quarta-feira, 24 de junho de 2015

As contradições da Ideologia do Gênero e os Planos Municipais de Educação


O Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado no ano passado (Lei 13.005, de 25 de junho de 2014) foi aprovado sem referências à “Ideologia do gênero”. Essa foi retirada graças à mobilização popular. Muitos se manifestaram aos deputados que foram eleitos legitimamente pelo povo. Esses acolheram o pedido dos seus eleitores e excluíram a dita “ideologia” do Plano Nacional de Educação. O dia 24 de junho de 2015 é a data limite para que Estados e municípios apresentem metas e estratégias para a educação local para os próximos 10 anos na forma de planos de educação.  ”.

Ao analisar friamente e com uma mentalidade científica os textos dos divulgadores da “Ideologia do gênero”, pode-se constatar que a mesma não passa de uma teoria pseudo-científica, que pretende explicar a sexualidade humana e redefinir o comportamento social, mas está cheia de incoerências e contradições. Em outras palavras, é uma teoria que carece de lógica, de fundamentação científica e apresenta uma base ideológica discutível: a visão marxista do mundo, a qual pretende gerar um “pensamento único” e obrigatório. Apresentamos a seguir algumas das contradições extraídas das obras dos autores principais da dita “Ideologia do gênero”.

1- Afirmam: não existe “homem” e “mulher”. “Sexo” seria biológico e “gênero” seria construído socialmente. Sendo assim, não poderia nem mesmo existir o conceito de “homossexual” ou “heterossexual”, que supõe um sexo básico pelo qual a pessoa é atraída. Logo, a “ideologia do gênero” destrói os mesmos direitos dos “homossexuais” e combate os que lutam pelos direitos deles.

2- Para defender a “identidade homossexual”, a “Ideologia do gênero” destrói toda possível identidade. Afirma, simplesmente, que a pessoa é sexualmente indefinida e indefinível.

Isso impossibilita a promoção dos direitos do “homem”, da “mulher”, dos “homossexuais” etc. A dita ideologia quer ser uma reivindicação de novos direitos, mas acaba destruindo a possibilidade de se reivindicar qualquer tipo de direito. 

“Onde está escrito na Bíblia…?” – Eis uma pergunta essencialmente anti-bíblica


Dardilene (nossa personagem fictícia de hoje) arrumou um novo emprego: dançarina e stripper. Quando ela comentou sobre seu trabalho na igreja onde frequenta, o povo ficou chocado, e a repreendeu. Mas a moça ignorou a advertência de seus irmãos, já que ninguém conseguiu mostrar, na Bíblia, onde está escrito que fazer strip-tease é pecado.


Bem, dentro da lógica mais restrita da doutrina fundada por Martinho Lutero, Dardilene tem razão. Não tem a palavra strip-tease na Bíblia, nem qualquer referência a essa atividade, então… Dardilene se recusa a acreditar em qualquer coisa que não esteja escrita de forma explícita nas Escrituras!

Usando esse mesmo princípio, os irmãos protestantes questionam os católicos:

· “Onde está escrito na Bíblia que Pedro foi o primeiro Papa?”;
· “Onde está escrito na Bíblia que Jesus fundou a Igreja Católica?”;
· “Onde está escrito na Bíblia que Maria foi preservada do pecado original?”.

Alguns católicos mais inocentes caem na arapuca e tentam responder a esse tipo de pergunta de acordo com a lógica protestante. Ora, tais perguntas nascem de um princípio herético: a ideia de que a Palavra de Deus foi revelada a nós exclusivamente pela Bíblia. Não, não foi.

A pergunta “Qual o fundamento bíblico…?” é adequada, porque compreende que determinado artigo de fé pode estar implícito nas Escrituras, podendo ser explicitado pelas legítimas autoridades da Igreja. Por outro lado, a pergunta “Onde está escrito na Bíblia…?”, de modo geral, é essencialmente anti-bíblica, pois traz em si a ideia de que só a Bíblia basta para comunicar a Palavra de Deus. Porém, não há qualquer trecho das Escrituras que afirme que a Bíblia é suficiente por si mesma.

Pelo contrário: ao lado da necessidade de estudar e seguir as Escrituras, o povo de Deus recebe a ordem claríssima de seguir as orientações espirituais dadas ORALMENTE pelas autoridades estabelecidas por Deus – ou seja, a Tradição. Por isso, a fé cristã é capenga se não se firma sobre esses três pilares: Bíblia, Tradição e Magistério.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Vaticano apresenta o "Instrumentum laboris" do Sínodo sobre a família


Em menos de quatro meses terá início em Roma o Sínodo Ordinário sobre a família. Nesta terça-feira de manhã foi apresentado ao público o “Instrumentum Laboris”, ou seja, o documento que vai orientar a reunião e que deverá ser usado como referência durante o Sínodo. O documento foi preparado a partir do texto conclusivo do precedente Sínodo e das respostas dos fiéis de todo o mundo que contribuíram preenchendo o questionário enviado a todas as Conferências Episcopais pelo Vaticano.

