quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O fato é que o feto morre!


Profecia de profeta pequeno às vezes repercute. Entre 760 a 750 a.C., o colono Amós não era nem dos grandes nem dos de maior ressonância. Nem sequer era visto como profeta. E admitiu que não era! Mas profetizou e ousou questionar o rei Jeroboão II e o reino de Israel, que ia bem e em franca ascensão política e econômica.

Economicamente ia bem, moralmente, ia mal. A violência das ruas não era devidamente combatida e subjugada. o desperdício corria solto. Mas os pobres recebiam as migalhas. Foi esta opção errada que Amós combateu por dez anos. Deve ter repercutido, porque depois dele veio Oseias e depois dos dois veio a queda fragorosa do reino em 722 a.C. Faltou ética ao reino que enriquecera! Não havia voluntários para defender a pátria. O leitor fará bem se ler aquele livro.

Entre as graves questões morais do Brasil, assoberbado por inúmeras outras questões de ética, estão as maneiras como aqui se trata o dinheiro e a vida. A Igreja católica chamou a isso de “civilização de morte”. Joga-se fora o dinheiro do povo, o verde e as águas, milhões de vidas animais e também milhões de fetos indesejados. Desmata-se, mata-se, poluem se águas e ares e poluem também o amor. Fica-se com o prazer do sexo mas não com o dever do filho.


A sociedade, na sua maioria cristã, foi dura contra os políticos ficha suja. Agora, a reação é contra os políticos e partidos pró-aborto. E não se diga que católicos, evangélicos e espíritas não têm o direito de brigar e influenciar o voto de seus fiéis sobre esta grave questão. Brigar pela vida também é cidadania. Nós achamos que o feto é um ser humano vivo em formação. Se querem uma lei que permita extraí-los com todo o direito a nós outorgado pela Constituição nós reagimos contra legisladores e governantes que pretendem permitir que o feto seja morto. Se para eles o Deus não é autor da vida e o feto não é um ser humano, para nós é. Sendo maioria reagimos com a arma do voto.

Erram o que caluniam o candidato. Acertam os que o pressionam para nem pense em assinar leis que permitam a morte do feto. Em troca não falta quem nos acuse de ultrapassados e trogloditas. Mas achamos que troglodita é quem passa leis em favor da morte de um incapaz. Desqualificar o outro lado como ultrapassado é uma das armas no jogo político do pode-não-pode, deixa-não-deixa, crime-não-crime!

Quando um partido põe no seu programa o apoio ao aborto chamando-o eufemisticamente de assistência médica, nada mais natural que numa democracia grupos de poder reajam ante este outro grupo de poder. Argumentam em favor da saúde da mulher grávida que não deseja ser mãe. Vale dizer: apoiam a saúde da mulher mais do que a vida do feto que ela não quer. São escolhas! No seu apoio à grávida que deseja abortar, o partido está dizendo que, já que ela o fará, que o faça de maneira assistida e com assepsia! Os religiosos dizem que uma vez concebido o feto tem direito à vida, tanto quanto a mulher tem direito à saúde!


Amós estava certo. Quando um povo aceita a morte de uma vida pequena e indesejada, acabará sacramentando a morte de qualquer vida indesejada. Aquela sociedade vira civilização de morte, na qual é permitido eliminar vidas que poderão trazer algum problema! Ao defender a saúde da mulher querem aborto com qualidade de vida; mas o fato é que o feto morre!



Por que Deus não me dá o que eu tanto lhe peço na oração?

Não podemos conceber Deus como um meio para obter o que desejamos, 
mas como um fim em si mesmo: Ele é a nossa verdadeira necessidade

Desde crianças, fomos ensinados a rezar a Deus, a pedir-lhe coisas, a suplicar-lhe que solucione tudo aquilo que está fora do nosso alcance – pelo menos foi assim que fizeram muitos pais que também foram, por sua vez, educados na fé e na oração.
 
Alguns costumavam escrever uma carta ao "Menino Jesus" antes do Natal, por exemplo. Por meio dela, nos convidavam a pedir a Deus tudo o que queríamos como presente de Natal, e depois vinha a frustração, ao descobrir que aquela carta parecia não ter sido lida por Ele, já que acabávamos recebendo outras coisas, que não nos entusiasmavam muito. Desde então, começávamos a perceber que Deus nem sempre traz o que lhe pedimos, mas aquilo de que precisamos.
 
