quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Santuário de São Sebastião, no Rio de Janeiro, é elevado a Basílica Menor


O Santuário São Sebastião, dos Frades Capuchinhos, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, foi elevado pelo Papa Francisco ao grau de Basílica Menor, o mais alto posto que uma Igreja pode alcançar. “Com a nova Basílica, a Igreja Católica do Rio assume uma responsabilidade maior de ajudar a cidade e os habitantes”, disse o Arcebispo, Cardeal Orani João Tempesta, durante a celebração no domingo, 1º de novembro.

Dom Orani representou o Papa Francisco e presidiu a cerimônia de elevação, que contou com a presença de autoridades civis e religiosas.

“Com alegria nós participamos desta celebração de elevação do Santuário São Sebastião Frades Capuchinhos à Basílica Menor nesta solenidade de Todos os Santos”, expressou o Cardeal.

Segundo ele, “além da ligação com Roma, da autorização do Santo Padre para que ocorresse essa elevação, nós sabemos que neste ano em que a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro completa seus 450 anos trazemos à tona uma ligação muito importante que sempre existiu e que hoje nós temos o compromisso de reavivá-la nessa nossa cidade, que quando foi criada já nasceu e foi fundada justamente com a devoção a São Sebastião, sendo marcada desde o início pela ligação com a fé católica”.

Durante a cerimônia, foi lido o decreto que elevou o Santuário à Basílica Menor e houve a entrada das insígnias papais: a Umbrela Basilical e o Tintinabulo.

Ao final, foi assinada a ata de elevação da Igreja à Basílica pelo Cardeal Orani, pelo Provincial da Ordem dos Capuchinhos do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Frei Luiz Carlos Siqueira, pelo Reitor do Santuário Basílica de São Sebastião, Frei Arles de Jesus, e pelo secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero. 

Vatileaks: "No Vaticano também tem pessoas leais", afirma o Pe. Lombardi.


A atmosfera é elétrica no Vaticano após a prisão de Mons. Balda e de Francesca Chaouqui por causa de um novo caso de vazamento de documentos confidenciais. Cada um tem a sua versão sobre o fato (talvez evitável) desse segundo Vatileaks. Quem tentando tranquilizar o estado de espírito do Papa, como Mons. Angelo Becciu, substituto da Secretaria de Estado, que no perfil do Twitter ontem à tarde escrevia: “Acabei de ver o Papa. Suas palavras exatas: sigamos em frente com serenidade e determinação”. Quem tentando dar uma leitura a este triste acontecimento, como mons. Nunzio Galantino, secretário geral da CEI, que declarou à TV2000: “"Certamente, alguém está com medo do processo de renovação que o Papa Francisco está fazendo, alguém teme uma Igreja credível".

As investigações da Gendarmeria, no entanto, se resumem aos dois suspeitos. “Não existem outros”, confirmou o Pe. Federico Lombardi respondendo às perguntas dos jornalistas; muito menos foram interrogadas pessoas de fora do Vaticano. O porta-voz do Vaticano também negou a notícia do site espanhol Religion Digital, segundo o qual estariam interrogando agora o marido da Chaouqui: Corrado Lanino, funcionário da Oasi Diagram, sociedade do grupo Icbpi especializada em sistemas informáticos e anti-lavagem de dinheiro que há dois anos “modernizou” os sistemas informáticos do IOR.

"As minhas fontes, que são mais diretas do que as de Religion Digital, não falam disso”, disse Lombardi, convidando a prestar atenção porque “uma coisa é que à luz dos dos resultados dos interrogatórios realizados, depois, se façam as verificações; outra é que as pessoas sejam interrogadas pessoas como suspeitos... que existam atividades de aprofundamento das investigações, também por meio de declarações contraditórias, faz parte da absoluta normalidade. Não quer dizer com toda pessoa com quem se fala se deve fazer um interrogatório”.

Os "corvos" só são, então, os dois ex-membros do Cosea: o monsenhor espanhol - que, segundo o cardeal Giuseppe Versaldi, prefeito da Congregação para a Educação Católica, no Messaggero, provavelmente tem a “síndrome do justiceiro” – e a Pr calabresa, que em algumas entrevistas (que, porém, diz não querer dá-las porque “o que tenho a dizer sobre a investigação direi apenas aos investigadores") se declara totalmente alhea aos fatos e joga toda culpa ao eclesiástico.

A mulher foi liberada pela polícia por ter cooperado com a investigação e foi interrogada ontem. Balda, no entanto, permanece sob custódia, atualmente na mesma cela de seu "antecessor", Paolo Gabriele, o mordomo de Bento XVI que em 2012 vazou cartas reservadas do Pontífice que terminaram no livro do jornalista Mediaset Gianluigi Nuzzi, "Sua Santidade" .

E é novamente Nuzzi, com seu "jornalismo taumatúrgico” - como observa com ironia e brilho o editor do Il Sismógrafo, Luis Badilla -, um dos dois protagonistas deste escândalo do vaticano. O outro é Emiliano Fittipaldi, autor de "Avarizia", que será lançado amanhã, juntamente com "Via Crucis" (Chiarelettere). Em ambos os livros são publicadas todas as informações, destinadas a permanecer confidenciais, de documentos Cosea passados por debaixo da mesa. Além disso, no livro de Nuzzi - apresentado esta manhã em Roma - há alguns registros de reuniões privadas entre o Papa e alguns prelados sobre questões financeiras. 

