terça-feira, 19 de agosto de 2014

Argentina: morrem três familiares do Papa






Três familiares do Papa Francisco morreram em um acidente de carro na Argentina. Trata-se da esposa e dos dois filhos pequenos de Emanuel Horacio Bergoglio, que é sobrinho do Santo Padre – informa a Rádio Vaticano-.

Emanuel, de 35 anos, filho do irmão do Pontífice, ficou gravemente ferido. As vítimas do acidente foram sua esposa, Valeria Carmona, 39 anos, e seus dois filhos, Antônio, 8 meses, e José, 2 anos.

Discurso do Papa no encontro com os líderes do apostolado leigo



 Discurso do Papa no encontro com os líderes do apostolado leigo Centro de Espiritualidade em Kkottongnae, Coreia do Sul Sábado, 15 de sábado de 2016

Queridos irmãos e irmãs!

Sinto-me grato por ter esta oportunidade de me encontrar convosco, que representais as múltiplas expressões do florescente apostolado dos leigos na Coreia. Agradeço ao Presidente do Conselho do Apostolado Laical Católico, o senhor Paul Kwon Kil-joog, as amáveis palavras de boas-vindas que me dirigiu da vossa parte.

Como sabemos, a Igreja na Coreia é herdeira da fé de gerações de leigos que perseveraram no amor de Jesus Cristo e na comunhão com a Igreja, apesar da escassez de sacerdotes e da ameaça de graves perseguições. O Beato Paul Yun Ji-chung e demais mártires hoje beatificados representam um capítulo extraordinário desta história. Eles deram testemunho da fé não só através dos seus sofrimentos e da morte, mas também com a sua vida de mútua solidariedade amorosa nas comunidades cristãs, caracterizadas por uma caridade exemplar.

Esta preciosa herança prolonga-se nas vossas obras de fé, de caridade e de serviço. Hoje, como sempre, a Igreja precisa que os leigos prestem um testemunho credível à verdade salvífica do Evangelho, ao seu poder de purificar e transformar o coração humano e à sua fecundidade na edificação da família humana na unidade, justiça e paz. Sabemos que há uma única missão da Igreja de Deus, e cada cristão batizado tem um papel vital nesta missão. Os vossos dons de fiéis leigos, homens e mulheres, são múltiplos, tal como é variado o vosso apostolado; e tudo o que fazeis destina-se à promoção da missão da Igreja, garantindo que a ordem temporal seja permeada e aperfeiçoada pelo Espírito de Cristo e orientada para a vinda do seu Reino. De modo particular, desejo agradecer a obra de tantas associações diretamente empenhadas em ir ao encontro dos pobres e necessitados.

Como demonstra o exemplo dos primeiros cristãos coreanos, a fecundidade da fé expressa-se na solidariedade concreta para com os nossos irmãos e irmãs, independentemente da sua cultura ou condição social, porque em Cristo «não há judeu nem grego» (Gal 3, 28). Sinto-me profundamente grato a quantos de vós, com o trabalho e o testemunho, levam a presença consoladora do Senhor às pessoas que vivem nas periferias da nossa sociedade. Esta atividade não se limita à assistência caritativa, mas deve estender-se também a um compromisso com o crescimento humano. Dar assistência aos pobres é coisa boa e necessária, mas não é suficiente. Encorajo-vos a multiplicar os vossos esforços no campo da promoção humana, de modo que cada homem e cada mulher possa conhecer a alegria que deriva da dignidade de ganhar o pão de cada dia, sustentando assim a própria família.

Desejo ainda agradecer a preciosa contribuição das mulheres católicas coreanas para a vida e a missão da Igreja neste país, como mães de família, catequistas e professoras, e de vários outros modos. Da mesma forma, não posso deixar de destacar a importância do testemunho prestado pelas famílias cristãs. Numa época de crise da vida familiar, as nossas comunidades cristãs são chamadas a apoiar os casais e as famílias no cumprimento da sua missão na vida da Igreja e da sociedade. A família permanece a unidade basilar da sociedade e a primeira escola onde as crianças aprendem os valores humanos, espirituais e morais que as tornam capazes de ser faróis de bondade, integridade e justiça nas nossas comunidades.

