do Maranhão darem visibilidade a situações dramáticas de violências, mortes e ameaças e exigir do governo federal providências urgentes.
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Disponível em: http://www.arquidiocesedesaoluis.com.br/

Bispos falam da Importância da Festa de Corpus Christi


No dia 7 de junho a Igreja celebra a festa do Corpo de Deus, mais conhecida como “Corpus Christi”. É uma festa onde é feita uma procissão pública pelas vias públicas, com o objetivo de pulsar, entre os diocesanos, o espírito de unidade e fraternidade, por meio da celebração solene do mistério da Eucaristia - o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. A celebração, de acordo com o Código de Direito Canônico (cân. 944), é presidida pelo bispo de cada diocese, com a presença real de Cristo na Eucaristia. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.

No Brasil, a festa acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Na data existe a tradição de enfeitar as ruas com tapetes feitos com serragem colorida, flores, vidro moído, dolomitas, pó de café e outros materiais. Esses tapetes, de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa, possuem longas extensões, e cobrem o trajeto por onde passará a procissão de Corpus Christi. Essa procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto, e hoje, é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.


O cardeal Odilo Pedro Scherer e arcebispo de São Paulo (SP), em artigo publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, afirma que Corpus Christi “destaca o dom da Eucaristia e coloca em evidência os mistérios centrais de nossa fé e da vida cristã”.

“Saímos de nossas igrejas e vamos, com Jesus na Eucaristia, para as ruas e praças de nossas cidades, anunciando que “Ele está no meio de nós” e habita conosco e orienta nossa história; nossas atividades cotidianas, nossas ocupações profissionais e responsabilidades sociais, nosso convívio social, nada disso é indiferente à nossa fé: em tudo somos “testemunhas de Deus”, discípulos missionários de Jesus Cristo”, descreveu o arcebispo de São Paulo.

Em artigo intitulado por ‘Festa do Corpo de Deus’, o bispo de Santa Cruz do Sul (RS), dom Canísio Klaus diz que Corpus Christi é uma “manifestação pública de fé, Corpus Christi é a festa da comunhão e da ação de graças. Por meio dela, enquanto se elevam hinos de ação de graças, se expressa também o desejo de viver uma íntima relação com Deus e uma fraterna comunhão com os irmãos”.

Para o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta, a solenidade de corpus Christi traz à tona a reflexão das responsabilidades cristãs, perante à vida e ao evangelho. “É a grande solenidade que nos pergunta sobre o Mistério da presença de Deus na história e em nossa vida. É também uma oportunidade de, nestes tempos de perda de valores, principalmente do esquecimento de Deus, cada um de nós nos recolocarmo a caminho d’Aquele com quem já nos encontramos, mas que necessitamos de continuar buscando-O ainda mais. Esta solenidade coloca-nos no centro e sentido de todas as demais celebrações.”

A festa relembra que durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. Durante as celebrações, por meio da Eucaristia, Jesus mostra que está presente e se faz alimento para o espírito, o que dá força e resignação aos seus filhos para seguir em frente, tendo atitudes cristãs perante a vida.

A origem da festa

Decretada em 1269 e instituída pelo papa Urbano IV, a festa de Corpus Christi teve sua origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Por meio da da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", o papa estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), que ainda nos dias atuais é usado e cantado nas liturgias do dia, por mais de 400 mil sacerdotes em todo o mundo.
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Fonte: CNBB
Disponível em: http://www.arquidiocesedesaoluis.com.br/

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Conferência dos Religiosos do Brasil - CRB - Convite



São Luís, 26 de março de 2012
V-02/2012
Caríssimas Irmãs e Caríssimos Irmãos,

Tendo presente as prioridades que a CRB assumiu durante o triênio buscando olhar de frente o contexto sócio-político-econômico que desafia a vida do nosso povo e exige respostas corajosas, sábias e solidarias em defesa da vida, sobretudo de quem mais sofre, propomos a vocês, religiosos e religiosas e leigos uma Escola de Educação Popular. Os objetivos são os seguintes:

Geral:

Formar lideranças no âmbito da Vida Religiosa e das comunidades através de leigos para atuarem em “espaços de missão, novas periferias e fronteiras, na opção pelos empobrecidos, e fortalecendo o compromisso com a causa do Evangelho e as questões sociais, econômicas, políticas e ambientais.”

Específicos:

·        >Oferecer aos participantes capacitação através de oficinas;
·        > despertar a consciência das novas gerações para as questões sociais;
·         >formar novas lideranças comprometidas na defesa da vida e dos direitos dos empobrecidos;
·         >multiplicar a formação adquirida em continuidade do processo de capacitação em vista de formar futuros multiplicadores.


