domingo, 18 de agosto de 2013

O escândalo da pompa, do ouro e da riqueza da Igreja Católica. Ou...



"...por que não vendem tudo e dão o dinheiro aos pobres?" (parte 1).

Há poucos dias tivemos o encerramento da Jornada Mundial da Juventude 2013, dias em que assistimos a aparente "lua de mel" entre a mídia e o Papa Francisco. Todos o elogiam, todos o aplaudem... até mesmo conhecidos inimigos da Igreja. Será que veremos o mundo ainda a aplaudir o Santo Padre quando este começar a dizer certas verdades contrárias ao Mundo? Veremos...

Aproveitando esse período onde se prolifera pelas redes sociais exaltações à humildade do novo papa e condenações aos papas anteriores (assim como à Igreja Católica), publicamos o presente artigo que têm como objetivo, não apenas demonstrar e expor as mentiras propagadas por inimigos da fé, como também apresentar algumas verdades por eles ignoradas, demonstrando como as diversas características da Igreja Católica estão sempre fundamentadas nos Evangelhos e respaldadas pela lógica. Comecemos então.

Mensagem do Papa para o Encontro para a Amizade entre os Povos


MENSAGEM
Mensagem ao Encontro para a Amizade entre os Povos
Domingo, 18 de agosto de 2013


Excelência Reverendíssima,

Com alegria transmito a cordial saudação do Santo Padre Francisco a Vossa Excelência, aos organizadores e a todos os participantes do Encontro para a Amizade entre os Povos, que chegou à sua 34ª edição. O tema escolhido – “Emergência homem” – intercepta a grande urgência da evangelização da qual muitas vezes o Santo Padre falou, na esteira de seus predecessores, e suscitou nele profundas considerações que reporto a seguir.

O homem é o caminho da Igreja: assim o beato João Paulo II escrevia na sua primeira Encíclica,Redemptores hominis (cfr n. 14). Esta verdade permanece válida também e sobretudo no nosso tempo em que a Igreja, de modo sempre mais globalizado e virtual, em uma sociedade sempre mais secularizada e privada de pontos de referência estáveis, é chamada a redescobrir a própria missão, concentrando-se no essencial e buscando novos caminhos para a evangelização.


O homem permanece um mistério, irredutível a qualquer imagem que sobre isso se forme na sociedade e o poder econômico procure impor. Mistério de liberdade e de graça, de pobreza e de grandeza. Mas o que significa que o homem é “caminho da Igreja”? E sobretudo, o que quer dizer para nós hoje percorrer este caminho?

O homem é caminho da Igreja porque é o caminho percorrido pelo próprio Deus. Desde o alvorecer da humanidade, depois do pecado original, Deus coloca-se à procura do homem. “Onde estás?” – pergunta a Adão que se esconde no jardim (Gen 3, 9). Esta pergunta, que aparece no início do Livro do Gênesis, e que não cessa de ressoar ao longo de toda a Bíblia e em cada momento da história que Deus, ao longo dos milênios, construiu com a humanidade, alcança na encarnação do Filho a sua expressão mais alta. Afirma Santo Agostinho em seu comentário ao Evangelho de João: “Permanecendo junto ao Pai, [o Filho] era verdade e vida; revestindo-se da nossa carne, transformou-se caminho” (I, 34, 9). É, portanto, Jesus Cristo “o caminho principal da Igreja”, mas porque Ele “é também o caminho para cada homem”, o homem transforma-se “o primeiro e fundamental caminho da Igreja” (cfr Redemptores hominis, 13-14).

“Eu sou a porta”, afirma Jesus (Jo 10, 7): eu sou, isso é, a porta de acesso para todo homem e para toda coisa. Sem passar através de Cristo, sem concentra Nele o olhar do nosso coração e da nossa mente, não entenderemos nada do mistério do homem. E assim, quase inadvertidamente, seremos forçados a tomar emprestado do mundo os nossos critérios de juízo e de ação, e toda vez que nos aproximarmos dos nossos irmãos em humanidade seremos como aqueles “ladrões e salteadores” de que fala Jesus no Evangelho (cfr Jo 10, 8). Mesmo o mundo, na verdade, é, ao seu modo, interessado no homem. O poder econômico, político, midiático precisa do homem para perpetuar a si mesmo. E por isto muitas vezes procura manipular as massas, induzir desejos, apagar aquilo que de mais precioso o homem possui: o relacionamento com Deus. O poder teme os homens que estão em diálogo com Deus porque isso os torna livres e não assimiláveis.