Discurso do Papa no encontro com os bispos da Ásia



 DISCURSO Viagem apostólica à Coreia do Sul Encontro com os bispos da Ásia Santuário de Haemi Domingo, 17 de agosto de 2014

Queridos Irmãos Bispos!

Dirijo-vos uma fraterna e cordial saudação no Senhor, que nos reuniu neste lugar sagrado onde numerosos cristãos deram a sua vida pela fidelidade a Cristo. O seu testemunho de caridade trouxe graças e bênçãos para a Igreja na Coreia e mesmo para além das suas fronteiras: as suas orações nos ajudem a ser pastores fiéis das almas confiadas aos nossos cuidados! Agradeço ao Cardeal Gracias as amáveis palavras de boas-vindas e o trabalho desenvolvido pela Federação das Conferências Episcopais da Ásia para dar impulso à solidariedade e promover a ação pastoral nas vossas Igrejas locais.

Neste vasto Continente, onde vive uma grande variedade de culturas, a Igreja é chamada a ser versátil e criativa no seu testemunho do Evangelho, através do diálogo e da abertura a todos. Na verdade, o diálogo é parte essencial da missão da Igreja na Ásia (cf. Ecclesia in Asia, 29). Mas, ao empreendermos o caminho do diálogo com indivíduos e culturas, qual deve ser o nosso ponto de partida e o ponto de referência fundamental que nos guia para a nossa meta? Tal ponto é, sem dúvida, a nossa identidade própria, a nossa identidade de cristãos. Não podemos comprometer-nos num verdadeiro diálogo, se não estivermos conscientes da nossa identidade. E, por outro lado, não pode haver diálogo autêntico, se não formos capazes de abrir a mente e o coração, com empatia e sincera receptividade, àqueles com quem falamos. Por conseguinte, um sentido claro da identidade própria de cada um e a capacidade de empatia constituem o ponto de partida para qualquer diálogo. Se queremos comunicar de forma livre, franca e frutuosa com os outros, devemos ter bem claro aquilo que somos, aquilo que Deus fez por nós e aquilo que Ele exige de nós. E se a nossa comunicação não quer ser um monólogo, deve haver abertura de mente e coração para aceitar indivíduos e culturas.

Todavia nem sempre se revela fácil esta tarefa de nos apropriarmos da nossa identidade e de a exprimirmos, pois, uma vez que somos pecadores, sempre nos sentiremos tentados pelo espírito do mundo, que se manifesta de variados modos. Queria assinalar aqui três. O primeiro deles é o deslumbramento enganador do relativismo, que obscurece o esplendor da verdade e, abalando a terra sob os nossos pés, impele-nos para areias movediças: as areias movediças da confusão e do desespero. É uma tentação que, no mundo atual, atinge também as comunidades cristãs, levando as pessoas a esquecerem-se de que, “subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Gaudium et spes, 10; cf. Heb 13, 8). Não falo aqui do relativismo entendido apenas como um sistema de pensamento, mas daquele relativismo prático quotidiano que, de forma quase imperceptível, enfraquece qualquer identidade.

Homilia do Papa na conclusão da Jornada da Juventude Asiática



HOMILIA Viagem apostólica à Coreia do Sul Santa Missa de conclusão da
VI Jornada da Juventude Asiática Castelo de Haemi Domingo, 17 de agosto de 2014

Queridos jovens amigos!

