O Santuário São Sebastião, dos Frades Capuchinhos, na
Arquidiocese do Rio de Janeiro, foi elevado pelo Papa Francisco ao grau de Basílica
Menor, o mais alto posto que uma Igreja pode alcançar. “Com a nova Basílica, a
Igreja Católica do Rio assume uma responsabilidade maior de ajudar a cidade e
os habitantes”, disse o Arcebispo, Cardeal Orani João Tempesta, durante a
celebração no domingo, 1º de novembro.
Dom Orani representou o Papa Francisco e presidiu a
cerimônia de elevação, que contou com a presença de autoridades civis e
religiosas.
“Com alegria nós participamos desta celebração de
elevação do Santuário São Sebastião Frades Capuchinhos à Basílica Menor nesta
solenidade de Todos os Santos”, expressou o Cardeal.
Segundo ele, “além da ligação com Roma, da
autorização do Santo Padre para que ocorresse essa elevação, nós sabemos que
neste ano em que a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro completa seus 450
anos trazemos à tona uma ligação muito importante que sempre existiu e que hoje
nós temos o compromisso de reavivá-la nessa nossa cidade, que quando foi criada
já nasceu e foi fundada justamente com a devoção a São Sebastião, sendo marcada
desde o início pela ligação com a fé católica”.
Durante a cerimônia, foi lido o decreto que elevou
o Santuário à Basílica Menor e houve a entrada das insígnias papais: a Umbrela
Basilical e o Tintinabulo.
Ao final, foi assinada a ata de elevação da Igreja
à Basílica pelo Cardeal Orani, pelo Provincial da Ordem dos Capuchinhos do Rio
de Janeiro e Espírito Santo, Frei Luiz Carlos Siqueira, pelo Reitor do
Santuário Basílica de São Sebastião, Frei Arles de Jesus, e pelo secretário
municipal de Cultura, Marcelo Calero.
O anúncio da elevação do Santuário a Basílica Menor
ocorreu em 17 de junho, quando o presidente da Congregação para o Culto Divino
e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah, enviou uma carta a Dom
Orani Tempesta, na qual informava sobre a autorização. “A concessão deste
título a esta importante Igreja, intensificando o vínculo particular com a
Igreja de Roma e com o Santo Padre, quer promover a sua exemplaridade como
verdadeiro centro de ação litúrgica e pastoral na diocese”, afirmava o
comunicado.
De acordo com o site do Santuário Basílica, a data
escolhida para a cerimônia, 1º de novembro, foi em virtude da memória à última
Missa no Morro do Castelo, na área central da cidade, que completou 94 anos de
sua realização.
Era no Morro do Castelo onde originalmente
localizava-se a Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos. Quando o morro foi
demolido, em 1922, o templo também foi destruído. Mais tarde, foi reconstruído
na Tijuca, sendo inaugurado em 15 de agosto de 1931.
Também para a nova Igreja de São Sebastião, na
Tijuca, foram transportadas as “Relíquias Históricas da Cidade”: os restos
mortais do fundador do Rio de Janeiro, Estácio de Sá, morto em 1567; o marco
zero da cidade fundada em 1565; e a pequena imagem de São Sebastião de 1563.
A Igreja de São Sebastião foi declarada Santuário
Arquidiocesano neste ano, durante as comemorações pelo dia do padroeiro, em 20
de janeiro.
Agora, o Santuário Basílica de São Sebastião é a
primeira Basílica de um santo mártir e homem na cidade do Rio de Janeiro. A
Arquidiocese possui outras quatro: Basílica Imaculada Conceição, na Praia de
Botafogo; Basílica de Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel; Basílica de
Santa Teresinha do Menino Jesus, na Tijuca; e a Basílica Imaculado Coração de
Maria, no Méier.
_____________________________________
ACI Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário