quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Organização defensora da família denuncia que documento do UNICEF “viola gravemente” os direitos das crianças


A Organização defensora da família CitizenGO lançou uma campanha de assinaturas criticando um documento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que “viola gravemente” os direitos das crianças.

CitizenGO denunciou que recentemente o UNICEF “realizou uma declaração oficial sobre ‘orientação sexual e identidade de gênero’ na qual pede aos países que reconheçam os casais do mesmo sexo”.

Além disso, UNICEF “censura as normas que restringem a promoção da homossexualidade na infância”.

“Tudo isso, supostamente, para proteger os direitos das crianças e velar pelo seu melhor interesse”.

A campanha foi assinada até a data por mais de 15 mil pessoas.

Catequese do Papa Francisco sobre o papel das mães


CATEQUESE
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 7 de janeiro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia. Hoje continuamos com as catequeses sobre Igreja e faremos uma reflexão sobre Igreja mãe. A Igreja é mãe. A nossa Santa mãe Igreja.

Nestes dias, a liturgia da Igreja colocou diante dos nossos olhos o ícone da Virgem Maria Mãe de Deus. O primeiro dia do ano é a festa da Mãe de Deus, à qual segue a Epifania, com a recordação da visita dos Magos. Escreve o evangelista Mateus: “Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram” (Mt 2, 11).  É a Mãe que, depois de tê-lo gerado, apresenta o Filho ao mundo. Ela nos dá Jesus, ela nos mostra Jesus, ela nos faz ver Jesus.

Continuamos com as catequeses sobre família e na família há a mãe. Cada pessoa humana deve a vida a uma mãe e quase sempre deve a ela muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual. A mãe, porém, mesmo sendo muito exaltada do ponto de vista simbólico – tantas poesias, tantas coisas belas se dizem poeticamente da mãe – é pouco escutada e pouco ajudada na vida cotidiana, pouco considerada no seu papel central da sociedade. Antes, muitas vezes se aproveita da disponibilidade das mães a sacrificar-se pelos filhos para “economizar” nas despesas sociais.

Acontece que, mesmo na comunidade cristã, a mãe nem sempre é valorizada, é pouco ouvida. No entanto, no centro da vida da Igreja está a Mãe de Jesus. Talvez as mães, prontas a tantos sacrifícios pelos próprios filhos, e não raro também por aqueles de outros, deveriam encontrar mais escuta. Precisaria compreender mais a luta cotidiana delas para serem eficientes no trabalho e atentas e afetuosas na família; precisaria entender melhor o que elas aspiram para exprimir os frutos melhores e autênticos da sua emancipação. Uma mãe com os filhos sempre tem problemas, sempre trabalho. Em me lembro de casa, éramos cinco filhos e enquanto um fazia uma coisa outro fazia outra, o outro pensava em fazer outra e a pobre mãe ia de um lado a outro, mas era feliz, Deu tanto a nós.

Prelado do Opus Dei convoca ano mariano de oração por todas as famílias

CARTA DO PRELADO
Janeiro de 2015

Queridíssimos: que Jesus me guarde as minhas filhas e os meus filhos!

Estamos no Natal e, com o nosso Padre, afirmo: os diversos factos e circunstâncias que rodearam o nascimento do Filho de Deus vêm-nos à memória e o olhar detém-se na gruta de Belém, no lar de Nazaré. Maria, José, Jesus Menino ocupam de modo muito especial o centro do nosso coração. Que diz, que nos ensina a vida, simples e admirável ao mesmo tempo, desta Sagrada Família? [1]

Estas palavras ajudam a situar-nos no clima próprio de umas festas tão santas. Demoramo-nos a contemplar, uma vez e outra, sem nos cansarmos, o nascimento do Senhor. Gostaríamos de ir cada vez mais ao fundo deste maravilhoso mistério, mas ficamos sempre aquém: o amor de Deus pela humanidade, por cada uma e cada um de nós, é realmente inabarcável. Por isso, a nossa atitude é de constante agradecimento ao Senhor: baixou-se ao nível da nossa pobre condição para nos livrar das nossas misérias e nos elevar à condição de filhos de Deus. Na véspera do Natal, líamos na oração coleta da Missa: vem, Senhor, e não tardes, para que a Tua vinda console e fortaleça os que esperam tudo do Teu Amor [2]. E nada mais natural do que sentir que nos responde, a cada um, como Ananias a Paulo: quid moráris? [3], o que esperas? Peçamos à Virgem Maria e a S. José que tenhamos a permanente urgência de estar com Cristo, de O procurar.

