A edição de 15 de fevereiro de 1994 da revista A
Sentinela faz essa pergunta. É claro que a revista conclui que elas não são uma
seita. Como prova disto, eles fazem esta afirmação:
Os membros de seitas com freqüência se isolam da
família, dos amigos e até da sociedade em geral. Dá-se isso com as Testemunhas
de Jeová? [A Sentinela, 15 de Fevereiro de 1994, p. 6]
Essa é uma pergunta muito boa. Será que as
Testemunhas de Jeová se isolam da família, dos amigos e da sociedade em geral?
Por que não deixar a própria literatura delas responder a essa pergunta?
Pergunta: Será que as Testemunhas de Jeová se
isolam da sua própria família e amigos?
Resposta:
6 Ainda há aqueles que pensam que podem permitir a
si mesmos buscar associação com amigos ou familiares mundanos para
entretenimento. [The Watchtower, 15 de Fevereiro de 1960, p. 112, em inglês]
Pergunta: Será que as Testemunhas de Jeová se
isolam da sociedade em geral?
Resposta:
Não deve haver nenhuma parceria, nenhuma associação,
nenhuma parte, nenhuma partilha com incrédulos. Por outras palavras, nenhuma
associação com eles […]
Mas, ‘afastar-se de tais’, evitar associação com
eles significa não ter associação com aqueles cujos pensamentos são estão em
harmonia com os pensamentos de Deus, isto é, não compartilhar nos seus
pensamentos e conduta.
Mesmo que tais conhecidos não sejam desonestos ou
imorais, a sua preocupação primária não é a adoração e o serviço de Jeová.
Alguém que se associa regularmente com eles em breve pensará como eles. [The
Watchtower, 15 de Fevereiro de 1960, p. 112, em inglês]
Sim, imagine que associar-se com “pessoas mundanas”
poderia até fazê-lo (ooops!) PENSAR! Não podemos deixar que isso aconteça, pois
não? Imagine só uma Testemunha de Jeová que realmente pensasse! Isso seria o
fim do mundo da Torre de Vigia tal como o conhecemos.
Conforme todos sabemos e podemos ver nas citações da
revista A Sentinela, as Testemunhas de Jeová têm todas as características que
denunciam uma seita.
Mas é claro que eles tentam evitar essas realidades
claras, publicando completos disparates como este:
“Não pertenço às Testemunhas de Jeová”, escreveu um
jornalista da República Tcheca. Todavia, ele acrescentou: “É óbvio que elas [as
Testemunhas de Jeová] têm uma enorme força moral…. Elas respeitam as
autoridades governamentais, mas crêem que somente o Reino de Deus será capaz de
resolver todos os problemas humanos. Mas veja bem — elas não são fanáticas. São
pessoas envolvidas em obras humanitárias.”
E elas não vivem em comunidades exclusivas,
isolando-se dos parentes e de outros. As Testemunhas de Jeová reconhecem que
têm a responsabilidade bíblica de amar a família e de cuidar dela. Vivem e
trabalham com pessoas de todas as raças e credos. [A Sentinela, 15 de Fevereiro
de 1994, p. 6]
O fato de eles citarem um “jornalista da República
Tcheca” que, mesmo que exista, é horrivelmente ignorante sobre as Testemunhas
de Jeová, não nos diz muito. Todos sabemos que o “amor” que qualquer Testemunha
de Jeová tem pela sua família é cortado no instante em que um membro da família
discorda da Sociedade Torre de Vigia. Eles também condenam as pessoas de todas
as raças e religiões, exceto a deles, a sofrerem uma matança em massa às mãos
do seu tresloucado carrasco homicida que alegadamente está no céu.
João 14,28:
Jesus é menos do que Deus Todo-Poderoso?[2]
As Testemunhas de Jeová muitas vezes citam João
14,28 na tentativa de mostrar a sua visão de que Jesus é inferior a Deus
Todo-Poderoso. No verso, Jesus diz: “O Pai é maior do que eu”. Para as
Testemunhas de Jeová, isto significa que Jesus é inferior ao Pai, e, portanto,
de natureza diferente do que o Pai, e Jesus não é Deus.
Em primeiro lugar, a distinção que as Testemunhas
de Jeová fazem entre o Deus Todo-Poderoso e Deus é uma distinção sem diferença.
Se Deus é Deus, Ele é Todo-Poderoso. Não há nenhuma espécie de deus poderoso ou
qualquer verdadeiro deus de qualquer tipo que não seja o único e verdadeiro
Deus. Se há um deus que não seja o verdadeiro Deus, então é um deus falso. Existe
o Senhor Deus, e todos os outros deuses são deuses falsos. A Bíblia não nos
deixa espaço para um Deus bom que não seja o Senhor Deus.
Em segundo lugar, o versículo de João 14,28
significa apenas maior na posição, mas não significa maior em ser ou natureza.
Assim como o presidente dos Estados Unidos é maior em termos de sua posição,
ele ainda é um ser humano, e em termos de sua humanidade é igualmente grande
como qualquer outro ser humano. Como o Filho voluntariamente assumiu a natureza
humana, Jesus como Filho pode dizer que o Pai é maior na posição. Jesus como
Filho ainda é igualmente Deus tanto quanto o Pai e o Espírito Santo.
O ensino das Testemunhas de Jeová é a mesma heresia
ariana que foi removida da Igreja no Concílio de Niceia, em 325. Como tal, ele
está fora do cristianismo.
Notas
sobre a divindade de Cristo[3]
A Divindade de
Cristo pode ser substanciada através de passagens bíblicas individuais e
comparando o Velho Testamento com o Novo Testamento. A Sociedade Torre de Vigia
manipulou as regras de gramática grega e alterou numerosas passagens bíblicas
que revelam a Deidade de Cristo.
Outra grande linha de evidência existe nos escritos dos Pais da Igreja. Sem
exceção, todos eles confirmam a absoluta Divindade de Jesus Cristo.
Neste estudo usaremos os textos das versões Almeida Atualizada (Al e
outras respeitáveis, conforme se citar) e a Tradução do Novo Mundo (TNM).
Também colocaremos referências para a Tradução Interlinear do Reino
(TIR).
Mq. 5.2
– Sl. 90.2
Al- “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares
de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde
os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
TNM – “E tu, Belém Efrata, pequena demais para chegar a estar entre os milhares
de Judá, de ti me sairá aquele que há de tornar-se governante em Israel, cuja
origem é desde os tempos primitivos, desde os dias do tempo indefinido”
Este versículo
profético do Velho Testamento revela a duração da pré-existência do Cristo
pré-encarnado:
A palavra
hebraica aqui para “tempo indefinido” é OLAM, uma palavra que nunca é
usada para um ser criado quando este é precedido pelas preposições “de” ou
“para”. Na tradução grega do Velho Testamento, a Septuaginta (LXX), a palavra
para “tempo indefinido” é “aionos” que sempre significa “eternidade”.