Eis, então, a emergência-homem que o Encontro para a Amizade entre os Povos coloca este ano no centro da sua reflexão: a urgência de restituir o homem a si mesmo, à sua altíssima dignidade, à singularidade e preciosidade de toda a existência humana desde a concepção até o término natural. É preciso voltar a considerar a sacralidade do homem e ao mesmo tempo dizer com força que é somente no relacionamento com Deus, isso é, na descoberta e adesão à própria vocação, que o homem pode alcançar a sua verdadeira estatura. A Igreja, à qual Cristo confiou a sua Palavra e os seus Sacramentos, protege a maior esperança, a mais autêntica possibilidade de realização para o homem, em qualquer latitude e em qualquer tempo. Que grande responsabilidade temos! Não seguremos para nós este tesouro precioso do qual todos, conscientemente ou não, estão à procura. Vamos com coragem ao encontro dos homens e mulheres do nosso tempo, das crianças e dos idosos, dos ‘cultos’ e das pessoas sem instrução, dos jovens e das famílias. Vamos ao encontro de todos, sem esperar que sejam os outros a nos procurar! Imitemos nisso o nosso divino Mestre, que deixou o seu céu para fazer-se homem e estar próximo a cada um. Não somente nas igrejas e nas paróquias, mas em cada ambiente levemos o perfume do amor de Cristo (cfr 2 Cor 2, 15). Nas escolas, nas universidades, nos locais de trabalho, nos hospitais, nos presídios; mas também nas ruas, nas estradas, nos centros esportivos e nos locais onde as pessoas se encontram. Não sejamos mesquinhos em doar aquilo que nós mesmos recebemos sem mérito algum! Não devemos ter medo de anunciar Cristo nas ocasiões oportunas bem como naquelas inoportunas (cfr 2 Tm 4, 2), com respeito e com franqueza.

É esta a tarefa da Igreja, é esta a tarefa de cada cristão: servir o homem indo buscá-lo nos labirintos sociais e espirituais mais escondidos. A condição de credibilidade da Igreja nesta sua missão de mãe e mestre é, no entanto, a sua fidelidade a Cristo. A abertura para o mundo é acompanhada, e em um certo sentido se torna possível, a partir da obediência à verdade da qual a própria Igreja não pode se desfazer. “Emergência homem”, então, significa a emergência de voltar a Cristo, de aprender Dele a verdade sobre nós mesmos e sobre o mundo, e com Ele e Nele ir ao encontro dos homens, sobretudo dos mais pobres, pelos quais Jesus sempre manifestou predileção. E a pobreza não é só material. Existe uma pobreza espiritual que agarra o homem contemporâneo. Somos pobres de amor, sedentos de verdade e justiça, mendicantes de Deus, como sabiamente o servo de Deus Dom Luigi Giussani sempre destacou. A maior pobreza, de fato, é a falta de Cristo, e até não levarmos Jesus aos homens, teremos feito sempre muito pouco por eles.

Excelência, espero que estes breves pensamentos possam ser de ajuda para aqueles que participam do Encontro. Sua Santidade Francisco assegura a todos a sua proximidade na oração e o seu afeto; deseja que os encontros e as reflexões destes dias possam acender nos corações de todos os participantes um foco que alimente e apoie o seu testemunho do Evangelho no mundo. E de coração envia ao Senhor, aos responsáveis e aos organizadores do evento, bem como a todos os presentes, uma particular Benção Apostólica.

Acrescento também eu uma cordial saudação e aproveito a circunstância para confirmar-me com sentido de respeito da Excelência Vossa Reverendíssima no Senhor.



Cardeal Tarcisio Bertone
Secretário de Sua Santidade


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Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

sábado, 17 de agosto de 2013

Igrejas e casas cristãs destruídas no Egito. A era dos mártires está de volta!



Nesta quinta-feira, dia 15 de agosto, cerca de 40 igrejas foram depredadas por muçulmanos no Egito. Algumas foram “apenas” saqueadas, outras foram queimadas e outras ainda foram completamente destruídas! Entre elas, 10 são católicas coptas; 30 são ortodoxas, protestantes e grego-ortodoxas. Mais de 600 pessoas foram mortas, mas não se sabe ainda quantas delas são cristãs.

E não são só os templos dos nossos irmãos que estão sendo queimados: muitas vilas cristãs também foram incendiadas, segundo o blog do Reinaldo Azevedo. Poderia ser a igreja do seu bairro. Poderia ser a minha, a sua casa!



