sábado, 7 de setembro de 2013

Intervenção militar na Síria: caminho rumo ao suicídio do Ocidente


Se os Estados Unidos atacar a Síria,
a Rússia atacará a Arábia Saudita

Entre as muitas perplexidades ligadas ao destino da Síria, emergem algumas certezas: as potências ocidentais são diretamente responsáveis pela difusão do fundamentalismo islâmico e pela violência em todo o mundo árabe, e uma eventual intervenção militar não só levaria toda a região a um conflito de consequências incalculáveis, mas assinaria a sentença de morte dos cristãos no Oriente Médio.
 
Quem está convencido disso é o Pe. Boghos Levon Zekiyan, quem não poupa críticas ao ler sobre os recentes acontecimentos na Síria, que fazem pensar em um novo Iraque. Sacerdote de rito armênio, além de professor de "Língua e literatura armênias" na Università Ca’Foscari de Veneza, e de "Instituições eclesiásticas armênias" no Pontificio Istituto Orientale de Roma, nesta entrevista à Aleteia, ele coloca na balança todas as responsabilidades dos países ocidentais.


No território sírio, os massacres parecem não ter fim. As crônicas nos falam diariamente de horrores inimagináveis contra a população: decapitações, sequestros, homicídios massivos, estupros. Nem sequer as crianças estão a salvo.  Frente a esta violência, que rumo a Síria vai tomar?

 
Tenho certeza de que o conflito na Síria e em todo o mundo árabe foi incentivado por potências estrangeiras, pelo imperialismo ocidental que, após a queda a União Soviética, parece ter se tornado insaciável e, por isso, feroz e violento.
 
Mais ainda: é portador de uma hipocrisia que raramente teve precedentes na história. Hipocrisia: onde estava oOcidente durante o genocídio na Ruanda? Onde estava e está frente ao extermínio dos cristãos em Darfur? Onde estava durante o uso de gases contra os curdos, quando Saddam era seu aliado? É uma ladainha que não acaba nunca!
 
Quanto ao rumo que a Síria vai tomar, é difícil dizer, e isso é muito triste. Mas o rumo do Ocidente, se continuar com este capitalismo impiedoso, com esta hipocrisia selvagem, com esta miopia política que criou os talibãs – como todos sabem – e que apoia o fundamentalismo islâmico mais fanático em todos os lugares, talvez seja mais fácil de prever: o suicídio!
 
O que pode acontecer, se houver uma intervenção militar?
 
Eu preferiria nem pensar nisso. Como já disseram outros mais especialistas que eu: a catástrofe! De qualquer maneira, seria o penúltimo passo rumo à morte dos cristãos no Oriente Médio. Este é um processo sem fim e em cujo desenvolvimento histórico, infelizmente, as potências ocidentais quase sempre tiveram um infeliz e triste papel!
 
Todos os líderes religiosos lançaram apelos contra uma intervenção militar externa. Mas o que se pode fazer concretamente para acabar como conflito sírio?
 
Espero que o Santo Padre lance um forte apelo, como João XXIII fez na véspera da guerra, depois dissuadida, de Cuba. Naquele então, Khrushchov e Kennedy escutaram o Papa. Esperemos que os que hoje governam o mundo não estejam surdos.
 
Que mensagem o senhor daria ao Ocidente, para que entenda a situação dos cristãos no Oriente Médio e saiba agir adequadamente?
 
Não acho que ele não entenda, ainda que seja muito obtuso. O Ocidente não quer compreender, pois está cego pelo seu capitalismo desenfreado e sua ambição ilimitada de poder.
 
Mas também há ignorância. Quem acha que a democracia pode se instaurar com as armas não entendeu nada sobre democracia (pensemos no Iraque, Afeganistão, Tunísia, Egito). Mais ainda: aposto que estes senhores nunca leram o famoso discurso de Péricles, que continua sendo a carta magna da democracia.
 
Existe uma incapacidade de distinguir as coisas, mas também falta de vontade. É verdade que a Síria não era um país democrático quando à liberdade de expressão política; mas era um dos países mais democráticos do mundo no que diz respeito à democracia comunitária, que praticamente não existe no Ocidente, pois não há comunidades étnicas e confessionais reconhecidas além das grandes religiões e uma ou outra confissão esporádica, e as minorias territoriais, como o Tirol do Sul.
 