Já adultos, aprendemos do próprio Jesus: "Pedi e recebereis; buscai e achareis; batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe; quem busca, acha; e a quem bate, abrir-se-á". E, mais uma vez, nós nos empenhamos, às vezes como crianças, em continuar elaborando uma lista das nossas necessidades para poder apresentar-lhe de vez em quando.


O que nem sempre percebemos é o que Jesus diz mais à frente, quanto ao "pedir, buscar, bater", e é aí que muitas vezes nossas expectativas não são realizadas e ficamos frustrados: "Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem". Aqui está a resposta e o complemento com relação ao que significa pedir e buscar.

 
Pois bem, suponhamos que, ao apresentar essa outra lista das nossas necessidades, o Senhor escute nossas súplicas (o que com certeza Ele sempre faz), e nos dê aquilo que lhe pedimos. O que aconteceria? O que é preciso fazer com aqueles dons obtidos da sua benevolência e da sua compaixão por nós?
 
É importante saber que nossa relação com o Senhor não pode depender nas necessidades temporais que temos, pois isso equivaleria a concebê-lo como uma loja de conveniência e não como nosso Pai, aquele que quer nossa salvação em Cristo.
 
O perigo de uma relação assim é acreditar, como os israelitas, que, ao possuir a Terra Prometida, o grande sonho do povo, já não seria preciso conservar a Aliança que tinham feito com Deus para sempre, e que a única coisa importante seria ter um lugar para morar, cultivar a terra e ver os filhos crescerem. Foi então que eles começaram a se perder, a desviar seu coração e a adorar tudo aquilo que não era Deus.
 
Não podemos achar que, ao obter de Deus aquilo que lhe pedimos, já se cumpriu o objetivo da nossa relação com Ele, porque, em sua sábia pedagogia, o Senhor nos recorda que a provisão sempre é escassa e o provedor é permanente. Não podemos conceber Deus como um meio para obter o que desejamos, mas como um fim em si mesmo.
 
Neste sentido, é muito provável que, como o povo de Israel, tendo recebido uma promessa do Senhor, esta possa se perder no caminho, não porque o Senhor a tira de nós, mas porque é importante redescobrir que, nem a terra, nem a promessa, nem a bênção, nem a vida longa têm razão de ser quando nos afastamos do seu amor, que é a única realidade verdadeiramente importante.
 
A Bíblia nos ensina, de muitas maneiras, que foi no exílio, na perda daquilo que tanto amavam, que os israelitas, ajudados pelos profetas, redescobriram a necessidade de voltar à Aliança, de voltar ao amor primeiro, de voltar a Deus.
 
Quando transformamos o importante em indispensável e o indispensável em acessório, então o Senhor toca nossa hierarquia de valores, por meio de crises purificadoras, que nos ajudam a reconsiderar o estilo de vida que levamos.
 
Por isso, ao perder o que avidamente pedimos a Deus na oração, mais do que pensar no valor da perda, podemos pensar em sua causa. O que era realmente importante para nós: o provedor ou a provisão? A bênção de Deus ou o Deus da bênção? Porque não se pode obter uma coisa sem desejar a outra. Quem quiser as bênçãos de Deus, antes precisa querer o próprio Deus, pelo valor que Ele tem na nossa vida.
 
Tudo aquilo que se teve e se perdeu precisa ser avaliado partindo desta ótica, pois provavelmente a luz irradiada pela beleza de muitas coisas nos cegou, fazendo-nos perder de vista a beleza de Deus. Buscando Deus nas criaturas, não podemos nos deter na beleza das criaturas; é preciso transcender, ir além do evidente e experimentar a beleza daquele que torna tudo belo.

 
Não deixe que sua relação com o Senhor dependa das necessidades do seu coração; não o conceba como uma máquina de refrigerantes, na qual você insere uma moeda (um Pai-Nosso, por exemplo) e imediatamente receberá o que você esperava. Não busque somente as coisas do Senhor, mas o Senhor das coisas.
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Fonte: Aleteia

Outubro: mês do Rosário!


