sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Bombardeio atinge paróquia em Gaza


O Exército de Israel bombardeou, na terça-feira, uma paróquia católica da cidade de Gaza que está sob a responsabilidade do pároco argentino Jorge Hernández, em uma ofensiva que já matou mais de 1.200 pessoas, em sua maioria civis, e que destruiu parte de várias mesquitas e escolas da ONU.

A Paróquia Sagrada Família, localizada no bairro Al Zeitun, no leste de Gaza, foi atingida pelas bombas israelenses, apesar de oferecer refúgio para dezenas de crianças deficientes e para idosos.

O ataque israelense destruiu a casa das freiras da instituição, que se ocupam de cuidar das crianças e idosos.

O padre argentino explicou, em declarações à agência Fides, que além da casa das freiras do Instituto do Verbo Encarnado, o bombardeio destruiu parcialmente a escola paroquial adjacente e seu escritório.

Segundo a Fides, o objetivo principal do bombardeio era uma casa que se encontra a poucos metros da paróquia. Essa moradia ficou completamente destruída.

Hernández detalhou que, ontem à tarde, “o Exército israelense começou a enviar mensagens SMS aos residentes deAl-Zeitun, onde fica a paróquia católica e uma ortodoxa, com a ordem de abandonar as casas já que iam a bombardear”.

Muitas pessoas conseguiram fugir, mas aqueles que atualmente vivem na igreja não puderam.

Além do pároco Hernández, vivem ali três Irmãs de Madre Teresa, junto com 29 crianças deficientes e nove mulheres anciãs sob suas responsabilidades.

Os quatro religiosos decidiram ficar na paróquia, apesar de que há três semanas o Exército israelense bombardeia sistematicamente a Faixa de Gaza, na terceira ofensiva massiva desde 2007, quando o movimento palestino Hamasganhou as eleições e assumiu o poder.

Aliança Evangélica Mundial responde ao pedido de desculpas do papa apresentando o seu próprio pedido de perdão

 

O líder da Aliança Evangélica Mundial aplaudiu o encontro entre o papa Francisco e os pentecostais em Caserta, na Itália, na última segunda-feira, e respondeu ao pedido de desculpas do Santo Padre pela falta de compreensão dos católicos fazendo o seu próprio pedido de perdão em nome dos evangélicos que discriminaram os católicos.

O secretário geral da Aliança Evangélica Mundial, Rev. Dr. Geoff Tunnicliffe, disse que o pedido de desculpas do papa Francisco em nome dos católicos que perseguiram outros cristãos no passado foi louvável, bíblico e reflete a mensagem de Jesus. E, como Francisco, o líder evangélico também pediu perdão pelos cristãos evangélicos que fizeram o mesmo contra os católicos.

Em entrevista à Rádio Vaticano nesta quarta-feira, 30, Tunnicliffe fez uma série de reflexões sobre o gesto do papa de se reunir com mais de 200 membros da Igreja Pentecostal da Reconciliação na cidade italiana de Caserta. No sábado, o papa tinha se reunido também com a comunidade católica da cidade.

Perguntado sobre o impacto do encontro do papa com os pentecostais, ele declarou: "Eu acho que a aproximação do papa Francisco é um bom augúrio para conversas futuras, porque isso vai nos permitir ir mais fundo em nossas interações".

"Nos últimos anos, a Aliança Evangélica Mundial, que representa cerca de 650 milhões de cristãos do mundo todo, tem tido uma crescente interação com o Vaticano e com a Igreja católica. Estamos concluindo o nosso segundo diálogo teológico oficial, que identifica áreas de preocupações comuns e áreas em que ainda discordamos".

Homossexualidade e ordenação sacerdotal (I)


Este e o próximo artigo expõem, a pedido de leitores, as linhas gerais da “Instrução sobre os critérios de discernimento vocacional acerca das pessoas com tendências homossexuais e da sua admissão ao Seminário e às ordens sacras” emitida pela Congregação para a Educação Católica em 4 de novembro de 2005.

O texto é curto (tem 18 parágrafos), claro, bem fundamentado e traz normas válidas para todas as casas de formação para o Sacerdócio Ministerial, seminários diocesanos ou religiosos, segundo confirma um Rescriptum da Secretaria de Estado da Santa Sé emitido em 2008.

Os dados da Instrução deixam claro que, se há lobby gay entre clérigos – segundo aparece no livro italiano “E Satana si fece trino” (E Satanás se fez três – tradução livre), do Pe. Ariel Levi di Gualdo, e em notícias da imprensa – ele se formou e vem agindo à margem dos ensinamentos da Igreja que tem, como veremos, normas claras sobre a questão da homossexualidade e ordenação sacerdotal.