O monopólio etnocultural do Ocidente e do seu sistema político, que invadiu o mundo, é também uma forma de ditadura que o Ocidente, com sua prepotência político-ideológica, se nega inclusive a discutir.
 
Que interesses econômicos, políticos e sociais poderiam estar por trás de uma intervenção militar ocidental?
 
Antes de tudo, acho, o interesse da indústria bélica, que torna o milionário bilionário. Este é o leitmotivsociopolítico do Ocidente hoje; e, em grande parte, ele já conseguiu tornar os ricos mais ricos, e os mais ricos, riquíssimos.
 
Grande, chapeau! Assim, o Iraque, ainda que tenha sido um autêntico fracasso político, foi um sucesso enorme para os grandes produtores de armas; e, visto assim, todas as guerras dos últimos 23 anos foram um êxito.

 
Que Deus nos salve do pior!
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Fonte: Aleteia

Globo cria confusão sobre aborto na novela Amor à Vida

Recentemente na novela Amor à Vida, um médico se negou a atender uma paciente
que chegou em estado de choque após ter provocado um aborto.


Ilustríssimo Senhor,
Carlos Henrique Schroder
Diretor Geral da TV GLOBO
 
Em cena da novela “Amor à vida”, no capítulo 82 que foi ao ar no dia 22 de agosto, a Rede Globo entrou com extrema superficialidade e com inúmeros equívocos em debate que merece ser abordado com seriedade e fundamentação. Em evento desconectado do enredo, entra em debate o aborto provocado. O personagem de um médico, chefe da residência médica, afirma que “o aborto ilegal está entre as maiores causas de mortes de mulheres no Brasil”. E afirma também que “infelizmente o aborto ilegal se tornou caso de saúde pública”.
 
Vamos aos dados oficiais, disponíveis no DATASUS: faleceram no Brasil, em 2011 (último ano a ter os dados totalmente disponíveis) 504.415 mulheres. O número máximo de mortes maternas por aborto provocado, incluindo os casos não especificados, corresponde a 69, sendo uma delas aborto dito legal. Portanto, apenas 0,013% das mortes de mulheres devem-se a aborto ilegal. Comparando, 31,7% das mulheres morreram de doenças do aparelho circulatório e 17,03% de tumores. Estes sim constituem problemas de saúde pública.
 

Houve também clara confusão entre os conceitos de “omissão de socorro” e “objeção de consciência”, com laivos de intolerância à liberdade religiosa. Desconhecemos que alguma religião impeça seus membros de prestar socorro a “pecadores”. Se assim fosse, inúmeros assaltantes e assassinos que chegam baleados aos hospitais ficariam sem atendimento. Se até um bandido assassino que foi ferido no embate tem direito a atendimento médico, como caberia negá-lo em situações de sequelas do aborto? A cena foi preconceituosa para com as crenças do outro personagem médico, distorcendo-as. Ela parece mesmo pretender trazer confusão para a questão da objeção de consciência, situação em que o profissional de saúde se recusa licitamente a realizar ou participar do abortamento, uma vez que ele se forma para proteger a vida e não para tirá-la.

 
Sabedores da influência que as novelas possuem na mentalidade do povo, demandamos que haja uma retratação das falsas impressões apresentadas, pois uma emissora deve ter compromisso com a realidade dos fatos. Se a Rede Globo deseja problematizar o debate, que o faça a partir de dados e situações verazes e não apenas reproduza determinados jargões propagandísticos pela legalização do aborto em nosso país.


Brasilia, 23 de Agosto de 2013.


Lenise Garcia
Presidente Nacional

Jaime Ferreira Lopes
Vice-Presidente Nacional Executivo

Damares Alves

Secretária Geral

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Disponível em: Aleteia

Jejuará Obama pela Síria?