“A glória dos mártires resplandece sobre vós”: estas palavras, que fazem parte do tema da VI Jornada Asiática da Juventude, são de consolação para todos nós e dão-nos força. Jovens da Ásia, vós sois herdeiros dum grande testemunho, duma preciosa confissão de fé em Cristo. Ele é a luz do mundo, é a luz da nossa vida! Os mártires da Coreia, e tantos outros em toda a Ásia, entregaram seus corpos aos perseguidores; mas, a nós, entregaram um testemunho perene de que a luz da verdade de Cristo afugenta todas as trevas e o amor de Cristo triunfa glorioso. Com a certeza da sua vitória sobre a morte e da nossa participação nela, podemos enfrentar o desafio de ser seus discípulos hoje, nas nossas situações de vida e no nosso tempo.

As palavras, sobre as quais acabamos de refletir, são uma consolação. A outra parte do tema desta Jornada – “Juventude da Ásia, levanta-te!” – fala-vos de um dever, de uma responsabilidade. Consideremos brevemente cada uma destas palavras. Antes de mais nada, a expressão “da Ásia”. Reunistes-vos aqui, na Coreia, vindos de toda a parte da Ásia. Cada um de vós possui um lugar e um contexto próprios, onde sois chamados a espelhar o amor de Deus. O Continente Asiático, permeado de ricas tradições filosóficas e religiosas, continua a ser uma grande delimitação que espera o vosso testemunho de Cristo, “caminho, verdade e vida” (Jo 14, 6). Como jovens que não apenas vivem na Ásia, mas são filhos e filhas deste grande Continente, tendes o direito e o dever de tomar parte plena na vida das vossas sociedades. Não tenhais medo de levar a sabedoria da fé a todos os campos da vida social!

Além disso, como jovens asiáticos, vedes e amais, a partir de dentro tudo o que é belo, nobre e verdadeiro nas vossas culturas e tradições. Ao mesmo tempo, como cristãos, sabeis também que o Evangelho tem a força de purificar, elevar e aperfeiçoar este patrimônio. Através da presença do Espírito Santo, que vos foi dado no Batismo e selado na Crisma, podeis, em união com os vossos pastores, apreciar os inúmeros valores positivos das diferentes culturas da Ásia. Além disso, sois capazes de discernir aquilo que é incompatível com a vossa fé católica, o que é contrário à vida da graça enxertada em vós com o Batismo, e os aspectos da cultura contemporânea que são pecaminosos, corruptos e levam à morte.

Voltando ao tema desta Jornada, detenhamo-nos agora sobre a palavra: “Juventude”. Vós e os vossos amigos estais cheios do otimismo, de energia e de boa vontade, característicos desta estação da vossa vida. Deixai que Cristo transforme o vosso natural otimismo em esperança cristã, a vossa energia em virtude moral, a vossa boa vontade em amor genuíno que sabe sacrificar-se! Este é o caminho que sois chamados a empreender. Este é o caminho para vencer tudo o que ameaça a esperança, a virtude e o amor na vossa vidas e na vossa cultura. Assim a vossa juventude será um presente para Jesus e para o mundo.

Homilia do Papa na Missa pela paz e reconciliação na Coreia



 HOMILIA Viagem Apostólica à Coreia do Sul Santa Missa pela paz e reconciliação Catedral de Myeong-dong, Seul Segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Queridos irmãos e irmãs!

A minha estadia na Coreia está a chegar ao fim e não posso deixar de agradecer a Deus pelas muitas bênçãos que concedeu a este amado país e, de maneira particular, à Igreja na Coreia. De entre tais bênçãos, conservo de modo especial a experiência, que vivemos juntos nestes últimos dias, da presença de tantos jovens peregrinos originários de todas as partes da Ásia. O seu amor por Jesus e o seu entusiasmo pela propagação do seu Reino foram uma inspiração para todos.

A minha visita culmina agora nesta celebração da Santa Missa, em que imploramos de Deus a graça da paz e da reconciliação. Esta oração reveste-se de particular ressonância na Península Coreana. A Missa de hoje é, sobretudo e principalmente, uma oração pela reconciliação nesta família coreana. Jesus diz-nos, no Evangelho, como é poderosa a nossa oração, quando dois ou três se reúnem em seu nome para pedir qualquer coisa (cf. Mt 18, 19-20). Muito mais o será, quando um povo inteiro eleva a sua instante súplica ao céu!