Outubro, o mês das Missões, é o mês em que somos convidados a refletir sobre a atualidade do Santo Rosário em nossa vida cristã. Por isso mesmo, neste mês devemos reforçar a nossa devoção mariana empreendendo a Oração do Rosário em família, em grupos de orações, nos setores pastorais, nas comunidades e nas paróquias. Essa devoção contemplativa faz-nos meditar sobre os mistérios de nossa redenção. É uma oportunidade de chegar às pessoas em todos os lugares e começar ali um grupo católico, embrião de uma futura pequena comunidade. Neste tempo em que tanto falamos de Paróquia como comunidade de comunidades, uma das formas de iniciarmos uma comunidade é através da oração. É claro que os grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros tipos de reuniões e celebrações também formam as futuras comunidades, que farão parte da paróquia presente em todo o seu território. São oportunidades que nos ajudam a viver o trabalho pastoral. Mas a Oração do Rosário também precede as celebrações eucarísticas, acompanha-nos nas viagens, nos tempos de reflexão, andando pelos caminhos, nos momentos de alegria ou aflição, fazendo-nos próximos do Senhor que nos conduz e ilumina nossas vidas.


Na Carta Apostólica sobre o “Rosário da Virgem Maria”, o Papa João Paulo II nos ensina que: "O Rosário, de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor" (cf. RVM, n. 1). Com isso vemos que essa oração devocional sustentou durante muito tempo a vida cristã católica de nosso povo num passado não muito distante.

João Paulo II nos incentivava a reza do Rosário cotidianamente pelo "fato de este constituir um meio validíssimo para favorecer entre os crentes aquele compromisso de contemplação do mistério cristão que ele propôs na Carta apostólica Novo millennio ineunte como verdadeira e própria pedagogia da santidade: 'Há necessidade dum cristianismo que se destaque principalmente pela ‘arte da oração'. Enquanto que na cultura contemporânea, mesmo entre tantas contradições, emerge uma nova exigência de espiritualidade, é extremamente urgente que as nossas comunidades cristãs se tornem 'autênticas escolas de oração'. O Rosário situa-se na melhor e mais garantida tradição da contemplação cristã. Desenvolvido no Ocidente, é oração tipicamente meditativa e corresponde, de certo modo, à 'oração do coração' ou 'oração de Jesus' germinada no húmus do Oriente cristão" (cf. RVM, n. 5).

O Papa disse que o Rosário é o compêndio dos Santos Evangelhos: o Rosário é um dos percursos tradicionais da oração cristã aplicada à contemplação do rosto de Cristo. Paulo VI assim o descreveu: 'Oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora, o Rosário é, por isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica. Na verdade, o seu elemento mais característico – a repetição litânica do 'Alegra-te, Maria' – torna-se também ele louvor incessante a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da saudação da mãe do Baptista: 'Bendito o fruto do teu ventre' (Lc 1, 42). “Diremos mais ainda: a repetição da Ave Maria constitui a urdidura sobre a qual se desenrola a contemplação dos mistérios; aquele Jesus que cada Ave Maria relembra é o mesmo que a sucessão dos mistérios propõe, uma e outra vez, como Filho de Deus e da Virgem Santíssima" (cf. RVM, n. 18).

O Rosário é composto de quatro mistérios: gozosos, dolorosos, gloriosos e da luz. Os mistérios da luz foram acrescidos pelo Papa João Paulo II. Ensina o futuro santo que: "Passando da infância e da vida de Nazaré à vida pública de Jesus, a contemplação leva-nos aos mistérios que se podem chamar, por especial título, 'mistérios da luz'. Na verdade, todo o mistério de Cristo é luz. Ele é a 'luz do mundo' (Jo8, 12). Mas esta dimensão emerge particularmente nos anos da vida pública, quando Ele anuncia o evangelho do Reino. Querendo indicar à comunidade cristã cinco momentos significativos – mistérios luminosos – desta fase da vida de Cristo: 1o no seu Batismo no Jordão, 2o na sua auto-revelação nas bodas de Caná, 3o no seu anúncio do Reino de Deus com o convite à conversão, 4o na sua Transfiguração e, enfim, 5o na instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal".