Hoje, dia 1 de janeiro, celebramos a Solenidade da Mãe de Deus, que o Senhor nos deu como nossa Mãe. Ela é o caminho escolhido por Deus Pai para que o Seu Filho unigénito se fizesse homem, por obra do Espírito Santo. A Maria se dirige também a nossa gratidão. Agradecemos-lhe porque, com a sua resposta no momento da Anunciação e com a sua forte e silenciosa presença ao pé da Cruz, nos abriu o caminho da filiação divina. Com palavras de S. Josemaria, dizemos-lhe: Ó Mãe, Mãe! Com essa tua palavra – "fiat" –, tornaste-nos irmãos de Deus e herdeiros da Sua glória. Bendita sejas! [4].

Convoquei um ano mariano no Opus Dei para rezar com toda a Igreja pela próxima Assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos, que será sobre a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo. Queremos, e assim o pedimos de forma veemente a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, que em todo a parte se redescubra o valor insubstituível desta célula fundamental da sociedade. Se os lares cristãos reconhecem e aceitam os desígnios de Deus para eles, podem remediar-se os males que afetam os povos e as nações. 

Cimi repudia declarações da ministra Kátia Abreu


O Conselho Indigenista Missionário manifesta um veemente repúdio às declarações que a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PMDB-TO) deu em entrevista publicada neste dia 05 de janeiro de 2015 no Jornal Folha de S. Paulo.

A ministra mais uma vez defende a Proposta de Emenda Constitucional 215/00 e tenta deslegitimar o direito dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais arguindo a tese absurda de que “os índios saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção”. Uma afirmação tão descabida e desconectada da realidade do nosso país só pode ser fruto de uma total ignorância e de uma profunda má fé.  Quem realmente conhece a história de nosso país sabe que não são os povos indígenas que saíram ou saem das florestas. São os agentes do latifúndio, do ruralismo, do agronegócio que invadem e derrubam as florestas, expulsam e assassinam as populações que nela vivem.

A “rainha da motosserra”, como a ministra da Agricultura também é conhecida, passa inclusive por ridícula ao negar o direito dos povos lembrando que “o Brasil inteiro era deles”. Não é digno de quem foi chamada a ser ministra de Estado do Brasil propagar a ideia caricata de que os povos indígenas estariam reivindicando “o Brasil inteiro”. A Constituição Federal de 1988 garante o direito dos povos indígenas sobreviventes dos seculares massacres às terras tradicionalmente habitadas por eles, como garantia para a sua sobrevivência física e cultural. É no mínimo uma atitude esdrúxula de quem mal assumiu o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento vir a público com insinuações desrespeitosas à Lei Suprema do País. Não satisfeita em atacar, bem no início do “novo” governo Dilma, os povos indígenas, a representante do latifúndio tenta ainda pôr uma “pá de cal” sobre o inexistente processo de reforma agrária no Brasil e esgrime descaradamente a tese de que no Brasil não existiria mais latifúndio. 

Os 7 Sacramentos da Igreja: 1º Sacramento - Batismo

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA
  

1210. Os sacramentos da nova Lei foram instituídos por Cristo e são em número de sete, a saber: o Baptismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimónio. Os sete sacramentos tocam todas as etapas e momentos importantes da vida do cristão: outorgam nascimento e crescimento, cura e missão à vida de fé dos cristãos. Há aqui uma certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual (1).

