sexta-feira, 15 de março de 2013

Paróquia da Cohab celebra 27 anos de existência.



Neste sábado, 16 de março, a Paróquia da Cohab agradece ao Senhor pelos seus 27 anos de existência.

Embora a Comunidade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro tenha surgido em 1969, quando ainda pertencia à Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Anil, por meio do trabalho de evangelização do frei Hermenegildo, que também escolheu o nome da padroeira, foi em 16 de março de 1986 que após uma semana de preparação espiritual, frei Gentil, recebeu do frei Defendente (Pároco do Anil), uma cruz que foi carregada até a Igreja da Cohab onde foi celebrada uma solene missa durante o qual são lidos os decretos de ereção da nova Paróquia da Cohab e da nomeação de frei Gentil como seu 1º pároco. 

De lá para cá, a Paróquia da Cohab teve 5 párocos, além de frei Gentil, teve também frei Inocêncio, frei Luís Giudicci, frei Luís Carlos e o atual frei Luís Spelgatti.

De lá para cá muitos foram os trabalhos dos freis e dos diversos leigos que trabalharam em nossa comunidade. Da Paróquia da Cohab, surgiram as paróquias de Nossa Senhora de Nazaré (Cohatrac) e São Francisco e Santa Clara (Habitacional Turú). Nossa Paróquia é formada por um grupo de 12 comunidades cuja Igreja Matriz recebe o título da padroeira.  

Parabéns à nossa Paróquia.

O que esperamos do novo Papa?



A mesma coisa que faziam Bento XVI, João Paulo II, Paulo VI, João XXIII, Pio XII.

As pessoas as vezes acham que mudar o PAPA vai mudar a Igreja. Não, não vai. Muito frequentemente - e a imprensa ajuda muito neste particular -, se confunde a Igreja e sua Doutrina com o Estado do Vaticano e suas leis civis.

Doutrinariamente a Igreja permanecerá a mesma que sempre foi, há milênios. Quanto à organização do Estado e das disciplinas, certamente haverá mudanças - aliás algumas já ocorreram e outras estão ocorrendo, por iniciativa de Bento XVI.
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Milhões de católicos pelo mundo pedem um retorno às origens, à sacralidade mais explícita da Igreja. O Papa Bento XVI iniciou este movimento. Lembro, ainda, algo que ele disse em seu primeiro discurso: "o relativismo é um mal". E, contra esse relativismo pós-moderno ele jogou todas as suas fichas. Creio que ele avançou muito nesta direção e foi muito bem recebido pelas gerações mais novas - por estranho que   possa parecer -. Uma coisa curiosa - que demonstra esse desejo pelo retorno da sacralidade - é que os mosteiros mais severos estão recusando candidatos, por falta de vagas, e os seminários diocesanos e Ordens menos ortodoxas estão à míngua.


A nacionalidade do Papa é o que menos importa. Entendemos que Roma é apenas a sede, poderia ser no Rio de Janeiro, Cairo, Jerusalém... O Papa é o chefe temporal de toda a Igreja Católica, não importa onde ele esteja.

Creio que se faz  uma grande confusão entre o Estado do Vaticano e a Santa Sé. Que o Estado do Vaticano seja governado por um Italiano, va benne - e assim tem sido - mas o chefe espiritual, este deve ser o mais santo e preparado para a pastoral que se possa encontrar, não importa a sua nacionalidade.
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Ele como jesuíta pode bem ter pensado em Francisco Xavier - grande missionário da Ordem, mas, ao que parece, a motivação pelo nome vem de São Francisco de Assis.

O nome que o Papa adota sempre tem algo a ver com certa identidade de personalidade ou de missão. Se o Papa Francisco unir o ímpeto missionário do seu colega de Ordem com a humildade e entrega aos planos de Deus, vamos ter muitas boas novidades pela frente, ainda mais que o Papa Francisco, leva junto o rigor da formação jesuítica. Vamos ver.

Deus ouviu minhas orações: Dom Odilo não foi eleito. Mas quando estava acompanhando pela TV quem iria ser anunciado e aparecer pela janela branca, minha reação foi de surpresa. Conhecia pouco sobre o Cardeal Bergoglio e fazendo uma consulta sobre seu perfil e trabalho na Argentina já ganhou a minha simpatia. Também gostei dele ter pedido para que os fiéis orassem por ele. Temos que reconhecer que muitas vezes damos tanta importância para apologética, teologia, liturgia e esquecemos um pouco da oração. E principalmente de rezar pelo Romano Pontífice. 