O Santo Rosário "coloca-se ao serviço deste ideal, oferecendo o “segredo” para se abrir mais facilmente a um conhecimento profundo e empenhado de Cristo. Digamos que é o caminho de Maria. É o caminho do exemplo da Virgem de Nazaré, mulher de fé, de silêncio e de escuta. É, ao mesmo tempo, o caminho de uma devoção mariana animada pela certeza da relação indivisível que liga Cristo à sua Mãe Santíssima: os mistérios de Cristo são também, de certo modo, os mistérios da Mãe, mesmo quando não está diretamente envolvida, pelo fato de Ela viver d'Ele e para Ele. Na Ave Maria, apropriando-nos das palavras do Arcanjo Gabriel e de Santa Isabel, sentimo-nos levados a procurar sempre em Maria, nos seus braços e no seu coração, o 'fruto bendito do seu ventre' (cf. Lc 1, 42) “(cf. RVM 24).

Vivemos no dia a dia da correria, de uma sociedade desorientada, infelizmente, em tempos tortuosos e agitados. O mundo parece estar cansado. A Virgem Maria continua cantando em nossos corações: "Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes" (Lc 1,52-53). Entre um mistério e outro repetimos: "Jesus, socorrei principalmente os que mais precisarem". Por isso, na cidade, ou no campo – religiosos, leigos, bispos, padres, até o Papa – todos têm uma simpatia especial pelo “Terço”, rezado por toda a Igreja, que encontra nele uma maneira prática de estar com Deus. Aqui, os grupos do “terço dos homens” se multiplicam. Agora também com o “terço das mulheres”, além dos vários grupos de espiritualidades marianas. O evento arquidiocesano “Senhora do Rosário” quis reunir em nossa catedral, para uma Oração do Terço, todos os grupos que se empenham comunitariamente em rezá-lo.

Portanto, movido pelo entusiasmo da JMJ Rio 2013, convido particularmente os jovens, que já sabem rezar o Rosário, que ensinem esta devoção aos outros jovens ou aos seus companheiros e amigos que ainda não experimentaram a riqueza desta oração mariana. Na repetição das orações do Pai Nosso, das Aves Marias e do Glória ao Pai vai criando em nossa mente o filme da vida de Cristo. Assim, rezando o terço, iremos crescer sempre na maior intimidade com a vida do Cristo Redentor. 


Que Nossa Senhora do Rosário nos ajude a redescobrir a beleza e a atualidade do Santo Rosário. E peço a todos: rezem nas intenções da igreja, do santo padre, e também por mim e pela nossa Arquidiocese!


Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

Vaticano confirma erros na entrevista do Papa com jornalista Eugenio Scalfari do diário italiano La Repubblica

Eugenio Scalfari (foto flickr autor:
marco montanaro (CC BY-NC-ND 2.0)

O Padre Thomas Rosica, assistente da Sala de Imprensa da Santa Sé para os meios de fala inglesa, assinalou uma série de erros na recente entrevista com o Papa Francisco publicada pelo jornal italiano La Repubblica, como o fato de que o ateu Eugenio Scalfari, que realizou a entrevista, não gravou nem fez nenhuma anotação da mesma.

A entrevista, que foi realizada no dia 24 de setembro e publicada no dia 1º de outubro, gerou certa inquietação entre os católicos e gerou também uma série de titulares descontextualizados em diversos jornais no mundo.

A respeito disto e em uma declaração em 5 de outubro, em representação do Padre Federico Lombardi e da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Rosica explicou que "Eugenio Scalfari não gravou a entrevista com o Papa Francisco nem tampouco fez anotações, por isso o texto foi uma reconstrução posterior dos fatos".

O sacerdote canadense disse que "tais textos correm o risco de ocultar alguns detalhes importantes ou confundir eventos relatados durante a entrevista oral. Scalfari assinalou que mostrou o texto ao Papa Francisco para a sua aprovação, mas não fica claro quão atentamente o Santo Padre o leu".


Embora "o Padre Federico Lombardi, SJ, assegure a ‘integridade’ geral da entrevista de Scalfari", prossegue o Padre Rosica, "entretanto alguns detalhes menores e imprecisos causaram desconcerto entre vocês (jornalistas). Um deles se refere à suposta dúvida de parte do Papa Francisco ao aceitar a sua eleição ao pontificado e a chamada ‘experiência mística’ do Santo Padre no dia da sua eleição, em 13 de março de 2013".

