domingo, 10 de janeiro de 2016

Batismo do Senhor*


Pelos evangelhos, constata-se que o ministério público de Jesus tem início a partir de seu batismo, ministrado pelo precursor, São João Batista, daí a importância de João Batista no projeto de Deus.

Jesus, reconhecendo a autenticidade do anúncio do Batista, abandona a sua rotina de vida em Nazaré da Galiléia e vai ao encontro dele na região do além-Jordão, para receber o batismo.

João Batista anunciava a conversão à prática da justiça como caminho para remover o pecado do mundo. A aspiração a uma realidade de justiça e paz já está presente em alguns textos do Antigo Testamento, quando o povo vivia oprimido e explorado, primeiro pelas cortes reais e, depois, pelas elites religiosas que dirigiam o Templo de Jerusalém.

Ao pedir o batismo de João, Jesus diz que “é assim que devemos cumprir toda a justiça!” Depois de ser batizado, o seu gesto é confirmado pelo Espírito Santo e pelo Pai, com a proclamação: “Este é o meu Filho amado; nEle está meu pleno agrado”. Jesus, assumindo e renovando a mensagem de João Batista, declara a conversão com a prática efetiva da justiça como vontade do Pai e como bem-aventurança pela qual se entra em comunhão de vida eterna com Deus. Mais tarde, Pedro, fiel ao Mestre, afirma ainda, em casa de Cornélio: “Estou compreendendo que Deus não faz discriminação entre as pessoas”. Pelo contrário, Ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença. Esta é a verdadeira perspectiva universalista, em que todo aquele que se empenha na luta pela justiça, cultivando a vida, é agradável a Deus e entra em comunhão com Ele, em qualquer época, povo ou nação.

O Batismo nos mergulha no coração do mundo e nos faz irmãos de cada ser humano, à semelhança de Deus. O Espírito Santo que em nós foi derramado no dia de nosso batismo arde e nos aquece, tornando-nos capazes de assumir todas as esperanças humanas.

O Batismo é um símbolo da identidade de Jesus por meio de sua missão, assim como nosso próprio Batismo é também o símbolo de nossa identidade cristã. O cristão enfrenta, em condições humanas, desafios e lutas, além do pecado. E o fato de ser cristão não o preservará de qualquer miséria, dor ou tentação. Mais do que isso, ele deve estar sempre cheio de esperança para poder inspirar os outros e criar um mundo melhor.

Precisamos estar sempre conscientes de que, pelo Batismo, temos o Espírito Santo em nossa companhia e precisamos nos esforçar por agir com justiça e solidariedade, a fim de fazermos jus a sua presença entre nós. E a grande novidade que o Batismo traz é que todos nós temos a responsabilidade, como discípulos-missionários, de anunciar Jesus Cristo ao mundo.


Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo o Cristo batizado no Jordão, e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

No Brasil a festa do Batismo do Senhor é celebrada no domingo entre 9 e 13 de janeiro. Quando a solenidade da Epifania ocorrer no Domingo 7 ou 8 de janeiro, a festa do Batismo do Senhor é celebrada na segunda-feira seguinte

Após aprovação do suicídio assistido na Califórnia, bispos lutam para anular a sentença


Os bispos católicos de Califórnia, nos Estados Unidos, manifestaram que continuam na luta a fim de corrigir o “erro grave” que permitiu a legalização do suicídio assistido nesse Estado, em 5 de outubro.

No dia 5 de janeiro, o Presidente da Conferência de Bispos Católicos da Califórnia, Dom Jaime Soto, afirmou que dezenas de milhares de pessoas estão “exigindo o direito de serem escutadas no debate público ante uma das mais perigosas políticas que foi implantada na Califórnia até então”.

Em seguida, o também Bispo de Sacramento disse que “o suicídio assistido com médicos é uma das muitas coisas através das quais a nossa sociedade gradualmente está colocando a autonomia individual como a última medida das políticas públicas (…) O qual manifesta um erro grave e uma tendência que cada um de nós, como católicos, devemos questionar consistente e firmemente”.

O Prelado recordou que em diversas ocasiões o Papa Francisco criticou as ideologias que debilitam os laços sociais e promovem uma cultura “do descarte” levam a “abandonar aquelas pessoas que são consideradas inúteis”.

“Somente através da manipulação do processo legislativo o projeto pôde ser eventualmente aprovado”, precisou.

“A derrota inicial da lei – assim como milhares de assinaturas reunidas a fim de promover um referendum – comprovam que quando os perigos do suicídio assistido são mostrados abertamente, o conceito é firmemente rejeitado”, expressou o Bispo. 

Feministas e abortistas também estão por trás dos ataques ao cristianismo, afirma advogada


Ataque em um templo católico no Brasil, manifestações de abortistas em uma catedral na Argentina, profanação de objetos sagrados no México, destruição de imagens religiosas no Chile, são apenas alguns exemplos das numerosas agressões sofridas pela Igreja Católica nos últimos tempos. Será que estas ações são um alerta frente a um fenômeno crescente de intolerância religiosa?

