“Os carismas na Igreja: significado espiritual,
discernimento e implicações pastorais” é o título da V Sessão da sexta fase do
Diálogo Internacional Católico-Pentecostal, encerrado na última sexta-feira, em
Roma. Os trabalhos desta sessão tinham começado em 10 de julho.
Segundo o Pontifício Conselho para a Promoção da
Unidade dos Cristãos, participaram católicos nomeados pelo dicastério vaticano
e algumas Igrejas e líderes pentecostais. O vice-presidente católico do diálogo
é o bispo dom Michael F. Burbidge, de Raleigh, EUA, e o pentecostal é o reverendo
Cecil M. Robeck, da Assembleia de Deus e também dos EUA.
A sessão deste ano tratou da redação do relatório
conclusivo, fruto de cinco anos de diálogo. A publicação está prevista para
2016. Os temas debatidos foram “Carismas - nosso terreno comum”, “Discernimento”,
“Cura” e “Profecia”.
O objetivo deste diálogo, iniciado em 1972, é
promover o respeito e a compreensão recíproca nas questões de fé e de prática.
As conversações aconteceram com um debate franco sobre as posições e práticas
das duas tradições, intercaladas pela oração cotidiana, conduzida
alternadamente por católicos e pentecostais.
Durante os trabalhos em Roma, o cardeal Kurt Koch,
presidente do Pontifício Conselho, se reuniu com o grupo para participar do
diálogo, observar os pontos de vista e responder a perguntas. Os participantes
também tiveram um encontro informal com o bispo secretário do dicastério, dom
Brian Farrell, que confirmou em entrevista à Rádio Vaticano que “foi um diálogo
muito interessante, franco e frutífero”.
Os progressos no diálogo católico-pentecostal são
mérito também do papa Francisco, que “traz a novidade do seu modo de viver o
cristianismo como experiência e não só como doutrina”. Os pentecostais
“entendem isto muito bem e sentem uma particular proximidade”.