Agora, gostaria de passar minhas espectativas sobre o Pontificado do Papa Francisco que acredito que possa ser também de muitos católicos:
  
Excomunhões

A excomunhão com que São Paulo excomungou o incestuoso não foi automática, mas foi imposta pelo Apóstolo com sua autoridade. A Igreja também excomunga, sem ser automático (latae sententiae). Chama-se ferendae sententiae. 

Eu quero poder comemorar muitas excomunhões. Já está na hora de acabar com a festa dos hereges que ocupam cargos nos setores eclesiásticos. Já passei muita raiva hoje vendo na TV jesuítas falando merda com suas opiniões desnecessárias acreditando que o novo Papa corroborá com suas sandices. 

Aqui no Brasil a Teologia da Libertação destruiu as Ordens Franciscanas, Dominicanas e as Jesuítas. Como jesuíta conservador, espero que ele possa restaurar a Ordem uma vez que foi ele quem impediu o avanço do modernismo dentro dela na Argentina.

Excomunhões a meu ver, é um chamado à conversão, antes de ser uma punição terrível, é um chamado a se voltar para Deus pelo arrependimento. Ela pode ser desfeita, portanto ela dá chance ao homem pecador, que ele aproveite desta chance.

Liturgia

Nesse momento estou vendo a Missa com Sua Santidade na Capela Sistina, tudo está conforme está no Missal. Torço para que ele mantenha Guido Marini como seu Mestre de Cerimônias e que sua Liturgia seja tão explêndida como a de Bento XVI.

Ele não é favorável a Missa Tridentina segundo me consta. Mas acredito que ele não irá fazer nada em relação ao Summorum Pontificum enquanto Bento ainda estiver vivo, como também tenho fé que a convivência romana mude o pensamento do Papa Francisco nesse quesito. Afinal ele está ao redor de cardeais tradicionais, bons liturgistas e o ar de Roma vai fazendo a conversão interna do coração do homem. 

Uma observação do confrade Rafael Vitola:

Vejamos que Bento XVI era um Papa "da liturgia", que escrevia sobre isso em seus livros, que tinha sua promoção como um apostolado, como missão pessoal, diferente de Francisco. Este celebra de modo sóbrio, correto, de acordo com o Missal, mas sem aquele "plus", aquele ethos "reforma da reforma". Tomara que, com o tempo, se alinhe mais ao espírito ratzingeriano. Por outro lado, o Papa não é eleito apenas para promover a liturgia. Há diferentes necessidades na Igreja e é normal que cada Papa enfatize um ponto específico. Talvez o ponto próprio de Francisco seja aquele que precisamos HOJE.  

Caridade

A caridade consiste em amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo, por amor de Deus.

Portanto, o primeiro ponto essencial a considerar é que a caridade exige que se ame a Deus sobre todas as coisas.

Logo, as outras religiões não têm caridade. Elas tem Filantropia.

Isto significa que se deve amar mais a Deus do que própria vida, quer seja a nossa vida, quer seja a vida do próximo. A nossa vida devemos estar prontos a dá-la por Deus, se preciso for, para testemunhar a verdade da Fé da Igreja Católica Apostólica Romana.

Logo, a Glória de Deus é a coisa mais importante que existe.

Se devemos dar até nossa vida, devemos admitir também que a vida do próximo é menos valiosa do que a glória de Deus. É o que justifica a pena de morte dada pela autoridade legítima. É o que justifica a guerra justa e a cruzada, que é a guerra mais justa que pode existir, como o prova São Bernardo.

Portanto a vida física não é o supremo bem. A paz entre os povos não é o supremo bem. A riqueza e a saúde não são os bens mais elevados. Elas são bens relativos, que podem ser bem ou mal usados. Tudo isso está infinitamente abaixo do Bem absoluto que é Deus. Tudo isso estando abaixo do Bem absoluto deve ser amado menos do que a salvação da alma e a prática da virtude que nos leva ao céu.
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E em primeiro lugar, devemos considerar que a virtude mais necessária, sem a qual ninguém pode se salvar, é ter a verdadeira , a Fé Católica Apostólica Romana. Por isso, a caridade nos exige lutar, antes de tudo, pela maior glória de Deus, pela integridade da Fé, pela conversão dos homens á verdadeira Fé católica, e pela salvação das almas. E que o Papa Francisco seja o instrumento vivo de Deus para esse fim!
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Fonte: Apostolado Tradição em foco com Roma.

