segunda-feira, 23 de novembro de 2015

“Liberdade” segundo a ditadura laica: arte blasfema pode; arte sacra não pode.


Uma onda de indignação explodiu em torno à mais recente mostra de arte blasfema, fenômeno bastante pródigo ultimamente na Europa: um suposto artista de Pamplona, Espanha, roubou sacrilegamente 242 hóstias consagradas (mediante o simples procedimento de ir à missa e guardá-las em vez de consumi-las) e formou com elas a palavra “pederastia”. Evidentemente, com patrocínio público: no caso, do Bildu, um grupo espanhol de extrema esquerda.


A “blasfêmia artística” está na moda também na Itália: no Photolux Festival, da cidade de Lucca, está sendo exposto de 21 de novembro a 13 de dezembro o “clássico” blasfemo “Piss Christ”, já exibido em outros países: é uma imagem realizada pelo fotógrafo norte-americano Andres Serrano com um crucifixo mergulhado em um copo cheio de urina.

Faz anos que esta “obra” causa escândalo. Em sua primeira exposição, feita nos EUA em 1987, o caso foi parar no Congresso. Desta vez, dois representantes da Liga Norte, partido político da Itália, afirmaram em nota que é “inadmissível o apoio a iniciativas desse tipo, que expõem obras gravemente ofensivas contra o cristianismo”. Para o diretor da mostra, é claro, a obra “merece” a exposição porque “o espírito do festival é o do equilíbrio em um contexto de liberdade”. Resta saber que equilíbrio é esse e que liberdade é essa. 

"Cuidado com os sacerdotes rígidos (mordem!) e na admissão nos seminários”. “Bispos: Presentes na diocese, ou então, renunciem!”, diz Papa


Flores, frutos, fungos e folhas secas. Depois: sacerdotes rígidos que "mordem"; seminaristas quase sádicos, porque, no fundo, “doentes mentais”; mães que dão “palmadas espirituais” e bispos que só viajam e se preocupam pouco dos problemas na diocese e que, talvez, fariam melhor em “se demitirem”. Essas são as imagens e as metáforas que pontilham o "compêndio" sobre a formação e o ministério dos sacerdotes que Francisco desenhou na última sexta, 20,* durante a sua longa audiência aos participantes do Congresso na Pontifícia Universidade Urbaniana, promovido pela Congregação para o Clero por ocasião do 50º aniversário dos Decretos Conciliares Optatam totius e Presbyterorum ordinis. Dois decretos que – diz o papa – são “uma semente” lançada pelo Concílio “no campo da vida da Igreja” e que durante estas cinco décadas “cresceram, se tornaram uma planta vigorosa, embora com algumas folhas secas, mas, especialmente com muitas flores e frutos que adornam a Igreja de hoje”. Juntos, esses dois são “duas metades de uma realidade única: a formação dos sacerdotes, que dividimos em inicial e permanente, mas que constitui por si só uma única experiência de discipulado”.

Os padres são homens, não formados em laboratório

"O caminho de santidade de um padre começa no seminário!”, destaca Bergoglio, identificando três fases tópicas: "tomados dentre os homens", "constituídos em favor dos homens", presentes “no meio dos outros homens”. “Tomados dentre os homens” no sentido de que “o sacerdote é um homem que nasce em um certo contexto humano; ali aprende os primeiros valores, absorve a espiritualidade do povo, se acostuma às relações”. "Até mesmo os sacerdotes têm uma história". Não são “fungos” que “surgem de repente na Catedral no dia da sua ordenação”, diz Francisco. É importante, por isso, que os formadores e os próprios sacerdotes tenham em conta tal história pessoal ao longo do caminho de formação. “Não se pode ser sacerdote acreditando que se formou em um laboratório”, acrescenta de improviso, “não, começa na família com a tradição da fé e todas as experiências da família”. É necessário, portanto, que toda a formação “seja personalizada, porque é a pessoa concreta que é chamada ao discipulado e ao sacerdócio”.

Família primeiro centro vocacional. "Não se esqueçam mães e avós".

Acima de tudo, devemos lembrar o fundamental “centro de pastoral vocacional” que é a família: “igreja doméstica e primeiro e fundamental lugar de formação humana”, onde pode germinar “o desejo de uma vida concebida como caminho vocacional”. “Não se esqueçam das vossas mães e das vossas avós”, exorta Francisco. Depois, elenca os outros contextos comunitários: “escola, paróquia, associações, grupos de amigos”, onde – diz – “aprendemos a estar em relação com pessoas concretas, nos fazemos modelar da relação com eles, e nos tornamos o que somos também graças a eles".