As Testemunhas
de Jeová, no desejo de ocultar que Jesus é Deus, chegam ao ponto de fazerem
declarações absurdas:
“Se os cálculos feitos pelos cientistas modernos sobre a idade do universo
físico forem ao menos aproximadamente corretos, a existência de Jesus como
criatura espiritual começou bilhões de anos antes da criação do primeiro
humano. (Veja Miq 5:2.)” (Estudo Perspicaz das Escrituras, “Jesus
Cristo”, p. 534). Logo, elas insistem (de forma errada) que o OLAM em Miquéias
tem um tempo.
Compare Mq. 5:2
com o Sl. 90:2 –
Sl.90.2
Al – “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade
a eternidade, tu és Deus”
TNM – “Antes de nascerem os próprios montesou de teres passado a produzir como
que com dores de parto a terra e o solo produtivo, sim, de tempo
indefinido a tempo indefinido, tu és Deus.
O versículo usa
a mesma estrutura de Mq.5.2. De novo, o termo hebraico “olam” é usado
como o grego “aionos”.
RESUMO
Sl. 90.2: Deus existiu desde a eternidade no passado e existirá na eternidade
futura
Mq.5.2: Jesus existiu como “Logos/Verbo” desde a eternidade no passado e
existirá na eternidade futura
Zc.
11.12-13 – Zc. 12.10
Este é um exemplo no Velho Testamento (VT) de como a Sociedade Torre de
Vigia sutil, mas enganosamente altera passagens bíblicas para travestir sua
própria teologia. Estude esta comparação MUITO cuidadosamente! Estas passagens
se aplicam ao Cristo pré-encarnado mas a Sociedade mudou algumas palavras para
esconder este fato.
Zc.11.12-13
Al – “Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não,
deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata. Então, o
SENHOR me disse: Arroja isso ao oleiro, esse magnífico preço em que fui
avaliado por eles. Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na
Casa do SENHOR”.
TNM – “Então eu lhes disse: “Se for bom aos vossos olhos, dai-me o meu salário;
mas, se não, deixai-o.” E passaram a pagar-me o meu salário, trinta moedas de
prata. Nisso Jeová me disse: “Lança-o na tesouraria — o valor majestoso com que
fui avaliado do seu ponto de vista.” Concordemente, tomei as trinta moedas de
prata e lancei-as na tesouraria da casa de Jeová”.
A Almeida e a
TNM concordam que Jeová teve trinta moedas de prata pesadas para ELE
em Zc. 11:12,13.
MAS – Em Zc.
12:10 as Testemunhas mudam a palavra “ME” para “AQUELE” neste versículo.
Tanto a
Septuaginta grega (LXX), QUALQUER Interlinear hebraico, as versões caldaica,
siríaca e arábica dizem “ME”. Esta mudança foi feita para obscurecer o fato que
Jesus é Jeová! Os judeus a alteraram pois sabiam que se aplicava a Cristo!
Quem foi vendido
por 30 moedas de prata e quem foi transpassado?
Mt. 26:14,15 – JESUS foi vendido por 30 pedaços de prata.
Jo. 19:37 – JESUS foi transpassado.
Jo.1.1
Al – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus“
TNM – “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra
era [um] deus“.
A Sociedade
alega que a última palavra grega “deus” (Theos) no versículo está sem
o artigo definido (“O” – grego) que eles alegam que só pode se referir ao Deus
Todo-Poderoso. Mas eles traduzem “Theos” em Jo. 1:6,12,13, e 18 como
“Deus” (não “um deus”) mesmo quando a palavra grega “Theos” aparece
sem o artigo definido.
Há mais de 280
vezes no Novo Testamento onde “Theos” aparece sem o artigo definido e
a comissão de tradução, na maioria, traduziu como “Deus”.
Jo. 13:3 – “Theos”
escreveu uma vez COM e uma vez SEM o artigo definido e a palavra é traduzida em
ambos os casos como “Deus”.
IICo. 4:4 – A
TNM traduz este versículo, que se refere a Satanás, como “o deus deste sistema
de coisas”. Mas “Theos” tem o artigo definido. Se seguirmos as regras
gramaticais da Sociedade, então este versículo não diz que Satanás é Jeová?
O Dicionário
Expositivo de Palavras do Antigo e do Novo Testamento, de Vine, diz:
“Um caso notável dele se encontra em Jo.1.1 “e o Verbo era Deus”; fazendo aqui
uma dupla ênfase sobre Theos, pela ausência do artigo e pela posição
enfática na estrutura da oração. Traduzir literalmente como “um deus
era o Verbo” é totalmente enganoso. Além disso, o fato de que “o
Verbo” é o sujeito da oração exemplifica a norma de que o sujeito deve ser
determinado por sua possessão de artigo quando o predicado não tem o artigo. Em
Rm. 7.22, na frase ‘a lei de Deus’, os dois substantivos tem o artigo; no v.25
nenhum deles tem”.
De fato, as palavras mais esclarecedoras em Jo. 1:1 são “ERA” porque eles estão
no tempo passado imperfeito em grego que denota “uma ação passada contínua e
incessante”. Assim, para parafrasearmos o versículo deveria ser:
“No
princípio sempre estava sendo a Palavra e a Palavra sempre estava estando com
Deus e a Palavra sempre estava sendo Deus”.
UM EXERCÍCIO DE
SUBSTITUIÇÃO DE JO. 1:1 NA TNM:
(TNM) “No princípio era a Palavra e a Palavra estava com Deus, e a
Palavra era um deus”. Se “Palavra” é igual a “um deus” então
podemos substituir “um deus” onde quer que vejamos “Palavra”. O versículo então
leria: “No princípio era um deus e um deus
estava com Deus e um deus era um deus“. O
meio da frase diz: “…um deus estava com Deus…”
MAS – Isto é
impossível, visto que Dt.32.39 diz:
“Vede agora que
eu — eu é que o sou, e não há [outros] deuses comigo” (TNM). Jeová Deus disse
disse que não há outros deuses com Ele – nunca houve!
Jo.5.18
TNM – “Deveras, por esta razão, os judeus começaram ainda mais a procurar
matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também chamava a Deus de seu
próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”.
A estrutura da
oração deste versículo mostra que João o escreveu sob inspiração do Espírito
Santo. A palavra grega para “igual” (ison) significa “da mesma
qualidade ou natureza”.
Jo. 8.58
Al – “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que
Abraão existisse, EU SOU”.
TNM – “Jesus disse-lhes: “Digo-vos em toda a verdade: Antes de Abraão vir à
existência, eu tenho sido”.
Qual o contraste
óbvio na leitura? Desde a época em que a primeira edição da TNM foi lançada em
1950, a Sociedade tem tido grande trabalho em alterar este versículo (e
explicar por que fez isso). Todas as outras Bíblias terminam este versículo com
as palavras “EU SOU”, que em grego é “ego eimi”.
A TNM oferece
notas de referência para “explicar” por que fez isso. E inventam várias regras
“gramaticais” para tanto. A Sociedade disse que “ego eimi” estava no:
1950 -
tempo indefinido perfeito – [não há este tempo em QUALQUER idioma!]