A essa tragédia não é um fato isolado. Em 2012, mais de 100 mil cristãos foram assassinados no mundo todo. Isso sem contar os que tiveram suas casas destruídas, foram expulsos de suas cidades. E sem contar também as mulheres que não morreram, mas foram estupradas. O que essas pessoas fizeram para atrair a si o ódio? Elas creem em Jesus Cristo!

Os cristãos sofrem imensamente nos países dominados por ditadores socialistas, e também nas nações de maioria islâmica. Vejam o tamanho da injustiça: nos países de maioria cristã, os muçulmanos vivem em grande paz. Constroem suas mesquitas, vivem livremente a sua fé e costumes, recebem benefícios do governo. Mas o contrário não ocorre: em quase todos os países islâmicos (há poucas exceções), os cristãos são perseguidos, feridos, mortos e humilhados!


Não pensem que esse é um problema do Oriente, e que os países de maioria cristã estão seguros. Se o Ocidente continuar se descristianizando, será engolido pelo Islã, em um futuro próximo. O ateísmo crescente, a ditadura do politicamente correto e a infidelidade dos cristãos quanto à própria fé abrem as brechas para o fim da cultura ocidental. Também é muito relevante o fato de boa parte das famílias cristãs optarem por ter poucos filhos. Um jornalista britânico, da rádio londrina Premier, chegou mesmo a dizer que a Inglaterra poderá, em pouco tempo, se tornar uma nação islâmica.

Lista com a classificação dos países
que mais oprimem os cristãos

O tempo dos mártires voltou. O Coliseu está novamente ativo, e o sangue dos cristãos jorra como um rio.


Salve Rainha…
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Disponível em: O Catequista

Mais de 600 mortos e várias Igrejas incendiadas no Egito


O Egito despediu-se na noite de quinta-feira, 15, das mais de 600 vítimas do massacre ocorrido após a violenta remoção das pessoas acampadas nas praças, apoiadores do adversário ao golpe militar. Enquanto isso, no entanto, seguem os incidentes que as autoridades prometeram combater com dura luta. Entre lágrimas e orações, milhares de seguidores do presidente deposto Mohamed Morsi congregaram-se em mesquitas e outros templos do país para despedirem-se dos que morreram.


Em paralelo ocorreu também um funeral oficial aos 43 policiais mortos durante o tumulto, que contou com a presença de diversos políticos. Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 4.200 pessoas ficaram feridas. Apesar de todos esses números, contudo, a situação ainda está longe de voltar à calma. Mesmo oficialmente em estado de emergência por, pelo menos, um mês, mais manifestações estão previstas para ocorrer em diferentes partes do país.



O Primeiro-Ministro, Hazem Al Beblaui, entrou em contato com o Patriarca da Igreja Ortodoxa Copta, Theodore II, para mostrar sua solidariedade frente aos vários ataques que as igrejas estão sofrendo em diferentes áreas do Egito. Apenas nesta quinta-feira a televisão estatal informou que supostos membros da Irmandade Muçulmana invadiram uma igreja em Fayoum – sul do Cairo – e atearam-na fogo.


Além disso, outras quatro igrejas, um mosteiro e a sede de uma Associação Copta foram queimados nas cidades de Nazla e Tamia, localizadas na mesma província. Também no mesmo dia, foram atacadas outras sete igrejas cristãs – maior parte no sul do país. A Irmandade Muçulmana e as autoridades acusam-se mutuamente por esses ataques. “A união entre cristãos e muçulmanos é turbulenta, mas as forças da escuridão e o terrorismo não deixarão isso ser afetado ou enfraquecido”, destacou Al Beblaui.



No total, as igrejas queimadas ou depredadas chegam em torno de 40. Mesmo com o apelo do Papa, a reconciliação no país será difícil. “Houve muitas manifestações da Irmandade Muçulmana e a violência não era apenas nas igrejas, mas também nas instituições. Foram incendiadas também estações da polícia. Cerca de 40 igrejas – 10 católicas e 30 entre ortodoxas, protestantes e grego-ortodoxas – foram depredadas ou queimadas, se não totalmente destruídas”, comentou o Padre Rafic Greiche, porta-voz dos bispos católicos egípcios.

