sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Papa envia mensagem por ocasião dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro


Mensagem do Papa Francisco
pelo aniversário de 450 anos do Rio de Janeiro

É com grande alegria que me dirijo a vocês, às vésperas do Ano Novo, que marcará o início das comemorações pelos 450 anos de fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, para saudar, numa tão feliz circunstância, o amado povo carioca, que me recebeu de braços abertos por ocasião da Jornada Mundial da Juventude de 2013, e acender o novo sistema de iluminação da Estátua do Cristo, como fez o Beato Papa Paulo VI há cinquenta anos, simbolizando a luz que o Senhor quer acender nas nossas vidas.

Quatrocentos e cinquenta anos já representam uma venerável história; a história de um povo corajoso e alegre que nunca se deixou abater pelas dificuldades, a exemplo de seu santo padroeiro, o Mártir romano Sebastião, que mesmo depois de ter sido alvejado por flechas e dado como morto, não deixou de dar testemunho de Cristo aos seus contemporâneos; a história de uma cidade que desde o seu nascimento esteve marcada pela fé. Querido povo carioca: «crê em Deus, e Ele cuidará de ti; endireita os teus caminhos e espera n’Ele. Conserva o seu temor, e n’Ele envelhecerás» (Eclo 2,6)!

Hoje, se pudéssemos nos colocar na perspectiva do Cristo Redentor, que do alto do Corcovado domina a geografia da cidade, o que é que nos saltaria aos olhos? Sem dúvida, em primeiro lugar, a beleza natural que justifica seu título de Cidade Maravilhosa; porém, é inegável que, do alto do Corcovado, percebemos igualmente as contradições que mancham esta beleza. Por um lado, o contraste gerado por grandes desigualdades sociais: opulência e miséria, injustiças, violência... Por outro, temos o que poderíamos chamar de cidades invisíveis, grupos ou territórios humanos que possuem registros culturais particulares. Às vezes parece que existem várias cidades, cuja coexistência nem sempre é fácil numa realidade multicultural e complexa. Mas, diante deste quadro, não percamos a esperança! Deus habita na cidade! Deus habita na cidade! Jesus, o Redentor, não ignora as necessidades e sofrimentos de quantos estão aqui na terra! Seus braços abertos nos convidam a superar estas divisões e construir uma cidade unida pela solidariedade, justiça e paz. 

Líder islâmico aprova a linha adotada pelo papa Francisco


Os esforços do papa Francisco pela paz e pelo bem da humanidade "devem ser ouvidos e apoiados por todos os seres humanos, sem distinção de religião ou de crença. De modo específico, eu convido os meus irmãos e fiéis muçulmanos a ouvirem e compreenderem as palavras do pontífice: elas devem ser seguidas se quisermos derrotar o terrorismo", declarou o dirigente do Conselho de Imãs das Filipinas, Ebra M. Moxsir Al-Haj, durante uma entrevista no programa de televisão "Conheça a Verdade", que vai ao ar no início de janeiro de 2015, no contexto da visita do papa Francisco ao país (AsiaNews, 29 de dezembro).

Apelos sinceros do papa

O líder islâmico é também capelão das forças policiais nacionais nas Filipinas. Durante a entrevista, ele “abriu as portas” do país para o papa Francisco: "Nós temos que dar as nossas sinceras boas-vindas ao pontífice e apoiar os seus apelos pela cooperação inter-religiosa. Francisco nos exorta a caracterizar as relações entre as religiões com a sinceridade e com a boa vontade: este é o único caminho para a verdadeira paz. Eu apoio com vigor a posição do papa contra o extremismo, que não pode ser impedido por nada, a não ser pela paz entre as religiões".

