quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Escrituras judaicas apontam: Jesus é o Senhor! – parte 1

Judeus no Muro das Lamentações

Muita gente tem curiosidade de saber por que grande parcela dos judeus, nos dias de hoje, não reconhece Jesus como o Messias. Há muitos sites judeus em que podemos encontrar a justificativa: eles dizem que o Filho de Maria de Nazaré não cumpriu as profecias messiânicas.

Mas será que Jesus não se encaixa mesmo no perfil do Messias traçado pelos profetas da Torá? É o que veremos agora. Analisaremos uma a uma as principais gongadas que os sites judeus dão sobre pessoa de Jesus, e veremos que nenhuma delas se sustenta.

O Messias construirá o terceiro Templo Sagrado

Muitos judeus alegam que o Messias construirá novamente o templo de Jerusalém. Enquanto isso não acontece, eles seguem rezando diante das ruínas do Muro das Lamentações.

Vejamos o que diz Ezequiel:

“Vou estabelecê-los e multiplicá-los, e colocarei o meu santuário no meio deles para sempre. Lá será a minha moradia. Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” (Ez 37,26-27).

O povo, naturalmente, tende a imaginar um templo feito com paredes de tijolo. Entretanto, o Senhor veio habitar entre nós, Ele é o Emanuel (Deus conosco). O santuário da profecia é Ele mesmo, o ungido, Aquele que carrega em si o Espírito Santo em plenitude.

Tanto é que Jesus se referiu a si mesmo como um templo:

“Destruí este Templo e em três dias Eu o levantarei”. Os dirigentes dos judeus disseram: “A construção deste Templo demorou quarenta e seis anos, e Tu levantá-lo-ás em três dias?” Mas o Templo de que Jesus falava era o seu corpo. (Jo 2,19-21)

Portanto, Jesus cumpre a profecia de Ezequiel, porque Ele é o santuário de Deus que permanece entre o povo para sempre.


O Messias levará todos os judeus de volta a Israel

Essa é outra interpretação materialista das Escrituras. A fé judaica é algo muito mais espiritual do que material, mas nem todos conseguem enxergar isso. Quando Deus diz que reunirá todos os filhos de Israel, fazendo-o vir de todas as partes do mundo (Is 43,5-6 e 11,12), isso é muito mais especial e profundo do que a mera reunião de pessoas em um território físico nacionalista.

Estar junto de Deus é algo que ultrapassa qualquer fronteira. Jesus, de fato, cumpre essa profecia ao reconciliar todos os que nEle creem com o Pai. Ele reúne todos os filhos dispersos de Deus na comunhão da Igreja.

O Messias introduzirá uma era de paz mundial

“Nação não erguerá a espada contra nação, nem o homem aprenderá a guerra.” (Isaías 2,4)
“Ele será juiz de numerosos povos, e árbitro de povos longínquos e poderosos. Das espadas vão fazer arados, e das lanças farão foices. Um povo não vai pegar em armas contra outro, nunca mais aprenderão a fazer guerra.” (Miquéias 4,3)

Ora, essas são profecias sobre o FINAL DOS TEMPOS e não sobre a vinda do Messias. A paz virá após a grande batalha contra o mal, descrita no Apocalipse. É só ver o versículo 2 de Isaías 2 e no versículo 1 de Miquéias 4, que dizem que se trata dos últimos dias.

O Messias curará todos os cegos e surdos

Em Isaías 42, o Senhor diz que o Messias abrirá os olhos dos cegos, libertará os presos e os que vivem nas trevas. Mais uma vez, a Escritura fala de questões espirituais, e não materiais. A cegueira que será curada é a da alma, e não a dos olhos.

Tanto isso é verdade que, nesse mesmo capítulo, nos versículos 19 e 20 de Isaías 42, Deus diz claramente que o cego e o surdo ao qual se refere não é outro senão o povo de Israel, seu servo, que mesmo vendo muitas coisas, nada percebeu, e abrindo os ouvidos, nada escutou.

Com a vinda do Messias, todos crerão no Deus de Israel

Essa afirmação dos judeus se baseia em Zacarias 14,9. Segundo eles, se Jesus fosse mesmo o Messias, a Terra inteira creria nEle, e não foi isso que aconteceu. Ok… Só que dizer que essa profecia de Zacarias se refere especificamente à vinda do Messias é forçar a barra.

Vejam como a incoerência: como podem dizer que a vinda do Messias acabará com as guerras (Is 2,4) e, ao mesmo tempo, dizer que com Sua vinda ocorrerá uma grande guerra de Javé contra todas as nações que perseguiram Israel? Não tá meio furado, isso, minha gente?