Deputado gay Jean Wyllys ofende e declara guerra aos cristãos



O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), homossexual militante que conseguiu alguma notoriedade participando do programa Big Brother Brasil da Rede Globo, lançou, na semana passada, uma campanha de combate ao cristianismo.

Em sua página do Twitter, ele publicou várias mensagens dizendo que os cristãos são doentes, homofóbicos, preconceituosos, violentos, ignorantes e fanáticos, e que ele se dedicará ainda mais a eliminar a influência do cristianismo na sociedade. O deputado enfatizou que seu mandato tem como foco a defesa dos interesses da militância gay e o combate a seus “inimigos”.


O deputado, que é membro da Frente Parlamentar LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e travestis) no Congresso Nacional, aproveitou para convocar seus seguidores para se juntar a ele em sua guerra particular. Jean obteve respostas diversas: angariou o apoio previsível de seus seguidores militantes da causa gay, e provocou a reação de inúmeros outros usuários da rede social, indignados com as ofensas do parlamentar aos cristãos e com seus ataques à liberdade de expressão, religião e comunicação.

Jean promove uma campanha de censura a usuários do Twitter que são contrários às ideias que ele defende, como: ‘casamento’ homossexual, cartilhas de suposto combate à “homofobia” do MEC (mais conhecidas como Kit gay) e o PLC 122/2006 (lei da mordaça gay), projeto de lei que pretende transformar em crime qualquer crítica ou oposição ao comportamento homossexual ou às pretensões do lobby gay.

Uma das primeiras vítimas da campanha censória de combate ao cristianismo deflagrada por Jean Wyllys foi o usuário Carlos Vendramini.

Valendo-se do direito que qualquer cidadão possui em uma democracia, Vendramini fez, no Twitter, críticas ao Kit Gay, ao PLC 122/06 e a outros projetos dos militantes gays e aos parlamentares que os apóiam, como Jean Wyllis, Marta Suplicy e Cristovam Buarque, entre outros. Incomodado com as críticas, o deputado disse, em seu blog, que estava acionando advogados da Frente LGBT para censurar o perfil de Vendramini, que Jean imagina ser “membro fundamentalista de uma parcela conservadora da direita católica em São Paulo” (sic) e estar praticando “perseguição” a ele.
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Disponível em: Abra-te à restauração.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Brasão e lema episcopal do Papa Francisco: "Aquele que for humilde será salvo".



"Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado à mesa para a cobrança de impostos, e disse: Siga-me". 


Jesus viu o publicano, e viu-o com misericórdia e escolheu-o, (miserando atque eligendo), e disse-lhe: "Siga-me", que significa "Espelho-me." Ele disse: "Siga-me". Quem está sempre em Cristo deve andar como ele andou continuamente" (São Beda, o sacerdote, o Venerável, Homilia 21).

O lema episcopal Jorge Mario Bergoglio é a frase em latim do Evangelho de Mateus "Miserando atque eligendo", que descreve a posição de Jesus para o publicano (considerado um pecador público), que "olhou com misericórdia e escolheu-o”.


Veja o trecho do Evangelho do chamado de Mateus:

"Naquele tempo, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me”. Ele se levantou e seguiu Jesus. Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?”. Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,9-13).

Primeira homilia do Papa Francisco



Santa Missa de Conclusão do Conclave
Capela Sistina, 14 de março de 2013


Nestas três leituras vejo que há algo em comum: é o movimento. Na primeira leitura o movimento no caminho; na segunda leitura, o movimento na edificação da Igreja; na terceira, no Evangelho, o movimento na confissão. Caminhar, edificar, confessar.

Caminhar. “Casa de Jacó, vinde, caminhemos na luz do Senhor” (Is 2, 5). Esta é a primeira coisa que Deus disse a Abraão: Caminha na minha presença e seja irrepreensível.

Caminhar: a nossa vida é um caminho e quando paramos, as coisas não caminham. Caminhar sempre, na presença do Senhor, na luz do Senhor, buscando viver daquela maneira irrepreensível que Deus pedia a Abraão, na sua promessa.

Edificar: Edificar a Igreja. Fala-se de pedras: as pedras tem consistência; mas pedras vivas, pedras ungidas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, a Esposa de Cristo, sobre aquela Pedra Angular que é o próprio Senhor. Eis um outro movimento da nossa vida: edificar.
 
Terceira, confessar: Nós podemos caminhar quanto queremos, nós podemos edificar tantas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo, as coisas não caminham. Nos tornaremos uma ONG assistencial, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não se caminha, para-se. Quando não se edifica sobre pedras o que acontece? Acontece o que acontece com as crianças na praia quando fazem castelos de areia, tudo cai, é sem consistência. Quando não se confessa Jesus Cristo, me vem a frase de Léon Bloy: “Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo”. Quando não se confessa Jesus Cristo, se confessa a mundanidade do diabo.

