segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal: não é a festa de aniversário de Jesus!


Eis o Natal, uma das grandes festas cristãs. Gostaria de explicar o sentido desta celebração, já que atualmente parece que os cristãos andam meio confusos, sem saber bem o que celebram. Alguns pensam que celebrar o Natal é comemorar o aniversário de Jesus; alguns chegam até a cantar “parabéns pra você”! Coisa totalmente fora de propósito, contrária ao sentimento da Igreja e fora do sentido da celebração dos cristãos. Então, se não celebramos o aniversário de Jesus, o que fazemos no Natal?

Antes de tudo é necessário entender o que é a Liturgia, a Celebração da Igreja.

O nosso Deus, quando quis nos salvar, agiu na nossa história. Primeiramente agiu na história de toda a humanidade, guiando de modo secreto e sábio todos os seres humanos e sua história. Basta que pensemos nos santos pagãos do Antigo Testamento – santos que não pertenceram ao povo de Israel: Santo Abel, Santo Henoc, São Matusalém, São Noé, São Melquisedec, São Jó... Nenhum destes pertencia ao Povo de Deus... E, no entanto, Deus agia através deles... Depois, Deus agiu de modo forte, aberto, intenso na história do povo de Israel, com as palavras de fogo dos profetas, com a mão estendida e o braço potente nas obras maravilhosas em benefício do Seu Povo eleito. Finalmente, Deus agiu de modo pleno e total, fazendo-Se pessoalmente presente, em Jesus Cristo, que é o cume, o centro e a finalidade da revelação e da ação de Deus: em Jesus, tudo quanto Deus sonhou para nós se realizou de modo pleno, único, absoluto, completo e definitivo! Então, o nosso Deus não Se revela principalmente com ensinamentos, com doutrinas e conselhos, mas com ações concretas e palavras concretas de amor! E tudo isso chegou à plenitude na vida, nos gestos, palavras e ações de Jesus Cristo!

Pois bem: são estas obras salvíficas de Deus, realizadas de modo pleno em Jesus, que nós tornamos presente na nossa vida quando celebramos a Santa Liturgia, sobretudo a Eucaristia! Na força do Espírito Santo de Jesus, através das palavras, dos gestos e dos símbolos litúrgicos, os acontecimentos do passado – todos resumidos em Cristo: na Sua Encarnação, no Seu Nascimento,  Ministério, Morte e Ressurreição e no Dom do seu Espírito – tornam-se presentes na nossa vida.


Vejamos, agora, o caso do Natal. Quando a Igreja celebra as festas do Natal, quer celebrar não o aniversariozinho do menininho Jesus... O que ela deseja fazer e faz é tornar presente para nós, na força do Espírito Santo, a graça da Vinda do Cristo! Celebrando a liturgia do Natal, o acontecimento do passado (a Manifestação do Filho de Deus) torna-se presente no hoje da nossa vida! Na liturgia do Natal a Igreja não diz: “Há dois mil anos nasceu Jesus”! Nada disso! O que ela diz é: “Alegremo-nos todos no Senhor: hoje nasceu o Salvador do mundo, desceu do céu a verdadeira paz!”. Então, celebrando as santas festas do Natal, celebramos a Manifestação do Salvador no nosso hoje, na nossa vida, no nosso mundo! A liturgia tem essa característica: na força do Santo Espírito torna presente realmente, de verdade, aquele acontecimento ocorrido no passado. Não é uma repetição do acontecimento, nem uma recordação! É, ao invés, aquilo que a Bíblia chama de memorial, isto é, tornar presente os atos de salvação de Deus!