Em meio à onda de violência, o grupo “Tamarrud” (rebelião), instigador dos protestos pré-golpe, pediu aos egípcios para que formem comitês populares para proteger as ruas e templos religiosos. Em esfera judicial, o juiz questionou Morsi – no lugar desconhecido onde está retido desde sua derrubada – e ordenou a renovação de sua prisão preventiva por mais 15 dias. O ex-presidente é acusado de colaborar com o movimento islâmico-palestino Hamas por cometer “ações inimigas contra o país”.
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Fonte: Rádio Vaticano
Disponível em: CatólicaNet

Proclamação Solene do dogma da Assunção de Maria


"Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial". Pelo que, se alguém, o que Deus não permita, ousar, voluntariamente, negar ou pôr em dúvida esta nossa definição, saiba que naufraga na fé divina e católica. 

Halleluya 2013 será lançado neste sábado, 17, em São Luís


A Comunidade Católica Shalom em São Luís lança, neste sábado (17), às 19h, mais uma edição do Halleluya, evento artístico que mescla dança, teatro, e shows com grandes nomes da música católica, com o objetivo de proporcionar a todos uma experiência pessoal com Jesus Cristo. O evento acontecerá de 27 a 29 de setembro, na praça Maria Aragão. Para animar o público e trazer uma prévia da 12ª edição do Halleluya, o lançamento contará com a divulgação das atrações confirmadas e animação por conta do DJ Henrique Carvalho.

Com 12 anos de história, o Halleluya já realizou na capital maranhense mais de 100 apresentações artísticas, reunindo anualmente um público de mais de 50 mil pessoas, incluindo caravanas de diversas cidades do interior do estado. Mais de 300 voluntários trabalham anualmente na organização do evento, cuja estrutura inclui palco, stands diversos, livraria, espaço para crianças no Halleluya Kids, praça de alimentação e espaço da Misericórdia.


Nove atrações musicais já estão confirmadas para esta edição, dentre as quais artistas de destaque que se apresentaram ao Papa Francisco durante a Jornada Mundial Juventude, realizada de 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro. Além disso, o evento contará com apresentações de dança e teatro.

O lançamento do Halleluya – edição São Luís tem entrada franca e acontecerá no Centro de Evangelização do Shalom no Calhau, próximo à Pizza Hut. Estarão sendo vendidos lanches a preços acessíveis.

HISTÓRICO


Em 1995, na cidade de Fortaleza, sede da Comunidade Católica Shalom, o Projeto Juventude realizava uma festa de três dias para os jovens com o nome Trifest. Em 1997, uma ideia ousada transformou o evento de pequeno porte num evento arrojado e ousado. Nascia o Halleluya. Em 1997, o Halleluya se expandiu para outras cidades, como Natal, Salvador, Aracaju e São Luís (desde 2001), estando presente também em países como Israel, França, Inglaterra.

Por que o Papa não dá a comunhão?

Papa João Paulo II entrega entrega a Eucaristia
ao ditador Augusto Pinochet

Não sei se todos sabem que, na Igreja Católica, existe uma norma para a distribuição da Eucaristia durante a missa: quando o bispo, os padres e os diáconos estão presentes, quem dá a comunhão ao povo são eles, não os ministros extraordinários. Só ficam isentos quando idosos, doentes e fatigados. Contudo, desde quando era arcebispo de Buenos Ayres, o Papa Francisco age diferente: deixa essa tarefa para outros ministros. Não são poucas as pessoas que lhe perguntam os motivos... A resposta está em seu livro “Sobre o Céu e a Terra”.

«Davi foi adultero e autor intelectual de um assassinato. Apesar disso, nós o veneramos como santo porque teve coragem de reconhecer o seu pecado. Humilhou-se perante Deus. As pessoas podem fazer grandes bobagens, mas, também, podem se arrepender, mudar de vida e reparar o que fizeram. Entre os fiéis, há alguns que matam não só intelectualmente ou fisicamente, mas também indiretamente, pelo mau uso do dinheiro, pagando salários injustos. Talvez façam parte de sociedades beneficentes, mas não pagam a seus funcionários o que lhes é devido, ou os contratam “por fora”.


Conhecemos o currículo de alguns deles; passam por católicos, mas têm atitudes imorais, das quais não se arrependem. É por isso que, em certas situações, eu não dou a comunhão. Fico sentado, e os assistentes a distribuem. Não quero que essas pessoas se aproximem de mim para fazer fotografias. De per si, seria possível negar a comunhão a um pecador público que não se arrepende, mas é muito difícil comprovar essas coisas. Receber a comunhão significa receber o corpo do Senhor, com a consciência de que formamos uma comunidade. Mas, se alguém, ao invés de unir o povo de Deus, ceifa a vida dos irmãos, não pode comungar: seria uma contradição total.

