sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O Pensar de Deus


Nosso mundo é maravilhoso. Nele há lugar para tudo e para todos. Há lugar para intelectuais e para analfabetos, para escritores e para leitores, para patrões e para empregados, para cristãos e para pagãos, para santos e para pecadores. E a lista poderia se estender a muitas outras áreas da vida humana.

Vejo e admiro essa riqueza que vai atingindo as mais diversas opções do existir e do pensar. Há quem se ocupe de temas políticos, outros de temas econômicos, outros de temas culturais, outros de temas artísticos e outros de temas religiosos.

Todos procuram difundir seus conhecimentos e suas convicções. E todos empenham o máximo do esforço no sentido de convencer o publico a respeito de propostas e ensinamentos que revelem valores que valem a pena assumir. Empenham-se ao máximo para não decepcionar. Cada qual com seu modo de pensar e se posicionar face ao intelecto humano e à tentativa de entender o pensar de Deus.

Certamente o pensar humano é bem diferente do pensar de Deus. Por mais que se esforce o ser humano jamais chegará a entender totalmente o pensar de Deus. Por isso muitas vezes questiona acontecimentos e situações de sofrimento ou de provações julgando que Deus deveria intervir e fazer algo a seu favor.

Outras vezes considera injusto o fato de Deus não castigar os que praticam atos de violência contra seres indefesos, os que corrompem menores, os que matam, os que destroem, os que violentam inocentes. Contudo, esquecemos que Deus pensa diferente.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Viva o Carnaval com o Shalom: “A felicidade está aqui”.



Um carnaval diferente, cuja alegria não acaba na Quarta-feira de Cinzas, é o que promete realizar a Comunidade Católica Shalom em mais de 50 cidades do Brasil, onde estará presente em uma das festas mais esperadas no calendário. Através dos retiros de carnaval Renascer e Reviver, e do envio de missionários a eventos promovidos por movimentos e paróquias onde o Shalom não está presente, a Comunidade busca favorecer a experiência com o amor de Deus e a cultura de paz.

Em Fortaleza, onde o Renascer teve sua primeira edição em 1986, mais de 30 mil pessoas participaram dos três dias do evento no ano passado. Em algumas cidades o retiro ganha o nome Reviver. A entrada é franca e podem participar pessoas de todas as idades. O tema deste ano é “A felicidade está aqui”. Confira alguns lugares onde acontece. Participe:

Fortaleza (CE)
Ginásio Paulo Sarasate, a partir de 8h.
De 15 a 17 de fevereiro.
Entrada gratuita. Opcional: levar um quilograma de alimento não perecível.
3295-4583
www.eventosshalom.org

Sobral (CE)
Centro Esportivo Tia Edite (Campo dos Velhos)
De 15 a 17 de fevereiro, a partir de 8h.
Mais informações: (88) 3611-1289

Manaus (AM)
Colégio Santa Doroteia – Entrada pela Huascar de Figueiredo (Centro)
De 15 a 17 de fevereiro.
96128-7841 / 98163-7871

Itapipoca (CE)
Ginásio Danusão. Rua Osvaldo Primo Caxilé, N° 1240. Bairro Cruzeiro.
De 15 a 17 de fevereiro.
Entrada gratuita.
Na programação, cursos e atrações musicais

Arquidiocese de Belo Horizonte inicia a campanha “Pela vida: economize água, cuide do meio ambiente”.

ARQUIDIOCESE DE BELO HORIZONTE
MENSAGEM DO ARCEBISPO

Amados e amadas de Deus,
Saúde e paz

“A água não é de graça, como muitas vezes pensamos. Vai ser o grave problema que pode nos levar a uma guerra”, advertiu o Papa Francisco durante reunião com colaboradores da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). No Brasil, a Igreja Católica, por meio da Campanha da Fraternidade 2004, também já alertava que era necessária uma grande união para preservar a água. Com o tema “Fraternidade e água” e o lema “Água, fonte de vida”, a Campanha buscou ressaltar que água e vida são indissociáveis. A preservação dos recursos hídricos é, portanto, obrigação de todos.

Estamos vivendo uma crise hídrica sem precedentes, especialmente na Região Sudeste do nosso Brasil, e já sentimos as consequências da falta de água. E é neste contexto que cada pessoa é convocada a refletir sobre suas próprias atitudes em relação ao uso consciente deste bem precioso, essencial à vida. Evitar o desperdício de água é compromisso e tarefa de todos os cristãos.

A falta de água é claro sinal de que a humanidade, como consequência de seus próprios atos, está em sério perigo. Por isso, como cristãos, somos convocados a agir para ajudar a mudar essa grave situação.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Papa explica a importância do pai na família


CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
  
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de desenvolver a segunda parte da reflexão sobre a figura do pai na família. Na vez passada, falei do perigo dos pais “ausentes”, hoje quero olhar ao aspecto positivo. Também São José foi tentado a deixar Maria, quando descobriu que estava grávida: mas intervém o anjo do Senhor que lhe revelou o desígnio de Deus e a sua missão de pai adotivo; e José, homem justo, “toma consigo sua esposa” (Mt 1, 24) e se torna o pai da família de Nazaré.