Agora vejamos: a Eucaristia é a celebração, o memorial da Páscoa do Senhor. Como é, então, que no Natal a gente celebra a Missa, que é a Páscoa? Como é que já no Natal a Igreja mete a celebração da Páscoa? É que a Eucaristia não é simplesmente a celebração da paixão, morte e ressurreição de Cristo! Essa seria uma ideia muito mesquinha, estreita! Em cada Missa é todo o mistério da nossa salvação que se faz presente, é tudo aquilo que Deus realizou por nós, desde a criação até agora... E tudo isso tem o seu centro em Jesus: na Sua encarnação, na Sua vida e na sua pregação, e alcança seu cume na Sua morte e ressurreição, na Sua ascensão e no dom do Santo Espírito. Então, celebramos as cinco festas do Natal celebrando a Missa, porque aí o mistério, o acontecimento da nossa salvação se torna presente e atuante na nossa vida. Voltando para casa após a Missa do Natal, podemos dizer: “Hoje eu vi, hoje eu ouvi, hoje eu experimentei, hoje eu testemunhei e hoje eu anuncio: nasceu para nós, nasceu par o mundo um Salvador! Ele veio, Ele não nos deixou, Ele Se fez nosso companheiro de estrada!” Celebrando a Eucaristia do Natal, recebemos a graça do Natal, entramos em comunhão com o Cristo que veio no Natal, porque recebemos no Corpo e Sangue do Senhor o próprio Cristo que nasceu para nós, e, agora, Cristo ressuscitado, pleno do Santo Espírito! É incrível, mas a graça do Natal chega a nós mais do que chegou para Maria e José e os pastores e os magos. Porque eles viram um menininho no presépio, na Sua natureza humana em estado de humilhação, enquanto nós O recebemos dentro de nós, Seu Corpo no nosso corpo, Seu Sangue no nosso sangue, Sua Alma na nossa alma, Seu Espírito no nosso espírito... E tudo isto num estado de glória! Não mais um menininho frágil, com esta nossa vidinha humana, mas o próprio Filho agora glorificado, com uma natureza humana imortal e gloriosa, que nos transformará para a Vida eterna.

Então, que neste Natal ninguém cante parabéns para o Menino Jesus, nem fique com inveja dos pastores e dos magos... Também para nós HOJE nasceu um Salvador: o Cristo ressuscitado, glorioso, que recebemos no Seu Corpo e Sangue e cujo mistério celebramos nos gestos, palavras e símbolos da liturgia santíssima!


Feliz Natal, Irmão, pleno da graça do Deus nascido da Virgem!
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Disponível em: Visão Cristã

Dar lugar a Jesus, e não às compras, diz Papa em homilia


Às vésperas do Natal, Papa Francisco celebrou a Missa, na Casa Santa Marta, nesta segunda-feira, 23, convidando os fiéis a manter o coração aberto e dar espaço a Jesus, e não às compras e ao barulho. O Santo Padre destacou a necessidade de vigilância nesse tempo de espera pelo Senhor.

Em especial, nestes dias que antecedem o nascimento de Jesus, Francisco disse que a Igreja, como Maria, está à espera de um parto, pela chegada do Senhor. Recordando que Deus visita Sua Igreja todos os dias, o Pontífice alertou para o risco do fechamento da alma.

“A nossa alma também está à espera pela vinda do Senhor; uma alma aberta que chama: ‘Vem, Senhor!’”, disse o Papa, lembrando que, nestes dias antes do Natal, o Espírito Santo impele o homem a fazer esta oração chamando o Senhor.

O Santo Padre propôs, então, uma reflexão acerca do estado em que está o coração de cada um nesse momento de espera, se está realmente aberto e vigilante ou se está fechado. Por isto, completou, a Igreja convida a fazer esta oração, “Vem”, para que a alma possa se abrir e ficar vigilante à espera.


“Vigiar! O que acontece em nós se o Senhor vier ou não vier? Se houve lugar para o Senhor ou se houver lugar para festas, compras, barulho? A nossa alma está aberta, como é aberta a Santa Mãe Igreja e como estava aberta Nossa Senhora? Ou a nossa alma está fechada e colocamos na porta uma etiqueta, muito educada, que diz: ‘Por favor, não perturbe!?”.


Francisco lembrou, por fim, que o mundo não termina com o ser humano, que o homem não é o mais importante do mundo, mas o Senhor o é, junto com Nossa Senhora e com a Igreja. Ele encerrou convidando os fiéis a procurarem estar com a alma sempre aberta para receber o Senhor que vem.
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Ele veio para o que era seu

Sem Jesus Cristo, o homem não sabe quem é, 
não sabe o que faz neste mundo, 
não sabe o sentido da vida, 
o sofrimento, da morte, da dor.