1211. Seguindo esta analogia, exporemos primeiro os três sacramentos da iniciação cristã (capítulo primeiro), depois os sacramentos de cura (capítulo segundo) e finalmente os que estão ao serviço da comunhão e da missão dos fiéis (capítulo terceiro). Esta ordem não é, certamente, a única possível, mas permite ver que os sacramentos formam um organismo, no qual cada sacramento particular tem o seu lugar vital. Neste organismo, a Eucaristia ocupa um lugar único, como «sacramento dos sacramentos»: «todos os outros sacramentos estão ordenados para este, como para o seu fim» (2).

CAPÍTULO PRIMEIRO

OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ

1212. Através dos sacramentos da iniciação cristã – Baptismo, Confirmação e Eucaristia são lançados os alicerces de toda a vida cristã. «A participação na natureza divina, dada aos homens pela graça de Cristo, comporta uma certa analogia com a origem, crescimento e sustento da vida natural. Nascidos para uma vida nova pelo Baptismo, os fiéis são efectivamente fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e recebem na Eucaristia o Pilo da vida eterna Assim. por estes sacramentos da iniciação cristã, eles recebem cada vez mais riquezas da vida divina e avançam para a perfeição da caridade» (3).

ARTIGO 1

O SACRAMENTO DO BAPTISMO

1213. O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão (4). «Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Baptismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra» (5).

I. Como se chama este sacramento?

1214. Chama-se Baptismo, por causa do rito central com que se realiza: baptizar (baptizeis, em grego) significa «mergulhar», «imergir». A «imersão» na água simboliza a sepultura do catecúmeno na morte de Cristo, de onde sai pela ressurreição com Ele (6) como «nova criatura» (2 Cor 5, 17; Gl 6, 15).

1215. Este sacramento é também chamado «banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo» (Tt 3, 5), porque significa e realiza aquele nascimento da água e do Espírito, sem o qual «ninguém pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5).

1216. «Este banho é chamado iluminação, porque aqueles que recebem este ensinamento [catequético] ficam com o espírito iluminado...» (7). Tendo recebido no Baptismo o Verbo, «luz verdadeira que ilumina todo o homem» (Jo 1, 9), o baptizado, «depois de ter sido iluminado» (8), tornou-se «filho da luz» (9) e ele próprio «luz» (Ef 5, 8):

«O Baptismo é o mais belo e magnífico dos dons de Deus [...] Chamamos-lhe dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo e tudo o que há de mais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que não trazem nada: graça, porque é dado mesmo aos culpados: baptismo, porque o pecado é sepultado nas águas; unção, porque é sagrado e régio (como aqueles que são ungidos); iluminação, porque é luz irradiante; veste, porque cobre a nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é sinal do senhorio de Deus» (10).

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Angelus com o Papa na Festa da Epifania (2015)


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Terça-feira, 6 de janeiro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Boa festa!

Na noite de Natal, meditamos a corrida à gruta de Belém de alguns pastores pertencentes ao povo de Israel; hoje, solenidade da Epifania, fazemos memória da chegada dos Magos, que chegaram do Oriente para adorar o recém-nascido Rei dos Judeus e Salvador universal e lhe oferecer presentes simbólicos. Com o seu gesto de adoração, os Magos testemunham que Jesus veio à terra para salvar não somente um povo, mas todos os povos. Portanto, na festa de hoje o nosso olhar se alarga ao horizonte do mundo inteiro para celebrar a “manifestação” do Senhor a todos os povos, isso é, a manifestação do amor e da salvação universal de Deus. Ele não reserva o seu amor a alguns privilegiados, mas o oferece a todos. Como de todos é o Criador e o Pai, assim de todos quer ser o Salvador. Por isso, somos chamados a alimentar sempre grande confiança e esperança nos confrontos de cada pessoa e da sua salvação: também aqueles que nos parecem distantes do Senhor são seguidos – ou melhor, “perseguidos” – pelo seu amor apaixonado, pelo seu amor fiel e também humilde. Porque o amor de Deus é humilde, tão humilde!