1969 - tempo perfeito – [Isto é impossível para o verbo “ser”]
1985 - tempo indicativo perfeito – [Isto também está errado –
está no tempo presente simples.]
No evangelho de
João, toda vez onde “ego eimi” aparece, a TNM traduz corretamente como
“eu sou” EXCETO em Jo. 8:58. Por que? Porque a Sociedade sabe que todos os
tradutores e estudiosos respeitáveis da Bíblia sabem por referência cruzada que
este versículo se liga com Ex. 3:14, que revela o Nome Divino para Deus como
“EU SOU”. Esta era a expressão hebraica para existência eterna absoluta. Os
“tradutores” da Torre de Vigia tiveram que esconder este fato.
Em Jo. 8:58 Jesus usou o nome divino de Deus e o aplicou para Ele.
Sabemos isto porque no próximo versículo (Jo. 8:59) os judeus apanharam pedras
e tentaram matá-lo por blasfêmia. Os arianos também afirmavam o mesmo que as
TJ. Mas o sentido do versículo é: que Abraão veio à existência mas Eu
sempre existi.
A frase em grego
“ego eimi” (“eu sou”) ocorre 27 vezes no Evangelho de
João. Dezessete destas vezes é seguido por um predicado. Os que permanece são 7
usos que foram descritos como “absolutos”, i.e., a frase está só. A próxima
seção enfocará 4 destas frases.
Em PORTUGUÊS
eles são: (ARA) Jo. 8:58 - Respondeu-lhes Jesus: Em verdade,
em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.
As
testemunhas de Jeová
P: As
Testemunhas de Jeová costumam usar muito João 14,28b (“o Pai é maior do que
eu”) e dizem que Jesus é inferior ao Pai. Assim, como ele pode ser Deus?
De que forma posso resolver essa dificuldade aparente?
R: Em primeiro lugar, a Escritura diz expressamente que o Filho é igual ao Pai. Em
Filipenses, Paulo fala de como o Filho tomou voluntariamente a forma humana
humilde mesmo que fosse igual ao Pai:
“Cristo Jesus, que, embora fosse em forma de Deus, não
considerou a igualdade com Deus uma coisa que deve ser aproveitada, mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se em semelhança de
homens” (Filipenses 2,6b-7).
O próprio evangelho de João – o qual muitas Testemunhas de
Jeová também citam – enfatiza a igualdade do Filho com o Pai:
“[O] s judeus procuravam ainda mais matá-lo, porque não só
violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu Pai, fazendo-se igual a Deus” (João 5,18).
Dadas estas declarações explícitas de igualdade do Filho com
o Pai, temos de explicar declarações como “o Pai é maior do que eu” de alguma
outra forma, como se referindo a algum outro tipo de diferença entre as duas
pessoas do que uma diferença de essência. E não há nenhuma dificuldade em fazer isso, porque o Pai está acima do Filho na economia da Trindade e na ordem de Pessoas
(o Filho é gerado pelo Pai), mas não
são iguais em essência. Na verdade, eles são
iguais em essência, precisamente porque
o Jesus é o Filho do Pai.
Se eu, como homem, pai de um filho, meu filho teria a mesma
essência que eu – de ser um homem – e, enquanto posso ser maior do que ele na
posição ou cargo (em virtude de ser seu pai), teríamos essências iguais.
Esta é a situação entre o Filho e o Pai. Ambos têm a mesma essência, e assim ambos são iguais no que
eles são, mesmo que o Pai esteja acima do Filho em outros sentidos.
Notas sobre a Tradução de Jo 1,1[5]
Introdução
“No
principio era o Verbo, e o verbo era um deus…” João 1:1 – Versão Novo
Mundo
A leitura
das Testemunhas de Jeová às escrituras é cheia de pressupostos, tendo como
paradigma as interpretações “trazidas à tona” por Charles Russel
(Fundador da seita).
Uma
leitura correta das escrituras sem pressupostos é quase que impossível, e
alguns destes (pressupostos, tais como inerrância, infalibilidade das
escrituras e etc) são imprescindíveis à fé cristã. O que nos resta é averiguar
se nossos pressupostos encontram evidências na fonte de nossa fé, as
escrituras; que por sua vez é o relato histórico de Deus em meio ao seu povo. O
grande problema é quando nossa leitura é em busca de ‘algo’ para
evidenciar o nosso pensamento, o que acaba sendo uma eisegese (imposição de um
significado ao texto), em contraposição à verdadeira leitura que é exegética a
busca de significado no texto.
Notas sobre o trabalho de tradução
A
tradução de um texto já em si um exercício de interpretação. Ao trabalharmos
com o grego ou com a língua hebraica, antes de qualquer procedimento exegético
(o que em si já é um procedimento exegético), devemos traduzir o texto que
estamos a analisar. O resultado deste ato é a primeira objetivação de nosso
esforço em compreender o texto. Nenhuma tradução substitui o original, mas,
quando se traduz, já se fazem opções por interpretações, que podem é claro
(traduções), serem modificadas ao longo do trabalho. Comparar à nossa versão
com as traduções já existentes pode e é útil para verificarmos a reta
compreensão do original, ou como auxílio para evidenciar e superar eventuais
impasses.
Há dois
tipos de tradução, a saber:
1. Formal ou literal
2. Funcional ou dinâmica
Compreendendo
a problemática de base: qualquer tradução deve contemplar dois elementos, o
significado da frase e sua forma (ou expressão lingüística). A tradução formal
preocupa-se em respeitar a forma lingüística original, tudo isto sem deixar de
ser compreensível à língua receptora, o resultado é uma tradução pesada e cheia
de redundâncias. Um exemplo curioso é este abaixo de 1a Samuel
25:22:
ויאמר
שׁמואל החפץ ליהוה בעלות וזבחים כשׁמע בקול יהוה הנה שׁמע מזבח טוב להקשׁיב מחלב
אילים׃
A
tradução literal seria a seguinte:
“Assim
faça Deus aos inimigos de Davi e assim continue, se eu deixar, de tudo o que é
dele, até amanhã, UM ‘MIJADOR’ DE MURO”.
Risos à
parte, e descontando o silogismo, o problema reside exatamente na expressão:
כשׁמע בקול literalmente “mijador de muro”, trata-se de um eufemismo hebraico
para “varão, macho”, seja ele homem ou um cão. A opção por traduzir-se por
varão é uma adaptatividade à nossa língua e cultura. Exemplos assim se
perpetuam por toda a escritura, exigindo do tradutor não somente um
conhecimento da língua, mas também de todo o contexto sócio-vivencial.
Por sua
vez a tradução funcional visa superar as dificuldades que o leitor hodierno tem
em compreender as sagradas escrituras, já que em sua grande maioria os
receptores do texto não dispõem de todo este aparato critico. Para eliminar as
tensões, modificam-se as estruturas frasais, utilizam-se palavras mais simples
e articula idéias de forma a tornar o texto imediatamente ‘compreensível’,
o que com isso muitas das vezes rouba-se à significância e impacto original que
teve aquelas palavras. Um exemplo deste tipo de tradução é a Bíblia na
linguagem de hoje.
Estabelecida
estas distinções assim o melhor a fazer é ler o texto original e compará-lo as
demais traduções. Dentro da história da igreja, os monofisitas e os russelitas
optam pela tradução de João 1:1 como “um deus”.
Entrando em contato com o texto original (Uma síntese exegética)
João
1:1 εν
αρχη ην
ο
λογος
και ο
λογος ην προς
Em
Principio era
a Palavra
e a
palavra era com
τον
θεον
και
θεος ην
ο λογος.
o
Deus e
Deus era
a palavra.
Material
usado no texto:
Εν
|
No
|
preposição,
rege dativo
|
-
|
em, no
|
Αρχη
|
Princípio
|
substantivo
dativo sing. feminino
|
-
|
princípio
|
Ην
|
Era
|
verbo 3a
pessoa sing. imperf. ind.
|
-
|
sou
|
Ο
|
O
|
artigo
nominativo sing. m.
|
-
|
o, a, o
|
Λογος
|
Verbo
|
substantivo
nominativo sing. m.
|
-
|
palavra
|
Και
|
E
|
conjunção
|
-
|
e
|
Ο
|
O
|
artigo
nominativo sing. m.
|
-
|
o, a, o
|
Λογος
|
Verbo
|
substantivo
nominativo sing. m.
|
-
|
palavra
|
Ην
|
Estava
|
verbo 3a
pessoa sing. imperf.
|
-
|
sou
|
προς
|
Com
|
preposição,
rege acusativo
|
-
|
com
|
τον
|
0
|
artigo
acusativo sing. m.
|
-
|
o, a, o
|
θεον
|
Deus
|
substantivo
acusativo sing. m.
|
-
|
Deus
|
και
|
e*
|
conjunção
|
-
|
e
|
θεος
|
Deus
|
substantivo
nominativo sing. m.
|
-
|
Deus
|
ην
|
Era
|
verbo 3a
pessoa sing. imperf. ind.
|
-
|
sou
|
ο
|
O
|
artigo
nominativo sing. m.
|
-
|
o, a, o
|
λογος
|
Verbo
|
substantivo
nominativo sing. m.
|
-
|
palavra
|
No
versículo acima de João 1:1 – θεος ην ο λογος – (Theós hen ho logos) a
ausência do artigo definido mostra que θεος é predicativo (cf. 4:24 – πνευμα
ο θεος και τους προσκυνουντας αυτον εν πνευματι και αληθεια δει
προσκυνειν [Pneuma ho Theós, kai tous proskynountas auton en pneumati kai
aletheia dei proskynein] ). Este predicativo precede o verbo para dar
ênfase, indicando progresso no pensamento = ο λογος não só estava com Deus, mas
era Deus ( Meyer e Luthard). Só ο λογος (ho logos) pode ser o sujeito,
pois na introdução toda, a questão não é, quem é Deus, mas quem é o
λογος.(Logos) (Godet)
“Wescott:
O predicado está, de um modo enfático, em primeiro lugar. Necessariamente está
sem o artigo visto que descreve a natureza do λογος (logos) e não
identifica a sua pessoa. Seria puro sabelianismo dizer: ‘o λογος (logos)
era o θεος’ (Theós). Assim temos no verso 1º estabelecido o λογος (logos)
em seu absoluto eterno ser:
- Sua existência: além do
tempo;
- Sua existência pessoal: em
comunhão ativa com Deus;
- Sua natureza: Deus em
essência”.
Marcus
Dods, em seu Expositor’s greek New Testament, in loco: ” O λογος (logos)
se distingue de Deus, contudo, θεος ην ο λογος – (Theós hen ho logos) o
logos era Deus, quanto a sua natureza divina, não é ‘um deus’, o que ao
ouvido de um judeu teria sido abominável, nem ainda idêntico a tudo o que pode
ser chamado Deus, porque então, o artigo teria sido inserido (cf. João 3:4)”
θεος ην ο
λογος – (Theós hen ho logos) a ausência do artigo definido mostra que
θεος (Theós) é predicativo. ην (hen) verbos copulativos
(predicativos ou de ligação) — Alguns verbos não têm (ou perdem, em certos
contextos) umas significações definidas, no sentido de que não exprimem ações
ou processos susceptíveis de serem atribuídos a algo.
Tais
verbos contêm uma significação puramente gramatical. Limita-se a transmitir a
idéia de que nos estamos a referir a um estado permanente (ser), um estado
transitório (estar), permanência de estado (continuar), aparência
de estado (parecer), mudança de estado (ficar, vir) e outras
semelhantes. No caso do texto de João 1:1 exprime um ‘estado permanente’
já que João quer mostrar em seu texto a co-eternidade do Verbo com Deus Pai,
atribuindo também a criação a Jesus o verbo de Deus.
Desse
modo, estes verbos necessitam de um complemento especial – θεος – (Theós)
que atribua ao predicado um verdadeiro sentido, que permite exprimir
efetivamente um estado ou qualidade atribuível ao sujeito.
“Ser” é o
único verbo que é usado quase exclusivamente como copulativo. Praticamente, só
na linguagem filosófica é utilizado como verbo intransitivo, assumindo o
significado de “existir” (O ser é; o não ser não é.). No
entanto, vários verbos significativos podem assumir valor copulativo, como é o
caso dos já referidos estar, ficar, andar, permanecer,
continuar, parecer, vir…
Predicativo
do sujeito é,
portanto, o nome ou expressão equivalente que se associa a um verbo copulativo
para lhe atribuir sentido. PREDICATIVO DO SUJEITO é o termo que atribui
características ao sujeito por meio de um verbo, no caso do texto em
análise João visa demonstrar a divindade do verbo. Não simplesmente um ser
divino já que o uso lógico no contexto seria “θειος” (divino), em lugar do
substantivo “θεος”. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de
predicativo do sujeito. É o termo ou expressão que complementa o sujeito,
conferindo-lhe ou um atributo ou uma referência.
O
predicativo do sujeito apresenta duas características básicas:
- acompanha o verbo de
ligação;
- pertence ao predicado
nominal
António
Gutierres é primeiro-ministro.
Esquematicamente,
temos:
Oração
Sujeito +
Predicado nominal
Sujeito +
Verbo copulativo + Predicativo do sujeito
Antônio
Gutierres é primeiro-ministro
Representação
do predicativo do sujeito — O predicativo do sujeito pode ser representado por um nome ou
sintagma nominal, como no exemplo acima, ou:
por um adjetivo,
O Miguel
é inteligente.
por um pronome,
A minha
casa é aquela.
por um numeral,
As partes
do corpo humano são três.
por um advérbio,
Estou bem.
por uma oração
completa.
Amar é ter
que pedir perdão
O artigo
na língua grega
O
professor Dana diz que nada na língua grega é mais “indígena” do que o emprego
idiomático do artigo; e o Dr. A. T. Robertson declara que, “o
desenvolvimento do artigo grego é um dos fatos mais interessantes na língua
humana.”. Era o primitivo pronome demonstrativo, e sempre reteve pouco de
sua antiga força demonstrativa – aponta, designa, separa, distingue. Quando se
emprega a artigo, o substantivo é definido; quando não se emprega, o
substantivo pode ser definido ou indefinido. Embora não me pareça, o grego
sempre teve a idéia de definição em detrimento do uso ou não do artigo. O latim
não tinha o artigo definido, por isto as traduções nele baseadas (Vulgata), são
defeituosas na tradução do artigo grego:
João 1:1“in
principio erat Verbum et Verbum erat apud Deum et Deus erat Verbum.”
É
essencial esforçarmo-nos para alcançar o ponto de vista grego, nunca devemos
falar de “omissão do artigo” , o grego não omitiu o que é diferente em
nosso idioma, mas escreveu segundo sua própria índole. Senão há o artigo, é
porque não era natural gramaticalmente usá-lo, logo toda a dialética
Russelita perde sua validade.
Broadus
ensinava que em geral o sujeito tem o artigo, mas o predicativo não o tem. Em 1a
João 4:16:
“και
ημεις εγνωκαμεν και πεπιστευκαμεν την αγαπην ην εχει ο θεος εν ημιν ο
θεος αγαπη εστιν και ο μενων εν τη αγαπη εν τω θεω μενει και ο θεος εν
αυτω Aμενει Bμενει” – (Kai hemeis egnokamen kai
pepisteukamen ten agapen hen ekei ho Theós en hemin ho Theós ágape estin kai ho
menon em te ágape en ho Théos menei kai ho Theós em auto menei).
Deus é
amor, mas o amor não é Deus. João 1:1 “A palavra era deidade (ou Deus)”, não
“Deus era a palavra” o que se declararia literalmente em monofisismo. Em 1a
João 3:4:
“πας ο
ποιων την αμαρτιαν και την ανομιαν ποιει και η αμαρτια εστιν η ανομια”
(Pás ho poion ten amartian kai ten anomian poiei kai he amartia estin he
anomia).
O sujeito
e o predicativo são equivalentes. Antes de se optar por esta tradução toda a
ocorrência do predicativo nas escrituras devem ser analisados. Um adjetivo sem
o artigo geralmente é predicativo. Atos 26:24 “μεγαλη τη φωνη” (megalé thé
phoné) significa, não meramente que Festo falou em alta voz, mas que falou
em um tom que era forte e exaltado. Em Hebreus 7:24 “ο δε δια το μενειν αυτον
εις τον αιωνα απαραβατον εχει την ιερωσυνην” (ho de dia to menein auton heis
ton aiona aparabaton ekei then ieposynen) não significa que ele tem o imutável
sacerdócio, mas que tem o sacerdócio imutável, perpétuo, “sem sucessor”, como
Moffat mui acertadamente traduz. Moulton e Robertson ainda dizem que não
entendemos o emprego ou ausência do artigo com nomes próprios no grego. Porém
nem por isso devemos concluir que o artigo assim usado fosse sem significado
aos ouvidos gregos. Clara é sua força em Atos 19:13: “επεχειρησαν δε τινες Aκαι
TSBαπο των περιερχομενων ιουδαιων εξορκιστων ονομαζειν επι τους
εχοντας τα πνευματα τα πονηρα το ονομα του κυριου ιησου λεγοντες Aορκιζω
TSBορκιζομεν υμας τον ιησουν ον TSBο παυλος κηρυσσει“(Epekeiresan
de tines [kai] [apo] ton perierkomenon ioudaion edzopkiston onomadzein epi tous
ta pneumata ta ponepra to onoma tou kyrion Iesous legontes [opkidzo]
[orkidzomen] hymas ton Iesoun on Paulos keryssei). O demônio aponta, no seu
pensamento, para “o Jesus a quem Paulo prega”. κυριου ιησου (Kyriou
Iesou) salienta talvez, para os discípulos, a significação etimológica do
nome de sue mestre – “o salvador” . No emprego do artigo com χριστος (Kristós)
há notável diferença entre os evangelhos, onde ο χριστος era mais um titulo – o
Ungido, o Messias –, e as epistolas, onde “ιησους χριστος” (Iesous
Kristós) (aparece 39 vezes em Paulo) e “χριστος ιησους”(Kristós
Iesous, 58 vezes) parecem ser o nome próprio do filho de Deus.
Usa-se o
artigo em grego nos seguintes casos:
a) Com
nomes de pessoas ilustres ou geralmente conhecidas
b) Com
sentido possessivo e, algumas vezes, com sentido distributivo
c) Com os
substantivos acompanhados de um pronome possessivo, se designam um objeto
determinado
d) Com
adjetivos, advérbios de tempo e de lugar, e com preposições, dando-lhes valor
de substantivos
Obs.: O
artigo junto as preposições αμι (ami), περι (peri), (com
acusativo), μετα (meta) (com genitivo) e συν (syn)
(dativo) indica a pessoa com a sua comitiva, ou a própria comitiva.
e) O
artigo junta-se também a infinitivos e as orações completas.
f) O
artigo faz às vezes de pronome demonstrativo
Omite-se
o artigo nos seguintes casos:
a) Com o
predicativo do sujeito
b) Em
muitos substantivos comuns, como θαλασσα (talassa), o mar; ουρανος (ouranós)
céu, πολις (polis) cidade, ημερα (hemera)
dia e etc, é comum se omitir o artigo.
Obs.: Em
alguns casos chega a modificar o significado:
- πολλοι, muitos; οι πολλοι, a maior parte;
Segue abaixo algumas traduções para conferência:
ISV (International Standard
Version)
João 1:1 In the beginning,
the Word existed. The Word was with God, and the Word was God.
ASV (American Standar
Version)
In the beginning was the
Word, and the Word was with God, and the Word was God.
King James
In the beginning was the
Word, and the Word was with God, and the Word was God.
John Nelson Darby
In the beginning was
the Word, and the Word was with God, and the Word was God.
Vulgata
in
principio erat Verbum et Verbum erat apud Deum et Deus erat Verbum
Weymouth New Testament
In the beginning was the
Word, and the Word was with God, and the Word was God.
Young’s Literal Translation
In the beginning was the
Word, and the Word was with God, and the Word was God;
João
Ferreira de Almeida
No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Montgomery
In the beginning was the
Word, and the Word was face to face with God, and the Word was God.
Murdock
In the beginning, was the
Word; and the Word was with God; and the Word was God
Webster
In the beginning was the
Word, and the Word was with God, and the Word was God.
Wescot/Hort (Greek New
Testament)
εν αρχη ην ο λογος και ο λογος ην προς τον θεον και θεος ην ο λογος
en arké
hen ho logos kai ho logos hen prós ton Theon kai Theós hen ho logos.
Não
precisamos nem multiplicar os casos, pelo que podemos ver que as traduções são
unânimes.
“E o
verbo era Deus”, uma
verdade insofismável Jesus Deus-homem encarnado.
Um estudo sobre a
“Tradução do Novo Mundo
das Escrituras Sagradas”[6]
Em 1954,
a Watchtower (sede das Testemunhas de Jeová no Brooklin, Nova Iorque),
começou o trabalho de uma versão moderna da Bíblia que apoiasse a
doutrina deles. A razão para esta versão é óbvia: as Testemunhas estavam tendo
sérios problemas que demonstravam suas posições doutrinais quando usavam a
versão da Bíblia King James. Assim, o presidente da Sociedade, Nathan H. Knorr,
ordenou ao vice-presidente Frederick W. Franz que reunisse um novo comitê de
tradução que consistiria de membros do Corpo Governante: Nathan H. Knorr,
Frederick W. Franz, Alberto D. Schroeder, Ceorge D. Gangas e Milton Henschel.
Os membros deste comitê da Tradução do Novo Mundo haviam permanecido durante
anos no anonimato sob a alegação “de não buscarem elogios para eles e só
honrarem o Autor Divino das Sagradas Escrituras” (Entendimento das
Escrituras, 1985, primeira edição, página 277).
No entanto, quando se examinha a TNM e a compara com o texto original, ou com outras versões bíblicas que são fiéis ao original, vemos que os autores decidiram ficar anônimos porque não tinham nenhuma instrução adequada para traduzir a Bíblia. Frederick W. Franz só tinha um curso de duas horas de grego koiné!
Agora vamos examinar as perversões da TNM. Usaremos a edição da TNM de 1984.
Compare
os versículos desta bíblia com a Bíblia de Jerusalém, Vulgata ou
a Almeida.
Mt. 3:3: “Preparai
o caminho de Jeová.”
Neste versículo vemos que eles tentam dizer que João Batista está preparando o caminho para Jeová, enquanto que a referência é preparar as pessoas para Cristo (veja Mt. 3:11; Jo.1:15; 3:28-30; Is. 40:3; Ml. 3:1).
At. 2:21:
“e todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo”
Eles dizem que quem invocar o nome de Jeová será salvo, só que o apóstolo Pedro predisse que o Senhor (v. 21) é Cristo (v. 36) e que todos os homens poderiam ser salvos chamando Seu Nome (v. 38; também veja At. 22:16). O Nome que devemos chamar para a salvação não é Jeová, mas Jesus Cristo, que é o nome do Senhor (At. 4:12).
Eles dizem que quem invocar o nome de Jeová será salvo, só que o apóstolo Pedro predisse que o Senhor (v. 21) é Cristo (v. 36) e que todos os homens poderiam ser salvos chamando Seu Nome (v. 38; também veja At. 22:16). O Nome que devemos chamar para a salvação não é Jeová, mas Jesus Cristo, que é o nome do Senhor (At. 4:12).
Rm.
14:8-12: “pois quer vivamos, vivemos para Jeová, quer morramos,
morremos para Jeová. Portanto, quer vivamos quer morramos, pertencemos a
Jeová. Pois para este fim morreu Cristo e passou a viver novamente, para
que fosse Senhor tanto sobre mortos como [sobre] viventes. Mas por que julgas
tu o teu irmão? Ou, por que menosprezas também o teu irmão? Porque nós todos
ficaremos postados diante da cadeira de juiz de Deus; pois está escrito: ‘Por
minha vida’, diz Jeová, ‘todo joelho se dobrará diante de mim e
toda língua reconhecerá abertamente a Deus’. Assim, pois, cada um de nós preste
contas de si mesmo a Deus.”
Aqui
vemos que o comitê da TNM cometeu um dos maiores erros cardeais deste texto.
Primeiro, no v.8 eles traduzem o grego kyrios (Senhor) como “Jeová”,
quando o v.9 diz que Cristo é o Senhor que morreu e ressucitou. Assim, eles
ignoram o contexto e traduzem mal kyrios como “Jeová”. Segundo, nos
vv.10-12, eles dizem que “Jeová” (mesmo que no original se diga kyrios)
é nosso juiz, quando a Bíblia claramente revela que Jesus Cristo será
nosso único Juiz (Jo.8:22; 12:48; Tg. 4:12), que nós (cristãos) estaremos de pé
diante do tribunal de Cristo – que é Deus (2 Cor. 5:10); e que diante de Cristo
todo joelho se dobrará (Fl. 2:10).
ICo.
10:21: “Não podeis estar bebendo o copo de Jeová e o copo de
demônios”
O versículos não deixam nenhuma dúvida que “o copo do Senhor” (kyrios) se refere a comunhão de Cristo (ICo.10:16; Mt. 26:27).
O versículos não deixam nenhuma dúvida que “o copo do Senhor” (kyrios) se refere a comunhão de Cristo (ICo.10:16; Mt. 26:27).
Cl. 3:13:
“Se alguém tiver razão para queixa contra outro. Assim como Jeová vos
perdoou liberalmente, vós também o fazei”
De novo a
palavra que eles deram, “Jeová”, é a palavra grega kyrios (Senhor) e não
há dúvida que o Senhor que perdoou seus pecados era Cristo. De fato,
muitos manuscritos antigos leram “Christos” aqui e não “kyrios”.
Veja a nota de JFB. Além disso, o contexto do livro de Colossenses fala do
perdão que temos em Cristo, pois está claro que Jesus e não Jeová, é quem Paulo
está falando aqui.
IITs.2:1:
“No entanto, irmãos, com respeito á presença de nosso Senhor Jesus Cristo e
de sermos ajuntados a ele, solicitamos-vos que não sejais depressa demovidos de
vossa razão, nem fiqueis provocados, quer por uma expressão inspirada, quer por
intermédio duma mensagem verbal, quer por uma carta, como se fosse de nossa
parte, no sentido de que o dia de Jeová está aqui”
Isto é um
absurdo! Aqui o comitê de tradução da TNM se contradisse num espaço de dois
versículos! O v. 1 simplesmente declara que quem está vindo é Cristo o Senhor e
não o Pai (Jeová)! [N.doT.: a BJr traduz parusia como Vinda. Se refere a
Segunda Vinda de Cristo]
DEBATE DO REV. JACK HOWELL
COM BLACKNIGHT101 (UMA TJ)
As
questões de Backnight101 estão em “citação”. As respostas do rev. Jack
Howell estão em preto.
1 – Como
você sabe se os tradutores da Tradução do Novo Mundo eram fracos em línguas
bíblicas?
Investigue
em seu fundo escolástico; veja só. Todos que temos investigado seu fundo
escolástico temos proposto os mesmos resultados. Não há nenhum treinamento em
hebraico ou grego, por conseguinte, não são qualificados para fazer os
comentários que fazem. Sugiro que você está recebendo um desonesto ensino
escolástico da Watchtower.
2. Não
foram eles que fizeram a TNM do jeito que é, foi o Comitê de tradução da
Tradução do Novo Mundo que fez isso.