Vejam que o citado capítulo de Zacarias promete bomba pra todo lado!

“Eu reunirei todas as nações para uma guerra contra Jerusalém. A cidade será tomada pelo inimigo; as casas serão saqueadas; as mulheres, violentadas; metade da cidade irá para o exílio, e apenas um resto do povo não será levado da cidade. Então Javé sairá para guerrear contra essas nações, como quando combate no dia da batalha.” (Zac 14,2-3)

Então… Se a vinda do Messias trará a paz mundial, como explicam esse pega-pra-capar descrito em Zacarias?


Já viram que esse assunto dá pano pra manga. Continuaremos no próximo post, com a parte 2.
__________________________________

A prostituta do Apocalipse, a Grande Babilônia, seria a Igreja Católica?


"A Grande Babilônia" (v. 5) é a grande cidade do desterro de Israel, nos tempo do rei Nabucodonosor. Simboliza o poder pagão e a tribulação do Povo de Deus.

Roma?

Quando São João redigiu o Apocalipse, Roma era o poder pagão que oprimia o povo de Deus. Este povo é a Igreja, que já se encontrava presente tanto na cidade de Roma quanto em muitas outras cidades do Império. Roma era uma cidade impressionante por causa de suas riquezas e desregramentos: "A mulher estava vestida de púrpura e escarlate, resplandescente de ouro, pedras preciosas e pérolas; trazia em sua mão uma taça de ouro cheia de abominações e também das impurezas de sua prostituição" (v. 4).

Seguindo esta hipótese, Roma seria a prostituta porque "com ela fornicaram os reis da terra" (v. 2). Estes reis, como Herodes, se prostituíam com ela para obter poder sobre alguma província do Império. Outras referências também se aplicam a Roma: "se assenta sobre grandes águas" (v. 1), alusão ao seu domínio sobre o mar Mediterrâneo, considerado o principal mar do mundo. As sete cabeças da besta são "sete colinas" (v. 9); Roma está assentada sobre sete colinas: Palatino, Capitolino, Quirinal, Viminal, Esquilino, Celio e Aventino.

Jerusalém?

São João não especifica qual é a "Grande Cidade". Poderia também se referir a Jerusalém, já que enquanto no Ocidente "a cidade das sete colinas" se referia a Roma, na cultura oriental a que pertence São João, Jerusalém era conhecida como "a cidade das sete colinas" (Pirke de-Rabbi Eliezer, Seção 10). Estas colinas são: (1) "Escopus", (2) "Nob", (3) "o Monte da Corrupção" ou "o Monte da Ofensa" ou "o Monte da Destruição" (2Reis 23,13), (4) O original "monte Sião", (5) A colina sudoeste também chamada "Monte Sião", (6) o "Monte Ofel" e (7) "A Rocha", onde foi construída a fortaleza "Antonia". O número sete significa perfeição. Nos capítulos 15 e 16 do Apocalipse lemos sobre as sete pragas, as sete taças, os sete anjos...


Outras passagens do Apocalipse também se referem a Jerusalém como a Grande Cidade de forma condenatória:

"E seus cadáveres, na praça da Grande Cidade, que simbolicamente se chama Sodoma ou Egito, ali também onde o seu Senhor foi crucificado" - Apocalipse 11,8

A cidade onde "também o seu Senhor foi crucificado" não pode ser outra senão Jerusalém. Também em Jerusalém a perseguição da Igreja ocorria sob a autoridade de Roma. Ali a prostituta cometeu as maiores abominações: a crucificação do Redentor, a destruição do Templo.

São João não especificou qual era a cidade, talvez porque na verdade a mensagem se aplica às duas cidades e pode também se aplicar a outras. O mundo luta contra a Igreja. Esta sofre, mas prevalecerá. Seus mártires e santos são os seus frutos.

A Igreja de Roma e a prostituta ou Grande Babilônia

Os títulos de prostituta e Grande Babilônia, longe de se referirem à Igreja, identificam os inimigos desta. A Igreja está em oposição à prostituta e sofre o martírio em suas mãos. O Apocalipse honra a Igreja por sua fidelidade ao Senhor até derramou o seu sangue nesta luta.

"E vi que a mulher se embriagava com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. E me assombrei profundamente ao vê-la" - Apocalipse 17,6.

Existe um paralelo com a antiga Babilônia, onde os judeus Sadrac, Mesac, Abegnego e Daniel se mantiveram fiéis diante da ameaça do martírio. Agora é a Igreja que sofre em seus mártires.

