quinta-feira, 25 de junho de 2015

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro poderá se tornar Padroeira do Mato Grosso do Sul

“É uma imagem que traduz coisas divinas a todos nós. 
É uma fonte de espiritualidade e, por meio desse ícone, Deus diz ‘Eu estou aqui’”, 
ressalta Padre Dirson. / Victor Chileno

Servidores da Assembleia Legislativa celebraram nesta segunda-feira (22/6) a visita especial do ícone da Mãe do Perpétuo Socorro. A santa que atrai cada vez mais a devoção dos fiéis católicos poderá se tornar Padroeira do Mato Grosso do Sul a partir de um projeto de Lei movido por uma ação popular. 

A notícia foi compartilhada pelo Padre Dirson Gonçalves, reitor do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Campo Grande, durante celebração realizada na Casa de Leis. Ele convidou a todos para participar da campanha que colherá assinaturas para aprovação do projeto que deverá ser proposto pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi. “É um grande sonho”, afirmou o reitor.

Atualmente, segundo Dirson, a devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é a mais forte no Mato Grosso do Sul. No Estado, sete cidades tem a santa como padroeira. Em Campo Grande, o Santuário, que completa 76 anos de fundação, reúne milhares de devotos todas as quartas para o maior novenário do mundo. São 18 horários de novena, das 6h até às 23h, e todos os horários lotados de fiéis. “A devoção à Mãe do Perpétuo Socorro está crescendo tanto. Desde o surgimento do Ícone, ninguém tinha ideia de que isso iria acontecer”, conta o Padre Dirson. 

A imagem - O tema da 76º Festa da Padroeira deste ano é “Mãe do Perpétuo Socorro, ícone de amor” e lema: “Lugar de oração, solo sagrado, casa de irmãos” e foi escolhido em harmonia com a Festa do Jubileu de 150 anos de entrega do ícone aos redentoristas pelo Papa Pio IX.  

Homilética: Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos (29 de junho*): "Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus".



Hoje celebramos o glorioso martírio dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, aqueles “santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”. Pedro, aquele a quem o Senhor constituiu como fundamento da unidade visível da sua Igreja e a quem concedeu as chaves do Reino; Paulo, chamado para ser Apóstolo de um modo único e especial, tornou-se o Doutor das nações pagãs, levando o Evangelho aos povos que viviam nas trevas. Um pela cruz e o outro pela espada, deram o testemunho perfeito de Cristo, derramando seu sangue e entregando a vida em Roma, por volta do ano 67 da nossa era.

Popularmente, a festa de hoje é chamada o Dia do Papa, sucessor de Pedro. Mas não podemos esquecer que ao lado de Pedro é celebrado também Paulo, o Apóstolo por, ou seja, missionário, por excelência.

No evangelho, o apóstolo Simão responde pela fé de seus irmãos. Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro. Este nome é uma vocação: Simão deve ser a “pedra” (rocha) que deve dar solidez à comunidade de Jesus (cf. Lc 22,32). Esta “nomeação” vai acompanhada de uma promessa: as “portas” (cidade, reino) do inferno não poderão nada contra a Igreja, que é uma realização do reino “dos Céus” (= de Deus). A 1ª leitura ilustra essa promessa: Pedro é libertado da prisão pelo anjo do Senhor. Pedro aparece, assim, como o fundamento institucional da Igreja. Mas, de que modo Pedro é rocha? Como deve realizar esta prerrogativa, que naturalmente não recebeu para si mesmo? O texto de Mateus deixa claro que o reconhecimento da identidade de Jesus proferido por Simão, em nome dos Doze, não provém “da carne e do sangue”, isto é, das suas capacidades humanas, mas de uma especial Revelação de Deus Pai. Também sobressai, forte e clara, a promessa de Jesus: “as portas do inferno”, isto é, as forças do mal, “não conseguirão vencê-la. Na realidade, a promessa que Jesus faz a Pedro é ainda maior do que as promessas feitas aos profetas antigos: de fato, os profetas encontravam-se ameaçados por inimigos somente humanos, enquanto Pedro terá de ser defendido das “portas do inferno”, do poder destrutivo do mal. Jeremias recebe uma promessa que diz respeito à sua pessoa e ministério profético, enquanto Pedro recebe garantias relativamente ao futuro da Igreja, da nova comunidade fundada por Jesus Cristo e que se prolonga para além da existência pessoal do próprio Pedro, ou seja, por todos os tempos.  