"Um bom sacerdote", portanto, "é antes de tudo um homem com a sua própria humanidade, que conhece a sua própria história, com as suas riquezas e as suas feridas, e que aprendeu a fazer as pazes com ela, alcançando a serenidade de fundo, própria de um discípulo do Senhor”, destaca Francisco. Por isso, “a formação humana” é necessária para os sacerdotes, “para que aprendam a não serem dominados pelos seus limites, mas, sim, a construir sobre os seus talentos”.

"Sacerdotes neuróticos? Não pode... Que passem por um médico para tomar remédio”.

Além do mais um padre em paz consigo mesmo e com a sua história “saberá difundir serenidade ao seu redor, também nos momentos difíceis, transmitindo a beleza da relação com o Senhor”. Não é normal, de fato, “que um sacerdote seja triste muitas vezes, nervoso ou duro de caráter”, observa o Papa Francisco: “Não está bem e não faz bem, nem ao sacerdote, nem ao seu povo. Mas se você tem uma doença e é neurótico, vá a um médico! A um médico clínico que te dará um comprimido que te fará bem. Também dois! Mas, por favor, que os fieis não falem das neuroses dos padres. E não batam nos fieis”.

Os sacerdotes são, de fato, "apóstolos da alegria" e com a sua atitude podem “favorecer ou obstruir o encontro entre o Evangelho e as pessoas”. “A nossa humanidade é o vaso de barro’ onde guardamos o tesouro de Deus”; é necessário, por isso, cuidar “para transmitir bem o seu precioso conteúdo”. Nunca um sacerdote deve “perder a capacidade de alegria. Se a perde existe algo errado”, recomenda o Santo Padre.

E admite que "honestamente" tem medo dos rígidos: “é melhor ficar longe dos sacerdotes rígidos, eles mordem”, diz com ironia. “Lembro-me daquilo que disse Santo Ambrósio no século IV; onde há a misericórdia está o espírito do Senhor. Onde há a rigidez, estão só os seus ministros. E o ministro sem o Senhor se torna rígido. E isso é um perigo para o povo de Deus”. 

Espanha: 242 Hóstias foram roubadas e expostas em ato profano.




Abel Azcona diz que roubou as espécies eucarísticas de 242 missas, quando fingia ir para a comunhão, e as juntou para fazer uma “exposição artística” formando com as hóstias, as palavras “pedofilia” para serem expostas em um salão municipal da na Câmara Municipal de Pamplona (Bildu), na Espanha.


Abel Azcona que é ateu e homossexual diz que roubou as hóstias consagradas de 242 igrejas diferentes, fingindo que iria comungar. Esta "amostra de arte", como é considerada pela cidade de Pamplona e atualmente dirigida pela ETA Bildu, está sendo exposta em um salão público custeados pelos impostos de todos os contribuintes com o apoio da Secretaria de Cultura.

A Associação de Advogados Cristãos, a fim de impedir que isso acontecesse, abriu uma PETIÇÃO ONLINE com uma queixa contra o autor da profanação e solicitou medidas cautelares como a retirada da profanação baseado em uma ofensa contra os sentimentos religiosos consagrados nos artigos 524 e 525 do Código Penal, disse ainda que vai abrir um processo contra o autor destes atos profanos nesta segunda-feira (23), mas como a justiça é lenta, pede o apoio popular que já conseguiu mais de 50.000 assinaturas para que a exposição seja encerrada.

Artigo 524: No templo, lugar de culto ou cerimônias religiosas, atos de profanação que implementam sentimentos de ofensa religiosa legalmente protegidas serão punidos com pena de prisão de seis meses a um ano ou multa de 12 a 24 meses.

Artigo 525.1: em que incorrem na pena de uma multa de oito a doze meses, o que ofender os sentimentos dos membros de uma confissão religiosa, feita publicamente, oralmente, por escrito ou por qualquer tipo de documento, zombaria de seus dogmas, crenças, ritos e cerimônias, ou vejen, também publicamente, de professar ou prática.

O ato profano foi exposto em uma sala pública, que por ironia foi doada pela Igreja, de modo que o Departamento de Cultura também é responsável já que tal ato estava sendo exposto em seu departamento. Por este motivo, a petição pede também que o Conselho para a Cultura pare imediatamente com este ataque contra os sentimentos religiosos, do contrário será cúmplice neste crime que certamente tem apoio do prefeito de Pamplona, ​​Joseba Asirón.


O espaço usado foi doado ao governo municipal para a realização de atividades culturais sob a condição de que a natureza e origem do edifício, o que obviamente não foi cumprido, fosse respeitado. Agora, a prefeitura de Pamplona pode ser processada pelo descumprimento e apoio a um ataque desta magnitude aos católicos. 