“A política americana de contenção também implicou uma enorme expansão militar, de modo que os nossos arsenais começaram por chegar ao nível dos soviéticos e da China, para depois os ultrapassar. Com o correr dos anos, o ‘triângulo de ferro’ do Pentágono, indústria militar e congressistas com grandes despesas no sector da defesa nos seus distritos eleitorais acumularam grande poder para definir a política externa americana. E embora a ameaça do nuclear afastasse a hipótese de confrontos militares directos com as superpotências rivais, os políticos americanos viam cada vez mais os problemas do resto do mundo do ponto de vista militar, e não tanto como diplomatas. (...)

[Depois dos ataques dos EUA ao Afeganistão], aguardei com expectativa o que pensei que havia de se seguir: a apresentação de uma política externa americana para o século XXI que não só adaptasse à ameaça das redes terroristas o nosso planeamento militar, operações dos serviços secretos e defesa interna, mas também construísse um novo consenso internacional em torno dos desafios das ameaças transnacionais.

Este novo modelo nunca apareceu. Em vez disso, o que tivemos foi um sortido de políticas obsoletas de tempos que já lá vão. (...) O destino voltava a ser moda; tudo o que era necessário, segundo Bush, era o poder militar da América, a sua determinação e uma ‘coligação de vontades’.

O que já não podia apoiar era uma ‘guerra burra, uma guerra feita à pressão, uma guerra que era produto não da razão mas da paixão’ (...). Sei que mesmo que a guerra contra o Iraque seja bem-sucedida será necessária uma ocupação por tempo indeterminado, com custos indeterminados e consequências indeterminadas. Sei que uma invasão do Iraque sem motivos claros e sem forte apoio internacional só vai inflamar os ânimos no Médio Oriente e fomentar não os melhores mas os piores impulsos no mundo árabe e fortalecer o ramo de recrutamento da Al-Qaeda.”


Quem assim escrevia, em 2006, era Barack Obama (Audácia da Esperança, ed. port. Casa das Letras, pág. 281-289). Num livro que, na capa, propunha: “Um apelo a uma nova forma diferente de fazer política”. Uma das coisas que mais nos espanta, na nossa condição humana, é o mistério da nossa fragilidade, que nos faz atraiçoar os princípios que defendemos pela mesquinhez de interesses ou pelo poder que temos – ou pelos poderes que, mesmo sem darmos conta, nos aprisionam.

Na crise síria (como no Egipto, como na Líbia, como...), continuamos aprisionados pelo ponto de vista militar; continuamos a sentir a ausência de uma “política externa americana para o século XXI”, que não continue tomada pelas lógicas infernais do século XX; continuamos a ver “políticas obsoletas de tempos que já lá vão”;
continuamos a ver soar tambores de guerra em nome da paixão e não da razão; continuamos a intuir que, mesmo uma invasão “sem pôr as botas no chão” não tem motivos claros, não tem apoio internacional e só irá “inflamar os ânimos no Médio Oriente” e “fortalecer o ramo de recrutamento da Al-Qaeda.”

Porquê, então, prosseguir na lógica demente da guerra? Apenas para satisfazer a indústria do armamento, condenando à guerra, à fome, à miséria e à tragédia a vida de povos inteiros?

Essas são algumas perguntas que nos podem levar, hoje, a fazer jejum pela paz – na Síria e no mundo –, respondendo positivamente ao apelo do Papa Francisco. O jejum é um sinal: antes de mais, de afirmação da vontade própria sobre as paixões – algo que parece muito afastado da lógica de guerra que nos atormenta. Depois, é um sinal de que somos capazes de abdicar de algo importante, em favor do bem do outro. Porque enquanto não formos capazes, no Ocidente, de abdicar deste jogo ambíguo de ganhar dinheiro à custa da vida de tantos povos, não teremos sido capazes de abdicar de nada em favor do outro. E o mundo continuará a ser não um lugar de paz, mas um lugar de tormento.


Barack Obama talvez fosse capaz de fazer jejum. Jejuará o Presidente Obama pela paz?

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Disponível em: Religionline

Praça de São Pedro acolhe a vigília da paz


Uma vigília de quatro horas presidida pelo Papa Francisco e à qual se unirão milhões de pessoas de todo o mundo, de outras religiões e até mesmo não crentes, com um mesmo objetivo: pedir pela paz. A praça de São Pedro será amanhã o cenário deste histórico momento.