São João escreve em torno do ano 95 dC, quando Domiciano perseguia ferozmente a Igreja. No Apocalise, ele apresenta a prostituta assassina que luta contra a Igreja fiel que, por sua vez, padece sua perseguição. Trata-se de uma oposição entre o mal (a prostituta) e o bem (a Igreja fiel). A "Grande Babilônia" nos recorda o sofrimento de Israel no Antigo Testamento. Nos encontramos, então, diante de um paralelo entre Israel (vítima do poder da Babilônia) e a Igreja (vítima do poder de Roma).

Porém, há também diferenças. Enquanto Israel, depois da opressão na Babilônia, pode regressar a Jereusalém; a Igreja, com o poder de Jesus Cristo, está destinada a prevalecer sobre Roma (Babilônia) e a partir deste lugar propagará o Evangelho pelo mundo inteiro. A Igreja tem sua sede em Roma, porém é "católica", universal.

É certo que em Roma (que representa o mundo) não cessou o pecado. Está, todavia, se travando a luta entre a prostituta e a Igreja. É certo também que o pecado do mundo contamina inclusive os membros da Igreja. Não estamos, todavia, na Nova Jerusalém (o céu). Jesus advertiu que o joio cresceria com o trigo e não seria arrancado até o fim do mundo.

Na visão bíblica, os fiéis vivem uma aliança de amor com Deus, um matrimônio místico. A infidelidade a Deus é, portanto, um ato de prostituição, de prostituta. O Apocalipse é uma advertência aos cristãos, para que não caiam nessa infidelidade. Desde o princípio há santos na Igreja, porém há também aqueles que passaram para o lado da prostituta, agindo com infidelidade. No meio desta luta, a Igreja continua propagando o Reino de Deus e os que abrem o seu coração recebem a graça. O Apocalipse apresenta os santos e os mártires como testemunhas e frutos da Igreja, que dá vida nova. Em todos os séculos, a Igreja tem dado este fruto de santidade e assim continuará até a segunda vinda do Senhor.

Esta mensagem corresponde ao Evangelho. Os cristãos são chamados à santidade, a ser o sal da terra, a luz do mundo. A Igreja é como o grão de mostarda: pequeno, mas que cresce e é capaz de prevalecer. Assim, a Igreja prevalecerá sobre o Império até atingir os confins da terra.

É indiscutível que quando São João escreveu o Apocalipse, a Igreja já se achava estabelecida em Roma.

1. São Pedro, cabeça visível da Igreja, havia escrito:

"Vos saúda a que está na Babilônia, eleita como vós, assim como meu filho Marcos" - 1Pedro 5,13

Quem está na Babilônia e saúda? A Igreja de Roma. É de se notar também que nesta citação da Bíblia São Pedro chama Marcos de "meu filho", fazendo referência à paternidade espiritual de Pedro.

2. São Paulo também já tinha escrito a sua Carta aos Romanos.

3. A Igreja de Roma já havia sido coroada com o martírio de São Pedro e São Paulo. Também em Roma já tinham morrido os primeiros sucessores de Pedro (isto é: os papas Lino, 67-76 e Cleto, 76-88).

Por outro lado, o Vaticano, sede da Igreja Católica, não ocupa nenhuma das sete colinas de Roma (v. 9), já que se encontra ao ocidente do rio Tibre, enquanto que a antiga Roma, com suas colinas, encontra-se na parte oriental do rio.

Aqueles que interpretam que a prostituta é a Igreja Católica não possuem o menor fundamento bíblico. Caem na interpretação arbitrária de Lutero (séc. XVI), que justifica o seu rompimento com a Igreja. É interessante observar que o próprio Lutero rejeitava o livro do Apocalipse:

"Segundo o meu parecer [o livro do Apocalipse] não possui nenhem sinal de caráter apostólico ou profético... cada um pode formar seu próprio juízo acerca deste livro; eu pessoalmente sinto antipatia por ele e isso para mim é razão suficiente para rejeitá-lo" - Sammtliche Werke, 63, pp. 169-170

Como vimos que seria absurdo interpretar o Apocalipse para condenar a Igreja de sua época como prostituta, seria igualmente absurdo interpretar uma condenação contra a Igreja nos séculos seguintes, já que se trata da mesma Igreja e da mesma luta. No entanto, o texto continua sendo um valioso ensino para nos animar a manter a fidelidade à Igreja em meio aos ataques que não cessam. É uma advertência muito atual.