Como citado na introdução do documento, depois de refletir sobre a III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos em outubro de 2014 sobre Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização, a XIV Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada de 4 a 25 de outubro deste ano, vai abordar o tema A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo.

O percurso sinodal será marcado por três momentos intimamente relacionados: a escuta dos desafios sobre a família; o discernimento da vocação e a missão.

O documento de quase 80 páginas é dividido em três partes. 

Terra Santa: os bispos católicos condenam o ataque contra a igreja em Tabgha


A Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa condenou fortemente o ataque, realizado por desconhecidos, ao templo da Multiplicação dos Pães e dos Peixes, em Tabgha (Israel), na costa do Mar da Galiléia, custodiado pela ordem beneditina.

Trata-se de um “ato de violência perpetrado por indivíduos intolerantes" indicam, "que prejudicam a imagem da Terra Santa, ofendem os cristãos neste país e a Igreja como um todo", denunciaram os bispos em um comunicado. O atentado "afeta a ideia de um Estado que define-se como democrático, tolerante e seguro", acrescentou.

Os Ordinários Católicos da Terra Santa também advertiram que "tais atos criminosos danificam seriamente a coexistência das comunidades religiosas no país". Por esta razão, salientaram que "judeus, cristãos e muçulmanos, juntos, devem lutar contra tais manifestações de violência e extremismo".

"Nos últimos meses, outros ataques foram perpetrados contra lugares cristãos ou mesquitas e não se deu continuidade às investigações. Dada a gravidade desses incidentes, exigimos uma investigação imediata e que os autores deste ato de vandalismo sejam levados à justiça", exigiram os bispos no seu comunicado.

Ainda assim, a Assembleia de Ordinários Católicos agradeceu "aos líderes políticos e religiosos que conderam este ato e expressou a sua solidariedade”. Mas recordou que a “educação dos jovens nas escolas religiosas, deve enfatizar o favorecer a tolerância e a coexistência".

"Nossa sociedade precisa do nosso testemunho de respeito pela dignidade de cada homem e mulher, o respeito pela sua fé e proteger a santidade de todos os lugares santos e o seu acesso livre aos crentes", insistiram os bispos.

O santuário de Tabgha, construído há três décadas sobre as ruínas de igrejas dos séculos IV e V, ficou danificado por causa de um incêndio criminoso, de acordo com a política e os bombeiros israelenses, que confirmaram que o fogo foi originado simultaneamente em vários pontos na noite da quarta-feira passada. 

A ideologia de gênero


Retirada do Plano Nacional de Educação no ano passado, a “Ideologia de Gênero” volta à carga de modo mais sutil: querem inserir essa perniciosa ideologia nos planos municipais e estaduais de educação. O MEC instrui as secretarias de educação de todos os municípios e Estados a inserir “gênero” e “orientação sexual” nos planos de educação, como critérios para a implementação de políticas educacionais. Em muitos municípios, este processo está acontecendo sem a participação dos principais interessados, que são os pais e os educadores. A não participação da sociedade civil na escolha do modelo de educação fere o direito das famílias de definir as bases da educação que desejam oferecer a seus filhos.

As expressões “gênero” ou “orientação sexual” referem-se a uma ideologia que procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em dois sexos. Segundo essa corrente ideológica, as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações anatômicas, não correspondem a uma natureza fixa, mas são resultado de uma construção social. Seguem o célebre aforismo de Simone de Beauvoir: “Não se nasce mulher, fazem-na mulher”. Assim, sob o vocábulo “gênero”, é apresentada uma nova filosofia da sexualidade.

Negar a biologia e a psicologia é negar a ciência! A escola deve ter compromisso com a verdade, fomentando o conhecimento da realidade e não doutrinando os alunos com ideologias. O papel da educação deve ser o de fomentar o conhecimento da realidade, não a sua desconstrução, ou a neutralização das características psicológicas e biológicas dos meninos e das meninas. Devemos ensinar os nossos filhos e alunos a respeitar as pessoas, independentemente do sexo, raça, condição social, etc., mas isso não quer dizer confundi-los com uma ideologia como essa. Na verdade, os que adotam o termo gênero não estão querendo combater a discriminação, mas sim “desconstruir” a família, o matrimônio e a maternidade e, deste modo, fomentam um “estilo de vida” que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade. 

Um milhão na praça para testemunhar a beleza da família e dizer “não” à ideologia de gênero


Grande sucesso da manifestação “Defendamos os nossos filhos”, na praça de São João de Latrão. Mais de um milhão de pessoas estiveram presentes na tarde do dia 20 de junho de 2015, como informou entusiasticamente, do palco, Massimo Gandolfini, presidente do Comitê organizador. O evento, muito esperado, nasceu das bases, em menos de 20 dias, pelo “boca a boca” nas redes sociais, sem intenções partidárias ou confessionais, sem muita publicidade.

