segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Dia do Senhor: Sábado ou Domingo?


Neste contexto qual deveria ser o Dia de Adoração a Deus? O Sábado conforme fora transmitido por Moisés e os Profetas, ou o Domingo, dia da Ressurreição?

A Instituição do Dia de Adoração

Todos sabem que no AT, o Senhor instituiu o Sábado como o Seu dia de adoração. Mas resta a pergunta: por que? Para entendermos o motivo deste mandamento divino, devemos responder às seguintes perguntas: 1) Por que Deus instituiu um dia para o Seu culto? 2) Por que o Sábado (Shabath) foi escolhido para ser este dia?

A resposta para a primeira pergunta encontramos no livro do Deuteronômio, onde lemos: "Lembra-te de que foste escravo no Egito, de onde a mão forte e o braço poderoso do teu Senhor te tirou. É por isso que o Senhor, teu Deus, te ordenou observasses o dia do sábado" (Dt 5,15).

Como vemos a observância de um dia de adoração está relacionada à libertação que o Senhor proporcionou ao povo Hebreu, quando o tirou do cativeiro no Egito. Deus manifesta-se como o libertador de Seu povo, manifestando todo o Seu Poder e Glória, como verificamos no envio das pragas (cf. Ex 8;9;10;11) e depois ao separar o Mar Vermelho (cf. Ex 14,21-31) para que Israel pudesse finalmente se ver livre do julgo do Faraó.

O Deus libertador é aquele que guia o Seu Povo à Terra Prometida. Devemos perceber aqui que a libertação promovida pelo Senhor da escravidão do Egito é prenúncio da libertação que Cristo posteriormente promoverá da escravidão do pecado, nos conduzindo à Jerusalém Celestial.

Quanto à segunda pergunta, a resposta encontramos no livro do Êxodo: "Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que contêm, e repousou no sétimo dia; e por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou" (Ex 20,11; cf. Gn 2,3).

Por esta razão no dia da libertação, o homem também deveria livrar-se do trabalho secular (cf. Am 8,5; Ex 34,21; 35,3; Ez 22,8; Jr 17,19-27; Dt 5,12-14); no dia em que Deus manifestou o Seu Amor pelo povo, o povo também manifestaria o seu amor por Ele (Lv 23,3; Lv 24,8; 1Cr 9,32; Nm 28,9-10; Is 1,12s). Isto lembra as palavras de São João: ?Nós amamos, porque Deus nos amou primeiro? (1 Jo 4,19).

Depois do que foi exposto, podemos identificar a dupla raiz da instituição do Dia de Adoração:

1) O dia da salvação do povo de Deus conforme Dt 5,15;

2) O dia da plenitude da criação cf. Ex 20,11; pois o Senhor cessou o seu trabalho (a criação do mundo) no sétimo dia, por que ele foi terminado no sexto dia. Deus não se cansa, caso contrário não seria Deus. O "descanso" ou "repouso" de Deus refere-se à cessão do Seu Divino trabalho. Shabath (Sábado) significa "cessão", "término de alguma atividade". Por isso, o Sétimo Dia também é o dia da Plenitude da Criação e não do "descanso" de Deus.

Constantino fundou a Igreja Católica?


Após a morte do imperador Galério o poder ficou dividido entre Maxênico que se intitulou imperador; e Constantino, aclamado como imperador pelos soldados. Os dois ambicionavam pelo poder absoluto, tal luta se encerrou no dia 28 de outubro de 312, com a vitória de Constantino junto à Ponte Mílvia. Ocorre que Constantino viu no céu uma cruz com a inscrição "In hoc signo vinces" - "Com este sinal vencerás" - este foi um marco para sua conversão, que não se deu de uma hora para outra, foi batizado somente em 337, no fim de sua vida.

Em 313 deu liberdade de culto aos cristãos com o chamado Edito de Milão : "Havemos por bem anular por completo todas as retrições contidas em decretos anteriores, acerca dos cristãos - restrições odiosas e indignas de nossa clemência - e de dar total liberdade aos que quiserem praticar a religião cristã". Era Papa Melcíades, que se tornou São Melcíades, o 32º Papa, tendo Pedro como o 1º. Assim não há que se falar que Constantino é o fundador da Igreja de Cristo, ele apenas deu liberdade aos cristãos, acabando com dois séculos e meio de perseguição e martírio.

