sábado, 17 de agosto de 2013

Halleluya 2013 será lançado neste sábado, 17, em São Luís


A Comunidade Católica Shalom em São Luís lança, neste sábado (17), às 19h, mais uma edição do Halleluya, evento artístico que mescla dança, teatro, e shows com grandes nomes da música católica, com o objetivo de proporcionar a todos uma experiência pessoal com Jesus Cristo. O evento acontecerá de 27 a 29 de setembro, na praça Maria Aragão. Para animar o público e trazer uma prévia da 12ª edição do Halleluya, o lançamento contará com a divulgação das atrações confirmadas e animação por conta do DJ Henrique Carvalho.

Com 12 anos de história, o Halleluya já realizou na capital maranhense mais de 100 apresentações artísticas, reunindo anualmente um público de mais de 50 mil pessoas, incluindo caravanas de diversas cidades do interior do estado. Mais de 300 voluntários trabalham anualmente na organização do evento, cuja estrutura inclui palco, stands diversos, livraria, espaço para crianças no Halleluya Kids, praça de alimentação e espaço da Misericórdia.


Nove atrações musicais já estão confirmadas para esta edição, dentre as quais artistas de destaque que se apresentaram ao Papa Francisco durante a Jornada Mundial Juventude, realizada de 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro. Além disso, o evento contará com apresentações de dança e teatro.

O lançamento do Halleluya – edição São Luís tem entrada franca e acontecerá no Centro de Evangelização do Shalom no Calhau, próximo à Pizza Hut. Estarão sendo vendidos lanches a preços acessíveis.

HISTÓRICO


Em 1995, na cidade de Fortaleza, sede da Comunidade Católica Shalom, o Projeto Juventude realizava uma festa de três dias para os jovens com o nome Trifest. Em 1997, uma ideia ousada transformou o evento de pequeno porte num evento arrojado e ousado. Nascia o Halleluya. Em 1997, o Halleluya se expandiu para outras cidades, como Natal, Salvador, Aracaju e São Luís (desde 2001), estando presente também em países como Israel, França, Inglaterra.

Por que o Papa não dá a comunhão?

Papa João Paulo II entrega entrega a Eucaristia
ao ditador Augusto Pinochet

Não sei se todos sabem que, na Igreja Católica, existe uma norma para a distribuição da Eucaristia durante a missa: quando o bispo, os padres e os diáconos estão presentes, quem dá a comunhão ao povo são eles, não os ministros extraordinários. Só ficam isentos quando idosos, doentes e fatigados. Contudo, desde quando era arcebispo de Buenos Ayres, o Papa Francisco age diferente: deixa essa tarefa para outros ministros. Não são poucas as pessoas que lhe perguntam os motivos... A resposta está em seu livro “Sobre o Céu e a Terra”.

«Davi foi adultero e autor intelectual de um assassinato. Apesar disso, nós o veneramos como santo porque teve coragem de reconhecer o seu pecado. Humilhou-se perante Deus. As pessoas podem fazer grandes bobagens, mas, também, podem se arrepender, mudar de vida e reparar o que fizeram. Entre os fiéis, há alguns que matam não só intelectualmente ou fisicamente, mas também indiretamente, pelo mau uso do dinheiro, pagando salários injustos. Talvez façam parte de sociedades beneficentes, mas não pagam a seus funcionários o que lhes é devido, ou os contratam “por fora”.


Conhecemos o currículo de alguns deles; passam por católicos, mas têm atitudes imorais, das quais não se arrependem. É por isso que, em certas situações, eu não dou a comunhão. Fico sentado, e os assistentes a distribuem. Não quero que essas pessoas se aproximem de mim para fazer fotografias. De per si, seria possível negar a comunhão a um pecador público que não se arrepende, mas é muito difícil comprovar essas coisas. Receber a comunhão significa receber o corpo do Senhor, com a consciência de que formamos uma comunidade. Mas, se alguém, ao invés de unir o povo de Deus, ceifa a vida dos irmãos, não pode comungar: seria uma contradição total.