A Igreja, portanto, não é uma sociedade de livres pensadores, mas é a sociedade, ou melhor, a comunidade daqueles que se unem a Pedro em proclamar a fé em Jesus Cristo. 

Todavia, doravante, não se poderá estar verdadeira e plenamente na Igreja, como pedra viva, se não se está em comunhão com a fé de Pedro e sua autoridade ou, ao menos, se não se procura estar. Santo Ambrósio escreveu uma palavra forte: “onde está Pedro, ali está a Igreja. ” Isto não significa que Pedro seja, sozinho, toda a Igreja, mas que não pode haver Igreja sem Pedro. A Igreja sem o Papa seria um barco sem timoneiro! O Papa é o representante de Cristo na terra ( seu Vigário) , o fundamento da unidade da Igreja.

Paulo aparece mais na qualidade de fundador carismático. Sua vocação se dá na visão de Cristo no caminho de Damasco: de perseguidor, ele se transforma em apóstolo e realiza, mais do que os outros apóstolos inclusive, a missão que Cristo lhes deixou, de serem suas testemunhas até os extremos da terra (At 1,8). Apóstolo dos pagãos, Paulo torna realidade a universalidade da Igreja, da qual Pedro é o guardião. A 2ª leitura é o resumo de sua vida de plena dedicação à evangelização entre os pagãos, nas circunstâncias mais difíceis: a palavra tinha que ser ouvida por todas as nações (v. 17). Não esconder a luz de Cristo para ninguém! O mundo em que Paulo se movimentava estava dividido entre a religiosidade rígida dos judeus farisaicos e o mundo pagão, cambaleando entre a dissolução moral e o fanatismo religioso. Neste contexto, o apóstolo anunciou o Cristo Crucificado como sendo a salvação: loucura para os gregos, escândalo para os judeus, mas alegria verdadeira para quem nele crê. Missão difícil. No fim de sua vida, Paulo pode dizer que “combateu o bom combate e conservou a fé/fidelidade”, a sua e a dos fiéis que ele ganhou. Como Cristo – o bom pastor – não deixa as ovelhas se perderem, assim também o apóstolo – o enviado de Cristo – conserva-lhes a fidelidade.

Pedro e Paulo representam duas dimensões da vocação apostólica, diferentes mas complementares. As duas foram necessárias, para que pudéssemos comemorar hoje os fundadores da Igreja universal.

Agradeçamos a Deus por pertencermos à Igreja fundada por Cristo que é “Una, Santa, Católica e Apostólica, edificada por Jesus Cristo, sociedade visível instituída com órgãos hierárquicos e comunidade espiritual simultaneamente (…); fundada sobre os Apóstolos e transmitindo de geração em geração a sua palavra sempre viva e os seus poderes de Pastores no Sucessor de Pedro e nos Bispos em comunhão com ele; perpetuamente assistida pelo Espírito Santo” (Paulo VI, Credo do Povo de Deus).

Também S. Paulo é hoje apresentado na cadeia (2 Tm 4, 6-8. 17-18), na sua última prisão que terminará com o seu martírio. O Apóstolo está consciente da sua situação; porém, as suas palavras não revelam amargura, mas a serena satisfação de ter gasto a sua vida pelo Evangelho: “aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça…” (2 Tm 4, 6-8). Repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: “Combati o bom combate” ( 2 Tm 4, 7 ); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja.

E qual será, hoje, o bom combate? Como no tempo de Pedro e Paulo, uma luta pela justiça e a verdade em meio a abusos, contradições e deformações e à exploração desavergonhada, que até se serve dos símbolos da nossa religião.

Assim, rezemos hoje pelo Papa. E acompanhemos nossa oração com um gesto concreto: a esmola, o óbolo de São Pedro, aquela contribuição que no dia de hoje os católicos do mundo inteiro devem dar para as obras de caridade do Papa por todo o mundo. Assim, com as mãos e com o coração rezemos pelo Santo Padre, o Papa: Que o Senhor nosso Deus que o escolheu para o Episcopado na Igreja de Roma, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o Povo de Deus, de modo que o povo cristão a ele confiado possa sempre mais crescer na fé.