Então quem fundou a Igreja Católica? 

Foi o próprio Senhor Jesus Cristo. 


A palavra igreja deriva de outra palavra grega que significa assembléia convocada. Neste sentido a Igreja é a reunião de todos os que respondem ao chamado de Jesus: 

"...ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 10,16). 

Jesus Cristo tinha intenção de fundar uma Igreja, a prova bíblica de sua intenção, encontramos em (Mt 16,18): "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". 

Outras passagens são também importantes para constatarmos o propósito de Jesus em fundar a Igreja: 

A escolha dos doze apóstolos: 

- Depois subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a Ele. Designou doze entre eles para ficar em sua companhia". (Mc 3,13-14). 

- A escolha precisa de doze apóstolos tem um significado muito importante. O Senhor lança os fundamentos do novo povo de Deus. Doze eram as tribos de Israel, surgidas dos doze filhos de Jacá; doze foram os apóstolos para testemunhar a continuidade do Plano de Deus por meio da Igreja. 

A Última Ceia 

- "Tomou em seguida o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: Este é o cálice da nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós..." (Lc 22,19-20). 

- Assim como era costume para os judeus, Jesus também reuniu os seus apóstolos para celebrar a páscoa. Durante esta cerimônia foi celebrada a última ceia. Jesus se apresenta como o novo e verdadeiro cordeiro, dá aos seus seguidores o alimento do Seu corpo e sangue. 

- As palavras "fazei isto em memória de mim" apresentam o distintivo do novo povo de Deus. Deste modo, a última ceia passou a ser o alicerce e o centro da vida da Igreja que estava nascendo. Afinal, por meio da ceia o Senhor se torna de um modo mais forte presente entre o seu povo. 

- E, finalmente, segundo Santo Agostinho, a Igreja começou "onde o Espírito Santo desceu do céu e encheu 120 pessoas que se encontravam na sala do Cenáculo". O derramar do Espírito, em Pentecostes, foi como a inauguração oficial da Igreja para o mundo. 

Estamos vivendo um momento do cristianismo onde muitas igrejas são criadas a cada momento 

Os luteranos foram fundados por Martinho Lutero em 1524. 

Os anglicanos pelo rei Henrique VIII em 1534, porque o Papa não havia permitido seu divórcio para se casar com Ana Bolena. 

Os presbiterianos por John Knox em 1560. 

Os batistas por John Smith em 1609. 

Os metodistas por John wesley em 1739 quando decidiu separar-se dos anglicanos. 

Os adventistas do sétimo dia começaram com Guilherme Miller e Helen White no século passado. 

A congregação cristã do Brasil fundada por Luigi Francescom em 1910. 

As assembléias de Deus têm sua origem no despertar pentecostal de 1900 nos EUA. Muitas pessoas saíram de diferentes igrejas evangélicas para formar novas congregações pentecostais. Em 1914 mais de cem destas novas igrejas se juntaram para formar esta nova organização religiosa. 

A igreja do evangelho quadrangular foi fundada na década de 20 pela missionária canadense Aimeé Semple McPathersom, que passou da igreja batista para a pentecostal. 

A igreja Deus é amor foi fundada por David Miranda em 1962. 

A renascer em Cristo surgiu a alguns anos, fundada po Estevan Hernandez. 

A igreja universal do reino de Deus surgiu em 1977, fundada por Edir Macedo. 

Isto além de outras denominações menores que foram surgindo a partir dessa, cada uma delas sendo fundadas por homens, com diferenças em suas doutrinas e cultos. A pergunta é simples: Como o Espírito Santo poderia animar tantas divisões, Ele que é fonte de unidade? Como identificar a Igreja de Cristo? 

No credo do Primeiro Concílio de Constantinopla (ano 381), são apresentados os traços que permitem reconhecer os sinais da Igreja de Cristo: 

"Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica" 

UNA : A Igreja deve ser UMA do mesmo modo como existe "um só Senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef 4,5). A intenção de Jesus Cristo foi fundar uma só Igreja. 

SANTA : em virtude do seu fundador: Jesus Cristo. Foi ela que recebeu uma promessa fundamental: 

"...as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). 

Deste modo, a razão da própria existência da Igreja está em ser um instrumento de santificação dos homens: "Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade" (Jo 17,19). 

CATÓLICA : porque foi estabelecida para reunir os homens de todos os povos, para formar o único povo de Deus: "Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). 

