A missa crismal, presidida pelo bispo e
concelebrada pelos presbíteros da diocese, é a celebração na qual se consagra o
santo crisma (daqui vem o nome de “missa crismal”) e se abençoa também os
demais óleos (que serão usados nos enfermos e batismos). Também o clero da
diocese renova suas promessas sacerdotais.
Segundo a tradição, a Missa do Crisma é celebrada
na Quinta-feira da Semana Santa. Se o clero e o povo encontram dificuldade para
se reunir naquele dia com o bispo, tal celebração pode ser antecipada para
outro dia, contanto que próximo da Páscoa (Caeremoniale Episcoporum, n. 275).
Com efeito, o novo Crisma e o novo óleo dos catecúmenos devem ser usados na
noite da Vigília Pascal, para a celebração dos sacramentos da iniciação cristã.
Esta celebração seja feita antes do Tríduo Pascal e não deve preceder
imediatamente a missa vespertina “In Cena Domíni” (“na Ceia do Senhor”).
Por razões pastorais (nem todos os presbíteros
podem estar presentes na missa do crisma quando realizada na quinta-feira santa
de manhã devido à distância de suas paróquias), a missa do Crisma onde serão
abençoados os santos óleos, será celebrada na Arquidiocese de São Luís do Maranhão, na quinta-feira, 26 de março
às 9h da manhã na Catedral Nossa Senhora da Vitória. No mesmo dia acontecerá a confraternização de páscoa do clero.
Chamem-se os presbíteros das diversas partes da
diocese para participarem nesta missa, concelebrando com o bispo, como
testemunhas e cooperadores seus na consagração do Crisma, visto que são os seus
cooperadores e conselheiros no ministério quotidiano.
Os fiéis sejam também encarecidamente convidados a
participar nesta missa e a receber o sacramento da Eucaristia durante a sua
celebração.
Celebre-se uma única missa, considerada a sua
importância na vida da diocese, e a celebração seja feita na igreja catedral
ou, por razões pastorais, noutra igreja especialmente mais insigne (Caeremoniale
Episcoporum, n. 276).
O acolhimento aos santos óleos pode ser feito em
cada uma das paróquias, antes da celebração da missa vespertina “In Cena
Domini” ou noutro tempo mais oportuno. Isto poderá ajudar a fazer os fiéis
compreenderem o significado do uso dos santos óleos e do Crisma, e da sua
eficácia na vida cristã.
Tê-la fixado na Quinta-Feira Santa não se deve ao
fato de esse ser o dia da instituição da Eucaristia, mas, sobretudo a uma razão
prática: poder dispor dos santos óleos, especialmente do óleo dos catecúmenos e
do santo crisma, para a celebração dos sacramentos da iniciação cristã durante
a vigília pascal.
A palavra “crisma” vem do latim “chrisma”, que
significa “unção”. O crisma é a matéria sacramental com a qual são ungidos os
novos batizados, os que recebem a Confirmação e os sacerdotes e bispos em sua
ordenação, entre outras funções.
A consagração do crisma e a bênção dos outros óleos
é considerada como uma das principais manifestações da plenitude sacerdotal do
bispo.
Então, o santo crisma, ou seja, o óleo fundamental
que representa o próprio Espírito Santo, nos é dado, junto com seus carismas,
no dia do nosso Batismo, da nossa Confirmação e na ordenação dos sacerdotes e
bispos.
A matéria apta para o sacramento deve ser o azeite
de oliva. O crisma é preparado com óleo e aromas ou matéria olorosa.
É conveniente recordar que o santo crisma não é o
mesmo óleo dos catecúmenos e dos doentes (que são apenas abençoados, e isso
pode ser feito por outros ministros, não sacerdotes, em alguns casos).
O rito da missa crismal inclui a renovação das
promessas sacerdotais. Após a homilia, o bispo convida seus sacerdotes a
renovar sua consagração e dedicação a Cristo e à Igreja. Juntos, prometem
solenemente unir-se mais a Cristo, ser ministros fiéis dele, ensinar e oferecer
o santo sacrifício em seu nome, bem como conduzir outros a Ele.
Portanto, outro tema importante da missa crismal é
o sacerdócio. Ao entregar o mistério da Eucaristia à Igreja, Jesus também
instituiu o sacerdócio.
Os textos da missa apresentam um conjunto
catequético não somente sobre o sacerdócio ministerial, mas também no relativo
ao sacerdócio geral dos fiéis. Desde a antífona de entrada, a assembleia aclama
que Jesus Cristo nos tornou um reino e nos fez sacerdotes de Deus, seu Pai.
Na missa crismal, não se recita o Credo. Após a
renovação das promessas sacerdotais, os óleos são levados em procissão ao
altar, onde o bispo pode prepará-los, se já não estiverem prontos. Em último
lugar, leva-se o santo crisma, portado por um diácono ou presbítero. Depois dos
óleos, são levados o pão, o vinho e a água para a Eucaristia.
Depois do “Santo”, são abençoados o óleo dos
doentes e, após a oração depois da comunhão, abençoa-se o óleo dos catecúmenos
e se consagra o santo crisma.
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Com informações:
Aleteia
Presbíteros
Salvem a Liturgia
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