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1, 8)
 
Nas quatro semanas do Advento a Igreja nos leva a meditar e preparar o coração para celebrar as duas Vindas de Jesus Cristo. As cores e símbolos da liturgia nos ajudam nisso. A Coroa do Advento com as quatro velas que vão sendo acendidas uma a cada semana nos preparam e ensinam.
 
A vela vermelha significa a Fé que o Menino traz ao mundo; a certeza de que Deus está conosco, armou a sua tenda entre nós; “revestido de nossa fragilidade, Ele veio uma primeira vez para realizar o seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação”, diz um dos Prefácios do Advento.
 
A vela branca simboliza a Paz; este Menino é o “Príncipe da Paz”, disse o profeta Isaias (11,1s). Quando o Seu Reino for implantado, “a justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos. Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide. Não se fará mal nem dano em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como as águas recobrem o fundo do mar.” (Is 11, 5-8). 


Como Jesus salvou a humanidade?


Nos seus “Sermões sobre o Natal e a Epifania”, São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja (440-461): “Gloriava-se o demônio porque o homem, enganado por seu ardil, estava privado dos dons divi­nos e, despojado da imortalidade, encontrava-se sujeito a uma dura sentença de morte; assim, tendo um companheiro de pre­varicação, encontrava algum alívio em seus males (…).”

“Cristo nasceu de uma virgem para “ocultar ao demônio que a salvação nascera para os homens, a fim de que, ignorando a geração espiritual, não julgasse que havia nascido de modo diferente aquele que via semelhante aos outros. Notando que Sua natureza era igual a de todos, supunha que Sua origem fosse a mesma; e não percebeu que estava livre dos laços do pecado aquele que não encontrou isen­to da fraqueza dos mortais.”

“Deus não recorreu a Seu poder; mas a Sua justiça. Pois o antigo inimigo, em seu orgulho, reivindicava com certa razão seu direito à tirania sobre os homens e oprimia com po­der não usurpado aqueles que havia seduzido, fazendo-os pas­sar voluntariamente da obediência aos mandamentos de Deus para a submissão à sua vontade. Era portanto justo que só per­desse seu domínio original sobre a humanidade sendo venci­do no próprio terreno onde vencera”.

“Conhecendo o veneno com que corrompera a natureza humana, jamais (o demônio) jul­gou isento do pecado original aquele que, por tantos indícios, supunha ser um mortal. Obstinou-se pois o salteador impru­dente e cobrador insaciável em se insurgir contra aquele que nada lhe devia; mas, ao perseguir n’Ele a falta original comum a todos os outros homens, ultrapassa os direitos em que se apoi­ava, exigindo daquele em quem não encontrou vestígio de culpa a pena devida ao pecado.”

Aproximando-se o Natal, Papa fala do exemplo de Maria e José


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 22 de dezembro de 2013


Queridos irmãos e irmãs, bom dia

Neste quarto domingo do Advento, o Evangelho nos conta os fatos que precederam o nascimento de Jesus e o evangelista Mateus os apresenta do ponto de vista de São José, o prometido esposo da Virgem Maria.

José e Maria viviam em Nazaré; ainda não moravam juntos, porque o casamento ainda não havia sido realizado. Naquele meio tempo, Maria, depois de ter acolhido o anúncio do Anjo, torna-se grávida por ação do Espírito Santo. Quando José percebe este fato, fica perturbado. O Evangelho não explica quais foram os seus pensamentos, mas nos diz o essencial: ele procura fazer a vontade de Deus e está pronto para a renúncia mais radical. Em vez de defender-se e de fazer valer os próprios direitos, José escolhe uma solução que para ele representa um enorme sacrifício: “José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo” (1,19).