Anamnese


Esta palavra grega significa memorial, comemoração, recordação.

Corresponde ao zikkaron hebraico (o «memorial»), e conota não só uma recordação subjectiva, mas uma actualização do facto que se recorda: a vontade salvadora de Deus, os acontecimentos salvíficos do AT, como o êxodo, e para os cristãos, sobretudo, o Mistério Pascal de Cristo. A anamnese aponta também para o futuro: de algum modo antecipa-o.

Chama-se especificamente anamnese ao conjunto de palavras que, dentro da Oração Eucarística, se seguem ao relato da instituição, e com as quais a comunidade «celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo particular a sua bem-aventurada Paixão, gloriosa Ressurreição e Ascensão aos Céus» (IGMR 79e; cf. CIC 1354).

Este memorial faz-se obedecendo ao mandato do Senhor: «fazei isto em memória de Mim» (em grego, «eis ten emen anamnesim»). Nas diversas Orações Eucarísticas, especifica-se o Mistério de Cristo com diferentes formulações, segundo nomeiem só a morte ou também a descida ao lugar dos mortos, a ressurreição, a ascensão e a manifestação gloriosa do Senhor no final da História.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Homilética: 13º Domingo Comum - Ano B: "O contato de Cristo nos cura e nos salva".


Deus ama a vida! Ele quer apenas a vida! Deus criou o homem para ser incorruptível (primeira leitura). Pelo seu Filho, salva-nos da morte: eis porque Lhe damos graças em cada Eucaristia. Na sua vida terrena, Jesus sempre defendeu a vida. O Evangelho de hoje relata-nos dois episódios que assinalam a defesa da vida: Ele cura, Ele levanta. Ele torna livres todas as pessoas, dá-lhes toda a sua dignidade e a sua capacidade para viver plenamente. Sabemos dizer-lhe que Ele é a nossa alegria de viver?

Neste domingo continuam os milagres com que Jesus demostra a sua condição divina. Se no domingo passado acalmava a tempestade do lago, hoje se apresenta para nós como Senhor e libertador da enfermidade e da morte. E só com um toque. “Grande é o poder de Cristo, poder que não só habita na sua alma, mas que da alma passa o corpo, e do corpo alcança até a própria veste” (Santo Hilário). Para ser curados da enfermidade ou da morte é necessário que sejamos tocados por Cristo (filha de Jairo) ou que nós o toquemos com a fé e com a confiança (mulher com fluxo de sangue). 

Infelizmente nem todos souberam tocar Jesus nem se deixaram tocar por Jesus. Alguns sumos sacerdotes, fariseus e escribas quiseram tocar Jesus desde a sua inveja e inquina, e não permitiram que a força salvadora e curadora de Cristo entrasse nas suas almas e as curasse da sua soberba e orgulho. Também teve reis-Herodes-e procuradores-Pilatos-que tentaram tocar Jesus só desde a razão de Estado; e nada conseguiram. Muitos dos que iam até Ele quiseram tocá-lo exteriormente só por pura curiosidade ou conveniência; e a estes também não chegou a radiação do poder salvador de Cristo. Mas sabemos que teve também bastantes que se aproximaram de Cristo com a fé e com a confiança, como Jairo e aquela mulher que sofria um fluxo de sangue, mulher considerada impura pelos seus semelhantes hebreus, pois sofria já fazia muitos anos. E o que aconteceu? Obtiveram a saúde do corpo e da alma.  