A cruz de Jesus é skandalon!


O cristão anda meio perdido nestes tempos líquidos de cultura sentimentalista e subjetivista. O Catolicismo ainda guarda alguma sanidade frente a enxurrada que está levando tudo embora: cultura, religião, ética, política, valores, etc. O tempo que vivemos é de forte sentimentalismo e subjetivismo e todos os âmbitos, inclusive no âmbito da religião. O "sentir", que tem como sinônimos os arrepios, choros e desmaios, vem como expressão de uma propalada "experiência de Deus" sentimentalista e emocional.

O culto neopentecostal e pentecostal já se rendeu a isto há muito tempo. A missa católica ainda não completamente, mas, em parte sim. Basta ver a luta dos Bispos para inculcar no povo que canta nas Paróquias a necessidade de se colocar cânticos litúrgicos na missa. Na maioria das vezes estes são substituídos por cânticos de cunho sentimental e intimista. Outro dia meu Bispo Diocesano celebrou a missa numa Paróquia onde cantaram a música "Como Zaqueu" de cântico de entrada. Outro sinal desta confusão presente na Igreja é o personalismo presidencial na liturgia. A coisa mais comum que se houve dos leigos é: "como o senhor gosta que organizemos a liturgia, padre?". Esta pergunta é absurda, pois a liturgia da Igreja é a Liturgia do Missal e dos livros litúrgicos, das normas litúrgicas e das rubricas. O padre não tem que inventar a roda! Ele é um servo da liturgia! No entanto, por causa do caráter subjetivista e sentimentalista do nosso tempo, muitos padres fazem nos presbitérios e nas santas missas verdadeiros carnavais, festas juninas, sessão de descarrego, entre outras bizarrices, para tentar angariar público! Nada trai tanto a verdadeira identidade católica! 

Vatileaks, “alguém tem medo do processo de renovação do Papa”, diz Dom Galantino


“É um ataque à Igreja, mas não saberia afirmar de onde vem. Seguramente, alguém está com medo com o processo de renovação que o Papa Francisco está realizando na Igreja”. É o que afirmou o secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana, dom Nunzio Galantino, em entrevista que foi ao ar nesta terça-feira através dos meios de comunicação da Igreja católica italiana (TV2000 e inBlu Rádio), comentando o novo Vatileaks e a fuga de documento reservados do Vaticano.

“Acredito que alguém – acrescentou dom Galantino – tem medo de uma Igreja que não apresente mais como rocha inabalável nalguns pontos, que começa a ser enxergada com um olhar mais humano também pelos não crentes e isto parece fazer perder a razão a alguém. Alguns ataques são absolutamente injustificáveis”.

“Estas quatro pessoas – destacou o secretário geral da CEI – se é verdade que disseram que agira pelo bem do Papa, falaram um monte de bobagens e sabem que estão mentindo, porque não se quer bem a uma pessoa esfaqueando-a pelas costas ou gravando conversas reservadas. Ito não se faz. É uma falta total de respeito. São ações sem qualquer ética. É gesto execrável!” 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sacerdote espanhol de 87 anos agredido no confessionário por um delinquente


No último domingo, 1º de novembro, Pe. José Luis Zurita, de 87 anos, estava atendendo a confissão de fiéis em uma Igreja em Málaga (Espanha), quando um desconhecido entrou no templo, dirigiu-se ao confessionário e o agrediu repetidamente no rosto.

Segundo uma testemunha, citada pelo jornal ‘Málaga hoy’, “um homem entrou na Paróquia (Stella Maris) e começou a olhar todos os confessionários. Viu que havia alguém no segundo, o mais próximo do altar, e deu vários socos no Pe. José Luis”.

Aproximadamente seis pessoas tiveram que deter o sujeito de 30 anos, a fim de que deixasse de agredir o sacerdote. Finalmente foi levado preso pela polícia.

“Eu tinha acabado de me confessar e estava rezando o terço. Vi que um homem, começou a agredir o sacerdote, o qual estava indefeso e não parava de sangrar”, narrou outra mulher que estava na Igreja quando ocorreu essa agressão. 

Espanha: igreja é atacada, sacrário é danificado e pichações são feitas em árabe


A igreja do Carmo, capela da localidade espanhola de Rincón de la Victoria, no sul do país, sofreu na madrugada desta segunda-feira um ataque em que foram danificados o sacrário, numerosos objetos litúrgicos e três imagens devocionais (uma do Sagrado Coração, uma da Virgem do Carmo e um Crucifixo). Pichações em árabe permitem ler a palavra “Alá”.


O bispado de Málaga informou que os danos foram descobertos pelo pároco Agustín Carrasco e que, aparentemente, nada foi roubado da igreja.