APOSTÓLICA : porque está construída sobre o "fundamento dos Apóstolos..." (Ef 2,20). A garantia da legitimidade da Igreja está na continuidade da obra de Jesus por meio da sucessão apostólica. Tudo o que Jesus queria para a sua Igreja foi entregue aos cuidados dos apóstolos: a doutrina, os meios para santificação e a hierarquia. Quando surgiu a "expressão" Igreja católica? 

A palavra católica em relação à Igreja foi usada pela primeira vez no segundo século da era cristã por Santo Inácio bispo de Antioquia, na carta dirigida aos esmirnenses: "Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Jesus nos assegura a presença da Igreja católica"(8,2). 

Foi empregada para destacar o sentido universal da Igreja de Cristo. Aos poucos a palavra católica foi sendo usada para definir aqueles que estavam de fato seguindo a doutrina de Jesus. No final do século II, a igreja cristã já era conhecida como Igreja católica. 

Qual é a única Igreja de Cristo? 

Encontramos a resposta em uma afirmação do Concílio Vaticano II: "A única Igreja de Cristo(...) é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar (Jo 21,17) e confiou a ele e aos demais apóstolos para propagá-la e regê-la (Mt 28,l8ss), levantando-a para sempre como coluna da verdade (1Tm 3,15)... Esta Igreja(...) subsiste na Igreja católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele" (LG 8). 

Examinando os textos bíblicos já apresentados, somos levados a concluir que Jesus fundou somente uma Igreja. 

A Pedro disse: "...sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18); apresentou-se como o bom pastor dizendo: "...haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 1016); na sua oração sacerdotal orou ao Pai: "...para que sejam um, como nós somos um... para que sejam perfeitos na unidade..." (Jo 17,22.23). 

Jesus só pode ser a cabeça de um corpo, do mesmo modo como somente pode desposar uma noiva, assim como Deus teve somente um povo entre os vários povos. 


Entretanto, a Igreja católica reconhece que nestes quase 2000 anos de cristianismo os homens, por causa de seus pecados, arranharam a unidade do Corpo de Cristo. Essas divisões fizeram surgir novas denominações. Observa a Igreja que em muitas delas existem "elementos de santificação e de verdade" (LG 8).
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Disponível em: Jesus o Bom Pastor

domingo, 3 de novembro de 2013

Desejar ir para o céu...


A solenidade de todos os Santos e Santas e a comemoração de todos os fiéis Defuntos espontaneamente elevam nosso pensamento e nosso coração para lá onde, também nós, um dia, estaremos. Trazemos em nosso íntimo, no mais profundo do nosso ser, o desejo do céu, e de sermos felizes.

A liturgia de ambas as celebrações é um convite a fixarmos demoradamente nosso coração nas “coisas do alto”, onde se encontra a verdadeira felicidade (cf. Cl 3, 2). Deus é a Felicidade. A plenitude da felicidade acontece na contemplação de Deus face a face, na conquista da vida eterna: “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17, 3).

Não basta sentir saudade de Deus, não basta ter saudade do céu. Não basta experimentar o desejo de ir para o céu. É preciso algo mais. Ao longo de nossa peregrinação de volta para a Casa do Pai, é necessário ter a coragem de usar bem a nossa liberdade. A liberdade deve ser uma conquista diária para o bem. A todo instante somos convidados a fazer o mal e solicitados a praticar o bem. 


O Maligno usa todos os meios possíveis para nos desviar do caminho da felicidade. Sua maior vitória consiste em levar as almas para longe de Deus. Se o Maligno existe, devemos combatê-lo. Não podemos ficar indiferentes diante dos artifícios do autor do pecado. Jesus passou pelo mundo libertando os possessos e curando toda sorte de enfermidade (cf. Mt 9, 35). Cabe a nós dar continuidade a essa missão. Quiçá, não estejamos entre os que não reconheceram ou não acolheram ou não aderiram a Jesus Cristo... E, sim, entre os indiferentes, covardes, medrosos, omissos, isto é, entre os que não se apercebem de que o Mal realmente existe em nós, no mundo e na Igreja.


Cristo venceu o poder do Maligno – o maior obstáculo à felicidade -, derrotou a fonte de todo mal que é o pecado.

Rezando ao Pai: “não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”, também nós podemos levar uma vida livre do pecado, uma vida santa.

Assim, a festa de Todos os Santos e Santas é um convite à santidade, a sermos perfeitos como o Pai do Céu é perfeito (cf. Mt 5, 48). De nada adiantará nosso peregrinar, isto é, nossa vida não terá sentido, se nossos nomes não estiverem escritos nos céus (cf. Lc 10, 20).

Por intercessão de todos os Santos e Santas, queremos pedir ao Senhor e Autor de toda santidade que nos conserve fiéis ao Evangelho e nos dê a coragem do testemunho dos mártires, a fim de que sejamos testemunhas autênticas de Jesus Cristo.

Os "irmãos" de Jesus: Maria teve outros filhos?

       
      A Bíblia só chama a Jesus de Filho de Maria

Em nenhuma passagem da Bíblia, ninguém é chamado de "filho de Maria", a não ser Jesus. E, ainda, de ninguém Maria é chamada "Mãe", a não ser de Jesus. Em Mc 6,3 é dito: "o filho de Maria" (com artigo, dando idéia de unicidade). A expressão grega implica que Ele era seu único filho. O Evangelho nunca diz "a mãe de Jesus com seus filhos", embora isso fosse natural, especialmente em Mc 3,31 e At 1,14, se ela tivesse outros filhos.

Maria fez Voto de Virgindade

Em Lc 1,34 Maria pergunta: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?".

A pergunta que Maria fez seria inadimissível em uma jovem desposada no momento em que lhe anunciavam o nascimento de um filho futuro. Esta pergunta só tem sentido se considerarmos que ela fizera voto de virgindade, uma vez que, embora estivesse desposada, ela afirma: "eu não conheço varão". O anjo, porém, não a libera do voto, mas diz que se tratará de uma conceição milagrosa.

O voto de virgindade feito por Maria é também insinuado num apócrifo: o Protoevangelho de Tiago (120 dC).

Jesus Entregou Maria ao Discípulo João


Era costume judeu que os filhos cuidassem da mãe. Ao morrer o irmão mais velho, caberia aos demais filhos o cuidado da mãe. Porém, Jesus pede que o discípulo João, membro de outra família, cuidasse de sua mãe (Jo 19,26-27). Não haveria necessidade de tal preocupação e tal atitude seria inadmissível se Jesus tivesse outros irmãos.

Aos 12 Anos, não há Indícios de Irmãos na Festa da Páscoa

Quando Jesus foi a festa da Páscoa em Jerusalém, com a idade de 12 anos (Lc 2,41-51), não se menciona a existência de outros filhos, embora toda a família tivesse peregrinado junto durante uns 15 dias. Ora, Maria e José não poderiam ter deixado em casa, por tanto tempo, filhos tão pequenos.

Protestante é...


Aquele que tem religião por causa de Lutero, embora o negue;

Aquele que separa capítulo dos versículos com ( : ) dois pontos;

Aquele que nunca reza a oração do Pai Nosso;

Aquele que nunca confessa os pecados, mas se diz perdoado;

Aquele que lê Romanos 16,17-18, e diz que serve a Cristo, mesmo numa dissensão da fé;

Aquele que vai se “curar” com o pastor, e sabe que o pastor tem plano de saúde pago com sua grana;

Aquele que chama de “irmão”, só quem dá dinheiro ao pastor;

Aquele que deseja “a paz do Senhor” só para quem segue o protestantismo;
 
Aquele que acha que ser “bendita entre as mulheres” é ser igual a todas as mulheres;

Aquele que prega o Velho Testamento no lugar da “Boa Nova”;

Aquele que arrancou 7 livros da bíblia, pra ela ficar com 66 e mais leve para passear;

Aquele que rejeita a seita do Edir Macedo e da “bispa” Sônia, mas adiciona os seguidores destas, ao número de "evangélicos" para parecerem muitos no CENSO;

Aquele que odeia os santos mas suas bíblias contém o evangelho segundo "S. Mateus", "S. Marcos", "S. Lucas" e "S. João";

Aquele que diz que Deus não tem placa de igreja, mas são os únicos que põem placa nas suas;

Aquele que põe o nome de “Moisés” num filho mas nunca “Maria” em uma filha.

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Fonte: DEMAPRO: Desmascarando Manobras Protestantes.
Disponível em: Caia Farsa

sábado, 2 de novembro de 2013

Por que os Católicos rezam pelos mortos?


Porque a Bíblia ensina que é santo e salutar o pensamento e a prática de rezar pelos mortos. E por isso nos apresenta o Apóstolo São Paulo realizando essa salutar prática.

De fato, no 2º Livro dos Macabeus, capítulo 12, vers. 43 a 46, lemos: “(Judas Macabeu) tendo feito uma coleta mandou duas mil dracmas de prata a Jerusalém para se oferecer um sacrifício pelo pecado. Obra bela e santa, inspirada pela crença na ressurreição, porque se ele não esperasse que os mortos haviam de ressuscitar, seria coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Ele considerava que, aos falecidos na piedade está reservada uma grandíssima recompensa. SANTO E SALUTAR ESSE PENSAMENTO DE ORAR PELOS MORTOS, para que sejam livres dos seus pecados". Este texto do Antigo Testamento tem confirmação em vários outros do Novo Testamento, embora os protestantes o tenham por “apócrifo”. (“Folh. Cat.”, nº 16) Vejamos:

Assim, São Paulo, na 2ª Epístola a Timóteo, cap. 1, vers. 18, assim ora a Deus pelo amigo Onesíforo: "Que o Senhor lhe conceda a graça de obter misericórdia do Senhor naquele dia".

Nota: Comparando os vers. 15 a 18 do cap. 1º, com o vers. 19 do cap. 4º desta mesma Epístola, vê-se que Onesíforo já era morto, porque nestes textos, S. Paulo se refere nominalmente a outras pessoas, e quando seria o caso de nomear Onesíforo, seu grande amigo e benfeitor, ele não o faz, mas só se refere “à casa” e “à família de Onesíforo”. Daí se conclui que ele não era mais do número dos vivos. E S. Paulo reza por ele, pedindo ao Senhor misericórdia para ele.

Portanto, os católicos rezam pelos mortos, porque, com a Bíblia e toda a Tradição, desde os tempos apostólicos, crêem na existência do Purgatório.

Que se entende por Purgatório?

Purgatório é o lugar de purificação em que as almas dos justos, que não se santificaram suficientemente neste mundo, hão de completar a sua purificação, “por intervenção do fogo”, para serem admitidas no Céu, “onde nada de impuro entrará”. (Apocalipse 21,27) É, pois, o lugar em que as almas dos que morrem na amizade de Deus, isto é, em estado de graça - mas com alguma dívida por culpas leves, ou por culpas graves já perdoadas sem a devida expiação - se purificam inteiramente para entrar no Céu, a visão e posse de Deus. Ali gozarão para sempre da sua perfeita felicidade na glória celeste. Agora, só a alma. E depois da ressurreição da carne, unida ao próprio corpo.


A Bíblia fala deste lugar de purificação?

Sim:

1) Ela fala, na 1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios cap. 3, vers. 12 e 15, de um fogo misterioso que salva: “O fogo provará o que vale o trabalho de cada um (vers. 12). “Se queimar, sofrerá ele os danos. Mas será salvo passando de alguma maneira através do fogo.”

2) Ela fala também de um perdão na outra vida. O próprio Jesus Cristo afirmou, no Evangelho de São Mateus cap. 12 vers. 32: “A todo o que disser uma palavra contra o Filho do Homem ser-lhe-á perdoada; ao que disser, porém, contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem nesse mundo, nem no outro”.

Por aí se vê que Jesus Cristo nos ensina que há pecados que serão perdoados também no outro mundo, isto é, após a morte.

3) A Bíblia fala ainda de uma prisão temporária na “outra vida” - Jesus Cristo, em S. Mateus cap. 5, vers.25-26, exorta a reconciliação com os irmãos nesta vida para que “não suceda que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: não sairás de lá antes de ter pago o último ceitil.” (centavo).

É evidente que esta prisão temporária, lugar de perdão na outra vida, através de um fogo que purifica e salva, e de onde se sairá depois de pagar o último ceitil, não pode ser o Céu, “onde nada de impuro entrará” (Apocalipse 21,27), nem o inferno,“onde não há redenção” e onde o fogo é eterno. (Mt. 25,41).

Só resta que esses textos se refiram a um lugar intermediário, transitório e de expiação, que a Igreja, com toda a propriedade, chama de Purgatório, embora esta palavra não esteja na Bíblia. Está a sua realidade que é o que importa.

Temos que admitir, portanto, com a Bíblia, a existência desse lugar de purificação que Deus em sua Sabedoria e Bondade infinitas, criou para conciliar as exigências da sua justiça divina com as da sua misericórdia. Estão, pois, em erro os que só admitem a existência do Céu e do Inferno, e por isso não rezam pelos mortos. São os falsos crentes.


Podemos e devemos, pois, fazer orações e oferecer sacrifícios pelos mortos em geral.Devemos rezar por todas as almas, porque não sabemos com certeza, quais estejam realmente precisando, e em condições de receber o mérito impetratório das nossas orações e sacrifícios oferecidos a Deus por elas. Em qualquer hipótese, estas orações e sacrifícios, não ficarão sem efeito. Sobretudo as Santas Missas que fizermos celebrar por elas, pois Deus fará a sua aplicação às almas que mais estiverem precisando.
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Não tenhamos medo, Deus está nos esperando!

Carta de Dom Juan José Omella sobre o Dia de Finados

Hoje recordamos de maneira especial todos os defuntos, nossos entes queridos que nos deixaram e de quem lembramos com dor. E, neste Dia de Finados, uns mais, outros menos, acabam se perguntando se o céu existe mesmo. E costumamos responder dizendo: ninguém voltou de lá e, então, será que podemos estar seguros de que há vida depois da morte?
Permita-me contar-lhe uma pequena história, ocorrida em uma clínica médica.

"Um homem estava muito doente, inquieto e preocupado. Segurou na mão do médico e lhe disse:

- Tenho muito medo de morrer. Diga-me, doutor: o que me espera depois da morte? Como será o outro lado?

- Não sei – diz o médico.

- Como assim? O senhor não sabe? – replica o paciente.

O doutor, ao invés de responder-lhe, abre a porta que dá para o corredor. E dá de cara com o seu cachorro, um magnífico pastor alemão, que o havia seguido pela cidade inteira, havia passado pela vigilância da clínica e agora estava no corredor. Quando o cachorro viu o seu dono, pulou nele e lhe manifestou, de mil maneiras, a alegria de tê-lo encontrado.

O médico se virou para o paciente e lhe disse:

- Você viu o comportamento do cachorro? Ele nunca havia estado neste hospital, não conhecia o lugar, não sabia como eram os banheiros, as camas, os armários, nem de que cor eram as paredes dos corredores. Ele sabia que o seu amo estava aqui, do outro lado da porta, e está contente e alegre desde que a porta se abriu e ele me encontrou. Eu não sei nada do que nos espera do outro lado, após a morte. O que eu sei é que o Senhor Deus, nosso Pai, está do outro lado e nos espera. E, no dia em que a porta se abrir, ou seja, no dia da nossa morte, eu passarei para o outro lado e receberei com imensa alegria o abraço de Deus Pai."

Lázaro, vem para fora!


Vivemos uma mudança de época. Isto faz com que verdades de fé intocáveis passem a ser discutidas e duvidosas. Para alguns o Dia de Finados é um dia igual a outro feriado, para sair por aí e esfriar a cabeça. Para outros é um dia para lembrar tudo, menos da morte, para fazer tudo, menos um gesto de piedade cristã. Para outros ainda é o dia mais trágico e triste de todos os dias do calendário humano.

E para nós, cristãos fieis, é o que o Dia de Finados? É um dia para um justa homenagem aos nossos entes queridos que já morreram. A morte é uma das piores dores humanas. A morte é a pedra de toque dos seres humanos. Mas é preciso purificar a morte cristã do niilismo, do materialismo, do magicismo e do fatalismo. O Dia de Finados é o dia da esperança, da fé, do amor e da comunhão com aqueles e aquelas que já nos precederam na partida desta vida para a morada eterna, a casa do Pai.

Por incrível que pareça, no dia em que mais nos lembramos da morte é o dia em que tudo fala de vida, de modo que podemos afirmar que morrer é viver. A razão para tudo isso é Jesus Cristo, a primícia da ressurreição. A história de Jesus é a história de um Vivente: “estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre” (Ap 1,18). E a nossa é a história da passagem dos limites e da morte à vida plena dos filhos e filhas de Deus. Em Jesus, a fé no amor venceu a morte. Nele a morte foi tragada pela vida, perdeu seu aguilhão para a vida.