Tais casos de hipocrisia espiritual acontecem com muitas pessoas que se abrigam na Igreja e não vivem segundo a justiça que Deus quer. Não demonstram nenhum arrependimento. Vulgarmente dizemos que levam uma vida dupla». Quem ajudou o Cardeal Jorge Bergoglio e agora Papa Francisco a tomar e a manter essa atitude foi a foto que, em 1987, circulou pelo mundo, revelando que o Papa João Paulo II, em sua visita ao Chile, dera a comunhão ao ditador Augusto Pinochet...

Mas, como ele próprio se pergunta, pode-se recusar a hóstia a uma pessoa que se aproxima para comungar? E caso se possa, convém fazê-lo? Em tempos não muito remotos, havia padres que, com muita facilidade, a negavam não apenas a bêbados, maltrapilhos e doidos, mas também a “pecadores públicos” e a mulheres com trajes inadequados.

Na prática, quem é que poderia ou deveria receber a comunhão? De per si, a resposta é simples: quem adere à fé da Igreja Católica; quem assume a sua doutrina; quem se esforça por viver o Evangelho, inclusive nas páginas que lhe parecem difíceis. Assim sendo, se o amasiado não pode comungar, poderá fazê-lo o adúltero, o ladrão, o corrupto? Poderá, se ele se arrepender de seus pecados e perseverar num processo de conversão. Caso contrário, receber a hóstia nada significa. Pior ainda: faz mais mal do que bem.

Para São Paulo, só entra em comunhão com o corpo e sangue de Cristo quem assume o compromisso de construir a comunhão com os irmãos: «Pelas divisões que há entre vós, vossas celebrações trazem mais prejuízos do que benefícios. De fato, quando vos reunis, não participais da Ceia do Senhor, porque a vossa preocupação é consumir a própria ceia. E, enquanto um passa fome, o outro se embriaga. Cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice. Quem come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação. Eis por que entre vós há tantos fracos, tantos doentes e tantos mortos!» (1Cor 11, 17-18.20-21.28-30).


“Fracos, doentes e mortos”, apesar de comungarem seguidamente. É o pecado de alguns cristãos de Corinto e de hoje: muitas “comunhões” e pouca comunhão! Não é suficiente receber a hóstia para estar com Jesus: é preciso acolhê-lo também no irmão. A fé é unitária: não pode ser assumida em parcelas ou prestações...


Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Papa Francisco agradece, em carta ao presidente da CNBB, acolhida no Brasil


Querido irmão,

Venho renovar-lhe a expressão do meu agradecimento e, através de sua pessoa, a todos quantos o mesmo seja devido nessa amada diocese, particularmente no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, pelo carinho que me receberam e tudo predispuseram da melhor maneira para que eu pudesse visitar a casa da Mãe de todos os brasileiros.

Guardo indeléveis, na memória e no coração, as imagens daquela ativa assembleia litúrgica e da multidão festiva que na esplanada do Santuário, mesmo com frio e a chuva, quiseram acompanhar-me na minha peregrinação à Aparecida. Sem dúvidas foi também uma oportunidade para reviver as belas recordações da minha permanência no Santuário, durante a Quinta Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Confiei a Ela, Nossa Mãe, a vida de cada brasileiro, bem como pedi que fizesse arder no coração de cada sacerdote desse imenso País um zelo sempre maior por anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo.


Peço-lhe também para que, na sua qualidade de Presidente da CNBB, se faça intérprete do meu vivo apreço e gratidão aos Bispos do Brasil, a todos os párocos, pastorais e movimentos eclesiais pelo carinho e empenho postos na preparação e realização da Jornada Mundial da Juventude. Esta foi, certamente, um evento em que o Senhor cumulou de graças a Igreja que está no Brasil. Faço votos para que as sementes que foram lançadas possam frutificar permitindo uma nova primavera para a Igreja nesta amada Nação.

