O Papa Francisco recebeu em audiência nessa segunda-feira, 15, dirigentes e funcionários da TV 2000, emissora católica italiana. Na ocasião, o Santo Padre aprofundou a missão do comunicador católico.
“Muitas vezes, a comunicação se submeteu à propaganda, às ideologias, para fins políticos ou econômicos”, analisou Francisco, destacando a missão difícil da mídia católica neste contexto. “O que faz bem à comunicação é, em primeiro lugar, a parresia, isto é, a coragem de falar com franqueza e liberdade.”
Para Francisco, a liberdade deve ser também em relação às modas, aos lugares-comuns, às fórmulas pré-fabricadas, que no final acabam anulando a capacidade de comunicar. “Despertar as palavras: eis a primeira missão do comunicador”, afirmou, explicando que a comunicação deve evitar “preencher” e “fechar”.
“Preenche-se quando se tende a saturar a nossa percepção com um excesso de slogans que, ao invés de colocar em ação o pensamento, o anulam. Fecha-se quando, ao invés de percorrer a via longa da compreensão, se prefere aquela breve de apresentar indivíduos como se pudessem ser capazes de resolver todos os problemas ou, ao contrário, como bodes expiatórios, sobre os quais descarregar toda responsabilidade.”