Mensagem
aos Diáconos Permanentes
Caro irmão Diácono permanente,
A Paz do Senhor!
Quero, hoje, quando celebramos a memória de São
Lourenço, em nome da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados
e a Vida Consagrada, dirigir-me aos Diáconos Permanentes de nosso imenso Brasil
para congratular-me com cada um dos senhores pelo ministério que exercem no
seio de tantas comunidades.
Os diáconos tem origem apostólica! Segundo o livro
dos Atos dos Apóstolos, diante do crescimento do número de discípulos, das
lamentações apresentadas por alguns e o empenho dos apóstolos no exercício da
pregação, foram escolhidos homens de “boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria” para o serviço das mesas.
A restauração do Diaconado Permanente na Igreja
está completando 50 anos. Trata-se certamente de algo importante para a vida
das distintas comunidades que constituem as Igrejas Particulares. Muito já se
fez em vista de tal restauração, muito se está fazendo e tanto ainda deverá ser
aprimorado.
A aprovação das Diretrizes para o Diaconado
Permanente da Igreja no Brasil (Doc. 96) representa um marco no processo de
restauração desse Ministério. Através das orientações para a formação, vida e
ministério que elas propõem, podemos certamente encontrar indicações seguras
para “continuar contribuindo, através do ministério e testemunho de vida, para
que Jesus Cristo seja reconhecido e amado especialmente nos irmãos e irmãs que
mais necessitam”.
O ministério não é algo que nos pertence. A vocação
é dom divino, e como tal deve ser acolhida, avaliada e promovida! O ministério
é algo que recebemos da Igreja! O que realizamos é resposta generosa ao dom, em
favor da Igreja. Desenvolvemos o ministério em comunhão com os Pastores que
Deus colocou à frente de sua Igreja, dispostos a participar ativa, cordial e
evangelicamente das “alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias” da
humanidade de hoje.
Testemunho de fé se expressa certamente de muitos
modos. O teu empenho e a tua determinação no serviço às mesas é expressão de
cooperação na obra da evangelização. Neste sentido vale recordar o que diz as
Diretrizes para o Diaconado Permanente da Igreja no Brasil: “A promoção da
caridade e do serviço constitui um campo privilegiado de evangelização. O
diácono testemunha a presença viva da caridade de toda a Igreja e contribui
para a edificação do Corpo de Cristo, reunindo a comunidade dispersa, desenvolvendo
o senso comunitário e o espírito de família. Vai ao encontro das pessoas de
qualquer religião ou raça, classe ou situação social, fazendo-se um servidor de
todos como Jesus” (n. 55).
Quero também agradecer à tua família que participa
de forma particular no exercício do teu ministério. É nela – na tua família –
que por primeiro brilha o teu testemunho de fidelidade e o teu empenho na ação
evangelizadora. Mostras assim que as obrigações familiares, de trabalho e do
ministério podem harmonizar-se no serviço da missão da Igreja (João Paulo II.
19.09.1987).
Agradeço todo bem que realizas em favor da
comunidade onde exerces o ministério. Faço votos que juntos possamos promover
de forma vigorosa o Diaconado Permanente em nossa Igreja do Brasil.
Que o Senhor te abençoe, inspire e ilumine.
Brasília, 10 de agosto de 2015
Em Cristo,
Dom
Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre e Presidente
da Comissão Episcopal
Pastoral para os Ministérios Ordenados e
a Vida Consagrada
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