sexta-feira, 18 de julho de 2014

Papa Francisco recebe de presente a camiseta autografada da seleção argentina


Em um gesto de proximidade e agradecimento, a seleção argentina de futebol, que ficou em segundo lugar na Copa do Mundo Brasil 2014, enviou como presente ao Papa Francisco uma camiseta oficial com as assinaturas de todos os jogadores.

"Este é o presente que a seleção enviou ao nosso Papa Francisco!", escreveu o jogador argentino Maxi Rodríguez nesta quarta-feira em sua conta do Twitter, onde mostra uma foto em que segura junto com Lionel Messi a camiseta que deram de presente ao Pontífice.


Este gesto foi destacado nesta quinta-feira pela Santa Sé. “Mesmo tendo perdido para a Alemanha na partida final, os jogadores reconheceram que o Pontífice esteve em pensamento com eles durante toda a Copa do Mundo realizada no Brasil”, afirmou.


Desde o início de sua participação no Mundial, a seleção da Argentina teve presente a figura do Papa. Uma foto gigante do Santo Padre com os jogadores foi instalada no Complexo Cidade do Galo na cidade de Belo Horizonte, onde foi a concentração da equipe.

O jihadismo está destruindo o nosso patrimônio


Uma vez encontrei um autêntico herói, um homem que tinha feito coisas notáveis para preservar e defender a herança cultural humana. Era Donny George (Youkhanna), o cristão assírio que ocupava o cargo de Diretor Geral do Museu Nacional do Iraque, depois da invasão dos aliados em 2003. Com esforços sobre-humanos e uma grande coragem, ele recuperou milhares de artefatos antigos roubados ou perdidos no caos, salvando assim uma porção importante dos primeiros rastros da civilização.


Tragicamente, o mundo poderia ter necessidade de muito mais indivíduos deste tipo.


Em um belo artigo publicado recentemente, Christopher Dickey advertiu que “O EIIL vai destruir a história bíblica no Iraque”, mostrando provas do fato de que o Estado Islâmico do Iraque e do Levante já destruiu muitos tesouros em museus que estavam sob seu controle e que os jihadistas estão vendendo outros para financiar as próprias atividades. Dickey ressaltou um perigo crítico, mas é parte de uma ameaça muito mais ampla e hereditária mundial. Por quanto o EIIL possa ser insano, não iniciou esta tendência, que pode ser associada também a alguns dos mais estreitos aliados do Ocidente na região. Tudo é contra os locais cristãos, ou judaicos (ou pagãos).

Desde os primeiros séculos, o islamismo proclamou a supremacia da palavra escrita, sobretudo do Alcorão. Apesar deste princípio, os muçulmanos rapidamente atribuíram santidade aos lugares e indivíduos particulares, a membros da família do Profeta, ou a xeques e santos mais recentes, e aos lugares a eles associados. Os muçulmanos de todo o mundo desenvolveram uma viva cultura de peregrinação a estes lugares santos, em duas cidades santas: Mecca e Medina. Desde o século XVIII, movimentos de reforma radical como o wahhabismo começaram a pedir a eliminação desta expressão rival de fé. Para os muçulmanos wahhabitas ou salafistas, estas ideias materiais de santidade são não islâmicas. Hoje, um peregrino que faça o mínimo gesto de respeito a um santuário, ou a uma tumba será severamente repreendido: “Não irmão, isto não é Sunnah!”.

Nos anos vinte, o wahhabismo acumulou poder na terra que hoje chamamos Arábia Saudita, e as consequências da hereditariedade cultural são catastróficas. Os sauditas destruíram impiedosamente casas, mesquitas e santuários associados ao mesmo Maomé, à sua família e aos seus primeiros seguidores. Demoliram lugares de santidade antiga e de imenso interesse histórico. Os principais grupos muçulmanos protestaram repetidas vezes, mas em vão. 

