Após uma fase na qual alguns ministros participaram
das celebrações quase mostrando um entediante "rigor mortis", hoje em
dia, em certas celebrações sacras, especialmente solenes, os ministros (em
geral, acólitos bem preparados por padres com muito zelo), em seu caminhar pelo
presbitério, gastam um excesso de exercícios cervicais e abdominais que poderia
chegar até a afetar sua saúde.
É louvável o sentido de reverência que cresceu em
nossos santuários, particularmente nos padres jovens e nos seminaristas.
Lembro de ter visto um sacerdote celebrar a missa
com os braços cruzados sobre o peito, sem movê-los, a não ser para pegar o pão
e o cálice. Um portento de expressividade!
Em outra ocasião, ouvi críticas a um comportamento
similar durante um curso. Ou seja, progredimos para o bem, sem dúvida.
No entanto, cuidado com o famoso pêndulo que nos
leva de um extremo a outro. O equilíbrio é o ideal – e deve ser o real –, e tal
equilíbrio nos é dado precisamente pelos livros litúrgicos.
Os números 274 e 275 da "Institutio" do
missal nos falam das genuflexões e inclinações. Leiam, leiam!
Digamos, finalmente, que os ministros atuais fariam
bem em distinguir entre um deslocamento pelos presbitério por razões de
funcionalidade e um deslocamento ritual.
Ou seja, se vamos passar na frente do altar (a quem
corresponde inclinação profunda sempre, e não só inclinação de cabeça) para dar
um aviso a alguém, acender uma luz, conectar o microfone etc., podemos andar
sem cerimônia, pelo caminho mais breve, e pronto.
Porém, se a passagem pelo altar está dentro de um
ato ritual, indo proclamar o Evangelho, levando as oferendas, em caminho para
proclamar a Palavra de Deus etc., então devemos fazer o gesto de reverência
prescrito ao altar.
Inclinar-se a cada passo não é o correto em uma
celebração litúrgica; agindo assim, desvaloriza-se o gesto e se cansa a
assembleia. O sentido litúrgico é potenciado quando acrescentamos o bom senso
às celebrações. Não nos esqueçamos disso!
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Jaume
González Padrós
Fonte: Revista Liturgia y Espiritualidad
Disponível: Aleteia
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