Os
membros do Corpo Governante compreenderam o Comitê de tradução da TNM,
encabeçado por Frederick W. Franz , que não tinha nenhuma qualificação de
hebraico ou grego koiné, salvo um curso de uma hora, que não qualifica ninguém
como estudioso do grego nem qualifica ninguém para trabalhar num “comitê de
tradução” para traduzir o texto grego!
3. Você
não me deu nenhuma prova que a TNM é um “exemplo de má tradução grega”.
Ficarei
feliz em lhe mostrar abundante material. Veja só alguns exemplos:
Cl.1:15-17
– a palavra “outras” é inserida 4 vezes aqui. Não estão no original grego.
Estes versículos descrevem Jesus como o Criador de todas as coisas. Já que a
Watchtower crê que Jesus foi criado, inseriram a palavra “outras” para mostrar
que Jesus foi criado antes de todas as “outras” coisas, implicando que Ele se
cria.
1. – Há
duas palavras gregas para “outras”: heteros, e allos. A primeira
significa outro de um tipo diferente e a segunda significa outro do mesmo tipo.
Nenhuma das duas aparece nestes versículos. As TJ mudaram a Bíblia para se
encaixar em sua teologia aberrante.
Zc.12:10
– neste versículo Deus está falando e diz: “E sobre a casa de Davi e sobre
os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas;
olharão para Mim a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um
unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito”
1. – As
TJ mudam a palavra “Mim” para “Aquele”, para que sua Bíblia diga: “…eles
olharão para Aquele a quem transpassaram”
2. – Já
que as TJ negam que Jesus é Deus em carne, então Zc. 12.10 lhes daria grandes
problemas – por isso o mudaram.
Jo. 1:1 –
Eles traduzem mal o versículo como “um deus”. De novo, por não crerem que Jesus
é Deus, mudam a Bíblia para ficar de acordo com sua teologia. A versão deles
diz “No princípio era a Palavra e a Palavra estava com Deus e a Palavra era um
deus”.
Heb. 1:6
– Neste versículo eles traduzem a palavra grega para “adoração” (proskuneo)
como “prestar homenagem”. A homenagem é uma palavra que significa honrar,
mostrar respeito, inclusive se ajoelhar diante de alguém. Já que eles não
aceitam Jesus ser Deus, toda vez que proskuneo é para Jesus eles
traduzem como “prestar homenagem”. Toda vez que fala de Deus, eles traduzem
como “adorar”. Veja Mt. 2:2,11; 14:33; 28:9.
Heb. 1:8
– Este versículo é onde Deus Pai chama Jesus de Deus: “mas acerca do Filho:
O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu
reino”. Já que os TJ ficariam em apuros com este versículo, eles o mudaram
para “…Deus é o teu trono…”. O problema com a tradução dos TJ é que este
versículo é uma citação do Sl.45.6 que, em hebraico, só pode ser traduzido como
“teu trono, ó Deus…”. Para justificar sua tradução eles também mudaram o
versículo do salmo.
A Tradução do Novo Mundo não é uma boa tradução. Mudou o texto para satisfazer sua própria teologia.
A TNM não
é a única Bíblia que traduziu Jo.1.1 daquela maneira, você sabia?
Estas
outras traduções não são o tema desta discussão. No entanto, sabe-se que quem
fez essas outras traduções não eram estudiosos gregos competentes. Por ex., a
Watchtower publica e cita a Enfática Diaglótica, de Bejamin Wilson (que
eu tenho). Wilson não era estudioso de grego e só tinha um fraco conhecimento
de grego autodidata. Sua Enfática Diaglótica não é reconhecida em
nenhuma parte como tradução erudita. A Watchtower também cita a tradução de
James Moffatt (que eu também tenho) e que os estudiosos gregos classificam como
má tradução. Moffatt altera a ordem dos versículos dos Testamentos, repetindo o
Velho e o para conformar com suas idéias de como eles devem aparecer.
No artigo
da Watchtower que você citou, eu notei que ao citar a regra de Colwell, eles omitiram
uma importante parte do que ele disse e que “um predicado nominal que
precede o verbo não pode ser traduzido como um substantivo indefinido ou
‘qualitativo’ só porque não tem o artigo”. Isto significa que Moffatt e
os outros que você citou erram em sua tradução de Jo.1.1 e traduzem mal o texto
grego.
E como
você descobriu tudo isso? Você só leu o que outros escreveram contra minha
religião. Você simplesmente leu um livro de alguém que disse ter pesquisado
tudo sobre os membros do Corpo Governante e acreditou nisso! Então apresentou
tudo como um fato.
Você faz
acusações infundadas a cada parágrafo. Você não me conhece e não sabe que meu
ministério trabalha com seitas como a sua. Você só tem 16 anos e não sabe do
que está falando, meu filho. Você nem mesmo sabe a história real de seu grupo;
só sabe o que eles lhe dizem e eles também proíbem que faça pesquisa sobre eles
porque sabem que se fizerem isso, muitos vão sair da seita. Eu lhe desafiei
antes para pequisar de bona fide a Watchtower e você fracassou, porque
teme a verdade.
De onde
tirou essa ideia que Franz fazia parte do grupo? Todos os membros do comitê de
tradução foram anônimos. Você só leu isso de outro livro mentiroso!
Frederick
W. Franz foi presidente da Watchtower até sua morte, a alguns anos. Franz
também foi a cabeça do comitê de tradução da TNM estabelecido pelo presidente
Nathan H. Knorr, que lhe propôs uma “tradução” da Bíblia que apoiasse a
doutrina da Torre de Vigia. Apesar do Corpo Governante (CG) ter ficado anônimo
efeito de arquivo, seus nomes são de fato, uma matéria de registro público
devido ao fato deles serem uma corporação. Gostaria de saber seus nomes? Ficarei
contente em mostrar. Estes são os nomes do “comitê de tradução”. Os homens que
compreenderam este comitê não tinham nenhuma formação para agir como
tradutores.
O comitê
de tradução foi encabeçado por (então vice-presidente das Testemunhas) Frederick
W.Franz. Outros membros foram Nathan H. Knorr (o presidente), Albert
D.Schroeder, Ceorge D. Gangas e Milton Henschel. Vamos ver um fato que ocorreu
com Frederick W. Franz num tribunal judicial:
Durante
um julgamento ocorrido na Escócia em 1954 (durante o mesmo tempo que se estava
fazendo a TNM), perguntaram a Franz se ele conhecia o hebraico. Respondeu
“sim”. Também reconheceu sob juramento que podia ler e escrever a Bíblia em
hebraico, grego, latim, espanhol, português, alemão e francês. No dia seguinte,
durante o mesmo julgamento, puseram à prova suas habilidades lingüísticas.
Pediram-lhe
que traduzisse Gn.2.4 em hebraico. Ele não conseguiu. De fato, nem tentou, mas
disse: “não, não vou tentar fazer isso”. (veja, Court
of Session, Scotland – Douglas Walsh vs. The Right Honourable James Latham
Clyde- el 1954 de noviembre.)
