“A Língua Latina é a língua própria da Igreja
Romana.”[i]
A língua oficial para a celebração da Santa Missa e
de todos os atos litúrgicos, no rito romano, em ambas as formas, tradicional
(tridentina, extraordinária, pré-conciliar, de São Pio V e do Beato João XXIII)
e moderna (renovada, ordinária, pós-conciliar, de Paulo VI e de João Paulo II),
é o latim. “O Latim exprime de maneira palmar e sensível a unidade e a
universalidade da Igreja.”[ii] O Concílio Vaticano II, ao contrário do que
muitos pensam, não aboliu o uso do idioma latino, antes o incentivou. “Salvo o
direito particular, seja conservado o uso da Língua Latina nos Ritos
latinos.”[iii]
Já antes do Concílio, o Beato João XXIII, que o
convocou, ensinara:
“Que o antigo uso da Língua Latina seja mantido, e
onde houver caído quase em abandono, seja absolutamente restabelecido. –
Ninguém por afã de novidade escreva contra o uso da Língua Latina nos sagrados
ritos da Liturgia.”[iv]
O latim permanece idioma oficial do culto no rito
romano, mesmo após a reforma empreendida por Paulo VI e João Paulo II, por
ocasião do Vaticano II. O rito romano moderno, sobre o qual tratamos nesta
obra, é celebrado, pois, em latim, sua língua própria. Não houve uma proibição
do latim, mas sim a permissão para que a Missa seja oferecida em vernáculo,
i.e., nas línguas nacionais dos vários países. Pode-se, além disso, dizer
determinadas partes da Missa em latim e outras em vernáculo.
Portanto, a regra é que a Missa e os demais atos
litúrgicos (Ofício, sacramentos, sacramentais), no rito romano em sua forma
ordinária, deva ser celebrada em latim, permitindo-se que seja oferecida em
vernáculo.