As ações sauditas estabeleceram um obstáculo muito alto para os movimentos islâmicos e extremistas de todo o mundo ansiosos para experimentar as próprias credenciais puritanas e sua recusa absoluta da idolatria, ou do sincretismo. Pensemos na destruição das obras dos talibãs, as figuras de Buda e Bamiyan, no Afeganistão em 2001, ou a carnificina nos templos e sobre as tumbas islâmicas em Mali em 2012, sobretudo em volta da grande cidade de Timbuktu. No Mali, os destruidores pertenciam ao grupo ligado à al-Qaeda Ansar Dine, Defensores da Fé. 

Três extremistas judeus indiciados pelo assassinato jovem palestino


A promotoria israelense indiciou nesta quinta-feira três extremistas judeus pelo sequestro e assassinato de um jovem palestino queimado vivo no início do mês em Jerusalém, anunciou o ministério da Justiça.

A identidade dos indiciados não foi divulgada. O comunicado afirma apenas que são um homem de 29 anos, que mora na colônia de Adam na Cisjordânia, dois menores de 16 anos, integrantes da família do adulto. Um deles vive em Jerusalém e o outro em Beit Shemesh, uma localidade situada ao oeste desta cidade.

Os três foram indiciados pelo sequestro e assassinato de Mohamad Abu Jdeir, de 16 anos.

Entre as acusações apresentadas contra o adulto e um dos menores estão outra tentativa de sequestro de uma criança palestina de sete anos no bairro de Beit Hanina, em Jerusalém Oriental, e uma tentativa de incêndio de dois carros de palestinos.

Dois indiciados também foram acusados pelo incêndio, no mês passado, de uma loja palestina na localidade de Izmeh, na Cisjordânia, perto de Jerusalém.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Por causa de religião, jovem destrói imagens de santos e é detido em MG

Imagem tombada pelo Patrimônio Histórico que seria coroada no Vaticano foi destruída
(Foto: G1/G1)

Um jovem evangélico de 20 anos foi detido duas vezes nesta quarta-feira (16) suspeito de destruir imagens de santos e a estrutura da igreja de Nossa Senhora do Patrocínio do Santíssimo Sacramento, localizada no Centro do município de Sacramento (MG). De acordo com a Polícia Militar, ele alegou que destruiu o local por não acreditar em representações religiosas. Ainda segundo a polícia, um segundo suspeito participou da ação, mas não foi localizado.

Após o ato de vandalismo o jovem foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil da cidade, onde assinou um termo de comparecimento e foi liberado. Contudo, pouco tempo depois o delegado regional da Polícia Civil na instância de Araxá, César Felipe Colombari, ordenou novamente a prisão do suspeito, que acabou detido mais uma vez, no mesmo dia.

Vaticano desmente nova “entrevista” de La Repubblica ao Papa Francisco

Eugenio Scalfari/Foto: Flickr International Journalism Festival (CC-BY-SA-2.0)

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, desmentiu rotundamente que tenha sido realizada uma nova “entrevista” ao Papa Francisco por parte do diretor do jornal de esquerda italiano La Repubblica, Eugenio Scalfari -publicada neste dia 13 de julho- na qual se atribui ao Santo Padre afirmações como dois por cento dos sacerdotes são pedófilos e que entre eles haveriam bispos e cardeais.

“Não se pode e não se deve, portanto, falar de algum modo de uma entrevista, no sentido habitual do termo, como se fosse uma série de perguntas e respostas que refletem fielmente e com certeza o pensamento exato do interlocutor”, disse o Pe. Lombardi em uma declaração divulgada depois da publicação da nota ontem.


Como se recorda, Scalfari, um importante jornalista de 90 anos que se declara ateu, conversou no dia 24 de setembro do ano passado com o Santo Padre e publicou uma nota a respeito em 1º de outubro. Este texto provocou más interpretações na imprensa internacional, por isso o Pe. Lombardi teve que advertir que nesse encontro o jornalista “não gravou a sua entrevista com o Papa Francisco e também não anotou, por isso o texto foi uma reconstrução depois dos fatos".


