A liturgia do 20º Domingo do Tempo Comum repete o tema dos últimos domingos: Deus quer oferecer aos homens, em todos os momentos da sua caminhada pela terra, o “pão” da vida plena e definitiva. Naturalmente, os homens têm de fazer a sua escolha e de acolher esse dom.
Vimos nos domingos passados algumas dimensões da Eucaristia: e Eucaristia como sacrifício, como presença real de Cristo e como penhor de imortalidade. Hoje a liturgia nos propõe outra dimensão: a Eucaristia como banquete e que nos une a Cristo na comunhão (1ª leitura e evangelho). E os termos que São João emprega e repete são de um realismo que não cabe dúvida alguma: não é qualquer comida, mas comida celestial. Para esta comida são convidados todos sem exceção, como diz São Francisco de Sales: “os perfeitos para não decair; os imperfeitos, para aspirar à perfeição; os fortes para não enfraquecerem; os fracos para se robustecerem; os doentes para se curarem; os sãos para não se enfermarem” (Introdução à vida devota, II, 21). Logicamente com as devidas disposições.
Vimos nos domingos passados algumas dimensões da Eucaristia: e Eucaristia como sacrifício, como presença real de Cristo e como penhor de imortalidade. Hoje a liturgia nos propõe outra dimensão: a Eucaristia como banquete e que nos une a Cristo na comunhão (1ª leitura e evangelho). E os termos que São João emprega e repete são de um realismo que não cabe dúvida alguma: não é qualquer comida, mas comida celestial. Para esta comida são convidados todos sem exceção, como diz São Francisco de Sales: “os perfeitos para não decair; os imperfeitos, para aspirar à perfeição; os fortes para não enfraquecerem; os fracos para se robustecerem; os doentes para se curarem; os sãos para não se enfermarem” (Introdução à vida devota, II, 21). Logicamente com as devidas disposições.
Mediante a comunhão, Cristo entra em comum união íntima conosco. Faz-nos partícipes da sua vida divina. Somos contemporâneos da Última Ceia. Conserva, aumenta e renova a vida de graça recebida no batismo. Separa-nos do pecado. Apaga os pecados veniais. Preserva-nos dos pecados futuros. E nos dá o penhor da glória futura, como já vimos. A aspiração à comunhão com Deus está presentes em todas as religiões. A partir dai os sacrifícios e comidas sagradas nas que se considera que Deus compartilha algo com o homem. Esses sacrifícios do Antigo Testamento preparam já esse desejo do homem de entrar em comunhão com Deus. Foi Cristo quem encheu esse desejo do homem. Com a sua Encarnação, Cristo compartilhou a nossa natureza humana para fazer-nos partícipes da sua natureza divina. Foi na Eucaristia onde Deus concretizou y fez realidade este desejo do homem. De uma maneira plástica São João Crisóstomo diz: “Temos que beber o cálice como se puséssemos os lábios no lado aberto de Cristo”.
Que efeitos produz, pois, esta comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo em nós? Efeito cristológico: incorpora-nos a Cristo, aumentando a graça e concedendo-nos o perdão dos pecados veniais. Efeito eclesiológico: une-nos à Igreja, corpo místico de Cristo, pois a Eucaristia simboliza a unidade da Igreja; mais ainda, constrói e edifica a Igreja como nos diz Santo Agostinho e nos recordou São João Paulo II na sua encíclica sobre a Eucaristia. Efeito escatológico: a Eucaristia é o banquete do Reino, inaugurado por Cristo e que se consumará de forma definitiva no céu. A Eucaristia é figura do banquete celestial. A Eucaristia antecipa o gozo do banquete futuro. A comunhão é o germe e o remédio de imortalidade, como nos disse Santo Inácio de Antioquia.
Agora bem, para entrar neste banquete se necessitam umas condições. Primeiro, fé, pois a Eucaristia é um mistério de fé. Vemos, saboreamos e tocamos pão; mas já não é pão, senão o Corpo Sacratíssimo de Cristo e o Sangue bendito de Cristo. “Não te perguntes se isto é verdade, mas acolhe melhor com fé as palavras do Senhor, porque Ele, que é a Verdade, não mente” (Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae III, 75, 1). Segundo, humildade, para reconhecermo-nos famintos e necessitados desse Pão de vida eterna. Quem estiver farto e cheio dos manjares terremos, dificilmente terá fome deste manjar celestial. Terceiro, com a alma limpa de pecado grave. A alma em graça é o traje de festa que pedia Jesus (cf. Mt 22,11). São João Crisóstomo diz: “Se te aproximares bem purificado, recebes grande beneficio; se te aproximares manchado de culpa, fazes-te merecedor da pena e do castigo eterno. Porque com as tuas culpas o crucificas de novo” (Homilia evangelho de São João 45). Junto a estas disposições interiores estão as disposições externas: jejum, isto é, não comer nada uma hora antes de comungar; o modo digno de vestir e as posturas respeitosas. O cura de Ars dizia: “Devemos nos apresentar com vestidos decentes: não pretendendo ser trajes nem enfeites ricos, mas não devem ser descuidados e gastados... tendes que vir bem penteados, com o rosto e as mãos limpas” (Sermão sobre a comunhão).