Aliás, como e onde podemos tocar Cristo hoje e ser tocados por Ele, e assim ser curados? Hoje podemos tocar Cristo nos sacramentos, no irmão pobre que está nas periferias existenciais e no irmão que vive do seu lado, na sua família. Primeiro, nos sacramentos: na Eucaristia tocamos esse Pão da vida que nos tonifica, nos alimenta, nos santifica. Na confissão tocamos esse Cristo Médico que nos perdoa, nos anima, cura as nossas chagas que deixou em nós o pecado. Nos outros sacramentos tocamos Cristo que com a sua graça abençoa e eleva o matrimônio ao nível sobrenatural, fazendo esses esposos reflexo fiel e fecundo de Cristo e a Igreja; faz desse homem “outro Cristo”, um ministro ungido e consagrado; na unção dos enfermos, esse toque é ainda mais visível e trepidante quando o sacerdote derrama o óleo consagrado na testa e nas mãos do doente. Segundo, podemos tocar Cristo no nosso irmão pobre que está nas periferias, como nos diz o Papa Francisco; tocá-lo com a nossa caridade misericordiosa, atenta e generosa, sem nojo e sem preconceito. E finalmente, podemos tocar Cristo nesse próximo que está do meu lado: meu esposo, minha esposa, meus filhos, meus parentes, amigos e vizinhos... Com um sorriso, o perdão, um gesto prestativo, uma palavra amável, uma palmadinha nas costas...   

O 13.º domingo celebra a vida mais forte que a morte, celebra Deus apaixonado pela vida. Convém, pois, que na celebração deste dia, a vida exploda em todas as suas formas: na beleza das flores, nos gestos e atitudes, na proclamação da Palavra, nos cânticos e aclamações, na luz. No cântico do salmo e na profissão de fé, será bom recordar que é o Deus da vida que nós confessamos, as suas maravilhas que nós proclamamos. Durante toda a missa, rezando, mantenhamos a convicção expressa pelo Livro da Sabedoria: Deus não Se alegra com a perdição dos vivos.

Papa fala sobre reflexos dos conflitos familiares nos filhos


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 24 de Junho de 2015


Quero hoje refletir convosco sobre as feridas que se abrem no interior da convivência familiar e do mal que fazem à alma dos filhos. Palavras, ações e omissões que, em vez de exprimir amor, corroem-no e mortificam-no. E o esvaziamento do amor conjugal gera ressentimento nas relações e desemboca em lacerações profundas que dividem os esposos. Quando os adultos perdem cabeça, quando cada um pensa apenas em si mesmo, quando o pai e a mãe se agridem, a alma dos filhos sofre imensamente, sentem-se desesperados. Na família, tudo está interligado: quando a sua alma é ferida num ponto qualquer, a infecção contagia a todos. Quando um homem e uma mulher, que se comprometeram a ser «uma só carne» e formar uma família, pensam obsessivamente nas próprias exigências de liberdade e gratificação, esta distorção fere profundamente o coração e a vida dos filhos. Devemos compreender bem isto: o marido e a mulher são uma só carne; mas as suas criaturas são carne da sua carne. Quando se pensa na dura advertência que Jesus fez aos adultos para não escandalizarem os pequeninos, pode-se compreender melhor a sua palavra sobre a grave responsabilidade de salvaguardar o vínculo conjugal que dá início à família humana. Dado que o homem e a mulher se tornaram uma só carne, todas as feridas e todo o abandono do pai e da mãe incidem na carne viva dos filhos. 

As contradições da Ideologia do Gênero e os Planos Municipais de Educação


O Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado no ano passado (Lei 13.005, de 25 de junho de 2014) foi aprovado sem referências à “Ideologia do gênero”. Essa foi retirada graças à mobilização popular. Muitos se manifestaram aos deputados que foram eleitos legitimamente pelo povo. Esses acolheram o pedido dos seus eleitores e excluíram a dita “ideologia” do Plano Nacional de Educação. O dia 24 de junho de 2015 é a data limite para que Estados e municípios apresentem metas e estratégias para a educação local para os próximos 10 anos na forma de planos de educação.  ”.

Ao analisar friamente e com uma mentalidade científica os textos dos divulgadores da “Ideologia do gênero”, pode-se constatar que a mesma não passa de uma teoria pseudo-científica, que pretende explicar a sexualidade humana e redefinir o comportamento social, mas está cheia de incoerências e contradições. Em outras palavras, é uma teoria que carece de lógica, de fundamentação científica e apresenta uma base ideológica discutível: a visão marxista do mundo, a qual pretende gerar um “pensamento único” e obrigatório. Apresentamos a seguir algumas das contradições extraídas das obras dos autores principais da dita “Ideologia do gênero”.