É o segundo caso com estas características em Rincón de la Victoria em pouco mais de um mês. Em 28 de setembro, um jovem de origem marroquina foi detido por quebrar com uma pedrada o vidro de proteção de uma imagem da Virgem do Carmo, enquanto gritava “Alá é grande”.


A diocese expressou seu profundo pesar pelos fatos que considera frutos de vandalismo isolado, mas pediu diálogo. “Incentivamos a continuar o diálogo e a convivência pacífica para que esse tipo de fato não produza uma deterioração no respeito e na fraternidade entre os diferentes grupos religiosos”. 

Família é lugar onde se treina o perdão recíproco, diz Papa


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A Assembleia do Sínodo dos Bispos, que se concluiu há pouco, refletiu a fundo a vocação e a missão da família na vida da Igreja e da sociedade contemporânea. Foi um evento de graça. Ao término, os padres sinodais me entregaram o texto de suas conclusões. Quis que esse texto fosse publicado para que todos participassem do trabalho em que nos viram empenhados juntos por dois anos. Esse não é o momento de examinar tais conclusões, sobre as quais devo eu mesmo meditar.

Nesse meio de tempo, porém, a vida não para, em particular a vida das famílias não para! Vocês, queridas famílias, estão sempre em caminho. E continuamente escrevem já nas páginas da vida concreta a beleza do Evangelho da família. Em um mundo que às vezes se torna árido de vida e de amor, a cada dia vocês falam do grande dom que são o matrimônio e a família.

Hoje gostaria de destacar esse aspecto: que a família é uma grande academia de treinamento ao dom e ao perdão recíproco sem o qual nenhum amor pode durar muito. Sem se doar e sem se perdoar o amor não permanece. Na oração que Ele mesmo nos ensinou – isso é, o Pai Nosso – Jesus nos faz pedir ao Pai: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. E no fim comenta: “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará” (Mt 6, 12. 14-15). Não se pode viver sem se perdoar, ou ao menos não se pode viver bem, especialmente em família. Todo dia cometemos erros uns com os outros. Devemos levar em conta esses erros, devidos à nossa fragilidade e ao nosso egoísmo. O que porém é pedido a nós é curar logo as feridas que nos fazem, tecer de novo imediatamente os fios que se rompem na família. Se esperamos muito, tudo se torna mais difícil. E há um segredo simples para curar as feridas e para rejeitar as acusações. É isso: não deixar terminar o dia sem pedir desculpa, sem fazer as pazes entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs…entre nora e sogra! Se aprendemos a pedir desculpas logo e a nos doarmos o recíproco perdão, curamos as feridas, o matrimônio se fortalece e a família se torna uma casa sempre mais sólida, que resiste aos choques das nossas pequenas e grandes maldades. E por isso não é necessário fazer um grande discurso, mas é suficiente um carinho: um carinho e terminou tudo e se recomeça. Mas não terminar o dia em guerra! 

Colonização ideológica: as responsabilidades dos meios de comunicação


A nossa sociedade é cada vez mais caracterizada por um profundo sentimento de egoísmo que permeia todos os setores. Cada um luta pelos seus direitos, esquecendo-se dos seus deveres. A palavra “direito” é interpretada como algo que satisfaça as necessidades pessoais, sem considerar as necessidades e o bem dos outros.

É possível, no entanto, considerar “direito” algo que ofende o mais fraco? Podemos falar de “direito” quando se atropela a dignidade dos outros? Os direitos podem ser desvinculados da lei da natureza?

Há muitas outras questões que cada um poderia colocar-se, mas o coração da questão é o de associar a palavra “direito” não só aos desejos pessoais, mas também ao bem do próximo.

Um clássico exemplo do nosso tempo histórico é a inversão do direito entre pais e filhos. As crianças, sendo criaturas mais fracas do que os grandes, têm o direito de serem protegidas e educadas segundo as necessidades naturais para um harmonioso crescimento humano e espiritual.

O princípio fundamental de todos os direitos é a verdade. Quando se nega a verdade se cancela o direito do mais fraco. Hoje assistimos ao triste fenômeno do empobrecimento dos direitos das crianças, às quais nega-se o direito de não serem descartadas quando a sua vida está na fase embrionária, o direito de nascer do seio materno de forma natural, o direito de não ser considerada mercadoria de lucro das organizações que gerenciam a maternidade de aluguel, o direito de ter um pai e uma mãe.

O hedonismo, como conceito filosófico que busca apenas o bem-estar e o prazer como bem supremo e como objetivo principal da vida, produziu efeitos diferentes daqueles desejados, trazendo inquietação na vida presente e desespero na vida futura.

O outro mal dos nossos tempos é o relativismo, que desestabilizou todas as verdades fundamentais da vida humana. Esta filosofia de pensamento considera tudo válido e ao mesmo tempo tudo relativo, negando os princípios absolutos. Nega-se o princípio fundamental das leis da natureza sobre a vida, sobre a família e sobre o matrimônio. Nega-se também o direito a ter um trabalho digno, porque a dignidade do homem é considerada um fato relativo. O relativismo leva a considerar diferente o valor de cada ser humano: só quem produz riqueza e ocupa uma posição de destaque na sociedade merece um adequado respeito e maiores direitos humanos.