Diante dos ataques contra aqueles que se mantêm fiéis à Igreja fundada por Cristo e diante dos abusos de interpretação dos textos bíblicos, é importante notar o que esse mesmo capítulo nos exorta:


"Aqui é necessário ter inteligência, ter sabedoria" - Ap. 17,9


______________________________
Disponível em: Jesus o Bom Pastor 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Reunião da JMJ 2016 no Maranhão


Olá Galera, Paz e Bem!

Aqui quem vos fala é o Caco sou o Coordenador do Projeto JMJ 2016 Cracóvia Eu Vou - Grupo João Paulo ll

Estou entrando em contato para dizer que estou muito feliz pelo primeiro contato que vocês fizeram com o Projeto mandando seus dados.

Bom, juventude católica, o projeto é para todos vocês, mas para que possamos dar um passo a frente precisamos marcar uma reunião apresentação no estado na região de vocês. Esta reunião tem concentrar o máximo de pessoas possíveis (pedimos no mínimo 100 pessoas).

Em São Luís temos o Frei Erick que já esta aqui falando conosco e vai nos ajudar a organizar esta apresentação, sei que tem muitas pessoas do interior do Maranhão (Vitoria do Mearim, Imperatriz, entre outras) então o que pedimos a você, ajude-nos a divulgar a página, chame seus colegas amigos de grupo para curtir e mandar o email (jmj2016.cracovia@gmail.com) como vocês mandaram para nós com os dados, assim conseguiremos reunir mais pessoas...


Se você é coordenador de grupo de jovem, é líder de algum movimento avise-nos, queremos ajudá-lo a incentivar seus jovens para estar conosco na JMJ 2016.

Bom, galera, posso adiantar para todos estou muito feliz, pois Deus me presenteou com sabedoria e força para criar este projeto e hoje estar atingindo além Brasil, temos muitas pessoas da Argentina, México, Paraguai, Bolívia e Equador.

Em breve o site do projeto já estará no ar, vem muita coisa boa por ai...

Espero receber resposta de emails de todos vocês JUNTOS VAMOS INVADIR A POLONIA.


Salve Maria
Deus abençoe

Caco

Projeto JMJ 2016 Cracóvia Eu Vou!!!

Grupo João Paulo ll  - Brasil

Creio na Comunhão dos Santos


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 6 de Novembro de 2013

Locutor:

O artigo do Credo, em que professamos «a comunhão dos santos», afirma duas coisas: a comunhão entre as pessoas santas e a comunhão nas coisas santas, ou seja, nos sacramentos, nos carismas e na caridade. Assim cada encontro com Cristo, que nos sacramentos nos dá a salvação, convida-nos a ir ao encontro dos outros levando-lhes esta salvação que pudemos ver, tocar e receber; e que é credível porque é amor. Temos depois os carismas: são predisposições, inspirações e impulsos interiores, que surgem na consciência e na experiência das pessoas para ser postos ao serviço da comunidade. Todos somos chamados a respeitar os carismas em nós e nos outros, como nos recomendou São Paulo: «Não apagueis o Espírito». Finalmente, a comunhão na caridade: não uma “caridadezinha” para descargo de consciência, mas uma comunhão que nos leva a entrar de tal maneira nas alegrias e dores alheias que as assumimos sinceramente como nossas. Abramo-nos à comunhão com Jesus nos sacramentos, nos carismas e na caridade, para vivermos de maneira digna da nossa vocação cristã.


* * *
Santo Padre:

Rivolgo un cordiale saluto ai pellegrini di lingua portoghese, in particolare al gruppo ignaziano del Portogallo e ai fedeli brasiliani di Bauru e di São Bernardo do Campo. Nel ringraziarvi per la presenza, vi incoraggio a proseguire la vostra fedele testimonianza cristiana nella società. Lasciatevi guidare dallo Spirito Santo per crescere ricolmi dei suoi frutti. Volentieri benedico voi e i vostri cari!

* * *
Locutor:


[Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente ao grupo inaciano de Portugal e aos fiéis brasileiros de Bauru e de São Bernardo do Campo. Agradeço a vossa presença e encorajo-vos a continuar a dar o vosso fiel testemunho cristão na sociedade. A vós e a todos, eu digo: Deixai-vos guiar pelo Espírito Santo para crescerdes repletos dos seus frutos. De bom grado abençoo a vós e aos vossos entes queridos].
_______________________________
Fonte: Santa Sé

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Alguns versículos que os protestantes esqueceram de ler em suas bíblias


Sola Scriptura (Somente a Bíblia)

A idéia fundamental da reforma protestante é a de que apenas a Bíblia é a única regra de fé. Entretanto, a própria Bíblia não suporta essa crença...