O sacerdote recordou que o que aconteceu nesse dia logo depois da eleição, o Papa já contou no último dia 16 de março no seu encontro com os jornalistas que cobriram este importante evento.

O Padre Rosica assinala que "Scalfari sugere na sua entrevista que o Cardeal Bergoglio, aflito pela sua eleição, precisou de tempo para refletir sobre o que tinha acontecido antes de aceitar o papado. Os cardeais que testemunharam o momento declararam categoricamente que o recém-eleito papa nunca saiu da Capela Sistina para um período de reflexão antes de aceitar finalmente o papado, exceto quando foi à ‘sacristia do pranto’ para receber as vestimentas".

"Nunca houve nenhuma mostra de dúvida ou de necessidade de reflexão séria sobre a eleição que aconteceu, nem para pensar o que tinha recaído sobre ele!", exclamou.

Sobre a chamada "experiência mística" do Papa Francisco citada na entrevista de Scalfari, que também é diretor do diário La Reppublica, o Padre Rosica assinala que "muito provavelmente se refere ao momento de oração na Capela Paulina. Esse momento está muito claramente explicado em uma entrevista exclusiva concedida à Salt and Light Catholic Television Network no Canadá por Mons. Dario Viganò, Diretor do Centro Televisivo Vaticano" realizada no fim de junho deste ano.


Esta entrevista a Mons.Viganò, explica o Padre Rosica, diretor da Salt and Light, serve como um testemunho "mais uma vez da profunda espiritualidade e da paz que são tão evidentes na pessoa do Papa Francisco, antes, durante e depois dos históricos eventos de 13 de março de 2013 na Capela Sistina".
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João Paulo II, Bento e Francisco são Papas que se complementam, afirma Arcebispo de Nova Iorque


"Cada um dos três últimos Papas teve uma ênfase diferente, mas complementar, destacando diferentes aspectos dos fiéis e da Igreja", assinalou o Arcebispo de Nova Iorque e Presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Cardeal Timothy Dolan.

"Uma boa maneira de entender os diferentes dons de cada um destes últimos pontífices poderia ser o uso das imagens: alma, mente e coração", escreveu o Cardeal em uma recente coluna de opinião publicada pelo New York Post.

Os três Papas mais recentes –o Beato João Paulo II que será canonizado em abril de 2014, Bento XVI e o Papa Francisco– "são todos gigantes", expressou o Cardeal Dolan, e cada um "tem talentos particulares."


"João Paulo II se enfocava na alma", indicou. "Seus eloquentes chamados à oração; o seu acento na renovação do espírito, a importância que deu aos sacramentos e devoções da Igreja que trazem a graça e a misericórdia de Jesus, a sua terna confiança na Virgem Maria, a mãe de Jesus, e seu recorde nos processos de canonização, recorda-nos de maneira convincente que a alma é o primeiro."

"No Papa Bento XVI temos um sucessor de São Pedro, que se enfocava na mente", continuou o Cardeal Dolan, assinalando que o Bispo Emérito de Roma ajudou a "renovar o vasto patrimônio intelectual da Igreja, e a recordar-nos que a fé e a razão não se opõem, mas, de fato, são aliadas".

"E agora o Papa Francisco põe ênfase no coração", escreve o Cardeal. "A calidez, a misericórdia, a alegria, a ternura, a difusão, aceitação e o amor", são um distintivo de Francisco que usa estas palavras que "vêm do coração, e são muito utilizadas" por ele.
"Não me interpretem mal: Os três sabiam muito bem que a alma, a mente e o coração são todos essenciais", explicou o Cardeal Dolan, "Mas cada um tinha o seu favorito em particular".

O Arcebispo de Nova Iorque precisou logo que "Deus nos deu o Papa que necessitávamos para cada época específica".


"Toda pessoa precisa da alma, da mente e do coração, como os necessita a Mãe Igreja e como cada um de nós precisamos".
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Líder Islâmico ordena destruição de Igrejas Cristãs


O Grande Muftí da Arábia Saudita, Abdul Aziz bin Abdullah, assinalou que “é necessário destruir todas as igrejas da região” já que isto estaria de acordo com a regra que estabelece o islã como a única religião praticável na Península Arábica.

