quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Papa: "Os casais de segunda união não estão excomungados; eles são membros da Igreja".


CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 5 de agosto de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Com esta catequese retomamos a nossa reflexão sobre família. Depois de ter falado, da última vez, das famílias feridas por causa da incompreensão dos cônjuges, hoje gostaria de parar a nossa atenção sobre outra realidade: como cuidar daqueles que, após o fracasso irreversível do seu laço matrimonial, assumiram uma nova união.

A Igreja sabe bem que tal situação contradiz o sacramento cristão. Todavia, o seu olhar de mestre parte sempre de um coração de mãe; um coração que, animado pelo Espírito Santo, busca sempre o bem e a salvação das pessoas. Eis porque sente o dever, “por amor da verdade”, de “bem discernir as situações”. Assim se expressava São João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris consortio (n.84), levando como exemplo a diferença entre quem sofreu a separação e quem a provocou. É preciso fazer esse discernimento.

Se depois olhamos também para estes novos laços com os olhos dos filhos pequenos – e os pequenos olham – com os olhos das crianças, vemos ainda mais a urgência de desenvolver nas nossas comunidades um acolhimento real para com as pessoas que vivem tais situações. Por isso, é importante que o estilo da comunidade, a sua linguagem, as suas atitudes, estejam sempre atentas às pessoas, a partir dos pequenos. Eles são aqueles que sofrem mais, nestas situações. De resto, como podemos recomendar a estes pais que façam de tudo para educar os filhos à vida cristã, dando a eles o exemplo de uma fé convicta e praticada, se os mantemos à distância da vida da comunidade, como se fossem excomungados? Deve-se certificar de não atribuir outros pesos àqueles que os filhos, nestas situações, já estão tendo que carregar! Infelizmente, o número destas crianças é realmente grande. É importante que elas sintam a Igreja como mãe atenta a todos, sempre disposta à escuta e ao encontro. 

A Igreja no Japão recorda os 70 anos de Hiroshima e Nagasaki


Amanhã, 06 de agosto de 2015, ocorre o 70º aniversário do desastre de Hiroshima, no Japão. Pela primeira vez na história foi lançada uma bomba atômica e as consequências foram terríveis: 80 mil mortos e quase 40 mil feridos, mais de 13 mil desaparecidos e, nos anos seguintes, inúmeras vítimas por causa da radiação. No total, cerca de 250 mil mortos. Somadas a estas estão as vítimas de outra bomba que os Estados Unidos lançaram sobre o Japão, em 9 de agosto de 1945, em Nagasaki, três dias depois de Hiroshima: 70 mil vítimas até o final do ano e mais de 70 mil nos anos seguintes.

Para recordar, Dom Tarcísio Isao Kikuchi, bispo de Niigata e presidente da Caritas Ásia, emitiu uma mensagem ressaltando que o Japão pode contribuir para a paz "não com novas armas, mas com suas atividades de nobre e longa história no crescimento mundial, especialmente nos chamados países em desenvolvimento". "Eu acredito - escreveu o arcebispo, citado pela agência AsiaNews - que esta contribuição para o desenvolvimento, que leva ao pleno respeito e realização da dignidade humana, seria muito apreciada e respeitada pela comunidade internacional".

Iraque: há um ano, o ataque do Estado Islâmico tomava Mossul


"Apelo aos cristãos de todo o mundo para se unirem a nós neste primeiro aniversário da conquista das aldeias cristãs da planície de Nínive por parte do EI, em 7 de agosto de 2014, menos de um mês após a de Mossul", escreveu o patriarca da Babilônia dos Caldeus, Louis Raphaël I Sako, na oração que voltará ao papa e aos bispos de todo o mundo para lembrar a difícil situação dos cristãos locais, expulsos da província iraquiana de noite, entre 6 e 7 de agosto, quando a milícia do Estado Islâmico os obrigou a fugir da região autônoma do Curdistão iraquiano, onde muitos ainda vivem em situações trágicas.

No texto, mencionado pelo Osservatore Romano e pelo site BaghdadHope, Sako sublinha que Jesus nos ensinou "a rezar ao Pai" e assegurou "que tudo o que pedirmos, conseguiremos". E continua: “Nós nos confiamos a ti e te pedimos a força de ser firmes durante esta violenta tempestade para ter a paz e a segurança antes que seja tarde demais. Esta é a nossa oração e, embora pareça difícil, confiamos que podes dar-nos o necessário para a nossa sobrevivência e para o nosso futuro".

"Ajuda-nos, Pai, a trabalhar em conjunto, a ser livres, responsáveis e amorosos e a cumprir a tua vontade com alegria, atenção e coragem. Em Caná, a Mãe de Jesus foi a primeira a notar que faltava o vinho; com a sua intercessão, pedimos, ó Pai, que mudes a nossa situação da morte para a vida, assim como o teu Filho transformou a água em vinho". 

Discurso do Papa no encontro com acólitos e coroinhas


DISCURSO
Encontro do Santo Padre com os participantes da
peregrinação internacional de acólitos e coroinhas a Roma
Terça-feira, 4 de agosto de 2015


Queridos Acólitos, Bom dia.

Agradeço a vossa presença numerosa que desafiou o sol romano de agosto. Agradeço o Bispo Dom Nemet, vosso Presidente, pelas palavras com que introduziu este encontro. Saístes de vários Países para fazer a vossa peregrinação a Roma, lugar do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo. É significativo ver que a proximidade e familiaridade com Jesus Eucaristia no serviço do altar, torna-se também uma oportunidade para abrir-se aos outros, para caminhar juntos, de escolher metas de compromisso e encontrar as forças para alcançá-las. É fonte de verdadeira alegria reconhecer-se pequeno e fraco, mas sabendo que, com a ajuda de Jesus, podemos ser revestidos de força e realizar uma grande viagem na vida com Ele.

O profeta Isaías também descobre esta verdade, ou seja, que Deus purifica as suas intenções, perdoa os seus pecados, cura o seu coração e torna-o idôneo para realizar uma tarefa importante: levar a palavra de Deus ao povo, tornando-se instrumento da presença e da misericórdia divina. Isaías descobre que, ao colocar-se confiadamente nas mãos do Senhor, toda a sua existência se transforma.

A passagem bíblica que escutamos fala-nos justamente sobre isso. Isaías tem uma visão, que lhe faz perceber a majestade do Senhor, mas, ao mesmo tempo, mostra-lhe como Deus, embora se revele, permanece distante.

Isaías descobre, com assombro, que é Deus quem dá o primeiro passo, que se aproxima em primeiro lugar; Isaías percebe que a ação divina não é impedida pelas suas imperfeições pessoais, mas que somente a benevolência divina é capaz de torná-lo idôneo para a missão, transformando-o numa pessoa totalmente nova e, portanto, capaz de responder ao chamado de Deus e dizer: “Aqui estou, envia-me” (Is 6,8). 

Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Oriente Médio - 6 de Agosto.


Eu tenho uma pergunta para fazer a vocês – mas não respondam em voz alta, apenas em seus corações. Quem de vocês reza pelos cristãos que estão sendo perseguidos? Quantos rezam? Cada um responda em seu coração. Eu rezo por meu irmão, por minha irmã que está em dificuldade porque ele confessa e defende a sua fé? É muito importante olhar para além de nossas próprias fronteiras, para sentir que nós somos uma só igreja, uma só família em Deus! - Papa Francisco.

A cada cinco minutos um cristão é assassinado simplesmente por professar a sua fé. E o Oriente Médio é a região onde a perseguição hoje é mais cruel. A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), através de seus benfeitores, está fazendo tudo ao seu alcance para socorrer materialmente e espiritualmente os perseguidos, construindo casas, escolas, provendo alimento, medicamento, sustentando os heroicos missionários que diariamente doam suas vidas para salvar outras tantas e tudo mais que se faz necessário para ajudá-los a alcançar algo que é mais próximo de uma vida normal, para dar-lhes esperança e força para suportar todas as dificuldades.

No entanto, no dia 6 de agosto, quando se completa um ano da fuga de milhares de cristãos do norte do Iraque, a AIS pede o mais importante: a oração. Com o apoio da CNBB, a Ajuda à Igreja que Sofre convida você e sua comunidade a celebrar a Santa Missa nas intenções dos cristãos perseguidos no Oriente Médio. Se não for possível a Missa, um terço ou mesmo nas orações pessoais que cada um possa fazer. O mais importante é que todos estejam unidos em oração.

Em São Paulo, na Catedral da Sé, haverá uma celebração às 16h30m presidida pelo Cardeal Arcebispo Dom Odilo Pedro Scherer

A perseguição não está acontecendo aqui, mas está acontecendo agora! Para rezar também é preciso conhecer. Nesta página você tem acesso às informações sobre o que acontece no Oriente Médio e os testemunhos de sofrimento e martírio vividos pelo “povo da cruz”, como são chamados os cristãos pelos seus perseguidores.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Congregação para Doutrina da Fé concluirá estudo sobre Medjugorje no outono.



Cardeal Müller confirma que o Papa Francisco tomará “decisão” final sobre Medjugorje.