Jesus fala ou revela verdades que não se encontram na Escritura: Mt 2,23; At 20,35; Tg 4,5. Nem tudo está na Bíblia: Jo 21,25. O grande mandamento de Cristo é pregar e não escrever: Mt 28,19-20. Os cristãos primitivos seguiam a tradição apostólica: At 2,42. São Paulo reconhece autoridade à tradição oral: 1Ts 2,13; 2Ts 2,15; 2Tm 2,2; 1Cor 11,2.

Sola Fide (Somente a Fé)

Martinho Lutero, querendo evitar a importância de se fazer boas obras, promoveu a idéia de que apenas a fé é responsável pela salvação. A Igreja, porém, sempre ensinou que a fé, a esperança e o amor (caridade) são necessários para a salvação. O único lugar em que a expressão "apenas a fé" aparece na Bíblia está em Tg 2,24, onde o autor declara que Abraão não foi salvo apenas por sua fé. 

As obras têm méritos: Fl 2,12; 2Cor 5,10; Rm 2,6; Mt 25,32-46; Gl 6,6-10. Devemos evitar o pecado: Hb 10,26. Devemos fazer o desejo de Deus: Lc 6,46; Mt 7,21; 19,16-21; 1Tm 5,8. Devemos guardar os mandamentos: 1Jo 2,3-4; 3,24; 5,3. Obtém o perdão dos pecados: Tg 5,20. Que proveito tem a fé sem as obras?: Tg 2,14-26. São Paulo se auto-disciplina para evitar perder a salvação: 1Cor 9,27.

Livros Deuterocanônicos (chamados de "Apócrifos" pelos protestantes)


Os deuterocanônicos foram usados no Novo Testamento: 2Mc 6,18-7,42 : Hb 11,35; Sb 3,5-6 : 1Pd 1,6-7; Sb 13,1-9 : Rm 1,18-32. A versão da Septuaginta (Antigo Testamento grego com os deuterocanônicos) é citada em partes onde difere da versão hebraica: Is 7,14 : Mt 1,23; Is 40,3 : Mt 3,3; Jl 2,30-31 : At 2,19-29; Sl 95,7-9 : Hb 3,7-9.

Batismo de Crianças

A Bíblia sugere o batismo de toda uma casa, o que inclui as crianças: At 2,38-39; 16,15.33; 1Cor 1,16. A circuncisão (normalmente feita em crianças) foi substituída pelo batismo: Cl 2,11-12. O batismo é necessário para a salvação: Jo 3,5.

Infalibilidade Papal

A cátedra de Moisés como autoridade de ensino: Mt 23,2. A igreja edificada sobre os apóstolos e profetas: Ef 2,20. As chaves são símbolo de autoridade: Is 22,22; Ap 1,18. Pedro é sempre mencionado em primeiro, antes dos dos demais apóstolos: Mt 10,1-4; Mc 3,16-19; Lc 6,14-16; At 1,13; Lc 9,32. Pedro fala pelos apóstolos: Mt 18,21; Mc 8,29; Lc 12,41; Jo 6,69. Pedro foi o primeiro a pregar durante o Pentecostes: At 2,14-40. Pedro realizou a primeira cura: At 3,6-7. Pedro recebeu a revelação de que os gentios deveriam ser batizados: At 10,46-48. Simão é chamado de Cefas (aramaico: Kepha = Pedra): Jo 1,42. Vicário de Cristo: Lc 10,1-2.16; Jo 13,20; 2Cor 5,20; Gl 4,14; At 5,1-5. "Apascenta as minhas ovelhas": Jo 21,17. "Simão, confirma os teus irmãos": Lc 22,31-32. "Sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja; [...] Te darei as chaves do céu; [...] Tudo que ligares e desligares: Mt 16,18-19.

Irmãos de Jesus?

O Cristianismo tradicional afirma que Jesus é o único filho de Maria. As citações aos "irmãos do Senhor" se referem a outros membros da família e, em alguns casos, aos seus próprios discípulos.

Maria, esposa de Cléofas e irmã da Virgem Maria (Jo 19,25) é a mãe de Tiago e José (Mc 15,47; Mt 27,56), que são chamados de "irmãos do Senhor" (Mc 6,3). Em At 1,12-15, vemos que os Apóstolos, Maria, algumas mulheres e os irmãos de Jesus totalizam aproximadamente 120 pessoas, o que é um número muito alto de irmãos. Gn 14,14: Lot, sobrinho de Abraão (cf. Gn 11,26-28), é chamado de irmão de Abraão. Gn 29,15: Labão, tio de Jacó, chama Jacó de seu irmão. Jo 19-26-27: Jesus entrega Maria aos cuidados de seu discípulo João e não a um de seus supostos irmãos.