Com efeito, um mês depois dessa publicação e em um evento da imprensa estrangeira em Roma, Scalfari explicou que “é de verdade possível” que algumas das palavras que atribuiu ao Papa “não fossem compartilhadas pelo Pontífice mesmo”. Explicou também que, em geral, não grava suas entrevistas nem anota: “trato de entender a pessoa que estou entrevistando e depois escrevo suas respostas com as minhas próprias palavras”.


Nesse sentido, sobre a “entrevista” publicada ontem, Scalfari recorda que é a terceira vez que se encontra com o Papa e afirma que “nossos encontros foram desejados pelo Papa Francisco, porque, entre as tantas pessoas de todas as condições sociais, de todas as fés, de todas as idades que ele encontra no seu apostolado cotidiano, ele também desejava trocar ideias e sentimentos com um não crente. O papa considera que uma conversa com um não crente do gênero é reciprocamente estimulante e, por isso, quer continuá-la; digo isso porque foi ele quem me disse. O fato de eu também ser jornalista não o interessa especificamente; eu poderia ser engenheiro, professor ou operário”.


Na nota publicada ontem em La Repubblica, Scalfari escreve que o Santo Padre teria lhe dito que está decidido a encontrar “soluções” para o problema do celibato sacerdotal e que “há bispos e cardeais entre os 2 por cento de pedófilos que são sacerdotes”.


Com relação a isso, o Pe. Lombardi assinala que “como anteriormente e em circunstâncias semelhantes, é necessário salientar que o que Scalfari atribui ao Papa, referindo entre aspas as suas palavras, é fruto da sua memória de jornalista especialista, mas não de transcrição exata de uma gravação e muito menos de revisão por parte do interessado, a quem as afirmações são atribuídas”.


“Há duas afirmações que atraíram muita atenção e que, pelo contrário, não se devem atribuir ao Papa, ou seja, que entre os pedófilos existam ‘cardeais’ e que o Papa tenha afirmado com certeza, a propósito do celibato, ‘encontrarei as soluções’”, precisa o Pe. Lombardi.

Como entender que a Igreja não erra?


Todos os domingos o católico professa sua fé dizendo crer na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, “esses quatro atributos, inseparavelmente ligados entre si, indicam traços essenciais da Igreja e da sua missão. A Igreja não os confere a si mesma; é Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja que seja una, santa, católica e apostólica, e é ainda Ele que a chama a realizar cada uma destas qualidades”, assim ensina o Catecismo da Igreja Católica em seu número 811.

Atualmente virou moda afirmar que a Igreja é “santa e pecadora”. Esse pensamento não poderia ser mais errôneo. A Igreja é santa e imaculada, contudo, os seus membros são pecadores.Para explicar essa afirmação o Catecismo, por meio de um discurso do Papa Paulo VI, diz que:

"827.A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo»”.

Sobre o Cristo Redentor do Rio de Janeiro (I)

Qual a razão do brado inquisitorial dos envolvidos 
no filme "Rio, eu te amo" e contra quem ele se dirige? 
É contra a Arquidiocese do Rio de Janeiro 
que os produtores do filme se levantam.

O Jornal O Globo publicou, em 8 de julho último, uma entrevista com José Padilha, produtor do filme “Rio, eu te amo”, e com Wagner Moura, um de seus principais atores. O título da matéria soa: “O veto é censura, representa um enorme retrocesso”.

Qual é a razão deste brado inquisitorial dos envolvidos no filme e contra quem ele se dirige? – Respondemos que o motivo está no fato de a Arquidiocese do Rio de Janeiro ter se negado a autorizar aos interessados o uso da imagem do Cristo Redentor, de modo indigno, no filme que pretendiam fazer sobre a cidade. Portanto, é contra aquela Arquidiocese que o grito de Padilha e de Moura se levantam.