Terrorismo em Mali: assalto a um hotel

Policiais exibem bandeira que dizem ser de terroristas que invadiram hotel no Mali

Uma semana após os atentados que atingiram o coração de Paris, o terrorismo volta a provocar. Desta vez, a atenção voltou-se para Bamako, capital do Mali, na África. Homens armados atacaram esta manhã o Hotel Radisson, fazendo 170 pessoas como reféns: 140 clientes e 30 funcionários do hotel. A polícia estabeleceu um cordão de segurança na área.

"Aconteceu nas primeiras horas da manhã no sétimo andar: Jihadistas dispararam no corredor. O objetivo era fazer reféns", disse uma fonte de segurança. Conforme relatado por um empregado do hotel, os agressores chegaram em frente à entrada em um carro com placa do "corpo diplomático" e lançaram granadas gritando "Allah akbar". De acordo com o jornal francês Le Monde, três reféns foram mortos e um número desconhecido libertado pelas forças especiais.

O primeiro-ministro de Mali Modibo Keita e o ministro da Segurança Salif Traoré operacionalizaram uma unidade de crise. O grupo está no mesmo edifício do governo. A ideia se volta para o fundamentalismo islâmico, embora até o momento não haja qualquer informação oficial ou identidade dos atacantes ou os seus objetivos. 

domingo, 22 de novembro de 2015

O amor é a força do reino de Cristo, diz Papa


PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro
Domingo, 22 de Novembro de 2015

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Neste último domingo do ano litúrgico, celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Rei do Universo. O Evangelho de hoje nos faz contemplar Jesus quando se apresenta a Pilatos como rei de um reino que "não é deste mundo" (Jo 18:36). Isto não significa que Cristo é rei de outro mundo, mas que é rei de outra maneira. É uma contraposição entre duas lógicas. A lógica mundana apoiada na ambição e na competição, combate com as armas do medo, da chantagem e da manipulação das consciências. A lógica do Evangelho, a de Jesus, ao invés, expressa na humildade e na gratuidade, afirma-se silenciosamente, mas eficazmente com a força da verdade. Os reinos deste mundo, por vezes, são erguidos sobre a prepotência, a rivalidade, a opressão; o reino de Cristo é um "reino de justiça, de amor e de paz" (Prefácio).

Quando Jesus se revelou como rei? Na Cruz! Quem olha para a cruz de Cristo não pode deixar de ver a surpreendente gratuidade do amor. Alguém pode dizer: “Mas, padre, isto foi uma falência”! Mas é justamente na falência do pecado – o pecado é uma falência – na falência das ambições humanas, que está o triunfo da Cruz, ali está a gratuidade do amor. Na falência da Cruz se vê o amor, este amor que é gratuito, que Jesus nos dá. Falar de potência e de força para o cristão, significa fazer referência ao poder da Cruz e à força do amor de Jesus: um amor que permanece firme e íntegro, mesmo diante da recusa, que surge como o cumprimento de uma vida gasta na oferta total de si em favor da humanidade. No Calvário, os circunstantes e os líderes ridicularizam Jesus pregado na cruz e lançam o desafio: "Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz" (Mc 15,30). Mas paradoxalmente a verdade de Jesus é aquela que em tom de zombaria seus adversários lançam sobre Ele: "não pode salvar-se a si mesmo!" (v 31). Se Jesus tivesse descido da cruz, teria cedido à tentação do príncipe deste mundo, ao invés, Ele não salva a si mesmo justamente para poder salvar os outros, porque deu a sua vida por nós, por cada um de nós. Dizer: “Jesus deu a vida pelo mundo” é verdadeiro, mas é mais belo dizer: “Jesus deu a sua vida por mim”. E hoje aqui na praça, cada um de nós diga em seu coração: “ Deu a vida por mim”, para salvar cada um de nós dos nossos pecados.

Quem entendeu isto? Entendeu bem um dos dois malfeitores que foram crucificados com Ele, conhecido como o "bom ladrão", que suplica: "Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino" (Lc 23,42). Ele era um malfeitor, era um corrupto que foi condenado à morte por causa da brutalidade que cometeu na vida. Mas ele viu na atitude de Jesus, na humildade de Jesus o amor. Esta é a força do reino de Cristo: o amor. A força de Reino de Cristo é o amor, por isso, a realeza de Jesus não nos oprime, mas nos liberta das nossas fraquezas e misérias, encorajando-nos a seguir os caminhos do bem, da reconciliação e do perdão. Olhemos para a cruz de Jesus, olhemos para a cruz do bom ladrão e digamos todos juntos aquilo que disse o bom ladrão: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”. Pedir a Jesus, quando nos encontramos frágeis, pecadores, derrotados, para nos guardar e dizer: “O Senhor está ai. Não se esqueça de mim”.