Esta breve frase resume um verdadeiro e próprio drama interior, se pensamos no amor que José tinha por Maria! Mas mesmo em tal circunstância, José pretende fazer a vontade de Deus e decide, seguramente com grande dor, abandonar Maria em segredo. É preciso meditar sobre estas palavras para entender qual foi a prova que José teve que suportar nos dias que precederam o nascimento de Jesus. Uma prova similar ao sacrifício de Abraão, quando Deus lhe pede o filho Isaac (cfr Gen 22): renunciar à coisa mais preciosa, à pessoa mais amada.

Mas, como no caso de Abraão, o Senhor intervém: encontrou a fé que procurava e abre um caminho diferente, um caminho de amor e de felicidade: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo” (Mt 1,20).


Este Evangelho nos mostra toda a grandeza da alma de São José. Ele estava seguindo um bom projeto de vida, mas Deus reservava para ele um outro projeto, uma missão maior. José era um homem que dava sempre ouvido à voz de Deus, profundamente sensível à sua secreta vontade, um homem atento às mensagens que lhe chegavam do fundo do coração e do alto. Não teimou em perseguir aquele seu projeto de vida, não permitiu que o rancor lhe envenenasse a alma, mas esteve pronto para se colocar à disposição da novidade que, de modo perturbante, lhe era apresentada. E assim, era um homem bom. Não odiava e não permitiu que o rancor lhe envenenasse a alma. Mas quantas vezes o ódio, a antipatia, o rancor nos envenenam a alma! E isto faz mal. Não permitam isso nunca: ele é um exemplo disto. E assim, José tornou-se ainda mais livre e grande. Aceitando-se segundo o projeto do Senhor, José encontra plenamente a si mesmo, além de si. Esta sua liberdade de renunciar àquilo que é seu, à posse de sua própria existência e esta sua plena disponibilidade interior à vontade de Deus nos interpelam e nos mostram o caminho.

Vamos nos dispor, então, a celebrar o Natal contemplando Maria e José: Maria, a mulher cheia de graça que teve a coragem de confiar totalmente na Palavra de Deus; José, homem fiel e justo que preferiu acreditar no Senhor em vez de escutar a voz da dúvida e do orgulho humano. Com eles, caminhemos juntos rumo a Belém.

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Fonte: Boletim da Santa Sé

Tradução:Jéssica Marçal

sábado, 21 de dezembro de 2013

Ativista do Femen simula aborto e urina em frente ao altar de uma igreja Católica em Paris.


Uma ativista que disse pertencer ao grupo feminista Femen simulou nesta sexta-feira um aborto antes de urinar em frente ao altar da igreja da La Madeleine em Paris, indicaram fontes concordantes, no dia seguinte a uma ação parecida na Praça São Pedro.

A ativista, com os seios expostos, se dirigiu para o altar na manhã desta sexta-feira no momento que cerca de dez integrantes de um coral ensaiavam.

Segundo o padre, a jovem depositou um pedaço de fígado de boi representando um feto antes de urinar nas escadas do altar.

Ela deixou a igreja sem pronunciar uma única palavra.



Segundo um fotógrafo da AFP, as palavras "344 cadelas" estavam escritas em sua barriga, em referência ao manifesto das 343 mulheres que assinaram na França um pedido pela descriminalização do aborto e pela legalização da interrupção voluntária da gravidez em abril de 1971.

Em suas costas estava escrito 'Christmas is aborted' (O Natal está abortado).

Uma investigação policial foi iniciada depois que o padre apresentou uma queixa contra a ativista.

Na quinta-feira, uma ucraniana do Femen tirou sua camisa na Praça São Pedro, no Vaticano, para protestar contra a condenação do aborto pela Igreja Católica.


"Christmas is canceled, Jesus is aborted" ('O Natal está cancelado, Jesus foi abortado', teria gritado ele várias vezes, com os seios à mostra exibindo a mesma frase pintada com letras coloridas.
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Fonte: G1