Reconhecido, retribuo todas as gentilezas recebidas, confiando a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, as dioceses e prelazias brasileiras, juntamente com os seus pastores, enquanto de coração a todos concedo uma especial Benção Apostólica e peço que, por favor, não deixem de rezar por mim.


Vaticano, 2 de Agosto de 2013.
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Fonte: CNBB

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Os cristãos que sofrem no Egito


Massacre e perseguição religiosa no Egito: 
mais de 600 pessoas mortas e inúmeras igrejas 
e instituições cristãs saqueadas e incendiadas por radicais islâmicos.


Os conflitos políticos se acirraram no Egito e levaram o país a decretar estado de emergência, ainda na tarde desta quarta-feira, dia 14 de agosto. Houve confrontos armados entre as forças de segurança do governo e defensores do ex-presidente Mohamed Morsi, ligado à Irmandade Muçulmana e deposto no começo do último mês. Até o momento, calcula-se que cerca de 600 pessoas morreram e quase 4000 ficaram feridas.

A cidade de Cairo, capital do país, se tornou um verdadeiro cenário de guerra: na praça Rabaa al-Adawiya, onde os partidários de Morsi se reuniam desde o dia 3 de julho, a destruição foi completa e, só ali, pelo menos 200 pessoas foram mortas; no distrito de Nasr, uma viatura foi lançada da ponte Seis de Outubro e o corpo de um policial foi agredido e arrastado por apoiadores do presidente deposto.



O Papa Francisco fez menção, ontem, durante a oração do Angelus, a "notícias dolorosas" vindas do Egito. "Desejo assegurar minha oração a todas as vítimas e a seus familiares, pelos feridos e pelos que sofrem. Rezemos juntos pela paz, pelo diálogo e pela reconciliação naquela terra querida e no mundo inteiro." Na homilia por ocasião da solenidade da Assunção de Maria, o Santo Padre recordou a virtude da esperança expressa no cântico do Magnificat e disse que "este cântico é particularmente intenso, onde o Corpo de Cristo hoje está sofrendo a Paixão". Embora não tenha feito aqui uma referência explícita ao Egito, a situação dos cristãos coptas no país ilustra com exatidão esta Paixão que sofre "o Corpo de Cristo hoje".


A comunidade cristã no Egito é relativamente pequena: apenas 10% dos 80 milhões de habitantes se declaram cristãos. No entanto, o pequeno número de fiéis tem sofrido nas mãos de grupos islâmicos extremistas. A ofensiva desta semana era tragicamente prevista, já que há mais de um mês os cristãos coptas vêm sendo acusados de complô político para depor Morsi pelas emissoras da Irmandade Muçulmana. Estima-se que mais de 40 igrejas foram saqueadas desde a última quarta-feira em todo o território egípcio.


Ainda na manhã do dia 14, começaram a circular na Internet inúmeras imagens de um incêndio na igreja de São Jorge, o principal templo copta em Sohag, norte do Egito. Outra igreja dedicada ao mesmo santo foi saqueada na região do Assiut. As imagens do vilipêndio foram registradas e colocadas no YouTube:




De acordo com o jornalista Giorgio Bernardelli, outros incêndios tomaram a igreja de São Teodoro, em Mynia, uma das províncias com a maior concentração de cristãos no país, e a igreja de Arish, no Sinai, na qual exercia seu ministério o padre Mina Abdul, sacerdote copta assassinado há um mês. No nordeste do Egito, em Fayoum, uma multidão destruiu as cruzes de uma igreja dedicada a Nossa Senhora e o templo de Amir Tadros foi completamente incendiado.



A violência não afeta só a Igreja Ortodoxa, mas todas as confissões cristãs. Uma igreja greco-ortodoxa foi destruída no leste do país, em Suez. 


Na mesma região, uma paróquia e uma escola católicas foram saqueadas e incendiadas. O temor é tão grande que Sua Beatitude, o patriarca da Igreja Católica Copta, Ibrahim Sidrak, decidiu cancelar todas as missas da solenidade da Assunção, previstas para ontem.