Os Santos

A transfiguração - onde está descrita a morte de Moisés e Elias?: Mt 17; Mc 9. Corpo de Cristo: 1Cor 12,25-27; Rm 12,4-5. Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos: Mc 12,26-27. Intercessão de Moisés e Samuel: Jr 15,1. O aviso é para não evocar os mortos, mas os santos podem ser invocados pois estão vivos para Deus: Dt 18,10. Oração intercessória: Ef 6,18; Rm 15,30; Cl 4,3; 1Ts 1,11. Os falecidos Onias e Jeremias intercedem pelos judeus: 2Mc 15,11-16. Os santos estão unidos com Deus: 1Cor 13,12; 1Jo 3,2. Os santos são reerguidos na ressurreição e circulam por Jerusalém: Mt 27,52; Ef 2,19. Veneração de anjos unidos com Deus: Js 5,14; Dn 8,17; Tb 12,16; Mt 18,10.

As Imagens

Deus ordena a confecção de imagens: Ex 25,18-22; Nm 21,8-9. Salomão constrói o Templo com estátuas e imagens: 1Rs 6,23-29.35; 7,29.

Você já está salvo?


1Cor 10,12 - "Assim, pois, aquele que julga estar de pé, tome cuidado para não cair". Mt 19,16-17 - "Aí alguém se aproximou dele e disse: 'Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?' Respondeu [Jesus]: 'Por que me perguntas sobre o que é bom? O Bom é um só. Mas se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos'". Lc 10,25-28 - "E eis que um doutor da lei se levantou e disse para experimentá-lo: 'Mestre, que farei para herdar a vida eterna?' Ele disse: 'Que está escrito na Lei? Como lês?'. Ele então respondeu: 'Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com toda a tua força e de todo o teu entendimento; e a teu próximo como a ti mesmo'. Jesus disse: 'Respondeste corretamente; faze isso e viverás'". Jo 5,24 - "Em verdade, em verdade vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não vem a julgamento, mas passou da morte à vida". Jo 6,54 - "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia". Mt 10,22 - "E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo". Mc 16,16 - "Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado". Jo 3,5 - "Respondeu-lhe Jesus: 'Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus".
________________________________

Papa fala da misericórdia de Deus: “nada tira seus filhos do seu coração”


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 3 de novembro de 2013



Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de Lucas deste domingo nos mostra Jesus que, em seu caminho rumo a Jerusalém, entra na cidade de Jericó. Esta é a última etapa de uma viagem que resume em si o sentido de toda a vida de Jesus, dedicada a procurar e salvar as ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas quanto mais no caminho aproxima-se da meta, mais em torno de Jesus forma-se um círculo de hostilidade.

No entanto, em Jericó, acontece um dos eventos mais alegres narrados por São Lucas: a conversão de Zaqueu. Este homem é uma ovelha perdida, é desprezado, é um “excomungado”, porque é um publicano, antes, é o chefe dos cobradores de impostos da cidade, amigo dos odiados ocupantes romanos, é um ladrão e um explorador. Bela figura, não é? É assim.

Impedido de aproximar-se de Jesus, provavelmente por motivo de sua má fama, e sendo baixo de estatura, Zaqueu sobe em uma árvore para poder ver o Mestre que passa. Este gesto exterior, um pouco ridículo, exprime, porém, o ato interior do homem que procura colocar-se sobre a multidão para ter um contato com Jesus. O próprio Zaqueu não sabe o sentido profundo de seu gesto; não sabe por que faz isto, mas o faz; nem sequer ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; conforma-se em vê-Lo somente de passagem. Mas Jesus, quando chega próximo àquela árvore, chama-o pelo nome: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa” (Lc 19, 5). Aquele homem baixo de estatura, rejeitado por todos e distante de Jesus é como perdido no anonimato; mas Jesus chama-o, e aquele nome Zaqueu, naquelas línguas daquele tempo, tem um belo significado cheio de alusões: “Zaqueu” de fato quer dizer “Deus recorda”. É belo: “Deus recorda”.


E Jesus vai àquela casa de Zaqueu, suscitando as críticas de todo o povo de Jericó. Porque também naquele tempo se fofocava muito, né? E o povo dizia: “Mas como? Com todas as bravas pessoas que há na cidade, vai hospedar-se justamente na casa de um publicano?” Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão” (Lc 19, 9). Na casa de Zaqueu, a partir daquele dia, entrou a alegria, entrou a paz, entrou a salvação, entrou Jesus.