5 Práticas de ex-protestantes que precisam ser abandonadas.


Alguns protestantes se convertem, voltam para a Igreja, mas devido a tanto tempo nas seitas, eles acabam ficando com "manias" ou "chavões" protestantes, até mesmo na maneira de se comportar e falar. E isso precisa ser abandonado aos poucos. É realmente difícil de um dia para outro abandonar tudo, muitas coisas [de anos] ficam em nossa mente, coisas que vivemos no passado, portanto, um recado aos ex-protestantes, não entendam esse post como uma afronta, ou zombaria, muito pelo contrário, é um post informativo que ajudará quem está em processo de conversão (todos estamos e precisamos todos os dias nos converter ainda, devido ao pecado, mas aqui refiro-me especialmente aos ex-protestantes com práticas pentecostais). Vamos agora a lista de algumas práticas protestantes mais comuns que identifiquei entre eles, e que precisam ser trabalhadas aos poucos e abandonadas por completo:

1.            Protestantes que logo se convertem a fé católica e se auto intitulam apologistas e de uma hora pra outra se tornam mestres em doutrina católica, assumem a missão de converter todos os protestantes. 

Onde está o erro? Primeiro erro: é uma grande imprudência um recém convertido querer evangelizar os outros, sendo que é ele quem precisa ser primeiramente evangelizado. Lembro-me de uma palestra de um seminarista que assisti, que hoje já é sacerdote, onde ele cita a imprudência de muitos de nós, que acabamos de nos converter e já saímos fazendo um blog, ou uma página para evangelizar. Antes de querer ajudar o próximo é preciso estar firme na fé, a doutrina da Igreja é extensa e complexa, precisa de grandes estudos e conhecimento da fé, até mesmo para nos fortalecermos cada vez mais. O Segundo erro está em querer ser "pregador". Esse termo é um termo praticamente protestante, no catolicismo quem ensina a doutrina é o sacerdote apenas, ele quem tem autoridade para ensinar a doutrina e levar as pessoas até Deus, se colocar no mesmo nível de um sacerdote querendo ensinar tanto ou até mais que ele, é um pensamento protestante de igualar a todos. Nós podemos sim fazer um apostolado e ajudar as pessoas na fé, mas temos que fazer com humildade, e consciência de que somos meros leigos, sujeitos ao erro, e que não somos "pregadores", que saem fazendo palestras e possui alguma autoridade acima dos outros leigos. 


2.            Se auto intitula "pregador", faz palestras em diversos lugares com voz ritmada típico de pastores protestantes: 

Agora nem preciso explicar, há algum problema em dar seu testemunho em locais católicos para ajudar as pessoas na fé? Não vejo problema nenhum aí, o problema está em imitar os pastores, com aquela voz frenética, cansativa, sentimentalista de pastores protestantes. 

Os Cristãos Católicos desde o início, nunca se utilizaram de artimanhas da oratória para converter o povo. Sobre isso, nos originais, alertava o apóstolo São Paulo: “Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; e isso sem recorrer à habilidade da arte da oratória, para que não se desvirtue a cruz de Cristo” (1Cor 1,17). 

Mas, de onde veio e quando apareceu a LAVAGEM CEREBRAL, esse jeito escandaloso com gritos, fala frenética e gestos bruscos de “pregar”, usado pelas seitas protestantes?
Jonathan Edwards, presbiteriano, descobriu acidentalmente essa técnica durante uma cruzada religiosa protestante em 1735, em Massachusetts. Induzindo culpa e apreensão aguda e aumentando a tensão, os “pecadores” que compareceram aos seus encontros de “reavivamento” foram completamente dominados, tornando-se submissos. Tecnicamente, o que Edwards estava fazendo era criar condições que deixavam o cérebro em branco, permitindo a mente aceitar nova programação¹.

Portanto essa tática de lavagem cerebral é típica de protestantes pentecostais, e deve ser abandonada.

3.            Usam diversos chavões: 

"O Sangue de Cristo tem poder" "Aleluia" "Glória" "Tá repreendido" e diversos outras frases que surgiram no meio protestante. Além de serem frases vagas, soltas, sentimentalistas sem razão, usar o nome de Deus em vão é pecado, e típico de protestantes. Podemos falar o nome de Deus quando é realmente importante e não ficar citando o nome d´Ele o tempo todo, sem motivo ou causa grave, só para dar um ar de "santidade" ou fé exterior. Isso não é algo católico. Alguém se lembra do segundo mandamento da lei de Deus?