Cada família precisa do pai. Hoje nos concentremos no valor do seu papel, e gostaria de partir de algumas expressões que se encontram no Livro dos Provérbios, palavras que um pai dirige ao próprio filho, e diz assim: “Filho meu, se o teu coração for sábio, também o meu será cheio de alegria. Exultarei dentro de mim, quando os teus lábios disserem palavras retas” (Pv 23, 15-16). Não se poderia exprimir melhor o orgulho e a comoção de um pai que reconhece ter transmitido ao filho aquilo que realmente conta na vida, ou seja, um coração sábio. Este pai não diz: “Estou orgulhoso de você porque és igual a mim, porque repetes as coisas que eu digo e que eu faço”. Não, não lhe diz simplesmente qualquer coisa. Diz-lhe algo de bem mais importante, que podemos interpretar assim: “Serei feliz toda vez que te ver agir com sabedoria e estarei comovido toda vez que te ouvir falar com retidão. Isso é aquilo que quis te deixar, para que se tornasse uma coisa tua: a atitude de sentir e agir, de falar e julgar com sabedoria e retidão. E para que tu pudesses ser assim, te ensinei coisas que não sabia, corrigi erros que não vias. Fiz você sentir um afeto profundo e ao mesmo tempo discreto, que talvez não reconhecestes plenamente quando eras jovem e incerto. Dei a você um testemunho de rigor e de firmeza que talvez você não entendeu, quando você quis somente cumplicidade e proteção. Precisei eu mesmo, primeiro, colocar-me à prova da sabedoria do coração e vigiar sobre os excessos de sentimento e do ressentimento, para levar o peso das inevitáveis incompreensões e encontrar as palavras certas para me fazer entender. Agora, continua o pai – quando vejo que você procura ser assim com os teus filhos, e com todos, me comovo. Sou feliz de ser teu pai”. É assim que diz um pai sábio, um pai maduro.

Francisco de Assis e a reforma da Igreja por meio da santidade.


1. A conversão de Francisco

Para entender um pouco da aventura de Francisco é preciso partir da sua conversão. Desse evento existem, nas fontes, diferentes descrições com notáveis diferenças entre si. Felizmente temos uma fonte absolutamente confiável que nos dispensa de escolher entre as várias versões. Temos o mesmo testemunho de Francisco no seu Testamento, a sua ipsissima vox, como se diz das palavras certamente ditas por Cristo no Evangelho. Diz:

«O Senhor concedeu a mim, irmão Francisco, que começasse a fazer penitência assim: quando eu estava nos pecados parecia-me muito amargo ver os leprosos: e o próprio Senhor conduziu-me entre eles e fui misericordioso para com eles. E ao afastar-me deles, o que me parecia amargo foi-me trocado por doçura de alma e corpo. E, depois, demorei só um pouco e saí do mundo” » (FF 110).

É sobre esse texto que justamente se baseiam os historiadores, mas com um limite intransponível para eles. Os historiadores, mesmo os mais bem intencionados e mais respeitosos com as peculiaridades da vida de Francisco, como era, entre os italianos Raoul Manselli, não conseguem entender o porquê último da sua mudança radical. Detêm-se – e com razão, por causa do seu método - na porta, falando de um "segredo de Francisco", destinado a permanecer assim para sempre.

O que se consegue constatar historicamente é a decisão de Francisco de mudar o seu status social. De pertença à classe superior, que contava na cidade por nobreza e riqueza, ele escolheu colocar-se no extremo oposto, compartilhando a vida dos últimos, daqueles que não eram nada, os assim chamados “menores”, atingidos por todos os tipos de pobreza.

Os historiadores justamente insistem no fato de que Francisco não escolheu a pobreza e muito menos o pauperismo; escolheu os pobres! A mudança é motivada mais pelo mandamento; “Ama o teu próximo como a ti mesmo”, que pelo conselho: “Se queres ser perfeito, vai’, vende tudo o que tens e dá aos pobres, depois vem e segue-me”. Era a compaixão pela pobre gente, mais do que a busca da própria perfeição que o movia, a caridade mais do que a pobreza.

Tudo isso é verdade , mas ainda assim não toca o fundo do problema. É o efeito da mudança, não a sua causa. A escolha verdadeira é muito mais radical: não se tratou de escolher entre riqueza e pobreza, nem entre ricos e pobres, entre a pertença a uma classe mais do que a outra, mas de escolher entre si mesmo e Deus, entre salvar a própria vida ou perdê-la pelo Evangelho.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Condenação da Igreja ao sionismo


O Estado Judeu da Antigüidade, após a destruição do Templo e a dispersão do povo pelo Império Romano seguida pelas revoltas do ano 70 e do ano 135, foi destruído por Deus, como punição dos pecados do povo hebreu. Desta forma, para a Igreja só o Messias de Deus, no tempo de sua Segunda Vinda, poderá restabelecer o reino de Israel e dos judeus sobre sua terra [1].