1- Afirmam: não existe “homem” e “mulher”. “Sexo” seria biológico e “gênero” seria construído socialmente. Sendo assim, não poderia nem mesmo existir o conceito de “homossexual” ou “heterossexual”, que supõe um sexo básico pelo qual a pessoa é atraída. Logo, a “ideologia do gênero” destrói os mesmos direitos dos “homossexuais” e combate os que lutam pelos direitos deles.

2- Para defender a “identidade homossexual”, a “Ideologia do gênero” destrói toda possível identidade. Afirma, simplesmente, que a pessoa é sexualmente indefinida e indefinível.

Isso impossibilita a promoção dos direitos do “homem”, da “mulher”, dos “homossexuais” etc. A dita ideologia quer ser uma reivindicação de novos direitos, mas acaba destruindo a possibilidade de se reivindicar qualquer tipo de direito. 

“Onde está escrito na Bíblia…?” – Eis uma pergunta essencialmente anti-bíblica


Dardilene (nossa personagem fictícia de hoje) arrumou um novo emprego: dançarina e stripper. Quando ela comentou sobre seu trabalho na igreja onde frequenta, o povo ficou chocado, e a repreendeu. Mas a moça ignorou a advertência de seus irmãos, já que ninguém conseguiu mostrar, na Bíblia, onde está escrito que fazer strip-tease é pecado.


Bem, dentro da lógica mais restrita da doutrina fundada por Martinho Lutero, Dardilene tem razão. Não tem a palavra strip-tease na Bíblia, nem qualquer referência a essa atividade, então… Dardilene se recusa a acreditar em qualquer coisa que não esteja escrita de forma explícita nas Escrituras!

Usando esse mesmo princípio, os irmãos protestantes questionam os católicos:

· “Onde está escrito na Bíblia que Pedro foi o primeiro Papa?”;
· “Onde está escrito na Bíblia que Jesus fundou a Igreja Católica?”;
· “Onde está escrito na Bíblia que Maria foi preservada do pecado original?”.

Alguns católicos mais inocentes caem na arapuca e tentam responder a esse tipo de pergunta de acordo com a lógica protestante. Ora, tais perguntas nascem de um princípio herético: a ideia de que a Palavra de Deus foi revelada a nós exclusivamente pela Bíblia. Não, não foi.

A pergunta “Qual o fundamento bíblico…?” é adequada, porque compreende que determinado artigo de fé pode estar implícito nas Escrituras, podendo ser explicitado pelas legítimas autoridades da Igreja. Por outro lado, a pergunta “Onde está escrito na Bíblia…?”, de modo geral, é essencialmente anti-bíblica, pois traz em si a ideia de que só a Bíblia basta para comunicar a Palavra de Deus. Porém, não há qualquer trecho das Escrituras que afirme que a Bíblia é suficiente por si mesma.

Pelo contrário: ao lado da necessidade de estudar e seguir as Escrituras, o povo de Deus recebe a ordem claríssima de seguir as orientações espirituais dadas ORALMENTE pelas autoridades estabelecidas por Deus – ou seja, a Tradição. Por isso, a fé cristã é capenga se não se firma sobre esses três pilares: Bíblia, Tradição e Magistério.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Vaticano apresenta o "Instrumentum laboris" do Sínodo sobre a família


Em menos de quatro meses terá início em Roma o Sínodo Ordinário sobre a família. Nesta terça-feira de manhã foi apresentado ao público o “Instrumentum Laboris”, ou seja, o documento que vai orientar a reunião e que deverá ser usado como referência durante o Sínodo. O documento foi preparado a partir do texto conclusivo do precedente Sínodo e das respostas dos fiéis de todo o mundo que contribuíram preenchendo o questionário enviado a todas as Conferências Episcopais pelo Vaticano.

Como citado na introdução do documento, depois de refletir sobre a III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos em outubro de 2014 sobre Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização, a XIV Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada de 4 a 25 de outubro deste ano, vai abordar o tema A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo.

O percurso sinodal será marcado por três momentos intimamente relacionados: a escuta dos desafios sobre a família; o discernimento da vocação e a missão.

O documento de quase 80 páginas é dividido em três partes.