Condenação do terrorismo

Esta é a primeira manifestação firme contra o terrorismo adotada por uma autoridade islâmica depois do apelo feito pelo papa Francisco no voo de regresso da Turquia. Na ocasião, o pontífice tinha pedido abertamente a "todos os líderes islâmicos" que condenassem os atos de terrorismo "porque será de ajuda para a maioria das pessoas islâmicas ouvir [essa condenação] da boca dos seus líderes religiosos, políticos, acadêmicos, intelectuais. Todos nós precisamos que seja feita uma condenação mundial. Os muçulmanos que têm a sua identidade precisam dizer: nós não somos isso, o alcorão não é isso" (BBC, 29 de novembro).

O Estado Islâmico não é o islã

Ishak Kizilaslan, imã da mesquita de Sultanahmet, conhecida como a Mesquita Azul de Istambul, transmitiu uma mensagem em sintonia com a fala do papa: "O islã é paz. A própria palavra ‘islã’ significa paz e submissão", disse ele pouco antes da chegada do papa Francisco à Turquia. Para Kizilaslan, os meios de comunicação ocidentais passam uma imagem errada do islã ao identificá-lo com as atrocidades cometidas por grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI), ativo no Iraque e na Síria. "Mas eles não representam o mundo islâmico". O EI, afirmou a autoridade muçulmana, "não está agindo por causa de objetivos religiosos", mas por causa de "questões fundamentalmente políticas" (Adnkronos, 27 de novembro). 

Encontro Mundial das Famílias abre inscrições


Com o tema "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva", o Encontro Mundial das Famílias acontecerá na Filadélfia, de 22 a 25 de setembro próximo. As famílias e grupos de peregrinos que desejam participar do evento, com o papa Francisco, já podem se inscrever pelo site oficial.

O Encontro Mundial contará com dois grandes Congressos, sendo um para adultos e o outro para jovens entre 6 e 17 anos. Serão oferecidos programas interativos para os jovens, buscando favorecer reflexões sobre a missão de amor em uma família.

A expectativa da organização é receber 15 mil delegados de mais de 150 nações. Cerca de 100 palestrantes de diferentes partes do mundo irão contribuir com o debate dos temas. De acordo com o arcebispo do Filadélfia, dom Charles J. Chaput, o Encontro Mundial das Famílias será uma oportunidade de debater questões da família, buscando oferecer caminhos pastorais para enfrentar as dificuldades da vida familiar.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Papa no primeiro Angelus de 2015: 'A oração é a raiz da paz'


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Quinta-feira, 01 de janeiro de 2015

Queridos irmãos e irmãs, bom dia e feliz ano novo!

Neste primeiro dia do ano, no clima de alegria - embora frio - do Natal, a Igreja nos convida a fixar o olhar de fé e amor na Mãe de Jesus. Nela, humilde mulher de Nazaré, “o Verbo se fez carne e habitou entre nós"(Jo 1,14). Por isso, é impossível separar a contemplação de Jesus, o Verbo da vida que se tornou visível e tangível (cf. 1 Jo 1.1), da contemplação de Maria, que lhe deu seu amor e sua carne humana.

Hoje ouvimos as palavras do apóstolo Paulo: "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher" (Gl 4,4). Aquele "nascido de mulher", diz de forma essencial, e portanto, ainda mais forte, a verdadeira humanidade do Filho de Deus. Como afirma um Padre da Igreja, santo Atanásio: “o nosso Salvador foi verdadeiramente homem e disso veio a salvação para toda a humanidade” (Carta a Epiteto: PG 26).

Mas São Paulo também acrescenta: "nascido sob a lei" (Gl 4,4). Com essa expressão enfatiza que Cristo assumiu a condição humana libertando-a da fechada mentalidade legalista. A lei, de fato, privada da graça, se torna um peso insuportável, e em vez de fazer-nos bem nos faz mal. Jesus dizia: “O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado. Eis então o motivo pelo qual Deus manda o seu Filho sobre a terra para tornar-se homem: uma finalidade de libertação, mais ainda, de regeneração. De libertação “para resgatar aqueles que estavam sob a lei” (v. 5); e o resgate aconteceu com a morte de Cristo na cruz. Mas, especialmente, de regeneração: “para que recebêssemos a adoção de filhos” (v. 5). Incorporados Nele, os homens tornam-se verdadeiramente filhos de Deus. Esta passagem maravilhosa acontece em nós com o Batismo, que nos enxerta como membros vivos em Cristo e nos atrai para a sua Igreja. 