Tais casos de hipocrisia espiritual acontecem com muitas pessoas que se abrigam na Igreja e não vivem segundo a justiça que Deus quer. Não demonstram nenhum arrependimento. Vulgarmente dizemos que levam uma vida dupla». Quem ajudou o Cardeal Jorge Bergoglio e agora Papa Francisco a tomar e a manter essa atitude foi a foto que, em 1987, circulou pelo mundo, revelando que o Papa João Paulo II, em sua visita ao Chile, dera a comunhão ao ditador Augusto Pinochet...

Mas, como ele próprio se pergunta, pode-se recusar a hóstia a uma pessoa que se aproxima para comungar? E caso se possa, convém fazê-lo? Em tempos não muito remotos, havia padres que, com muita facilidade, a negavam não apenas a bêbados, maltrapilhos e doidos, mas também a “pecadores públicos” e a mulheres com trajes inadequados.

Na prática, quem é que poderia ou deveria receber a comunhão? De per si, a resposta é simples: quem adere à fé da Igreja Católica; quem assume a sua doutrina; quem se esforça por viver o Evangelho, inclusive nas páginas que lhe parecem difíceis. Assim sendo, se o amasiado não pode comungar, poderá fazê-lo o adúltero, o ladrão, o corrupto? Poderá, se ele se arrepender de seus pecados e perseverar num processo de conversão. Caso contrário, receber a hóstia nada significa. Pior ainda: faz mais mal do que bem.

Para São Paulo, só entra em comunhão com o corpo e sangue de Cristo quem assume o compromisso de construir a comunhão com os irmãos: «Pelas divisões que há entre vós, vossas celebrações trazem mais prejuízos do que benefícios. De fato, quando vos reunis, não participais da Ceia do Senhor, porque a vossa preocupação é consumir a própria ceia. E, enquanto um passa fome, o outro se embriaga. Cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice. Quem come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação. Eis por que entre vós há tantos fracos, tantos doentes e tantos mortos!» (1Cor 11, 17-18.20-21.28-30).


“Fracos, doentes e mortos”, apesar de comungarem seguidamente. É o pecado de alguns cristãos de Corinto e de hoje: muitas “comunhões” e pouca comunhão! Não é suficiente receber a hóstia para estar com Jesus: é preciso acolhê-lo também no irmão. A fé é unitária: não pode ser assumida em parcelas ou prestações...


Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Papa Francisco agradece, em carta ao presidente da CNBB, acolhida no Brasil


Querido irmão,

Venho renovar-lhe a expressão do meu agradecimento e, através de sua pessoa, a todos quantos o mesmo seja devido nessa amada diocese, particularmente no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, pelo carinho que me receberam e tudo predispuseram da melhor maneira para que eu pudesse visitar a casa da Mãe de todos os brasileiros.

Guardo indeléveis, na memória e no coração, as imagens daquela ativa assembleia litúrgica e da multidão festiva que na esplanada do Santuário, mesmo com frio e a chuva, quiseram acompanhar-me na minha peregrinação à Aparecida. Sem dúvidas foi também uma oportunidade para reviver as belas recordações da minha permanência no Santuário, durante a Quinta Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Confiei a Ela, Nossa Mãe, a vida de cada brasileiro, bem como pedi que fizesse arder no coração de cada sacerdote desse imenso País um zelo sempre maior por anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo.


Peço-lhe também para que, na sua qualidade de Presidente da CNBB, se faça intérprete do meu vivo apreço e gratidão aos Bispos do Brasil, a todos os párocos, pastorais e movimentos eclesiais pelo carinho e empenho postos na preparação e realização da Jornada Mundial da Juventude. Esta foi, certamente, um evento em que o Senhor cumulou de graças a Igreja que está no Brasil. Faço votos para que as sementes que foram lançadas possam frutificar permitindo uma nova primavera para a Igreja nesta amada Nação.

Reconhecido, retribuo todas as gentilezas recebidas, confiando a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, as dioceses e prelazias brasileiras, juntamente com os seus pastores, enquanto de coração a todos concedo uma especial Benção Apostólica e peço que, por favor, não deixem de rezar por mim.


Vaticano, 2 de Agosto de 2013.
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Fonte: CNBB