Arábia Saudita é um país aliado do Ocidente na política mundial, e o Grande Muftí é o líder religioso mais importante no reino muçulmano sunita e é o líder do Conselho Superior dos Ulemas (estudiosos islâmicos) e do Comitê Permanente para emitir fatwas (decretos religiosos).

O líder religioso fez estas declarações a uma delegação do Kuwait chegada à Arábia conforme informou a Agência Fides.

Mufti fez esta declaração depois que Osama Al-Munawer, um parlamentar kuatiano, anunciou no mês passado, na sua conta da rede social Twitter, que tem a intenção de apresentar um projeto de lei para proibir a construção de novas Igrejas e lugares de culto não islâmicos no seu país.


Na Arábia Saudita vivem aproximadamente entre três a quatro milhões de cristãos que assim como o reino saudita financiou a construção de centenas de mesquitas na Europa e América do Sul, da mesma maneira estes imigrantes desejam ter uma igreja no país onde podem exercer seu culto religioso.

O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, consagrou em junho passado, a nova igreja de Santo Antônio nos Emirados Árabes Unidos, perto de Dubai e uma nova igreja dedicada a São Paulo que está em construção em Abu Dhabi.
O rei de Bahrein, Hamad bin Issa al-Khalifa, doou um terreno para a construção de uma Catedral Católica neste país onde 80 por cento da população é muçulmana e só nove por cento são cristãos.

O Emir Amir Hamad bin Khalifa Al Thani, nos últimos anos se converteu no promotor de uma política de diálogo inter-religioso, apesar de manter em vigência a lei islâmica que impede os muçulmanos de converter-se a outra fé.
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Fonte: ACI Digital
Disponível em: "Filosofando Problemas"

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Padres devem usar batina?


"Estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus", dizia o jovem em resposta àqueles que lhe recomendavam o abandono da veste talar.

A Igreja concedeu ao seminarista Rolando Rivi - morto aos 14 anos pelos partiggiani, grupo comunista italiano - a glória dos altares. A cerimônia de beatificação, celebrada no último dia 05 de outubro, na cidade de Modena, Itália, foi presidida pelo Cardeal Angelo Amato, atual prefeito da Congregação para causa dos santos.

Rolando Rivi teve de enfrentar o ódio da ideologia marxista logo após o término da II Guerra Mundial. Devido à ocupação alemã do seminário em que estudava, em 1944, na Diocese de Reggio Emilia, Rivi e os demais seminaristas foram obrigados a abandoná-lo. Em casa, não só deu continuidade aos estudos, como também ao uso da batina, mesmo sendo recomendado pelos pais a não usá-la, por causa da hostilidade à religião que pairava naquela época. "Estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus", dizia o jovem.

A Itália enfrentava uma forte onda de terrorismo. O governo fascista amedrontava o país ao mesmo tempo em que brigadas vermelhas tinham a intenção de substituir o autoritarismo de Mussolini pelo totalitarismo de Stalin. No fogo cruzado, várias vidas foram ceifadas, dentre elas a de Rolando Rivi e mais 130 padres e seminaristas.


O martírio do rapaz deu-se a 10 de abril de 1945. Trajando a veste talar, Rolando foi alvo fácil da facção partiggiani. Acabou sequestrado assim que saiu da igreja, onde acabara de assistir à Santa Missa. Permanecendo três dias sob o domínio dos torturadores, de cujas mãos recebeu maus-tratos físicos e morais, Revi alcançou a coroa do martírio, de joelhos, com dois tiros à queima roupa.

A propósito da beatificação, o bispo de San Marino e presidente da Comissão de Rolando Rivi, órgão responsável pelos cuidados da canonização do seminarista, declarou que "nesta causa está em jogo não só o reconhecimento da santidade de vida e do martírio de Rolando, mas muito do destino da Igreja, não só na Itália". Para Dom Luigi Negri, o testemunho do mártir beato dá à Igreja "novo sangue". "Se no corpo da Igreja circular também o sangue de Rolando Rivi, mártir simples e puríssimo assassinado por ódio à Fé com apenas 14 anos pela violência da ideologia marxista, se circular o sangue do seu testemunho de vida e do seu amor total a Jesus, nós daremos à Igreja nova energia para voltar a ser uma Igreja fiel a Cristo e apaixonada pelo homem".