Homilia do Papa Francisco na Solenidade de Maria, Mãe de Deus (2015)


HOMILIA
Santa Missa na Solenidade de Maria Santíssima,
Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz
Basílica Vaticana
Quinta-feira, 1º de janeiro de 2015


Hoje voltam à mente as palavras com que Isabel pronunciou a sua bênção sobre a Virgem Santa: «Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?» (Lc 1,42-43).

Esta bênção está em continuidade com a bênção sacerdotal que Deus sugerira a Moisés para que a transmitisse a Aarão e a todo o povo: «O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz» (Nm 6,24-26). Ao celebrara solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, a Igreja recorda-nos que Maria é a primeira destinatária desta bênção. N’Ela tem a sua realização perfeita: na verdade, mais nenhuma criatura viu brilhar sobre si a face de Deus como Maria, que deu uma face humana ao Verbo eterno, para que todos nós O pudéssemos contemplar.

E, para além de contemplar a face de Deus, podemos também louvá-Lo e glorificá-Lo como os pastores, que regressaram de Belém com um cântico de agradecimento depois de ter visto o Menino e a sua jovem mãe (cf. Lc 2, 16). Estavam juntos, como juntos estiveram no Calvário, porque Cristo e sua Mãe são inseparáveis: há entre ambos uma relação estreitíssima, como aliás entre cada filho e sua mãe. A carne de Cristo – que é charneira da nossa salvação (Tertuliano) – foi tecida no ventre de Maria (cf. Sal 139/138,13). Tal inseparabilidade é significada também pelo facto de Maria, escolhida para ser Mãe do Redentor, ter compartilhado intimamente toda a sua missão, permanecendo junto do Filho até ao fim no calvário.

Maria está assim tão unida a Jesus, porque recebeu d’Ele o conhecimento do coração, o conhecimento da fé, alimentada pela experiência materna e pela união íntima com o seu Filho. A Virgem Santa é a mulher de fé, que deu lugar a Deus no seu coração, nos seus projectos; é a crente capaz de individuar no dom do Filho a chegada daque la«plenitude do tempo» (Gl 4,4) na qual Deus, escolhendo o caminho humilde da existência humana, entrou pessoalmente no sulco da história da salvação. Por isso, não se pode compreender Jesus sem a sua Mãe.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo 2015

www.icatolica.com
“Em tudo demos graças a Deus” (1Ts 5,18).

O Informação Católica deseja a todos os seus visitantes os mais sinceros votos de um feliz 2015 cheio de amor, paz, saúde e alegria. Que a vida de todos seja repleta do Espírito do Senhor que nos dá força a cada dia. Aproveitamos para agradecer pelas visitas em nossas matérias, e esperamos neste ano que se inicia contarmos ainda mais com a sua companhia, não apenas nos visitando, mas também compartilhando as nossas informações, interagindo conosco. Que o Cristo seja a vossa paz e a Virgem Mãe de Deus esteja sempre protegendo a todos contra as ciladas do inimigo. Deus lhe abençoe, Feliz 2015.


Att. ICatólica.

2014: Veja como a imprensa falsificou as palavras do Papa Francisco


Sabemos tanta coisa sobre o papa Francisco… e tão poucas delas são verdadeiras!

2014 foi um ano em que os meios de comunicação capricharam nos mal-entendidos sobre o papa. Vamos rever alguns deles.

Janeiro: Um papa Rolling Stone?

A reportagem de capa sobre o papa Francisco na edição de janeiro da revista “Rolling Stone” foi um espetáculo de mau jornalismo.  O comentarista Damon Linker, da revista “The Week”, listou nada menos que nove afirmações ridículas que tinham aparecido na reportagem da “Rolling Stone” como se fossem coisas sérias.