Uma fórmula que, porém, funcionou. Evidentemente estas ideologias sobre o “gênero” – e todos os derivados que, de maneira sorrateira, estão sendo paulatinamente introduzidos nas escolas italianas – alarmaram uma multidão de pais, que só estavam à espera de uma ocasião para se reunirem e denunciarem a ideologia de gênero, definida pelo Papa Francisco como um “erro da mente humana” que ameaça prejudicar a serenidade psicossexual de gerações inteiras (apesar de muitos chegarem a afirmar que o “gênero” seja apenas uma invenção de “católicos-talibãs”).

O objetivo principal da manifestação, todavia, foi protestar pacificamente contra o Projeto de Lei da senadora Monica Cirinnà, que introduz, de fato, o casamento e as adoções gay pela via jurisprudencial, e a prática do útero de aluguel. Sobre esses assuntos, todos estavam de acordo: os neocatecúmenos (que representaram o grupo mais numeroso, com 250.000 membros, vindos de todas as regiões italianas), Manif pour Tous, as Sentinelas em Pé, os recém-fundados “Parlamentares em prol da Família”, os Evangélicos, o Movimento Pró-Vida, a associação Agapo e muitos outros.

Homilética: Solenidade do Nascimento de São João Batista (24 de junho): "Ele veio para dar testemunho da luz e preparar o povo para a vinda do Senhor".


A Igreja celebra com muita alegria o nascimento de São João Batista como um acontecimento sagrado. Santo Agostinho diz: “Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo”.

Diz a Palavra de Deus: “Houve um homem enviado por Deus: o seu nome era João. Veio para dar testemunho da luz e preparar para o Senhor um povo bem disposto a recebê-lo” (cf. Jo 1,6s; Lc 1,17).

O Prefácio da Missa apresenta João como o maior entre os nascidos de mulher, o único dos profetas que mostrou o Cordeiro redentor; o Batista que batizou o autor do Batismo e o mártir que deu o verdadeiro testemunho de Cristo.

Diante de João Batista encontramo-nos com um homem coerente! Ele exige conversão pelo testemunho de vida e pela pregação. Convida-nos a preparar os caminhos do Senhor pela prática da justiça. A Palavra é Jesus. João constitui a ressonância da Palavra.

João apresenta a linha divisória entre os dois Testamentos. A sua pregação foi o começo do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (Mc 1,1). E o seu martírio foi um presságio da Paixão do Salvador. Contudo, “João era uma voz passageira; Cristo é a Palavra eterna desde o princípio” diz santo Agostinho.

[…] A liturgia fez-nos celebrar a Natividade de São João Batista, o único santo do qual se comemora o nascimento, porque marcou o início do cumprimento das promessas divinas: João é aquele «profeta», identificado com Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel para a sua vinda (cf. Mt 11, 14; 17, 10-13). A sua festa recorda-nos que a nossa vida é inteira e sempre «relativa» a Cristo e realiza-se acolhendo-O, que é Palavra, Luz e Esposo, do qual nós somos vozes, lâmpadas e amigos (cf. Jo 1, 1-13; 1, 7-8; 3, 29). «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3, 30): esta expressão do Batista é programática para cada cristão. […] (Bento XVI, Angelus, 25 de Junho de 2006).

João Batista continua a ser para os homens de hoje um grande modelo: de fidelidade ao Senhor, de humildade, de valentia, de sobriedade.

Vamos aprender com ele a amar a Jesus vivo aqui no meio de nós e que ele apresentou ao mundo.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A novela e o ataque aos evangélicos


A televisão brasileira é objetiva e clara. Seus mentores, dirigindo-se às classes sociais mais simples, não se preocupam com elucubrações elegantes. Vão direto ao ponto! É exatamente o que está ocorrendo na novela Babilônia. Nossos irmãos, os evangélicos, são nitidamente escrachados. A trama e as falas das personagens pretensamente evangélicas não deixam dúvida a respeito da intenção do autor da novela: mostrar uma dicotomia visceral entre o que os evangélicos pregam e o que eles fazem na vida diária. No enredo, o pai da família de evangélicos é um prefeito - quase pastor - que toda hora evoca o “Altíssimo”, mas, na política, é um corrupto de primeira linha e, na privacidade do lar, um adúltero, acobertado pela própria mãe, a qual também diz primar pelos valores cristãos e recorrentemente clama a Deus.

Por que denegrir a imagem dos evangélicos? Ora, o escopo de certa mídia é óbvio. São os deputados e senadores evangélicos, alguns deles pastores, que, com galhardia e independência, impedem o avanço de projetos contrários à família, como a ideologia de gênero, a lei da mordaça, o aborto, entre outras tantas depravações. Daí o ódio mefistofélico dos fautores de determinada “arte”, covardemente empenhados em profligar a reputação dos evangélicos.