O assunto merece reflexões serenas e ponderadas, conforme faremos a seguir, a fim de melhor esclarecer o povo de Deus e as pessoas de boa vontade em geral começando pelo respeito às imagens e símbolos religiosos em geral.

Lembramos que o livro do Êxodo 20,4 mostra que o Senhor Deus proíbe os israelitas de confeccionarem imagens. Tal proibição não era, no entanto, absoluta, mas se devia apenas a uma circunstância transitória que era a seguinte: cercada de povos idólatras, Israel poderia também ceder à tentação de adorar imagens, o que é idolatria (= adoração de um ídolo).

Passado esse perigo maior, o Senhor mesmo manda confeccionar imagens para ajudar a piedade dos israelitas, segundo atestam numerosas passagens bíblicas como, por exemplo, Êx 25,17-22; 1Rs 6,23-28. 6,29s; Nm 21,4-9; 1Rs 7,23-26. 7,28s etc.

No Novo Testamento, Deus se dirige a nós por meio de seu Filho Jesus Cristo, no mistério da Encarnação, mas o próprio Senhor Jesus, considerando a índole psicossomática (corpo e alma) do ser humano, quis falar-lhe por meio de simbolismos, conforme se vê nas parábolas e alegorias que perpassam os Evangelhos, com o intuito pedagógico de levar o homem e a mulher a sentir o invisível a partir do visível.

Daí, já nos primeiros séculos do Cristianismo, as catacumbas, antigos cemitérios cristãos, serem decorados com pinturas inspiradas em textos bíblicos tais como Noé salvo das águas do dilúvio, os três jovens na fornalha ardente cantando louvores ao Senhor sem se queimarem, os pães e os peixes restantes da multiplicação feita por Cristo e recolhidos em doze cestos etc.

Vê-se, portanto, que o uso de pinturas ou imagens no culto cristão sempre foi aceita, de modo que grandes Padres da Igreja (homens que nos primeiros 8 séculos da era cristã ajudaram na explicitação e sustentação das verdades de fé) a defenderam. Assim, São Gregório de Nissa (†394) escrevia que “o desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente [na exemplificação das verdades de fé – nota nossa]” e São Gregório Magno (†604), por sua vez, advertia Severo, Bispo de Marselha, dizendo-lhe: “Tu não devias quebrar o que foi colocado nas igrejas não para ser adorado, mas simplesmente para ser venerado. Uma coisa é adorar uma imagem; outra é aprender, mediante esta imagem, a quem se dirigem as tuas preces. O que a Escritura é para aqueles que sabem ler, a imagem o é para os ignorantes; mediante as imagens, eles aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro daqueles que não sabem ler”.

Mortes no batismo evangélico


Essa é uma história triste
que muito tem ocorrido,
de “crente” que no batismo
sua vida tem perdido,
pelo pastor afogado,
seja ele o convidado 
ou mais novo “convertido”.

Pastor gosta de represa,
de piscina, de barranco,
pra lá batizar o “crente”
por isso que morre tanto.
Quanto mais profundidade
melhor pra publicidade
da seita daquele canto.

João Batista batizava
com água pela canela,
Paulo batizou o guarda
com água duma panela.
Já pastor pra se amostrar
vai o “crente” batizar
com água pela goela.

Desde o tempo de Jesus
o batismo é derramado
não tem essa obrigação,
de ser num rio afundado,
pra quem gosta de leitura,
basta ver nas Escrituras
que pastor é amostrado.

Pastor pega pela nuca
o “crente”, no batizado
e afunda ele na água,
faz um sermão demorado,
quer subir? Ele diz “guenta!”
Entra água pela venta
e o “crente” morre afogado.

Acharam um “crente” morto
a seis metros de fundura,
veja a que aberração
ta levando essa loucura
da livre interpretação
de quem não tem condição
de falar das Escrituras.