A Instrução começa lembrando, logo na Introdução, que, em continuidade com o Concílio Vaticano II (1962-65), a Congregação para a Educação Católica publicou vários documentos contemplando os diversos aspectos da formação integral dos futuros sacerdotes.

Desta vez, porém, o Documento não visa ater-se a detalhes sobre todas as questões de ordem afetiva ou sexual a reclamar atenção da Santa Sé, mas se volta apenas para uma situação atual e urgente, a saber: a admissão ou não ao Seminário e às Ordens sacras dos candidatos que tenham tendências homossexuais profundamente radicadas.

O Capítulo 1 recorda, com a Tradição da Igreja, que só o batizado do sexo masculino pode receber validamente a ordenação sacerdotal (cf. cânon 1024 do Código de Direito Canônico da Igreja Latina e cânon 754 do Código das Igrejas Orientais) e é por meio dessa ordenação que o sacerdote representa Cristo Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja a qual ele serve incondicionalmente na caridade pastoral.

Isso requer do candidato ao presbiterato uma profunda maturidade afetiva capaz de levá-lo à correta relação com os homens e as mulheres da Igreja, para os quais ele deve ser um pai espiritual.

O papa Francisco e os evangélicos


No início deste ano, o papa Francisco se encontrou com um velho conhecido chamado Tony Palmer. Ele era um sul-africano que vivia na Inglaterra, casado com uma italiana católica, e morreu tragicamente num acidente de moto na semana passada.
 
Tony Palmer conheceu Bergoglio quando era missionário na Argentina. Ele se apresentava como "bispo anglicano", mas não era bispo da Igreja da Inglaterra propriamente dita. É mais correto dizer que ele era bispo na "tradição anglicana". Membro de um novo movimento da Igreja evangélica que valoriza a tradição, a adoração carismática e o zelo evangélico, Palmer era um bom representante do movimento cristão que tem sido chamado de "Igreja de convergência".

 
A "Igreja de convergência" pode ser descrita como uma “Igreja paralela” que é carismática, evangélica e católica. Em outras palavras, seus adeptos abraçam e endossam o melhor dessas três tradições cristãs. Sem uma estrutura organizada e sem a burocracia de uma confissão institucional, os membros da “Igreja de convergência” se movem entre fronteiras confessionais, nacionais e tradicionais. Formando alianças com cristãos simpatizantes de muitas denominações, eles são, no geral, pessoas brilhantes, zelosas, positivas e proativas no ministério cristão.

 
Com ênfase numa mensagem simples do evangelho, eles também apreciam o culto litúrgico, a prática dos dons do Espírito Santo e um profundo amor pelas Sagradas Escrituras. Os cristãos da “Igreja de convergência” têm como objetivo pregar e viver um cristianismo radical básico.
 
Se quisermos entender melhor o papa Francisco como reformador, é o apreço dele por esta nova geração de evangélicos que pode lançar mais luz sobre os objetivos do seu papado e sobre ele próprio como pessoa. É interessante observar que o papa tem mantido relações cordiais com os líderes das denominações protestantes tradicionais, como Justin Welby, arcebispo de Canterbury, mas, quando se reúne com seus amigos evangélicos, ele os convida para o café-da-manhã ou para o almoço e passa horas conversando, rindo e desfrutando da comunhão com eles.

 
Quem vê o papa Francisco como reformador deve enxergar nas suas relações com os evangélicos o coração da sua reforma. Não é uma simples tentativa de limpar o chamado “banco do Vaticano” ou de varrer os pedófilos para fora da Igreja. Não é o simples simbolismo de morar na Casa Santa Marta, almoçar no refeitório junto com todos e andar num carro modesto. A reforma que ele planeja é muito mais radical do que isso. Ele quer que os católicos sigam Jesus Cristo de maneira radical, alegre e capaz de fazer a terra tremer.

 
O apreço de Francisco pelos evangélicos é, portanto, mais do que uma tentativa cordial de chegar até os cristãos que sempre foram marginalizados pela Igreja católica e que, verdade seja dita, têm sido, no geral, duramente anticatólicos. Seu apreço pelos evangélicos é mais do que uma tentativa de conter a onda de católicos que migram para as igrejas carismáticas do mundo todo. Francisco os admira de fato e, em muitos aspectos, quer que os católicos sejam mais parecidos com eles.