A Santa Sé incluiu o Beato Rolando Rivi no Calendário Litúrgico Italiano no dia 29 de maio. A partir de agora, o jovem beato pode ser venerado publicamente em toda a Itália, especialmente na Arquidiocese de Modena, onde foi assassinado, e na Diocese de Reggio Emilia, na qual estudou o seminário. Nos demais países, a não ser que haja autorização de Roma, os fiéis podem venerá-lo somente em culto privado, enquanto ele não for declarado santo.

Nestes tempos de laicização do clero, em que tanto se prega a desobediência e a intolerância às coisas santas, o martírio de Rolando Rivi lembra as belíssimas palavras de Dom Francisco de Aquino Correa (Arcebispo de Cuiabá entre os anos de 1922 e 1956): "Oh! Como o bravo envolto na bandeira, contigo hei de morrer, minha batina! Ó minha heróica e santa companheira."

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Disponível em: Central Católica
Título Original: Rolando Rivi, da morte pela batina à glória dos altares.
Informações: Direto da Sacristia e Fratres in unum

Dia do Nascituro encerra Semana Nacional da Vida


O dia 8 de outubro de cada ano é dedicado aos nascituros Em homenagem ao novo ser humano, à criança que ainda vive dentro da barriga da mãe. A data conhecida como Dia do Nascituro, foi uma decisão da 43ª Assembleia Geral, realizada em 2005, em Itaici (SP), e marca o encerramento da Semana Nacional da Vida, que ocorre de 1º a 7 de outubro. Neste período, dioceses e comunidades de todo Brasil organizam atividades e celebrações em prol da vida.

De acordo do o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, o momento é importante para suscitar a reflexão sobre o valor da vida. “A Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro são ocasiões para que toda a Igreja continue afirmando sua posição favorável à vida desde o seio materno até o seu fim natural, bem como a dignidade da mulher e a proteção das crianças”, afirma.


Uma iniciativa que visa proteger, defender e valorizar a vida humana é o abaixo-assinado pela aprovação do projeto de lei 478/2007, conhecido como Estatuto do Nascituro. O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a vida e a Família (CEPVF), da CNBB, dom João Carlos Petrini, enviou uma carta aos bispos e arcebispos do Brasil para que, em suas respectivas localidades, promovam a coleta de assinaturas para aprovação do projeto.

O presidente da comissão sugere que atividades públicas, e também no âmbito da comunidade, sejam feitas para coletar assinaturas em favor da aprovação do Estatuto do Nascituro, na Câmara dos Deputados, em apoio aos deputados que pedem a alteração da lei 12845/2013, que visa atendimento obrigatório a vítimas de violência sexual, mas que obriga também a administração da pílula do dia seguinte (pílula abortiva). Para coleta de assinaturas clique aqui.

“O ser humano que é gerado no ventre de uma mulher, com a participação de um homem, não é fabricado por aquele homem e aquela mulher, não é um produto que eles produzem, é sempre uma criatura de Deus. O homem e a mulher são apenas instrumentos de uma vontade criadora infinitamente maior, a vontade de Deus, que nos quer, e quer a nossa vida”, explica o bispo.

Ainda, segundo dom Petrini, “a vida é um dom de inestimável valor, feito de amor e ternura infinita, porque a vida humana é relação com o Mistério Infinito, Eterno e Criador que a quer e a ama. Trata-se de um dom inegociável tanto no mercado quanto nos parlamentos”, afirmou.

Para o assessor da CEPVF, padre Rafael Fornasier, a aprovação do projeto é necessária, uma vez que a lei defende a vida da criança após o nascimento, mas não a protege no útero materno. “O Estatuto do Nascituro é projeto de lei que quer reforçar os direitos garantidos na Constituição Federal, também para a criança ainda no ventre materno, de tal maneira que o aborto não seja legalizado no Brasil, por desconsiderar a criança no ventre materno”, explica o padre.


O abaixo assinado, para a aprovação do Estatuto do Nascituro deve ser encaminhado ao Congresso Nacional. “As assinaturas serão entregues ao possível relator do projeto de lei, como uma forma de demonstração de que há muita gente contrária ao aborto no Brasil, e quer uma defesa mais clara, da criança no ventre materno e da mulher”, explica padre Rafael Fornasier.
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Fonte: CNBB