A passagem evangélica dos Magos descreve a sua viagem do Oriente como uma viagem da alma, como um caminho rumo ao encontro com Cristo. Esses são atentos aos sinais que indicam a presença; são incansáveis em enfrentar as dificuldades da busca; são corajosos em levar as consequências de vida derivadas do encontro com o Senhor. A vida é esta: a vida cristã é caminhar, mas estando atentos, incansáveis e corajosos. Assim caminha um cristão. Caminhar atento, incansável e corajoso. A experiência dos Magos evoca o caminho de cada homem rumo a Cristo. Como para os magos, também para nós procurar Deus quer dizer caminhar – e como dizia: atento, incansável e corajoso –  olhando para o céu e vendo no sinal visível da estrela o Deus invisível que fala ao nosso coração. A estrela que é capaz de guiar cada homem a Jesus é a Palavra de Deus, Palavra que está na Bíblia, nos Evangelhos. A Palavra de Deus é luz que orienta o nosso caminho, nutre a nossa fé e a regenera. É a Palavra de Deus que renova continuamente os nossos corações, as nossas comunidades. Portanto, não esqueçamos de lê-la e meditá-la a cada dia, a fim de que se torne para cada um como uma chama que levamos dentro de nós para iluminar os nossos passos e também aqueles de quem caminha próximo a nós, que talvez luta para encontrar o caminho rumo a Cristo. Sempre com a Palavra de Deus! A Palavra de Deus em mãos: um pequeno Evangelho no bolso, sempre, para lê-lo. Não se esqueçam disso: sempre comigo a Palavra de Deus!

Vaticano lança a campanha #LifeOfWomen nas redes sociais


O tema escolhido pelo cardeal Gianfranco Ravasi para a próxima Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Cultura é “Culturas femininas: igualdade e diferença”. Por este motivo, o dicastério lançou a campanha #LifeOfWomen [Vida das Mulheres] com um vídeo explicativo, em italiano e inglês, disponível no seu canal do YouTube e no seu site.

Inspirando-se na abertura do papa Francisco, o objetivo desta iniciativa, segundo os organizadores, é escutar o parecer das mulheres e aprofundar no papel que elas desempenham atualmente na sociedade, perguntando-lhes sobre os desafios que elas enfrentam, sobre a sua espiritualidade e sobre o fato de serem mulheres.

Homilia do Papa na solenidade da Epifania do Senhor (2015)


HOMILIA
Solenidade da Epifania do Senhor
Basílica Vaticana
Terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Aquele Menino, nascido em Belém da Virgem Maria, não veio só para o povo de Israel, representado pelos pastores de Belém, mas para toda a humanidade, representada neste dia pelos Magos, vindos do Oriente. E é precisamente a propósito dos Magos e do seu caminho à procura do Messias que a Igreja nos convida hoje a meditar e a rezar.

Estes Magos, vindos do Oriente, são os primeiros daquela grande procissão de que nos falou o profeta Isaías na primeira Leitura (cf. 60, 1-6): uma procissão que nunca se interrompeu desde então e que, através de todas as épocas, reconhece a mensagem da estrela e encontra o Menino que nos mostra a ternura de Deus. Há sempre novas pessoas que são iluminadas pela luz da sua estrela, que encontram o caminho e chegam até Ele.

Segundo a tradição, os Magos eram homens sábios: estudiosos dos astros, perscrutadores do céu, num contexto cultural com crenças que atribuíam às estrelas explicações e influxos sobre as vicissitudes humanas. Os Magos representam os homens e as mulheres à procura de Deus nas religiões e nas filosofias do mundo inteiro: uma busca que jamais terá fim.

Os Magos indicam-nos o caminho por onde seguir na nossa vida. Eles procuravam a verdadeira Luz: «Lumen requirunt lumine – diz um hino litúrgico da Epifania, aludindo precisamente à experiência dos Magos – seguindo uma luz, eles buscam a luz». Andavam à procura de Deus. Tendo visto o sinal da estrela, interpretaram-no e puseram-se a caminho, fazendo uma longa viagem.

Foi o Espírito Santo que os chamou e impeliu a pôr-se a caminho; e, neste caminho, terá lugar também o seu encontro pessoal com o verdadeiro Deus.