Desde às 15h45 da tarde estarão disponíveis 50 confessionários dentro do braço de Constantinopla e sob a colunata da praça. Foi o mesmo Santo Padre que quis que fosse colocado, considerando que a verdadeira paz nasce do coração do homem reconciliado com Deus e com os irmãos. Às 18h30 se fará a leitura do chamamento que o santo padre fez no Angelus no domingo passado, para introduzir os presentes no significado da vigília.

Às 19h começará com a saudação litúrgica do Papa. Em seguida o canto do “Veni Creator”, “para que o Espírito do Senhor Ressuscitado anime e guie nossa oração”.


A vigília estará dividida em dois momentos, primeiro um momento mariano e depois um momento eucarístico. A primeira parte começará com a Intronização da imagem da Virgem, “Salus Populi Romani”, patrona de Roma, que sairá do obelisco. Quatro guardas suíços serão os encarregados de carregar o ícone mariano e duas moças acompanharão a procissão com uma oferenda floral à Nossa Senhora.

Depois se dará início à oração do santo rosário. No começo de cada mistério, depois da leitura bíblica, acrescentou-se um texto de uma poesia de Santa Teresinha do Menino Jesus. Além do mais, no final de cada mistério se acrescentou também a invocação “Rainha da paz, rogai por nós”. Para concluir esta primeira parte, o santo padre fará uma meditação.

Depois de um breve silêncio, após as as palavras de Francisco, se preparará o altar para a exposição do Santíssimo Sacramento e começar dessa forma o momento eucarístico da vigília. Cada um dos cinco tempos de adoração guiada prevê: leitura da Bíblia sobre o tema da paz, oração de um Papa sobre o tema da paz, invocação responsorial para pedir a paz, canto, a oferta de incenso e silêncio para a adoração pessoal. E no final de cada um dos cinco momentos de adoração, cinco casais (representando Síria, Egito, Terra Santa, EUA e Rússia) vão fazer a oferta do incenso.

Uma vez concluída a adoração guiada, depois de um breve silêncio, começa o ofício das Leituras na forma mais larga prevista para uma celebração deste tipo. A passagem do evangelho elegida é João 20, 19-29. Ao finalizar as leituras, aproximadamente às 22h15, um comentário introduz um tempo de silêncio que durará até às 22h40.

Para concluir a vigília, o Santo Padre dará a bênção eucarística. A tonalidade da cerimônia será penitencial.


Trad.TS
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Fonte: ZENIT

Imprecisões midiáticas sobre a suposta reabilitação da teologia da libertação

Fatores que contribuem para a confusão quanto a um livro publicado em 2004:
é possível uma teologia da libertação católica?

O surgimento de um livro na Itália, cujo argumento central é a teologia da libertação (Dalla parte dei poveri. La teologia della liberazione), tem dado pé a manchetes equivocadas por parte de certo setor da imprensa que se ocupa de questões eclesiais (por exemplo, La Repubblica e La Stampa).

Dois fatores contribuem para as tergiversações sobre uma suposta reabilitação ou caminho livre para a teologia da libertação por parte do Vaticano: 1) o nome dos autores (o atual prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e o sacerdote dominicano e “pai” da teologia da libertação, Gustavo Gutiérrez), e 2) o destaque dado ao livro no jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano. Tudo isso no contexto do pontificado de um papa latino-americano, sob o qual, de acordo com a mesma resenha, “a teologia da libertação não podia ficar na sombra durante muito tempo”. A realidade, porém, é diferente.