A primeira leitura apresenta a promessa feita por Deus de restaurar na unidade e na prosperidade um povo disperso pela desgraça e a divisão. Para nós, como para o povo de Israel, é uma promessa cheia de esperança: indica um futuro que Deus está desde já a preparar para nós. Mas esta promessa está inseparavelmente ligada com um mandamento: o mandamento de retornar a Deus e obedecer de todo o coração à sua lei (cf. Dt 30, 2-3). O dom divino da reconciliação, da unidade e da paz está inseparavelmente ligado à graça da conversão: trata-se de uma transformação do coração, que pode mudar o curso da nossa vida e da nossa história, como indivíduos e como povo.

Discurso do Papa às comunidades religiosas da Coreia



 VIAGEM APOSTÓLICA À COREIA DO SUL Encontro com as comunidades religiosas Centro de Treinamentos “School of Love”
Sábado, 16 de agosto de 2014

Queridos irmãos e irmãs em Cristo!

Saúdo-vos a todos com afeto no Senhor: é bom estar convosco hoje e partilhar este momento de comunhão. A grande variedade de carismas e atividades apostólicas que representais enriquece, de forma maravilhosa, a vida da Igreja na Coreia e para além dela. Nesta celebração das Vésperas, em que cantamos os louvores da infinita bondade e misericórdia de Deus, agradeço-vos, a vós e a todos os vossos irmãos e irmãs, pelo empenho posto na edificação do Reino de Deus nesta amada nação. Agradeço ao Padre Hwang Seok-mo e à Irmã Scholastica Lee Kwang-ok, Presidentes das conferências coreanas dos Superiores Maiores masculinos e femininos dos Institutos Religiosos e das Sociedades de Vida Apostólica, as amáveis palavras de boas-vindas.

As palavras do Salmo – “Minha carne e meu coração desfalecem; rochedo do meu coração e minha porção é Deus para sempre!” (Sl 73, 26) – fazem-nos pensar na nossa vida. O Salmista expressa jubilosa confiança em Deus. Todos sabemos que, mesmo se a alegria não se expressa da mesma forma em todos os momentos da vida, especialmente nos momentos de grande dificuldade, «sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de sermos infinitamente amados» (Evangelii gaudium, 6).

A firme certeza de ser amados por Deus está no centro da vossa vocação: ser para os outros um sinal tangível da presença do Reino de Deus, uma antecipação das alegrias eternas do céu. Somente se o nosso testemunho for alegre é que poderemos atrair homens e mulheres para Cristo; e esta alegria é um dom que se alimenta de uma vida de oração, da meditação da Palavra de Deus, da celebração dos Sacramentos e da vida comunitária. Quando faltam estas coisas, aparecerão as fraquezas e dificuldades que obscurecem a alegria conhecida tão intimamente no início do nosso caminho.

Para vós, homens e mulheres consagrados a Deus, tal alegria está enraizada no mistério da misericórdia do Pai revelada no sacrifício de Cristo sobre a cruz. Quer o carisma do vosso instituto se oriente mais para contemplação, quer se volte mais para a vida ativa, o vosso desafio é tornar-vos «especialistas» na misericórdia divina precisamente através da vida em comunidade. Sei, por experiência, que a vida comunitária nem sempre é fácil, mas é um terreno providencial para a formação do coração. Não é realista esperar que não haja conflitos: surgirão incompreensões e será preciso enfrentá-las. Mas, apesar destas dificuldades, é na vida comunitária que somos chamados a crescer na misericórdia, na paciência e na caridade perfeita.

Homilia do Papa na Beatificação de Paul Yun Ji-Chung e 123 companheiros

Missa de Beatificação de Paul Yun Ji-Chung 
e 123 companheiros mártires
Porta de Gwanghwamun a Seoul, Coreia do Sul
Sábado, 16 de agosto de 2014

«Quem nos separará do amor de Cristo?» (Rm 8, 35). Com estas palavras, São Paulo fala-nos da glória da nossa fé em Jesus: Cristo não só ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu, mas uniu-nos a Si mesmo, tornando-nos participantes da sua vida eterna. Cristo é vitorioso e a sua vitória é nossa!