Fevereiro: A comunhão e o cardeal Kasper

No consistório de cardeais realizado em fevereiro, o cardeal Walter Kasper propôs alguns argumentos sobre a possibilidade de que os católicos divorciados e recasados (sem a anulação do matrimônio anterior) pudessem comungar. O mito de que Francisco fosse defensor dessa ideia foi crescendo ao longo do ano, culminando no sínodo de outubro, sobre a família.
Era um mito desnecessário, que o próprio papa desmanchou mais de uma vez. Em agosto, por exemplo, ele declarou: “Quanto à comunhão para as pessoas que estão no segundo casamento, não existe nenhum problema. Se eles estão num segundo casamento, eles não podem comungar”.

Muito importante foi também o documento de preparação da Igreja para o sínodo, que reiterou a doutrina sobre os divorciados que se casaram novamente sem terem obtido a anulação matrimonial: o texto deixa claro que a Igreja não pretende mudar a regra, e sim encontrar maneiras mais acolhedoras de reforçar o cumprimento da regra.

Março: o encontro com Obama

O papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontraram pela primeira vez e os católicos norte-americanos ficaram desapontados ao ouvirem dizer que o papa não falaria sobre a liberdade religiosa nem sobre o direito a vida, e sim sobre temas em que as duas partes estavam de acordo. As questões polêmicas, portanto, “não seriam tratadas na conversa”. Ao menos foi isso o que a mídia divulgou.

No entanto, o Vaticano tinha uma visão muito diferente sobre a reunião: o direito à vida e à liberdade religiosa foi, sim, uma parte muito importante da conversa entre os dois líderes.

Junho: Um papa sincretista?

Um e-mail viral, que já foi reconhecido como falso, espalhou pela internet o boato de que o papa Francisco é sincretista, ou seja, que ele consideraria todas as religiões como igualmente verdadeiras. Quando ele propôs uma oração multi-religiosa pela paz na Terra Santa, a ser feita em pleno Vaticano na data de 8 de junho, os críticos se deram o direito de interpretar que aquele viral estava sendo confirmado como verdadeiro.

Mas, como esclareceu o pe. Dwight Longenecker, o que o Vaticano tinha organizado era um encontro de oração conjunta pela paz entre delegações de Israel e da Palestina. A delegação israelense trazia tanto judeus quanto muçulmanos, e a delegação palestina trazia tanto muçulmanos quanto cristãos. Cada fé religiosa fez a sua prece, em momentos separados, cada uma segundo a própria tradição. E nada disso aconteceu dentro da Basílica de São Pedro, e sim nos Jardins do Vaticano.

A acusação de “sincretismo” reapareceria em novembro, quando o papa Francisco orou na Mesquita Azul, em Istambul. A assessoria de imprensa do Vaticano tranquilizou os críticos mais preocupados: Francisco rezou a mesma prece que Bento XVI tinha rezado no mesmo lugar e da mesma forma.

Homilética: Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus: "Maria dá ao mundo Cristo, nossa Paz".



No oitavo dia de Natal, a Igreja celebra a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. É o dia 1º de janeiro, abertura do ano civil e celebra-se também o Dia Mundial da Paz.

Foi o Papa Paulo VI quem transladou para o dia 1º de janeiro a festa da Maternidade divina de Maria, que antes caia no dia 11 de outubro. De fato, antes da reforma litúrgica realizada depois do concilio Vaticano II, no primeiro dia do ano se celebrava a memoria da circuncisão de Jesus no oitavo dia depois do seu nascimento- como sinal de submissão à lei, sua inserção oficial no povo eleito- e no domingo seguinte se celebrava a festa do nome de Jesus.