"Também nós, católicos, como os coptas e os protestantes, preferimos manter fechadas as igrejas e os lugares de culto para evitar incidentes", disse o padre Paul Annis, superior da Congregação dos Combonianos, no Cairo.



A perseguição religiosa no Oriente Médio faz do Cristianismo a religião mais perseguida do mundo hoje. Embora haja uma "conspiração do silêncio" em torno do tema, sabe-se que, em 2012, pelo menos 100 mil cristãos foram mortos por motivo de religião, de acordo com o Observatório de Liberdade Religiosa da Itália. Ao lado da intolerância muçulmana, a ideologia comunista – tome-se como exemplo a Coreia do Norte – é responsável por grande quota deste morticínio.





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Imagens: WEB

Mensagem pelo Dia do Catequista


Um grande grito de louvor e ação de graças brota do nosso coração, por ocasião, mais uma vez, do Dia do/a Catequista. Nele celebramos o ministério bíblico-catequético de todos nós, tão essencial na vida da Igreja! O que seria da Igreja no Brasil, sem a plêiade de catequistas espalhados por todas as “periferias existenciais” do seu imenso território?

Neste ano de 2013, ainda em pleno Ano da Fé, fazemos a memória sagrada do documento “Catequese Renovada”. Desejo que cada um/uma de vocês sinta profunda alegria, não somente pelo documento escrito, mas por causa de toda a vida que ele gerou e impulsionou em nossa caminhada eclesial. Muitos de vocês, os/as mais vividos/as, guardam na mente e no coração o grande mutirão – um verdadeiro “vendaval” provocado pelo Espírito Santo - que trazia um dinamismo novo à nossa prática bíblico-catequética. Todos nós vimos ou ouvimos falar do imenso esforço feito por pessoas que gastaram o melhor de suas vidas para divulgar e tornar vivo em nossas comunidades este espírito novo.  Quero destacar, de modo muito especial, o Frei Bernardo Cansi, que já está na casa do Pai, de onde continua a nos inspirar. Este homem fez da “Catequese Renovada” sua grande missão para servir Jesus Cristo de forma incansável: uma verdadeira paixão que contagiou milhares de catequistas por todo o Brasil. Na pessoa dele agradecemos a Deus toda a nuvem de catequetas e biblistas a serviço da renovação bíblico-catequética. E também agradecemos a Deus por cada um de vocês que até hoje lutam e, sem esmorecer, continuam a lutar para tornar realidade o processo de Iniciação à Vida Cristã e de Animação Bíblica da Vida e da Pastoral, que são os frutos atuais desse esforço de renovação.


Neste Dia do/a Catequista também não podemos deixar de lembrar o que aconteceu entre nós há um mês atrás . O profundo processo bíblico-catequético desencadeado pela JMJ, envolvendo grande número de bispos, presbíteros, religiosos e leigos – especialmente jovens -, mas tendo o papa Francisco como catequista principal. Ele apareceu diante de nossos olhos maravilhados de uma maneira muito simples mas profundamente tocante de evangelizar. Uma catequese, feita por ele, de gestos, de atitudes, de simbologias e de palavras cheias de afeto e unção dirigidas ao coração dos jovens e de todas as pessoas, provocando ânimo, coragem, esperança e intensa alegria. Uma perfeita experiência de catequese “comunitária, vivencial e bíblica”, como o próprio documento “Catequese Renovada” propõe.

Por fim recordamos, agradecidos, o papel de Nossa Senhora Aparecida, grande catequista que sustenta a fé, a esperança e o amor do nosso povo brasileiro. Que ela esteja sempre ao nosso lado e nos alcance a bênção da Trindade Santa!

PARABÉNS, queridos/as catequistas da nossa Igreja no Brasil!