A assessora jurídica da organização legal Alliance Defending Freedom (Aliança em Defesa da Liberdade), Sofia Martínez, disse ao Grupo ACI que, embora existam elementos culturais e históricos que respondem aos fatos, de acordo com o “contexto atual no qual estamos vivendo e o que vimos na Europa e na América do Norte”, a razão principal é “a intolerância religiosa que está começando a manifestar-se nos países da América Latina e do Caribe”.

O fenômeno, explicou Martínez, é liderado pelo “ativismo abortista e pelo lobby gay” cujas “redes internacionais trabalham a fim de causar ressentimento a religião e participaram do desenvolvimento da cultura latino-americana. Controlam muitos centros de poder. Estes estão no governo, nos organismos internacionais, nas organizações bem financiadas, nas empresas multinacionais, universidades, meios de comunicação, no entretenimento e inclusive agora no esporte”.

Martínez, que também trabalha como conselheira legal de ADF para a América Latina, manifestou através de um documento apresentado ante o Tribunal Constitucional em Colômbia que “onde adotem leis contra a discriminação de orientação sexual e identidade de gênero estarão menosprezando direitos fundamentais como a liberdade de expressão, liberdade de consciência e a liberdade de associação”.

A advogada citou como exemplo a perseguição religiosa no México iniciada em 1920 e afirmou que “desde essa época existe uma clara linha entre a Igreja e o Estado”. Por outro lado, na Colômbia “a liberdade de consciência foi negada aos médicos e enfermeiras que não querem praticar abortos devido a suas convicções religiosas”.

“Na Argentina, tornou-se comum os ataques violentos contra as igrejas em manifestações anuais de grupos feministas. Em outros lugares, o clero está sendo silenciando. Cada país é diferente, mas em todos os casos esta intolerância se transforma em maior campanha para substituir a liberdade, com a coerção e opressão governamental”, adicionou Martínez. 

Santo Aldo


O nome de São Aldo quase desapareceu da memória cristã. Sua biografia só conservou-se graças aos jesuítas belgas, que catalagoram os santos do norte da Europa em 1600 e incluíram Aldo entre eles. 

É o único santo com este nome, que significa “ancião” ou “homem maduro”. Viveu sempre solitário porque era um ermitão. Acabou tornando-se monge, do mosteiro fundado pelo irlandês são Columbano.

Não sabemos a data e o lugar do seu nascimento, mas sabemos que viveu no século VIII. A tradição nos apresenta Aldo como um simples carvoeiro, um monge de mãos calejadas e rosto enegrecido pela fuligem das carvoarias.

Seu nome e sua atitudes são sinais de sabedoria, virtude que alcançou pelos caminhos do silêncio e da solidão, da quietude interior e exterior, da contemplação e da oração. Ele se afastava temporariamente das pessoas para dar mais espaço à oração e povoar a solidão exterior com a agradável presença de Deus. 


ORAÇÃO


Senhor, Deus Pai, vem até mim, caminha comigo, segura-me pela mão. Transforma minha vida, meu modo de pensar, meu modo de agir. Que eu te ame, Senhor, acima de todas as coisas e que eu compreenda o que a Tua vontade quer para mim. Amém.

O Batismo de Jesus


A Festa do Batismo do Senhor, celebrada no Domingo depois da Epifania, encerra o ciclo das Festas da Manifestação do Senhor, o ciclo de Natal. Comemoramos o Batismo de Jesus, por São João Batista, nas águas do rio Jordão. Sem ter mancha alguma que purificar, Jesus quis submeter-se a esse rito, tal como se submetera às demais observâncias legais que também não o obrigavam.

O Senhor desejou ser batizado, diz Santo Agostinho, “para proclamar com a sua humildade o que para nós era uma necessidade”. Com o Batismo de Jesus, ficou preparado o Batismo cristão, diretamente instituído por Jesus Cristo e imposto por Ele como lei universal, no dia da sua Ascensão: Todo poder me foi dado no céu e na terra, dirá o Senhor; ide, pois, ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 18-19).

O dia em que fomos batizados foi o mais importante da nossa vida, pois nele recebemos a fé e a graça. Antes de recebermos o batismo, todos nós nos encontrávamos com a porta do Céu fechada e sem nenhuma possibilidade de dar o menor fruto sobrenatural.

Devemos agradecer a Deus a Graça do Batismo. Agradecer que nos tenha purificado a alma da mancha do pecado original, bem como de qualquer outro pecado que tivéssemos naquele momento. A água batismal significa e atualiza de um modo real o que é evocado pela água natural: a limpeza e a purificação de toda a mancha e impureza.

