Salve,
meu povo! Estamos de volta!
Continuando
narração das aventuras e desventuras do monge maluco do “coração” de todos.
Mais uma vez, buscamos trazer à tona as evidências de que o protestantismo
nasceu não do ato de bravura de um monge virtuoso, mas sim da mente doentia de
um homem mergulhado em baixezas. O que de bom poderia sair dali?
Vamos
agora para o dia 26 de maio de 1521. Para não ser preso, Lutero
escondeu-se no Castelo de Wartburg, antiga residência de Santa Isabel. Estava
ali acobertado por um católico, o já mencionado aqui Frederico, chamado de “O
Sábio” (há controvérsias). Foi nesta data que Imperador Carlos V promulgou
um ato contra Lutero:
“(…)
ordenamos que ninguém deve, doravante, ousar comprar, vender, conservar,
copiar, imprimir ou fazê-los serem copiados e impressos, ou aprovar as suas
opiniões, ou apoiá-los, pregá-los, defendê-los ou difundi-los de algum modo…
Decretamos que todos que exerçam o poder devem tomar providências, para que os
trabalhos de Lutero sejam queimados e, por esse e outros meios,
destruídos.”
A
luteranada, como era de se esperar, ficou possessa com o Imperador. O que era
pra ele um problema, já que era um espanhol no comando de um Império Alemão.
Enquanto
nobres insatisfeitos se engalfinhavam por contas das ideias do herege, o mad
monk começava a dar os primeiros sinais de demência. Enclausurado e assustado,
Lutero alimentou suas paranoias até que estas chegaram a um nível
absurdo. Obcecado, passou a ver o demo em todo canto, e sentia-se vigiado
por ele em todo momento. Isso influenciou muito a teologia luterana que veio a
ser desenvolvida posteriormente. Como disse sabiamente o professor Michael
Davies:
“A
teologia de Lutero é um reflexo de sua personalidade melancólica. Uma
combinação de pessimismo e otimismo fácil: ao que a natureza humana seja
malvada, o pecado não pode separar de Deus o homem justificado (pela fé).”
Essa,
meus amigos, é a justificativa da Sola Fide (para entender o que Sola
Fide, clique aqui). Mas apenas ilustramos, vamos seguir adiante.