4.            Falta de humildade:

Muitas vezes eles, como se auto intitulam pregadores, se sentem acima da maioria dos outros católicos (alguns, não todos), pois estudaram a doutrina, abriram os olhos e se colocaram num pedestal, como se fossem exemplos de pessoas a seguir. Nossos exemplos são os santos, os sacerdotes, a virgem Maria, no mais todos pecamos e devemos praticar a humildade, em se esconder para que Deus apareça. Se colocar num pedestal por que estudou a doutrina católica que a maioria dos próprios católicos desconhecem, é um ato de arrogância da pessoa. Ressaltando que de nada vale a letra, sem a prática, a caridade é o mais importante em nós, é o amor a Deus que nos mantém unidos a Ele. Muitos analfabetos estão no céu, enquanto muitos doutores da lei estão no inferno. Conhecer a doutrina não é medidor de santidade. Muitas vezes quanto mais sabemos mais nos é cobrado. 

Vemos isto nos sedevacantistas (ou ortodoxos) também (que afirmam que não ha papa legítimo na cátedra de Pedro), pois estudaram tanto a doutrina católica, mas pouco se recolhem interiormente, a fé ficou baseada apenas na doutrina, e muitas vezes  não estão unido a Deus, por isso acabam caindo em armadilhas do demônio para abandonar a Igreja. Qualquer bom católico tem o mínimo de conhecimento para saber que nós não temos autoridade para afirmar tal coisa, cabe a nós rezar pela Igreja e pelo Papa, temos que confiar na divina providência.

Coloco aqui um trecho do magnífico livro: Imitação de Cristo de Tomás de Kempis que fala um pouco sobre este conhecimento, e falta de humildade de algumas pessoas: 

"Todo homem tem desejo natural de saber; mas que aproveitará a ciência, sem o temor de Deus? Melhor é, por certo, o humilde camponês que serve a Deus, do que o filósofo soberbo que observa o curso dos astros, mas se descuida de si mesmo. Aquele que se conhece bem se despreza e não se compraz em humanos louvores. Se eu soubesse quanto há no mundo, porém me faltasse a caridade, de que me serviria isso perante Deus, que me há de julgar segundo minhas obras? Renuncia ao desordenado desejo de saber, porque nele há muita distração e ilusão. Os letrados gostam de ser vistos e tidos por sábios. Muitas coisas há cujo conhecimento pouco ou nada aproveita à alma. E mui insensato é quem de outras coisas se ocupa e não das que tocam à sua salvação. As muitas palavras não satisfazem à alma, mas uma palavra boa refrigera o espírito e uma consciência pura inspira grande confiança em Deus. Quanto mais e melhor souberes, tanto mais rigorosamente serás julgado, se com isso não viveres mais santamente. Não te desvaneças, pois, com qualquer arte ou conhecimento que recebeste. Se te parece que sabes e entendes bem muitas coisas, lembra-te que é muito mais o que ignoras. Não te presumas de alta sabedoria (Rom 11,20); antes, confessa a tua ignorância. Como tu queres a alguém te preferir, quando se acham muitos mais doutos do que tu e mais versados na lei? Se queres saber e aprender coisa útil, deseja ser desconhecido e tido por nada. Não há melhor e mais útil estudo que se conhecer perfeitamente e desprezar-se a si mesmo. Ter-se por nada e pensar sempre bem e favoravelmente dos outros, prova é de grande sabedoria e perfeição. Ainda quando vejas alguém pecar publicamente ou cometer faltas graves, nem por isso te deves julgar melhor, pois não sabes quanto tempo poderás perseverar no bem. Nós todos somos fracos, mas a ninguém deves considerar mais fraco que a ti mesmo".²


5.            A Maneira de Rezar dos recém convertidos: 

Para começo de conversa, eles evitam usar a palavra "Rezar", até mesmo por costume usam apenas "orar". (Estou orando, vou orar, etc). Tendo em vista que os protestantes condenam os católicos, dizendo que esta palavra não é bíblica (o que é uma mentira), além de dizer que isto significa orações repetidas, que supostamente seriam condenadas na bíblia. E isto precisa mudar urgente entre os recém convertidos, sobre isso, temos um outro artigo que trata do tema, acesse: Vãs repetições. Não há problema tanto com a palavrar orar quanto rezar, porém em se tratar de um costume protestante, é melhor que se habitue com as duas palavras, para não haver confusão, ou até mesmo as pessoas que estão próximas, não pensarem que se trata ainda de um protestante e não de um católico.