Caminhar, edificar, construir, confessar. Mas não é uma coisa fácil, porque no caminhar, no construir, no confessar às vezes há problemas, há movimentos que não são propriamente do caminho, mas são movimentos que nos levam para trás.

Esse Evangelho prossegue com uma citação especial, o próprio Pedro que confessou Jesus. Diz: “Sim, tu és o Messias, o Filho do Deus vivo. Mas não vamos falar de Cruz. Isso não tem nada a ver. Sigo com outras possibilidades, não com a Cruz”.

Quando caminhamos sem a Cruz, quando edificamos sem a Cruz e quando confessamos com Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor. Somos mundanos, somos bispos, cardeais, papa, mas não discípulos do Senhor.

Gostaria que todos nós depois desses dias de graça, tenhamos a coragem de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor. De edificar a Igreja com o Sangue do Senhor que derramou sobre a Cruz e confessar a única glória desse crucifixo. E assim a Igreja poderá prosseguir.

Faço votos de que a todos nós, o Espírito Santo, com a oração a Nossa Senhora, nos conceda essa graça: caminhar, edificar e confessar Jesus Cristo crucificado.

Assim seja!
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Fonte: Canção Nova.

Habemus Papam!



O novo Papa é um dom de Deus à sua Igreja. Não foi eleito segundo os critérios humanos: não estava entre a lista de papáveis que a mídia dava como certa, destacando os mais influentes dos cardeais. Escolheu o nome de Francisco, uma referência ao poverello de Assis que escutou a voz de Jesus na Igreja de San Damiano: “Francisco, restaura a minha Igreja”. E vem da América Latina, periferia do sistema mundial centrado na Europa e nos Estados Unidos. E o novo Papa, em sua apresentação pública, mostrou-se humilde, simples, cativante. Habemus Papam!

Vivemos dias de expectativa e emoção acompanhando o Conclave da eleição do novo Papa. Deus nos deu a graça de estarmos vivendo esse momento tão singular da vida da Igreja em espírito de fé e com o coração cheio de confiança em Jesus, o bom pastor. Hoje como ontem é ele mesmo quem escolhe e envia seus apóstolos. É ele quem transforma pescadores em missionários: “Farei de vocês pescadores de gente”. É ele quem faz de Simão a pedra sobre a qual constrói a sua Igreja.
O Papa é o Pedro de hoje, o Pedro das chaves. Jesus chamou Pedro e seus companheiros para serem pescadores no Reino de Deus. Foi a ele que Jesus entregou a liderança de sua Igreja: “Eu te darei as chaves. O que abrires na terra será aberto no céu”. Pedro foi também o discípulo que não queria que Jesus lhe lavasse os pés. O Pedro das três negações, o Pedro do galo.

“Para quem tomou banho, disse-lhe Jesus, é bastante lavar os pés”. A palavra de Jesus purifica os discípulos. Sua morte redentora é o banho purificador de quem desce às águas. Em sua morte, pelo batismo, descemos também nós. Pela Ressurreição, vestimo-nos do novo homem com ele. Do novo Adão. Estamos limpos, purificados, lavados. Prontos para a festa do Reino.

Pedro também estava purificado pela Palavra de Jesus. Mas, ainda assim, caiu na tentação. Negou o Mestre, por três vezes. Acovardou-se diante do perigo de ser uma testemunha do Galileu. Negou conhecê-lo, ser seu discípulo, ter parte com ele. E o galo cantou duas vezes, denunciando a fraqueza do apóstolo. Reprovando a sua covardia. E a palavra de Jesus ecoou forte no coração de Pedro: “Antes que o galo cante duas vezes, tu me negarás três vezes”. E o olhar de Jesus cruzou com os olhos temerosos e assustados do pescador. Um olhar que lhe gelou o coração. Que lhe derreteu as entranhas. Que lhe desatou uma vontade louca de chorar, uma dor infinita pelo gesto mesquinho da traição.

Ressuscitado, o Mestre voltou a olhá-lo de frente. E Pedro já não desviou o olhar. Suas lágrimas tinham acompanhado o descimento de Jesus ao túmulo.. Mas, subiu com ele. Ressuscitou com ele. Como nós fazemos quando descemos às águas no Batismo. Nascemos de novo. Já não tem mais vez o Adão que nos habitava.