Em uma entrevista com Katholish.de o Prefeito da CDF Gerhard Ludwig Müller disse que o dicastério vaticano vai lidar com dossiê Medjugorje no Outono.

No que diz respeito a decisão do Vaticano sobre a cidade de Medjugorje está em andamento, Müller reiterou que os resultados da comissão presidida pelo Cardeal Camillo Ruini, “ter examinado toda a questão em profundidade” e toda a documentação relacionada será examinada pela Congregação para a Doutrina da fé “na sessão de Outono.” O dicastério, então, informará o Papa de sua opinião e ele vai tomar a “decisão” final.

Homilética: 19º Domingo Comum - Ano B: "A Força da Eucaristia".


A liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta, uma vez mais, da preocupação de Deus em oferecer aos homens o «pão» da vida plena e definitiva. Por outro lado, convida os homens a prescindirem do orgulho e da auto-suficiência e a acolherem, com reconhecimento e gratidão, os dons de Deus.

O alimento e a água dados por Deus ao profeta Elias, que lhe restauram as forças e o sustentam na longa caminhada até a Montanha de Deus, são transparentes figuras da eucaristia e do batismo, que dão a vida eterna e sustentam o cristão no caminho para Deus.

Jesus está no céu com o seu Corpo glorioso; também está na terra de várias maneiras, mas a maneira mais especial, mais bonita e mais misteriosa é esta: a Eucaristia. E Eucaristia quer dizer ação de graças. Que momento tão belo! Por isso, depois da comunhão temos o costume de dar graças a Deus, dizer-lhe o nosso muito obrigado. Quando os pais veem os seus filhos pouco agradecidos depois de receberem presentes, costumam lembrá-los: “como é que se diz, filho?” Então a criança, meio tímida, diz ao seu benfeitor: “muito obrigado”. É preciso ser agradecidos. Deus é tão bom!

Na verdade, para um momento tão especial como este, devemos estar atentos aos detalhes. No entanto, o mais importante é que nos aproximemos da Hóstia Santa e a tomemos em nossa boca tão somente se estamos em estado de graça, isto é, se não cometemos nenhum pecado mortal (= grave) desde a última confissão bem feita. Também é importante, e a Igreja assim o exige, que, uma hora antes da comunhão, nada comamos ou bebamos (com exceção de água e remédios). Logicamente, há causas graves que dispensam da obrigação de guardar o assim chamado jejum eucarístico.

Quanto aos detalhes que devemos guardar com relação à Hóstia Santa que vamos receber, é questão de amor! A comunhão será tanto mais frutuosa quanto mais amor houver. Quem deseja comungar e vai se preparando para esse momento durante as horas que antecedem a Santa Missa, entrará numa profunda e íntima comunhão com o Senhor do céu e da terra, Jesus Cristo. Quem, depois de comungar, agradece a Deus por que ele veio à sua alma e por todos os dons que lhe concede, está abrindo o coração para receber novas graças. Deus se deixa atrair por uma pessoa agradecida. É verdade que às vezes podemos ficar um pouco perdidos depois da Comunhão, sem saber direito o que dizer ao Senhor: basta que queiramos dar-lhe graças e nos mantenhamos recolhidos deixando que flua o diálogo com Deus. Também podemos utilizar aqueles livros que contêm orações para facilitar a nossa ação de graças: enquanto recitamos tais orações vocais, o nosso coração vai acompanhando o que elas significam e vamos fazendo nossas as palavras que lemos.

Nigéria: Boko Haram liberta 178 reféns

Do total, 67 mulheres e 101 crianças iam ser usadas como bombas humanas

178 pessoas foram libertadas pelos militares nigerianos que destruíram alguns campos do Boko Haram perto da aldeia de Bitta, sudeste de Maiduguri, na região norte da Nigéria. É nesta área do Estado de Borno que o grupo extremista vem cometendo a maior parte das suas ações terroristas, matando, em pouco mais de dois meses do novo governo do presidente Muhammadi Buhari, cerca de 800 pessoas.

Os soldados já resgataram centenas de reféns destinados a morte certa, inclusive as crianças, usadas ​​pelos militantes como suicidas inconscientes.

O Boko Haram continua na mira dos exércitos aliados do Camarões e do Chade, que, em operação realizada nos últimos dias, no nordeste da Nigéria, mataram mais de 100 milicianos. A ofensiva, no entanto, não está barrando a onda de violência que, desde 2009, causou mais de 15 mil mortes. Na noite deste sábado para domingo, os extremistas queimaram casas e mataram 13 pessoas na cidade de Malari, nordeste da Nigéria.