Justificativa:

O Maranhão vive a dura realidade sócio-política-econômica da presença de mega projetos que causam desemprego, destruição ambiental, desestruturação familiar. Outro grito é o tráfico de seres humanos que cresce assustadoramente nesse Estado. Também a realidade do trabalho escravo é mais uma das formas de violação dos direitos humanos. O desrespeito às comunidades quilombolas e indígenas causa enormes dificuldades e sofrimentos a estas populações. A vida religiosa e os leigos são interpelados a atuar com sabedoria e capacidade frente a essas duras realidades.

A quem se destina esta formação:

Aos jovens da VRC “Novas gerações”, VRC adulta, Seminaristas, movimento de mulheres, movimento quilombola, pessoas integradas na CPT, CIMI, MST ou nas comunidades.

Previsão de nº de participantes: 80 pessoas com a seguinte distribuição:
·         Jovens da VRC “Novas Gerações”: 05 vagas
·         Diocese ou Núcleo da CRB de São Luís : 10 vagas  (incluindo religiosos e leigos)
·         Dioceses/Núcleos da CRB no Interior: 05 vagas para cada Núcleo ou diocese (Zé Doca, Pinheiro, Grajaú, Imperatriz/Carolina, Coroatá, Viana, Caxias, Brejo, Balsas, Bacabal) - incluindo religiosos e leigos
·         Seminaristas: 05 vagas
·         Movimento de Mulheres e Pastoral da Criança: 08 vagas (Área Itaqui, Raposa,...)
·         CIMI: 03 vagas
·         MST: 02 Vagas
·         CPT: 02 Vagas
·         Movimento quilombolas : 02 vagas
           
Quando acontecerá:

·         A formação se divide em três etapas.
·         A primeira etapa será nos dias 09 e 10 de junho de 2012.
·         A segunda etapa será nos dias 17 e 18 de novembro de 2012.
·         A terceira e última etapa será em 2013, data a combinar.

Organização e metodologia:

Esta formação será conduzida pelo CEPIS - Centro de Educação Popular do Instituto Sedes Sapientiae.
Portanto os professores serão enviados por esta entidade. Quem ministrará a primeira etapa será Professor Ranulfo Peloso de Recife.
A forma de trabalho segue a Metodologia de Paulo Freire com muito envolvimento dos participantes.

Critérios de participação:

·         Quem já tem um mínimo de experiência de trabalho nas bases;
·         Quem estiver disposto/a a ser multiplicador nas bases;
·         Pessoa comprometida ou que quer se comprometer com as lutas do povo;
·         Quem vai participar das três etapas de formação.

Local:          

Casa das Irmãs de São José de São Jacinto (Endereço: Av. João Pessoa, 387 -Filipinho – São Luís/MA. Tel.  (98) 3243-3256.

Custos:

·    Taxa de adesão será de R$ 10,00 por pessoa a ser paga para a CRB/MA na inscrição;
·      Taxa diária da casa referente a lanches e almoço será de R$ 35,00 (Total R$ 70,00 para os 2 dias).
·         Taxa diária de hospedagem completa (todas as refeições e dormida no local do curso) R$ 45,00  (Total R$ 90,00).
·         Honorários e viagem do assessor serão pagos pela ADVENIAT.

A taxa de adesão precisa ser paga até ao dia 05 de maio de 2012, pois assim será assegurada a sua vaga.

Informamos que o curso será externo e quem precisar de hospedagem fora do local do encontro, entre em contato com a CRB com antecedência.

Inscrições:

As Inscrições serão feitas na sede da CRB/MA. (Rua de Santa Rita, 458 – Centro – São Luís)
Via Telefone (98) 3232-7656 ou E-mail: crbslma@veloxmail.com.br

OBS: O texto para estudo prévio já está disponível na sede da CRB/MA no valor de R$ 2,00. Adquira-o logo fazendo sua inscrição.

Não perca esta oportunidade, pois, esta Escola será valiosíssima para a sua capacitação na liderança de suas comunidades e no serviço comprometido com o nosso povo e suas lutas na busca de mais vida, saúde, moradia e sobretudo paz e serenidade. O profetismo na vida do cristão e particularmente na Vida Religiosa passa também por uma sábia formação. VENHA E PARTICIPE!


Ir. Maria do Carmo Mesquita                            
Equipe de Articulação Social

Presidenta da CRB/MA                                                                                           
CRB/MA