“Graças ao sacramento do Batismo tu te converteste em templo do Espírito Santo: não te passe pela cabeça – exorta São Leão Magno – afugentar com as tuas más ações um hóspede tão nobre, nem voltar a submeter-te à servidão do demônio, porque o teu preço é o sangue de Cristo.” 

sábado, 9 de janeiro de 2016

Brasil passa por crise antropológica e precisa de uma revolução cultural, afirma Dom Walmor


O Brasil vive uma crise de caráter antropológico, é o que constata o Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, ao fazer uma análise da atual situação do país. Segundo ele, para superar tal contexto, é necessária uma revolução cultural na sociedade que leve às mudanças que o Brasil realmente precisa.

“Bem no início desta contagem do ano novo de 2016, em meio ao tratamento dos problemas que continuam gerando suas consequências e preços a pagar, é urgente considerar que a crise das crises - a crise motora de todas essas outras em curso - é a de caráter antropológico”, escreve o Prelado em recente artigo, intitulado “Falências e reações”.

“É hora de efetivar mudanças”, afirma o Arcebispo, ao observar o “legado desolador deixado pelo ano que passou”, no qual “os horizontes da democracia e dos admiráveis avanços científicos e tecnológicos contracenam com os rios de lama da corrupção, dos desvarios no mundo da política, da submissão de poderes a interesses partidários e cartoriais, dos abomináveis desastres ambientais e humanitários”.

Entretanto, analisa que uma mudança de hábitos não é o suficiente, nem “resolver o caos perpetuado na sede dos poderes” – embora neste último estejam “urgências que precisam de novas e velozes reconfigurações”. 

Profecia do Padre Pio poderia se cumprir com uma ajuda do Papa Francisco


O superior do convento dos capuchinhos em Pietrelcina, Pe. Marciano Guarino, informou que os restos do Padre Pio chegarão a esta cidade italiana 100 anos depois que o frade deixou a sua cidade natal. Deste modo, se cumpriria a profecia que o Santo fez sobre sua volta alguns anos depois de sua morte.

A urna com os restos do Padre Pio chegará a Pietrelcina logo depois de estar os primeiros dias de fevereiro na Basílica de São Pedro no Vaticano, por motivo do Jubileu da Misericórdia, graças ao Papa Francisco que desejou que que este seja um importante sinal da misericórdia de Deus.

Em agosto de 1968, pouco antes de sua morte, o Padre Pio conversou com o Pe. Mariano da Santa Croce, que lhe disse que voltaria para sua cidade natal “alguns anos depois de sua morte (…) O Senhor sabe… e o chamará também ao Paraíso. Depois da sua morte haverá sinais, prodígios, milagres, a Igreja o levará aos altares. Então, transladarão seu corpo deste lugar e será feita uma preciosa viagem a Pietrelcina”.

O Santo, assinalou o jornal Avvenire dos bispos italianos, juntou suas mãos e abaixou duas vezes a cabeça e disse ao sacerdote: “Assim será”.

Em 17 de fevereiro de 1916 e logo depois de um período de recuperação que transcorreu em vários conventos da região e em Pietrelcina, o Padre Pio deixou sua cidade natal para ingressar na comunidade religiosa de Santa Ana em Foggia, lugar no qual “aprendeu a conviver com as forças demoníacas que o atormentavam em sua cela durante as noites”.

Logo depois de uma temporada em Foggia, foi para San Giovanni Rotondo, onde serviu até sua morte em 23 de setembro de 1968.

O Pe. Marciano Guarino disse que chegou o momento no qual “nosso irmão retorne a ‘sua’ Pietrelcina, lugar no qual nasceu e respirou o ar de um bairro e uma cidade especial, escolhida por Deus para ser a terra de um santo”.

Os restos do Santo estarão em Pietrelcina entre os dias 11 e 13 de fevereiro, conforme informou a Tele rádio Padre Pio. 

Nós católicos devemos acreditar nas previsões de futurólogos?, responde um exorcista


Nos dias prévios à celebração de um Ano Novo proliferam os prognósticos e adivinhações sobre o que virá. Algo que muito poucos tomam em conta ao recorrer a estes supostos adivinhos, é que nem sequer os demônios podem ver o futuro, tal como o explica o famoso exorcista José Antonio Fortea, que explica porque nós católicos não devemos acreditar nos gurus e adivinhos de fim de ano.

Em seu livro Summa Daemoniaca, um livro de consulta sobre a matéria dos demônios e o exorcismo, o P. Fortea adverte: “Nem precisa dizer que se o futuro não se pode conhecer nem mesmo invocando os demônios, muito menos com essas práticas de astrologia, cartomancia, etc.”.

“Os demônios não sabem tudo, só o que podem deduzir, mas eles não veem o futuro”, assinala.

O Pe. Fortea indica que os demônios “com sua inteligência muito superior à humana podem deduzir por suas causas algumas coisas que acontecerão no futuro”, mas precisa que aquilo que pertence “à liberdade humana, está indeterminável e eles não o sabem”.