Não existe profissão ou condição social, não há pecado ou crime de qualquer gênero que possa cancelar da memória e do coração de Deus um filho sequer. “Deus recorda”, sempre, não esquece nenhum daqueles que criou; Ele é Pai, sempre à espera vigilante e amorosa de ver renascer no coração do filho o desejo de retornar à casa. E quando reconhece este desejo, mesmo que simplesmente manifestado, e tantas vezes quase inconsciente, imediatamente põe-se a seu lado, e com o seu perdão lhe torna mais leve o caminho da conversão e do retorno. Mas olhemos para Zaqueu hoje na árvore: é ridículo, mas é um gesto de salvação. E eu digo a você: se você tem um peso na consciência, se você tem vergonha de tantas coisas que cometeu, pare um pouco, não se desespere, pense que Um te espera, porque nunca deixou de se lembrar de você, de pensar em você. E este é o teu Pai, é Deus, é Jesus que te espera! Suba, como fez Zaqueu; sai sobre a árvore da vontade de ser perdoado. Eu te asseguro que não te decepcionarás. Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar. Lembre-se bem, sim? Assim é Jesus.

Irmãos e irmãs, deixemo-nos também nós sermos chamados pelo nome por Jesus! No fundo do coração, escutemos a sua voz que nos diz: “Hoje devo parar na tua casa; eu quero parar na tua casa e no teu coração”, isso é, na tua vida. E vamos acolhê-Lo com alegria: Ele pode mudar-nos, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode livrar-nos do egoísmo e fazer da nossa vida um dom de amor. Jesus pode fazê-lo. Deixe-se olhar por Jesus.
_____________________________________

Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Não se pode ser cristão sem o amor de Cristo, lembra Papa


HOMILIA
Santa Missa celebrada pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro
Quinta-feira, 31 de outubro de 2013


Nestas leituras há duas coisas que nos atingem. Primeiro, a segurança de Paulo: “Ninguém pode afastar-me do amor de Cristo”. Mas tanto amava o Senhor, porque o tinha visto, havia encontrado-o, o Senhor havia mudado a sua vida. Tanto amava-O que dizia que nada poderia afastá-lo Dele. Propriamente este amor do Senhor era o centro, justamente o centro da vida de Paulo. Nas perseguições, nas doenças, nas traições, mas, tudo aquilo que ele viveu, todas as coisas que lhe aconteceram em sua vida, nada disso pôde afastá-lo do amor de Cristo. Era o centro da sua vida, a referência: o amor de Cristo. E sem o amor de Cristo, sem viver deste amor, reconhecê-lo, nutrir-nos deste amor, não se pode ser cristão: o cristão, aquele que se sente olhado pelo Senhor, com aquele olhar tão belo, amado pelo Senhor e amado até o fim. Sente… O cristão sente que a sua vida foi salva pelo sangue de Cristo. E isto faz o amor: esta relação de amor. Isto foi a primeira coisa que me tocou tanto.

A outra coisa que me atinge é esta tristeza de Jesus, quando olha Jerusalém. “Mas tu, Jerusalém, que não entendeu o amor”. Não entendeu a ternura de Deus, com aquela imagem tão bela, que diz Jesus. Não entender o amor de Deus: o contrário daquilo que sentia Paulo.


Mas, sim, Deus me ama, Deus nos ama, mas é algo abstrato, é algo que não me toca o coração e eu me arranjo na vida como posso. Não há fidelidade ali. E o choro do coração de Jesus para Jerusalém é este: ‘Jerusalém, tu não és fiel; tu não te deixaste amar; e tu te confiaste a tantos ídolos, que te prometiam tudo, te diziam dar-te tudo, depois te abandonaram’. O coração de Jesus, o sofrimento do amor de Jesus: um amor não aceito, não recebido.

Estes dois ícones hoje: o de Paulo, que permanece fiel até o fim ao amor de Jesus, de lá encontra a força para seguir adiante, para suportar tudo. Ele se sente frágil, sente-se pecador, mas tem a força naquele amor de Deus, naquele encontro que teve com Jesus Cristo. Por outro lado, a cidade e o povo infiel, não fiel, que não aceita o amor de Jesus, ou, pior ainda, né? Que vive este amor, mas pela metade: um pouco sim, um pouco não, segundo as próprias conveniências. Olhemos para Paulo, com a sua coragem que vem deste amor, e olhemos Jesus que chora sobre aquela cidade, que não é fiel. Olhemos para a fidelidade de Paulo e para a infidelidade de Jerusalém e ao centro olhemos para Jesus, o seu coração, que nos ama tanto. O que podemos fazer? A pergunta: eu me pareço mais com Paulo ou com Jerusalém? O meu amor a Deus é tão forte como o de Paulo ou o meu coração é como o de Jerusalém? O Senhor, por intercessão do Beato João Paulo II, ajude-nos a responder a esta pergunta. Assim seja!
_____________________________________
Fonte: Rádio Vaticano em italiano
Tradução:
Jéssica Marçal


"A esperança não nos dá desilusão, porque o Senhor Jesus jamais irá nos desiludir", afirma o Papa.