Hoje celebramos esta vitória em Paulo Yun Ji-chung e nos seus 123 companheiros. Os seus nomes vêm juntar-se aos dos Santos Mártires André Kim Taegon, Paulo Chong Hasang e companheiros, aos quais pouco antes prestei homenagem. Todos viveram e morreram por Cristo e agora reinam com Ele na alegria e na glória. Com São Paulo, dizem-nos que Deus, na morte e ressurreição de seu Filho, nos deu a maior de todas as vitórias. De fato, «nem a morte, nem a vida, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor» (Rm 8, 38-39).

A vitória dos mártires, o testemunho por eles prestado à força do amor de Deus, continua ainda hoje a dar frutos na Coreia, na Igreja que recebe incentivo do seu sacrifício. A celebração do Beato Paulo e dos seus companheiros nos dá oportunidade de voltar aos primeiros momentos, aos alvores da Igreja na Coreia. Convido-vos, católicos coreanos, a lembrar as grandes coisas que Deus realizou nesta terra e a guardar, como um tesouro, o legado de fé e caridade que vos foi confiado pelos vossos antepassados.

Qual é a melhor atitude do católico frente aos que têm outras crenças?


Respeito e compreensão com todos, ecumenismo com os que buscam a verdade e colaboração com todas as pessoas de boa vontade.
 
Em nossas relações com os que não compartilham a mesma fé que nós, é importante levar em consideração principalmente dois princípios, contidos no documento conciliar sobre a liberdade religiosa Dignitatis Humanae:


Liberdade de consciência
 
Consiste no direito e no dever que cada pessoa tem de buscar a verdade e segui-la segundo sua consciência. Ninguém tem o direito de impor a outro uma determinada crença, ainda que lhes pareça ser a melhor.

 
Liberdade religiosa

 
Consiste no direito que cada pessoa tem de professar publicamente sua crença, sozinho ou em grupo, sem que ninguém possa impedi-la.

 
Levando em consideração estes dois princípios básicos, apresentamos aqui algumas atitudes frente aos que não compartilham nossa fé:

 
1. Tolerância

 
Consiste em respeitar todos, sem distinção de credo, etnia ou ideologia.

 
2. Diálogo

 
Consiste em falar e escutar. É o método mais adequado para favorecer o conhecimento e o respeito mútuos. O diálogo tem de estar sempre aberto a todos, crentes e não crentes, confiando no "esplendor da verdade" e tentando sempre compreender ao invés de julgar.

 
3. Ecumenismo

 
Segundo o Concílio Ecumênico Vaticano II, " por 'movimento ecumênico' entendem-se as atividades e iniciativas que são suscitadas e ordenadas segundo as várias necessidades da Igreja e oportunidades dos tempos, no sentido de favorecer a unidade dos cristãos" (Unitatis Redintegratio, 4).


Portanto, não se trata de uma espécie de convivência pacífica entre os discípulos de Cristo, aceitando a divisão como um fato normal, e sim de um esforço consciente por curar as divisões que se foram criando ao longo da história e restabelecer a unidade, tornando realidade o desejo de Cristo na véspera da sua Paixão: "Que todos sejam um" (João 17, 21).

Levando tudo isso em consideração, não pode haver ecumenismo e proselitismo ao mesmo tempo. São dois caminhos contrários. Felizmente, já é uma bela realidade o diálogo ecumênico entre a Igreja Católica, as Igrejas Ortodoxas e as que tiveram origem na Reforma Protestante.
Esperamos que algum dia se possa dar também o diálogo com aqueles grupos que atualmente têm uma atitude sectária, uma vez que tenham tomado consciência do grave dano que estão provocando à causa do Evangelho e optem pelo caminho da reconciliação e da unidade.