A piedade cristã plasmou de mil formas diferentes a festa da Mãe de Deus que celebramos hoje! Um exemplo disso é que inúmeras são as imagens de Maria com o Menino nos braços. A Maternidade de Maria é o fato central que ilumina toda a vida da Virgem e é o fundamento dos outros privilégios com que Deus quis adorná-la.

Maria é a Senhora, cheia de graça e de virtudes, concebida sem pecado, que é Mãe de Deus e Mãe nossa, e está nos céus em corpo e alma. A Bíblia fala-nos dela como a mais excelsa de todas as criaturas, a bendita, a mais louvada entre as mulheres, a cheia de graça (Lc 1,28), Aquela que todas as gerações chamarão bem-aventurada (Lc 1,48).

A Igreja ensina-nos que Maria ocupa, depois de Cristo, o lugar mais alto e o mais próximo de nós, em função da sua maternidade divina. Diz o Concilio Vaticano II, na Lumen Gentium, 63: “Ela, pela graça de Deus, depois do seu Filho, foi exaltada sobre todos os anjos e todos os homens.”

Ensina S. Paulo: “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei…” (Gl 4,4). Jesus não apareceu de repente na terra vindo do céu, mas fez-se realmente homem, como nós, tomando a nossa natureza humana nas entranhas puríssimas da Virgem Maria. Enquanto Deus, é eternamente gerado, não feito, por Deus Pai. Enquanto homem, nasceu, “foi feito”, de Santa Maria. “Muito me admira –diz por isso São Cirilo- que haja alguém que tenha alguma dúvida de que a Santíssima Virgem deve ser chamada Mãe de Deus. Se Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, por que a Santíssima Virgem, que o deu à luz, não há de ser chamada Mãe de Deus? Esta é a fé que os discípulos do Senhor nos transmitiram, ainda que não tenham empregado essa expressão. Assim nos ensinaram os Santos Padres”.

“Quando a Virgem respondeu livremente Sim àqueles desígnios que o Criador lhe revelava, o Verbo divino assumiu a natureza humana: a alma racional e o corpo formado no seio puríssimo de Maria. A natureza divina e a natureza humana uniam-se numa única Pessoa: Jesus Cristo, verdadeiro Deus e, desde então, verdadeiro Homem; Unigênito eterno do Pai e, a partir daquele momento, como Homem, filho verdadeiro de Maria. Por isso Nossa Senhora é Mãe do Verbo encarnado, da segunda pessoa da Santíssima Trindade que uniu a si para sempre –sem confusão- a natureza humana. Podemos dizer bem alto à Virgem Santa, como o melhor dos louvores, estas palavras que expressam a sua mais alta dignidade: Mãe de Deus” (São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 274).

“Concebendo Cristo, gerando-o, alimentando-o, apresentando-o ao Pai no templo, padecendo com seu Filho quando morria na Cruz, cooperou da forma inteiramente ímpar com a obra do Salvador mediante a obediência, a fé, a esperança e a ardente caridade, a fim de restaurar a vida sobrenatural das almas. Por isso Ela é nossa Mãe na ordem da graça” (LG,61).

Jesus deu-nos Maria como Mãe nossa no momento em que, pregado na Cruz, dirigiu à sua Mãe estas palavras: “Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe” (Jo 19,26-27). Desde aquele dia, toda a Igreja a tem por Mãe; e todos os homens a têm por Mãe. Todos entendemos como dirigidas a cada um de nós as palavras pronunciadas na Cruz.

Quando Cristo dá a sua Mãe por Mãe nossa, manifesta o amor aos seus até o fim. Quando a Virgem Maria aceita o Apóstolo João como seu filho, mostra o seu amor de Mãe para com todos os homens.

Hoje também é o dia Mundial da Paz. Com espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental.

Hoje, primeiro dia do ano, rezemos com o  salmista: Deus nos dê a sua graça e nos abençoes! Sim fomos abençoados. E se abençoados, somos chamados a ser fonte de benção para nosso próximo. Que a saudação Feliz Ano Novo desperte em nós o propósito de comunicar a paz e a alegria a todos!