Dom Jacinto Bergmann
Arcebispo de Pelotas/RS

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética

O aborto e a má fé da Eliane Brum



No início desta semana, a sra. Eliane Brum publicou na sua coluna um texto absurdo sobre o PLC 03/2013 (agora Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013) e o aborto. O texto dela fala no título e no corpo de uma certa “má fé” dos pró-vida na forma como estão tratando o assunto; ora, se existe alguma má fé aqui, esta se encontra precisamente nas considerações da sra. Eliane!

1.      Ao contrário do que a Sra. Eliane insinua, o problema que os pró-vida vêem na Lei 12.845 não é (obviamente) o atendimento às vítimas de estupro; o problema é a abertura velada ao aborto que ela proporciona.

2.     Ao contrário do que a Sra. Eliane diz, a dita “pílula do dia seguinte” não evitauma gravidez, pelo menos não na totalidade dos casos. A citada pílula tem também o efeito de impedir a nidação de um óvulo já fecundado, o que significa não evitar uma gravidez, mas sim interrompê-la.


2.1.          Que a dita “pílula do dia seguinte” possua também efeito anti-implantatório é o que se aprende em qualquer pesquisa sobre o assunto:

·         «Ele [o "contraceptivo"] também pode evitar que o óvulo fertilizado seja implantado no útero». [saude.hsw.uol.com.br]

·         «It may also cause endometrial changes that discourage implantation». [medicines.org.uk]

·         «It is a progestin hormone that prevents pregnancy by (…) changing the womb and cervical mucus to make it more difficult for an egg (…) attach to the wall of the womb (implantation)». [medicinenet.com]

2.2.         Portanto, o que os pró-vida questionam no emprego da dita “pílula do dia seguinte” não é a sua capacidade de evitar uma gravidez, mas sim a de interromper uma. Afinal de contas, “interromper” uma gravidez com a conseqüente morte do embrião significa justamente aborto.

3.     Ao contrário do que a Sra. Eliane diz, a polêmica não «se apega» somente «ao direito de acesso das vítimas à pílula do dia seguinte». A polêmica envolve também (e talvez até principalmente) o inciso VII do Art. 3º, que fala «sobre os [supostos] direitos legais» da vítima de estupro; os quais, na novilíngua abortista, incluem também um inexistente “direito” ao “aborto legal” (que a referida colunista não deixa de propugnar em seu texto).

4.     A cortina de fumaça da Sra. Eliane se dispersa facilmente quando se analisa a questão sob a ótica clara que uma comentarista expôs lá no texto:

Cara Jornalista, assistência humanitária, de saúde e psicológica pode ser dispensada às vítimas de violência sem que seja provocado o aborto. O Código Penal diz que nesses casos o aborto não é penalizado, não diz que o Estado deva providenciá-lo. Em nenhum momento fomos contra a assistência, somente contra o aborto. Creio que a má-fé é do seu texto, que é tendencioso.


Toda a tagarelice da colunista da Época, portanto, deixa assim de fazer sentido. A questão nunca foi sobre o atendimento às vítimas de estupro, e sim sobre o aborto sub-repticiamente introduzido numa legislação à revelia dos próprios legisladores. Na verdade, são os pró-aborto que (como de costume) não estão nem um pouco interessados na dor dessas mulheres, pois não são capazes de desistir do aborto nem mesmo para mitigar o sofrimento das vítimas de tão horrendo crime. Não são capazes de apoiar uma única medida legal favorável às vítimas de estupro que não seja para empurrar o aborto na legislação brasileira. Isso, sim, é demoníaco. Isso sim é uma ameaça concreta à saúde das mulheres, que como tal deve ser combatida.
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Estado e Religião


A laicidade do Estado tem sido um tema recorrente nos debates e abordagens. As necessárias evoluções no entendimento sobre o Estado e a realidade religiosa justificam essas reflexões. No caso da sociedade brasileira, a religiosidade é constitutiva, independentemente das singularidades confessionais. Não se pode desconhecer e desconsiderar as raízes cristãs no nascedouro e nos desdobramentos da história da nossa sociedade. Ignorar essa importância é uma postura preconceituosa, que considera a religião como elemento descartável ou de pouca valia. Trata-se de uma avaliação que revela estreitamentos da racionalidade.