Assim, a Igreja contesta, por razões teológicas, a idéia de um Estado Judeu, tal qual foi constituído segundo as modalidades de sua criação pelos sionistas, ou seja, pelos homens e não pela vontade de Deus. Isso explica porque São Pio X, desde 1904, declarava firmemente a Theodor Herzl [2], pai fundador da ideologia sionista: « Nós não poderemos impedir os judeus de irem a Jerusalém, mas não poderemos jamais os encorajar. O solo de Jerusalém não foi sempre sagrado, mas foi santificado pela vida de Jesus. Os Judeus não reconheceram Nosso Senhor e não poderemos então reconhecer o povo judeu. Non possumus. » (São Pio X, 25 de janeiro de 1904, Cidade do Vaticano).

Essa posição foi em seguida repetida e reafirmada por Bento XV, que sublinhou de modo extremamente explícito: « os judeus não têm qualquer direito à soberania sobre a Terra Santa. » (Nota na margem da declaração de Belfort 1917).

Até em uma alocução do Consistório em 10 de março de 1919, Bento XV exprimiu claramente sua ansiedade sobre o assunto do plano que devia criar na Palestina uma situação privilegiada em favor dos judeus e « livrar » os monumentos cristãos dos não cristãos - em 13 de junho de 1921, ele se alarmava com o fato que « os judeus não venham a se encontrar na Palestina em posição de preponderância e de privilégio ». Mais tarde, ele insistiu alhures fortemente para que os direitos da Igreja Católica e de todas as igrejas cristãs na Palestina fossem escrupulosamente salvaguardados (13 de junho de 1921).

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Um “Carnaval alternativo” para Maranhão e Piauí, em 2015


Os Jovens Por Um Mundo Unido (JPMU), segmento jovem do Movimento dos Focolares, presentes no mundo inteiro e também nos estados do Maranhão e Piauí, convidam para o Carnaval Alternativo 2015, um evento realizado todos os anos e que reúne jovens de 17 a 30 anos de ambos os estados, com uma programação que integra formação e recreação, com momentos de bate-papo, troca de experiências, diversão e muita convivência.

Nos últimos anos os JPMU têm refletido sobre a temática da “cidade”, com o objetivo de despertar exigências, enfrentar com um olhar positivo as problemáticas que envolvem as cidades e elaborar alternativas de ações que contribuam na construção da harmonia nos ambientes em que se encontram. No evento de 2015 serão propostas três palavras que naqueles dias serão apresentadas, discutidas e construídas em diversos momentos. São elas: “Compreender”, “Consumar” e “Confluir”.

“Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus”. (Rm 15,7)


A caminho de Roma, de onde depois seguiria até a Espanha, o apóstolo Paulo manda primeiro uma carta às comunidades cristãs presentes naquela cidade. Nelas, que em breve haveriam de testemunhar com inúmeros mártires a sincera e profunda adesão ao Evangelho, não faltam, como em outros lugares, tensões, incompreensões e até rivalidades. Com efeito, os cristãos de Roma pertencem às mais variadas camadas sociais, culturais e religiosas. Alguns vieram do judaísmo, outros do mundo grego, da antiga religião romana, etc. [...]. Eles trazem consigo as próprias tradições de pensamento e convicções éticas. Alguns são definidos “fracos” , porque seguem costumes alimentares especiais, por exemplo, são vegetarianos ou seguem calendários que indicam dias especiais de jejum; outros são considerados “fortes” , porque livres desses condicionamentos [...]. A todos Paulo dirige um insistente convite:

“Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus”.

[...] Paulo está convencido de que cada um, embora na diversidade de opiniões e de costumes, age por amor a Deus. Portanto, não existe motivo para julgar quem pensa de modo diferente, muito menos para escandaliza-lo com atitudes arrogantes e com ares de superioridade. Mas o que é preciso é almejar o bem de todos, a “edificação recíproca”, ou seja, a construção da comunidade, a sua unidade (cf 14, 1-23).
Trata-se de aplicar, também nesse caso, a grande norma da vivência cristã que Paulo tinha recordado pouco antes na carta: “O amor é o cumprimento perfeito da Lei” (13, 10). [...]

O apóstolo propõe como modelo de acolhida mútua a atitude de Jesus quando, na sua morte, [...] assumiu as nossas fraquezas (cf 15, 1-3). Do alto da cruz, Jesus atraiu todos a si e acolheu o judeu João, o centurião romano, Maria Madalena, o ladrão crucificado com ele.