 
Isso quer dizer que os católicos têm que bater mais palmas nos louvores, falar em línguas e abraçar um calvinismo aguado e utilitarista? Quer dizer que Francisco quer “protestantizar” a Igreja católica? De maneira nenhuma. Eu acho que ele quer que os católicos sejam não exatamente mais protestantes, e sim mais católicos mesmo. Em outras palavras: ele quer que os católicos resgatem o zelo e a paixão dos santos e dos mártires. Ele quer que os católicos reaprendam a vida simples dos apóstolos e sejam alegres nos níveis mais elementares da fé: vivendo uma vida cheia do Espírito Santo na relação do dia-a-dia com Jesus Cristo.


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Por que gritam os "pastores evangélicos"???


Os Cristãos Católicos desde o início, nunca se utilizaram de artimanhas da oratória para converter o povo. Sobre isso, nos originais, alertava o apóstolo São Paulo: “Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; e isso sem recorrer à habilidade da arte da oratória, para que não se desvirtue a cruz de Cristo” (1Cor 1,17). Mas, de onde veio e quando apareceu a LAVAGEM CEREBRAL, esse jeito escandaloso com gritos, fala frenética e gestos bruscos de “pregar”, usado pelas seitas protestantes?


Jonathan Edwards, presbiteriano, descobriu acidentalmente essa técnica durante uma cruzada religiosa protestante em 1735, em Massachusetts. Induzindo culpa e apreensão aguda e aumentando a tensão, os "pecadores" que compareceram aos seus encontros de “reavivamento” foram completamente dominados, tornando-se submissos. Tecnicamente, o que Edwards estava fazendo era criar condições que deixavam o cérebro em branco, permitindo a mente aceitar nova programação.

O problema era que as novas informações eram negativas. Ele poderia então dizer-lhes, "vocês são pecadores! vocês estão destinados ao inferno!". Como resultado, uma pessoa tentou e outra cometeu suicídio. E os vizinhos do suicida relataram que eles também foram tão profundamente afetados que, embora tivessem encontrado a "salvação eterna", eram também obcecados com a idéia diabólica de dar fim às próprias vidas.

Igreja Católica recebe aviso de bombardeio israelense


APELO HUMANITÁRIO

A situação da ofensiva israelense na Faixa de Gaza continua se agravando, enquanto a comunidade internacional assiste de forma passiva o número de mortos superar a marca de 1.100, já se aproximando do recorde de mortes em uma ofensiva militar israelense em Gaza.

Nesta manhã, através dos contatos locais do Programa de Acompanhamento Ecumênico na Palestina e Israel do Conselho Mundial de Igrejas com seu Escritório em Jerusalém, recebemos o apelo da comunidade Católico Romana de Gaza, da Igreja da Sagrada Família.

Na mensagem, o padre local informa que a Igreja Católica da Sagrada Família, recebeu ordem de evacuação por parte do Exército Israelense, que planeja bombardear a região durante a noite. Diz o padre:

"A igreja de Gaza recebeu uma ordem de evacuação... eles vão bombardear a área de Zeitun e as pessoas já estão fugindo. O problema é que o padre George e as três irmãs [da congregação de] Madre Teresa têm 29 crianças portadoras de deficiências e nove senhores [idosos] que não podem andar. Como eles farão para sair? Se alguém pode interceder com alguém no poder, e orar, por favor, faça! Nós estamos tentando... que a nossa impotência seja tomada pela Tua Onipotência."[1]

A paróquia possui um projeto chamado a “Casa de Cristo em Gaza”, uma casa de cuidados dedicada a cuidar de crianças portadoras de deficiência. Contudo, estas crianças já foram removidas da Casa e transferidas para a Igreja da Sagrada Família, uma vez que o Exército Israelense já bombardeou a região onde se encontrava o projeto.

Reflexão sobre a perseguição dos cristãos no Oriente Médio


Hoje, em muitas partes do mundo, mesmo que com maior intensidade no Oriente Médio, os cristãos usam uma coroa de espinhos, carregam a cruz e vivem na pele a Via Crucis. Eles sofrem só por serem cristãos. Nós que vivemos no “mundo livre” olhamos de forma impotente enquanto os nossos irmãos e as nossas irmãs na  são perseguidos, expulsos das próprias casas e assassinados. 

Testemunhamos a prisão deles, as torturas, a destruição de suas propriedades e não podemos fazer quase nada. A oração é o apoio mais forte que podemos oferecer, mas aquilo de que precisam mais que tudo é da ajuda de Deus. As nossas palavras são fracas no contexto da agressão furiosa contra eles por parte dos terroristas.

Quantos cristãos vivem sobre o regime de opressão ou são alvo dos jihadistas. Não é, obviamente, a primeira vez que os cristãos sofrem por causa da fé, e todos nós sabemos bem que não será a última.