Diante de tantas dilacerações no mundo e das demasiadas feridas na carne dos homens, peçamos a Nossa Senhora que nos ampare no nosso esforço para imitar Jesus, nosso rei, tornando presente o seu reino com gestos de ternura, de compreensão e de misericórdia.

Mensagem do Dia Nacional do Cristão Leigo e Leiga 2015


CONSELHO NACIONAL DO LAICATO DO BRASIL
MENSAGEM DIA NACIONAL DO CRISTÃO LEIGO E LEIGA


Instaurar o Reino de Deus é o projeto de Jesus. Projeto que anuncia um Reino de vida, e vida em abundância para todos os povos e nações, sem qualquer distinção. A boa nova é para todos e todas, convidados a testemunhar os valores do Reino no mundo, a modo do sal, luz e fermento.

No Reino da inclusão e do serviço, há lugar para todos, seja cego, mulher, enfermo, faminto, doente, criança, negro, branco (cf. Lc 4, 18-19). Seja hoje, “migrantes, as vítimas da violência, os deslocados e refugiados, as vítimas do tráfico de pessoas e sequestros, os desaparecidos, os enfermos de HIV e enfermidades endêmicas, os toxicodependentes, idosos, meninos e meninas que são vítimas da prostituição, pornografia e violência ou trabalho infantil, mulheres maltratadas, vítimas da violência, da exclusão e do tráfico para a exploração sexual, pessoas com capacidades diferentes, grandes grupos de desempregados (as), os excluídos pelo analfabetismo tecnológico, as pessoas que vivem na rua das grandes cidades, os indígenas e afro-americanos, agricultores sem-terra e os mineiros.” (DAp. n. 402).

No Seguimento de Jesus, aprendemos que o seu estilo de vida é estar junto dos pobres e pequenos, para que a justiça se faça e a paz aconteça, num Reino que desejamos seja de felicidade, sem fome, sem perseguição, de paz. (Mt. 5, 6; 9-10).

Todos os batizados são chamados a participarem da construção do Reino e a assumirem os desafios do mundo moderno numa “verdadeira paixão pelo Reino” (DAp. n. 152), especialmente o leigo e leiga, concretizando e atualizando nos dias de hoje a imensa tarefa do Concílio Ecumênico Vaticano II, de uma Igreja com os pés firmes na terra, ligada ao mundo e suas transformações, comprometida politicamente com a defesa da vida plena para todos e todas, assim como Jesus de Nazaré, uma “Igreja em Saída”, como nos pede Francisco. Somos o “povo eleito, todos convocados, consagrados, sem distinção de cargos ou papéis”. 

Padre autoriza a realização de cultos protestantes na Igreja Matriz


Em meio ao caos na cidade de Mariana – MG, aconteceu um fato inusitado! Um pároco da cidade cedeu a Igreja Matriz de sua paróquia para que protestantes da Primeira Igreja Batista (PIB), que ficou totalmente destruída com a tragédia do rompimento das barragens, realizassem seus cultos.

O padre - que não teve o seu nome divulgado - permitiu ainda que todas as imagens e ornamentos do catolicismo que estavam no templo fossem removidos, para que os protestantes se sentissem bem.


De acordo com o sacerdote, nesse momento de tristeza e dor, a missão como cristãos e filhos do mesmo Deus, é acolher uns aos outros como Cristo o fez. 

Papa Francisco visitará a Sinagoga de Roma


O Papa Francisco visitará a Sinagoga de Roma em 17 de janeiro de 2016. O convite foi feito pelo Rabino Chefe, Riccardo Di Segni, e pela Comunidade Judaica de Roma.

Trata-se da terceira visita de um Papa à Sinagoga de Roma, depois das visitas de João Paulo II e Bento XVI. A visita será caracterizada pelo encontro pessoal do Papa com os representantes do judaísmo e os membros da comunidade. 

Sobre os sentimentos com os quais os judeus romanos esperam esta visita eis o que disse o porta-voz da Comunidade Judaica de Roma, Fabio Perugia, entrevistado pela nossa emissora.

Perugia: “Olhamos para esta visita com alegria renovada porque é a terceira visita, mas, obviamente, na história cada passo deve ser feito e nada deve ser dado como certo. É um grande sinal na  esteira do diálogo que iniciou com João Paulo II e continuou com o Papa Ratzinger e hoje se renova com o Papa Francisco.”

O encontro se realiza há 30 anos da visita histórica de João Paulo II que foi de alguma forma um novo início, um percurso que prossegue.

Perugia: “Um percurso que prossegue, certamente, e que esperamos possa abrir novas portas no diálogo inter-religioso entre os dois irmãos da história da Bíblia.”