Pensamentos de aderentes á Teologia da Libertação

O livro resenhado foi publicado originalmente em 2004, em alemão, quando o arcebispo Gerhard Ludwin Müller ainda não tinha sido nomeado prefeito para a Congregação da Doutrina da Fé (a nomeação é de 2 de julho de 2012, oito anos depois da aparição do texto). O autor da resenha publicada em L’Osservatore Romano o apresenta como um livro escrito “a quatro mãos” entre Müller e Gutiérrez. A realidade por trás da expressão, que poderia ter sido mais feliz, não implica, porém, que um autor assuma as ideias de outro. A própria distribuição do livro faz notar que as ideias expressas (que, sendo pessoais, não são necessariamente as ideias do magistério da Igreja, embora tampouco pareçam contrapor-se) são opiniões a respeito de um tema que suscita algum interesse entre alguns teólogos: das 183 páginas do livro, 117 são de Gutiérrez e 76 do então bispo de Ratisbona. Em outras palavras, cada um tratou do assunto central de acordo com o seu próprio pensar.

É compreensível também o esmero com que o autor da resenha apresenta a obra em italiano: trata-se do diretor de Il Messaggero di Sant´Antonio, Ugo Sartorio, publicação vinculada à editora Edizioni Messaggero Padova, que é, junto com a Editrice Missionaria Italiana, coeditora da tradução da obra agora apresentada na Itália.

Sobre o tema central da obra, pode-se dizer, grosso modo, que são abordagens sobre o estatuto epistemológico da “teologia da liberação”, em suposta consonância com o sentir da Igreja, com alguns dados históricos. Neste contexto, em alguns momentos, apresenta-se e alude-se a pronunciamentos pontifícios que mostrariam o “lado bom” e a justificativa para a existência da teologia da libertação. Mas é possível uma teologia da libertação autenticamente católica?

O Magistério da Igreja foi muito claro nos seus dois pronunciamentos oficiais sobre este particular: a Instrução Libertatis nuntius sobre alguns aspectos da teologia da libertação (Congregação para a Doutrina da Fé, 6 de agosto de 1984) e a Instrução Libertatis conscientia sobre liberdade cristã e libertação (Congregação para a Doutrina da Fé, 22 de março de 1986), vinculantes para todo católico.

Substancialmente, pode-se dizer que já naqueles documentos se apresenta uma visão efetivamente católica sobre a teologia da libertação: a que entende a liberdade humana não como política e, em consequência, não abraça a ideologia marxista, sua luta de classes, nem transforma a fé em política, mas entende a liberdade humana como liberdade do maior dos males, o pecado, e a Cristo como libertador. Ou, em palavras do documento de 1986: “A libertação, em sua significação primordial, que é salvífica, se prolonga deste modo em tarefa libertadora e exigência ética. É neste contexto que se situa a doutrina social da Igreja, que ilumina a práxis no âmbito da sociedade”.


Bastava reler a novidade daqueles documentos em 1984 e em 1986 para não apresentar como novo o que o foi há quase 30 anos.
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Fonte: ZENIT

Reformados conclamam fiéis a orarem pela paz na Síria


A Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas (CMIR) condena qualquer forma de violência, injustificável sob todos os aspectos, e conclama as igrejas membro a dedicarem, nas celebrações litúrgicas do sábado, 7, e domingo, 8, à intercessão pela paz na Síria.

"Oremos também pelos líderes mundiais para que eles usem seu poder para trabalhar sem descanso para encontrar soluções promotoras de vida que acabem com a crise naquele país”, declarou o secretário geral da CMIR, reverendo Setri Nyomi.


Ainda que a Síria tenha usado armas químicas, atingindo também a população civil, a intervenção militar não é resposta. “Deve se fazer todo o esforço necessário para pôr as partes em diálogo e procurar soluções diplomáticas. A resposta militar só serve para aumentar o sofrimento do povo da Síria, que já está sofrendo em demasia", diz posicionamento da CMIR.

O texto lamenta a extensão do conflito interno, que já dura dois anos e matou mais de 100 mil pessoas, também o ataque com armas químicas, perpetrado pelo exército sírio contra rebeldes, no dia 21 de agosto, e que matou inclusive crianças, o que, dizem reformados, é um escândalo.


Com informações da ALC


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Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil adere à Oração pela Paz na Síria


Todos e todas sabemos o quanto a paz está ausente ou ameaçada, em todo o mundo, longe e perto da gente. Bem por isso, e por sermos parte do povo de Deus, não desanimamos e nem desistimos de acreditar que a paz dada como presente pelo próprio Jesus resistirá e brotará teimosamente.