O volume de notícias e a rapidez vertiginosa de atualização podem parecer algo esmagador. Milhões de judeus e cristãos inocentes são o alvo por causa de suas convicções. Os terroristas parecem querer destruir todos os sinais do cristianismo no Oriente Médio, no Norte da África e em parte do sudeste da Ásia.

A perseguição de cristãos e judeus não se espalhou do Oriente Médio para a Europa porque os terroristas não querem ganhar territórios para si. Como outras ideologias do passado, inspiradas pelo demônio, buscam o domínio global das pessoas. O custo é o sangue. Existe também dor, medo e destruição. É como um câncer incontrolável que se difunde e mata.

Os governos existem para fazer com que as nações sejam seguras e livres. Os governos e as leis deveriam proteger as pessoas, preservar os direitos e a liberdade fundamental dada por Deus. Os governos do mundo não têm o dever de agir para aliviar os sofrimentos das vítimas do genocídio? As nações correm para ajudar as vítimas de desastres naturais. Quanto precisa ser pior sofrer por causa da ? Israel está combatendo agora quase sozinho pela paz e a segurança de todos os israelitas: judeus, cristãos e muçulmanos. Está combatendo pela vida dos seus cidadãos e pela sua sobrevivência como nação.

Homilia do Papa durante a Missa em Caserta


HOMILIA
Missa em Caserta, região sul da Itália
Sábado, 26 de julho de 2014

Jesus se dirigia aos seus ouvintes com palavras simples que todos pudessem entender. Esta noite também Ele nos fala por meio de breves parábolas, que se referem à vida cotidiana das pessoas daquela época. As semelhanças entre o tesouro escondido no campo e a pérola de grande valor veem como protagonistas um operário pobre e um rico comerciante. O comerciante buscou durante toda a sua vida algo de valor, que satisfizesse sua sede de beleza e viagem pelo mundo, sem trégua, na esperança de encontrar o que estava procurando. O outro, o agricultor, nunca se afastou de seu campo e realizava o trabalho de sempre, com a rotina diária habitual. No entanto, o resultado final é o mesmo: a descoberta de algo valioso. Para um, um tesouro, para o outro, uma pérola de grande valor. Ambos também estão unidos por um sentimento comum: a surpresa e alegria de ter encontrado o cumprimento de todos os desejos. Finalmente, os dois não hesitam em vender tudo para comprar o tesouro que encontraram. Através destas duas parábolas Jesus ensina o que é o reino dos céus, como podemos encontrá-lo e o que fazer para possuí-lo.

O que é o reino dos céus? Jesus não se preocupa em explicar. Explica-o desde o início do seu Evangelho: “O reino dos céus está próximo”. No entanto, não nos faz vê-lo diretamente, mas sempre numa reflexão, narrando um modo de agir de um patrão, um rei, as dez virgens… Ele prefere deixar-nos a intui-lo por meio de parábolas e comparações, sobretudo revelando os efeitos: o reino dos céus é capaz de mudar o mundo, como o fermento escondido na massa; é pequeno e humilde como um grão de mostarda que, no entanto, se tornará tão grande quanto uma árvore. As duas parábolas que queremos refletir nos fazem entender que o reino de Deus está presente na própria pessoa de Jesus. Ele é o tesouro escondido e a pérola de grande valor. É de se entender a alegria do agricultor e do comerciante: eles encontraram! É a alegria de todos nós quando encontramos a proximidade e a presença de Jesus em nossas vidas. Uma presença que transforma nossas vidas e nos torna sensíveis às necessidades dos irmãos; uma presença que nos convida a aceitar uns aos outros, incluindo os estrangeiros e imigrantes.

Como se encontra o reino de Deus? Cada um de nós tem um caminho particular. Para alguns, o encontro com Jesus é esperado, desejado, procurado por muito tempo, como é mostrado na parábola do comerciante. Para outros, acontece de repente, quase por acaso, como na parábola do agricultor. Isso nos lembra que o próprio Deus se deixa encontrar, no entanto, porque é Ele que primeiro quer nos encontrar e busca nos encontrar: veio para ser o “Deus conosco”. É Ele quem nos procura e se deixa encontrar também por aqueles que não o buscam. Às vezes, Ele se deixa encontrar em lugares incomuns e em momentos inesperados. Quando alguém encontra Jesus, fica fascinado, conquistado, e é uma alegria deixar o nosso modo habitual de vida, às vezes árido e apático para abraçar o Evangelho e deixar se guiar pela nova lógica do amor e do serviço humilde e desinteressado.