Como antidoto para essa distorcida visão, é preciso reconhecer a importância da fé cristã católica como elemento que sustenta crescimentos, avanços e configurações culturais de muita importância para o nosso país. Certamente, nesse horizonte de compreensão, é que se afirma como um dito incontestável “que o Estado é laico, mas o povo é religioso”. E o povo constitui a nação à qual o Estado está a serviço, com o compromisso de edificar e manter uma sociedade justa e solidária.


Povo é mais do que Estado, que é uma configuração sociopolítica a serviço do bem comum de uma nação, em respeito e obediência a princípios advindos da justiça, da verdade, do amor e do bem de todos. Nessa direção, portanto, não é inteligente confrontar como opostas e inconciliáveis as categorias Estado e religiosidade. A distinção é benéfica e necessária para não incorrer em misturas indevidas. Contudo, colocar essas dimensões como antagônicas é confrontar-se diretamente com o povo, a partir de uma perspectiva preconceituosa.

Trata-se de uma grande incoerência pensar o Estado como instância prestadora de serviço ao bem comum que, ao mesmo tempo, deve discriminar a religiosidade, uma dimensão importante na inteireza da vida cotidiana. Infelizmente, essa discriminação acontece de muitas maneiras. Um claro exemplo ocorre quando o Estado, por compreensões equivocadas de gestores, propõe restrições legais ao uso de espaços por instituições religiosas. É obvio que a normatização é necessária para se evitar abusos ou mau uso de espaços públicos. Sem definições regulatórias, uma sociedade plural, marcada pelo sentido de liberdade e autonomia, não pode funcionar adequadamente. Contudo, não se pode chegar ao absurdo de considerar a laicidade do Estado como uma oposição a tudo o que diz respeito à religiosidade.

É verdade que há de se considerar a seriedade de cada confissão religiosa numa sociedade plural. A própria legislação proporciona esse discernimento, com emissão de juízos de valor a respeito de igrejas e grupos religiosos. Inaceitável é a compreensão da laicidade do Estado que exclui completamente a religiosidade e sua vivência. Quem perde, obviamente, é o povo e o próprio Estado, que não se permite intercambiar com uma força que muito o ajuda na promoção do bem comum. Imagine se a Igreja Católica, por exemplo, deixasse de prestar os serviços sociais que oferece. Incontáveis iniciativas, muitas ainda desconhecidas, realizadas nas periferias, em áreas urbanas e rurais, com grande impacto, sobretudo, na vida dos pobres. Certamente os reflexos seriam muito negativos para um Estado que deve buscar o bem de todos.


A laicidade configura o Estado não como oposição à religiosidade. É um parâmetro que deve ajudar na distinção entre Estado e outras instituições, como os próprios partidos políticos, atualmente tão questionados no núcleo central de sua significação, representatividade, competência nas abordagens ideológicas e debates em vistas do bem comum. Nenhum partido pode se considerar “dono do Estado”, impondo sua própria ideologia. Além disso, a máquina de governo que um Estado precisa não pode ser “cabide de emprego”, “trampolim de promoção pessoal” e mecanismo de favorecimentos. A laicidade, quando bem entendida, não deixa que o Estado seja manipulado, permitindo, assim, um eficiente serviço ao seu povo.


Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Convite da Posse de Frei Domingos Marques como pároco da Paróquia da Cohab


ARQUIDIOCESE DE SÃO LUÍS - MA
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
CONVITE


Convidamos todas as Comunidades da Paróquia, os grupos, Movimentos e Pastorais para a posse do frei Domingos Marques, OFMCap, que assumirá a Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no dia 23 de agosto às 17h em Celebração Eucarística presidida pelo bispo diocesano, dom José Belisário da Silva.

Sua presença nos dará a alegria da acolhida ao novo pároco, contamos com você!