Você só
compara essas leituras de outras traduções dizendo como diferem em sua redação.
Mas não mostrou nenhuma prova de que houve má tradução.
A
tradução a que a TNM foi comparada por mim é muito respeitada pelos estudiosos
gregos e hebraicos como uma das maiores, senão a mais exata em inglês. Por que,
então, não devo usá-la? Me parece que você está fugindo da raia.
A TNM é
uma tradução erudita?
Para responder a isto a Torre de Vigia tem levado seus leitores a crerem que, apesar de não conhecerem seus tradutores, a tradução ainda assim é boa. Não é não.
O Comitê
de tradução é culpado de inventar uma gramática grega inexistente (seguindo
estas regras para favorecer sua teologia) e inserindo palavras nas Escrituras
mudando o significado da Palavra de Deus.
A edição
da Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas (TIR) de 1985 diz
para seus leitores os objetivos dos tradutores. Eles dizem:
“Não oferecemos nenhuma paráfrase das Escrituras. Nosso esforço foi dar uma tradução tão literal quanto possível e esclarecer a leitura quando esta é muito misteriosa. Interpretamos a Bíblia dentro do contexto” (pp. 9-10, 1985 ed.; pg. 10, 1969 ed.).
No
entanto, segundo essas declarações, o Comitê falhou terrivelmente.
Segundo o
primeiro ponto “não oferecemos nenhuma paráfrase das Escrituras”, é só
examinarmos a leitura na TNM de Jo. 15:4,5; Jo. 17:26; Gl. 1:16; Rm. 8:10; Cl.
1:27 e ICo. 13:5 para ver que o Comitê de tradução tem parafraseado as Escrituras
para negar a ligação de Cristo no crente.
Cada um
dos versículos mencionados fala de Cristo vivendo dentro do cristão (“nele” ou
“em você”). Todavia, eles parafrasearam estes versículos na TNM para ler: “em
união com Ele”.
Com
respeito ao segundo ponto “Nosso esforço foi dar uma tradução tão literal
quando possível”, também falhou.
Um exame
de Cl. 1:16, 17 e Fl. 2:9 demonstra pelas palavras que o Comitê não apresentou
“uma tradução tão literal quando possível”.
Em ambos
os versículos eles incluem a palavra “outras” (Cristo criou todas as “outras”
coisas, significando que Ele também é uma criatura, um ser criado). Assim
encontramos os atributos divinos do Senhor Jesus Cristo alterados, deixando de
falar que Ele é o criador de todas as coisas e que Ele possui um Nome que é
sobre todo o nome.
Finalmente,
o terceiro ponto “esclarecer a leitura quando esta é muito misteriosa.
Interpretamos a Bíblia dentro do contexto”, também foi por água abaixo. O
Comitê de tradução fez sua teologia reger a tradução.
Em Mt.
25:46, IIPd.2:9 e At. 4:21, vemos a palavra grega kolaoontai, que se
refere ao castigo.
No
entanto, como a Torre de Vigia nega o ensino do castigo eterno, eles alteram as
duas passagens, de Mateus e II Pedro, traduzindo “castigo” como “decepamento”.
Só que em Atos a mesma palavra (kolaoontai) aparecee eles traduzem como
“castigo”.
Já que a
TIR (ou KIT, em inglês) dá a tradução literal do grego-inglês e o texto da TNM
entre as linhas, sugerimos que se veja esta tradução para as citações acima.
Por que o nome de “Jeová” é usado nas Escrituras Gregas Cristãs?
A Torre
de Vigia leva seus seguidores a crerem que sua tradução também é superior por
restaurar o nome divino de Jeová (Yahweh) na Bíblia. O livro “O Nome Divino
que Durará Para Sempre” diz que uma igreja cristã apóstata tirou o nome
divino e colocou “Senhor” em seu lugar.
No
entanto, eles tem baseado esta ideia, em parte, de um artigo publicado pelo
prof. George Howard em março de1978 na Revista de Arqueologia Bíblica. Só que
os TJ nunca perguntaram se as ideias de Howard são apoiadas pela evidência.
Esta
questão foi dirigida pelo Dr. Alberto Pietersma da Universidade de Toronto.
Escrevendo em De Sepuaginta, uma coleção de artigos eruditos, por
experts na Septuaginta, Piertersma estuda cuidadosamente o uso dos três mais
velhos manuscritos do AT. Ele deduz que a teoria de Howard é falsa.
Mais
adiante no livro TJ “Entendimento das Escrituras” vemos: “o nome divino
aparece em traduções das Escrituras Gregas Cristãs em hebraico, em passagens
onde se fazem citações diretamente das Escrituras Hebraicas inspiradas”. Isto é
só uma citação do livro deles “Restaurando o Nome Divino”, conceito
visto na concordância do TIR (pp. 10ss).
O Comitê
partiu da proposição que um tradutor moderno possa traduzir as palavras gregas kyrios
e theos como o nome divino Jeová (Yahweh), quando os escritores cristãos
inspirados citam o nome divino onde aparece no hebraico.
Infelizmento,
mais uma vez o Comitê seguiu esta regra só quando não contradiz sua teologia.
Fl. 2:10,11 dá um bom exemplo. A Escritura é clara em dizer que um dia
todo joelho se dobrará e toda língua confessará que “Jesus é Senhor”. No
entanto, a passagem que Filipenses cita vem de Is. 45:23 que fala que é a Jeová
que todo joelho se dobrará.
Portanto,
baseado na própria regra de tradução da Torre de Vigia, o Senhor falado em
Filipenses é Jeová. Mas note que a edição da TNM de 1950 diziam que esta
citação de Filipenses vinha de Is. 45:23.
Os
numerosos estudiosos competentes em línguas bíblicas condenaram a TNM como uma
distorção da Palavra de Deus. Por exemplo, veja The Bible Collector
(dezembro, 1971), onde dedicam três artigos analisando a TNM.
Assim foi
demonstrado que a Torre de Vigia tem, por suas próprias normas, provado que sua
tradução da Bíblia é falsa. Aqueles que desejam uma excelente tradução podem
optar pela Bíblia de Jerusalém ou a Almeida para escapar das falsidades da TNM.
[1] Fonte:
Observatório Watchtower
[2]
Fonte: Humblesmith Tradução: Emerson de Oliveira
[3]
Fonte: Giocities Tradução: Emerson Oliveira
[4]
Fonte: jimmyakin.com Tradução: Emerson Oliveira
[5] Obras
para pesquisa: Introdução
ao estudo do novo testamento grego, W. C. Taylor (Ed. Batista Regular); Gramática
Grega, Antonio Freire (Ed. Martins Fontes); Metodologia de exegese
bíblica, Cássio Murilo Dias da Silva (Ed.). Fonte: Logos Apologética
Cristã. Autor:
William Edson.
[6]
Autor:
Rev. Jack Howell Tradução: Emerson de Oliveira
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