O Ressuscitado traz pela mão o Pedro renascido na sua morte redentora. Três vezes traiu. Três vezes vai declarar seu amor incondicional ao Mestre. Como um neófito, vai subindo degrau por degrau da piscina batismal. “Simão, tu me amas?”. “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.” “Então, cuida dos meus carneirinhos”. Sim, é isso, nossa fraqueza não conta mais. Conta a força da ressurreição do Senhor que nos ergue. Conta o amor com que respondemos ao seu chamado. Mais um degrau. “Simão, tu me amas?”. “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”.  “Então, toma conta das minhas ovelhas”. Tantos quantos foram os degraus que descemos, tantos subimos, ressuscitando com Cristo. E assumindo a sua mesma missão. Identificando-nos com ele. “Já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim”. “Simão, tu me amas?”. E Pedro um pouco entristecido: “Sim, Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”.  “Então, toma conta do meu rebanho”. Apóstolo é que o foi escolhido. E enviado. Não porque é o melhor, o mais santo, o mais douto. Porque amado pelo Mestre. Porque escolhido por ele. Porque ama o Senhor. Porque confia apenas na fidelidade do seu Senhor. Não na sua força, no seu poder, na sua sabedoria.

O Papa não é um super-homem, nem o sabe-tudo, nem o todo-poderoso. Ao contrário, sua grandeza é ser Pedro, pescador, escolhido pelo Mestre para cuidar de sua Casa. Escolhido em sua fraqueza para pastorear a Igreja de Deus. Em sua fraqueza, revela-se sempre a força de Deus. É Cristo quem comanda sua Igreja. É o Espírito Santo que anima a sua missão. Ele está à frente do rebanho de Deus por pura graça, pelo amor misericordioso do coração de Cristo. Sustentado por ele. Ressuscitado com ele. Pastor com ele.


Pe. João Carlos Ribeiro

A primeira manhã de Papa Francisco: oração a Nossa Senhora e despedida da Casa onde estava hospedado.




Papa Francisco dirigiu-se esta manhã à basílica de Santa Maria Maior, para uma oração a Nossa Senhora, cumprindo a intenção que ele próprio tinha anunciado ontem, na primeira apresentação pública, na varanda central da basílica de São Pedro. “Amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora, para que abençoe toda a cidade de Roma”, disse o papa.
Acompanharam o Papa o cardeal vigário para a diocese de Roma, o cardeal Agostino Vallini, assim como dom Georg Gänswein, prefeito da Casa Pontifícia. Foi uma visita breve, privada, marcada unicamente pelo recolhimento de oração diante do altar de Nossa Senhora.

No regresso ao Vaticano, o Papa passou pela Casa Internacional do Clero, junto a Piazza Navona, onde estava hospedado antes do Conclave, para recolher os objetos pessoais que ali deixara e cumprimentar o pessoal. Mostrava-se descontraído e com a simplicidade e cordialidade de sempre. 

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Fonte: CNBB.



quarta-feira, 13 de março de 2013

Primeiras Palavras do Papa Francisco I



“Irmãos e irmãs, boa noite.

Vocês sabem que o dever do Conclave é dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo no fim do mundo, mas estamos aqui. Agradeço a vocês pela acolhida na Comunidade Diocesana de Roma, como seu bispo. Obrigado.

Em primeiro lugar, gostaria de fazer uma oração pelo nosso bispo emérito, Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde. (Recitou o Pai Nosso, Ave Maria e Glória).

E agora, começamos este caminho, bispo e povo, esse caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside na caridade com todas as Igrejas. Um caminho de fraternidade, de amor e de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós, uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que seja uma grande fraternidade. Vos desejo que este caminho de Igreja que hoje começamos – me ajudará o meu cardeal vigário aqui presente – seja frutuoso para a evangelização dessa sempre bela cidade.

Agora eu gostaria de dar a benção, mas antes vos peço um favor. Antes que o bispo abençoe o povo, eu peço que vocês rezem ao Senhor para que me abençoe. A oração do povo pedindo a benção pelo seu bispo. Façamos em silêncio, esta oração de vocês sobre mim (o Papa inclinou-se para receber a oração).

Agora vou abençoar vocês e todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade (o Papa prosseguiu dando a benção em latim e a indulgência plenária).

Irmãos e irmãs, vos deixo, obrigado pela acolhida. Rezem para que logo nos vejamos. Amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora, para que proteja toda a Roma. Boa noite e bom descanso”.
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Fonte: Canção Nova.