Segunda observação sobre isto ainda: Os protestantes que se convertem, simplesmente não sabem rezar! Salvo algumas exceções que já eram católicos e ainda lembram, mas a maioria deles não sabem rezar. Eles tem um hábito de "conversar com Deus" de forma espontânea, não rezam o terço, não rezam quase o Pai nosso, nem orações católicas, como a Ladainha de Nossa Senhora, o Magnificat, etc. Eles se apegam em ler a bíblia (achar que tem todas as respostas na bíblia), e conversar com Deus. Os ex protestantes, hoje católicos, precisam primeiramente conhecer a maior devoção que existe (depois da Santa Missa), que é a devoção ao Rosário, não há oração melhor para nós, e que mais agrade a Deus. Podem conversar com o Senhor sim, mas rezar também orações que os santos ensinaram, que são santificantes e nos ajudam a nos aproximar de Deus. Aqui neste artigo, tem um resumo de um ótimo Livro: A Oração, de Santo Afonso de Ligório, ali o Santo doutor da Igreja ensina: Como Rezar bem. Este livro pode ser baixado, visite acima aba "Downloads" em nosso blog. 

Esperamos ter contribuído um pouco para os ex-protestantes hoje católicos, sintam-se bem vindos a Santa Igreja, e lembrando mais uma vez: esta postagem não tem intuito provocativo, mas informativo a respeito de práticas pentecostais, que não devem ser introduzidas entre os católicos.

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Disponível em: Pensamentos de Deus 

Testemunho: ex-protestante se converte ao catolicismo.


Quando me converti ao Cristianismo no dia 25 de janeiro de 2009, prometi a algumas pessoas que descreveria neste blog aquilo que eu costumo chamar de “o meu caminho de Damasco”. Aqueles que conhecem a experiência de conversão de Paulo, que ainda se chamava Saulo — vejam o capítulo 9 de Atos —, sabem que a sua conversão deu-se quando ele estava a caminho de Damasco para prender cristãos — a imagem acima de Caravaggio chama-se “A conversão de São Paulo”.Paulo teve uma experiência singular pessoal e intransferível. Creio que todo cristão genuíno, mesmo aqueles que nasceram e foram criados em um lar cristão, tem de ter o seu caminho de Damasco em algum momento. Tive o meu na referida data.

Apesar da promessa, sempre adiei o projeto de escrever sobre a minha experiência porque acredito que deveria fazê-lo em um livro e que o espaço deste blog seria inadequado para relatar o ocorrido. A minha pretensão, entretanto, não é a de cumprir a minha antiga promessa, mas a de relatar o que chamei no título desta postagem como sendo a minha segunda conversão. Muitos já devem saber, e se não o sabiam sabem agora, que me converti ao Catolicismo. Antes, era um batista, evangélico, protestante; agora, sou um católico apostólico romano.

Antes, devo ressaltar que não tenho pretensões de converter ninguém. O meu objetivo aqui é o de registrar uma explicação da minha conversão a fim de não ter de repeti-la sempre, poupando-me de esforços desnecessários, embora tenha de confessar que ela ainda não está organizada suficientemente para que eu possa descrevê-la de maneira concisa — por isso, peço perdão, de antemão, se esta postagem apelar a digressões de modo excessivo ou se eu acabar estendendo-me em demasia. Não é a minha intenção aqui fazer uma apologética de todas as doutrinas católicas, até porque o espaço seria totalmente inadequado para tanto: precisaria escrever um livro para isso — de fato, há uma vasta literatura que já faz isso e procurarei indicar algumas leituras no decorrer deste texto não apenas para fundamentar o que digo, mas para oferecer um apoio de leitura a quem tiver o interesse sincero de conhecer a verdade.