HOMILIA
Santa Missa celebrada pelo Papa Francisco no Cemitério Verano de Roma

Sexta-feira, 01 de novembro de 2013


Neste momento, antes do pôr do sol, neste Cemitério, nos reunimos e pensamos no nosso futuro, pensamos em todos aqueles que já partiram, todos aqueles que nos precederam na vida e estão com o Senhor. É tão bonita esta visão do céu que nós ouvimos na primeira leitura (cf. Ap 7,2-4.9-14).  Senhor Deus a beleza, a bondade, a verdade, a ternura, o amor total, aquilo que nos espera e aqueles que nos precederam, que morreram no Senhor e estão lá. Proclamam que foram santos, não pelas suas obras, fizeram obras boas, mas foram salvos pelos Senhor, a salvação pertence ao nosso Deus, é Ele que nos salva, é Ele que nos leva, como um Pai, pela mão, no final da nossa vida. Precisamente naquele Céu onde estão nossos antepassados.

Um dos anciãos faz uma pergunta: quem são esses vestidos de branco, esses justos, esses santos, que estão no céu? São aqueles que vêm de uma grande tribulação e lavaram suas vestes, tornando-as cândidas no sangue do Cordeiro. Somente entraram no céu, graças ao sangue do Cordeiro, graças ao sangue de Cristo. É o sangue de Cristo que nos justificou, que abriu as portas do Céu, e se hoje recordamos esses nossos irmãos que nos precederam na vida, que estão no Céu, é porque eles foram lavados pelo sangue de Cristo. Essa é nossa esperança. A esperança do sangue de Cristo. Essa esperança não dá desilusão. Esperamos na vida, como o Senhor. Ele não cria nenhuma desilusão, não nos dá desilusão, jamais.


João dizia aos seus apóstolos e seus discípulos: veja que grande amor Ele deu, o Pai, para sermos chamados filhos de Deus (cf. 1 Jo 3, 1-3). Por isso, o mundo não nos conhece, somos filhos de Deus, mas o que seremos ainda não nos foi revelado, é muito mais. Quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos como Ele é. Ver Deus, ser semelhante a Deus, essa é a nossa esperança. E hoje, no dia de todos os santos, antes do dia dos mortos, é necessário pensar um pouco na esperança. Essa esperança que nos acompanha na vida.

Os primeiros cristãos falam da esperança e a pintavam como uma âncora, como se a vida fosse a âncora naquela margem, onde todos nós, andando, indo, segurando a corda. É uma belíssima imagem, essa esperança. O coração ancorado lá, onde estão os nossos antepassados, os santos, onde se encontra Jesus, onde está Deus. Esta é a esperança, esta é a esperança que não cria desilusão.

Hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma, mas também existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança a alma vai avante, avante. Olha, olha aquilo que te espera! Hoje é um dia de esperança, os nossos irmãos e irmãs estão na presença de Deus, também nós, estaremos ali por graça do Senhor, se nós caminharmos na estrada de Jesus.

E conclui o apóstolo: cada um que tem essa esperança n’Ele purifica a sim mesmo. Também a esperança nos purifica, nos faz ir mais depressa. Nesse pré pôr do sol, cada um de nós pode pensar no pôr do sol de cada um, no meu, no seu, no nosso. Todos nós termos esse pôr do sol, mas eu olho para ele com esperança? Olho com aquela alegria de ser recebido pelo Senhor? Esse é o olhar cristão, isso nos dá paz. Hoje é dia de alegria, mas de uma alegria serena, tranquila, alegria da paz.

Vamos pensar no pôr do sol de tantos irmãos que nos precederam, o nosso pôr do sol que virá, vamos pensar no nosso coração, e vamos nos perguntar: onde está ancorado o meu coração? Se ele não está ancorado bem, vamos ancorá-lo lá, lá em cima sabendo que a esperança não nos dá desilusão, porque o Senhor Jesus jamais irá nos desiludir.
_____________________________________

Fonte: Boletim da Santa Sé