E é essa a principal razão para orarmos pela paz.

Neste momento, o Conselho Mundial de Igrejas, a Federação Luterana Mundial e o Conselho Latino-Americano de Igrejas motivam as Igrejas a orarem pela paz. A preocupação maior, nestes dias, é o medo das consequências de uma intervenção externa na Síria. Independente da situação na Síria, ainda que especialmente preocupados com a situação nesse país, lá e cá, vidas continuam sendo ceifadas por causa da violência, por causa da destruição da paz que Deus, em Jesus, nos deixou.

Daí a razão deste convite para que nos cultos das comunidades da IECLB também intercedamos pela paz.


Como sugestão, segue uma oração de autoria do Pastor Luiz Carlos Ramos (divulgada pela Rede CLAI de Liturgia), na qual fizemos algumas mudanças.


Oração pela paz

Ó Deus, Eterno e Encarnado, Trino e Uno, Senhor e Salvador,
nosso coração anda inquieto; nosso corpo, temeroso; nossa alma, sem repouso.

Só tu podes nos dar descanso, só tu podes nos dar alento, só tu podes nos restituir a paz.

Vivemos tempos difíceis, vivemos dias cruéis.
Dá-nos teu amor, dá-nos tua paz.

Tanta gente - adultos e crianças - é vítima do terror das bombas lançadas.
Somos vítimas do ódio: da violência congestionada no trânsito e do livre trânsito da violência.

Senhor da paz, torna-nos bem-aventurados;
Senhor da paz, torna-nos bem-aventuradas;
Pacifica-nos a alma, pacifica-nos o espírito, pacifica-nos o corpo.

Que haja paz para todas as nações:
do Norte e do Sul, do Oriente e do Ocidente.

Que haja paz para todos os povos:
brancos e negros, vermelhos e amarelos.

Que haja paz para todos os homens,
que haja paz para todas as mulheres,
que haja paz para todas as crianças.

Que a Suprema Paz esteja sobre toda paz.
Amém

Fraternalmente,
Nestor Paulo Friedrich

Pastor Presidente

Vigília com o Papa Francisco será transmitida ao vivo às 14h


Neste sábado, 7, pessoas de todos os países do mundo se unirão em oração e jejum para rezar pela paz, atendendo ao convite do Papa Francisco no Angelus do último domingo, 1º.

No Vaticano, a partir das 19h (hora local, 14h em Brasília), o Papa Francisco dará início a uma Vigília de oração, que será seguida ao vivo em todo o mundo.

A TV Canção Nova fará a transmissão da Vigília, ao vivo, a partir das 14h (que pode ser assistida por meio do nosso blog).

O momento de oração terá início com a Oração do Veni Creator (Vinde, Espírito Santo), que na quinta estrofe pede:  “Afastai para longe o inimigo; Trazei-nos prontamente a paz; Assim guiados por Vós; Evitaremos todo o mal”.

Em seguida, o ícone de Maria Salus populi Romani (Protetora do povo Romano) será entronizado e os fiéis, juntamente com o Santo Padre, rezarão o terço, pedindo a intercessão de Nossa Senhora, Rainha da Paz, pela paz no mundo e na Síria.


Segundo informou a Rádio Vaticano, o Papa quis que cada mistério do terço seja precedido pelas palavras de Santa Terezinha do Menino Jesus.

Após a oração do terço, o Papa Francisco fará uma breve reflexão. E logo após terá início um momento de Adoração Eucarística, motivada com leituras bíblicas e orações de paz dos Papas do Séc. XX até os nossos dias.

Ao término de cada momento de adoração, um casal fará uma oferta de incenso. Ao total, serão cinco casais, representando a Síria, Egito, Terra Santa, EUA e Rússia.

O penúltimo momento da Vigília será caracterizado pelo Ofício das leituras – três passagens de Jeremias, São Leão Magno e o Evangelista João –, seguido de meia hora de silêncio, até por volta das 22h40 (hora local, 17h40 em Brasília).


O último ato da Vigília será a Bênção Eucarística concedida pelo Santo Padre.
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