sábado, 16 de janeiro de 2016

Milagres


Uns acreditam em milagres. Há também os incrédulos, apesar de receberem de presente a existência, sua continuidade e tantas coisas boas em si e a seu redor. Muitos vão atrás de religiões e lideranças religiosas em busca de curas e outros milagres. Não faltam  fundadores de religiões que abusam da fé das pessoas para lhes arrancar dinheiro com a promessa de prodígios e soluções de problemas delas.  As carências de muitos os fazem buscar a qualquer custo a melhoria de condições de saúde e de vida. Acreditando em superação de seus males através de bênçãos e ritos de líderes para a melhoria de condições materiais e solução de problemas pessoais, familiares e sociais. A chamada “Teologia da Prosperidade” reina com força nessas circunstâncias. Há quem deixe de tomar remédio receitado por médicos, instados por lideranças que prometem milagre sem precisar de terapia da medicina.

Jesus realizou milagres de verdade, mostrando, não só seu poder para isso, mas a força de sua pessoa divina, para motivar a fé das pessoas e lhes indicar o caminho que leva à vida de sentido e até à vida eterna feliz. Curou males físicos, psíquicos e espirituais. Ressuscitou mortos. Multiplicou alimentos. Mostrou que vale a pena cada um colaborar com o bem do semelhante, mesmo com o sacrifício pessoal. Ele não quis simplesmente chamar atenção para a função de taumaturgo ou realizador de milagres. Se os fez, a finalidade era para as pessoas perceberem que não ficariam apenas na cura física, mas deveriam mudar de vida para experimentarem a cura espiritual e segui-Lo no tocante à conduta ética e moral aceitável. Assim poderiam alcançar a finalidade da vida de acordo com o projeto divino. Até admoestou que não adianta ter tudo na vida se a pessoa perder a vida eterna feliz! Ele mostra seu poder divino de dar condição a todos de alcançarem esse objetivo. 

Eles não têm mais vinho


Depois das festas natalinas, inicia-se o Tempo Comum, em que continuamos a viver os principais Mistérios da Salvação na caminhada histórica da Igreja. O Evangelho deste Segundo Domingo do Tempo Comum (Jo 2, 1-11) nos fala das Bodas de Caná. O motivo da escolha desse texto para este domingo – o segundo depois da Epifania – é explicado na frase conclusiva: Jesus, em Caná da Galiléia, deu início aos sinais e manifestou sua glória, e seus discípulos creram Nele (Cf. Jo 2, 11).

Falar de bodas, casamento nos remete a vários trechos bíblicos em que a comparação do povo eleito com Deus se faz como um casamento, às vezes fiel e outros momentos infiel por parte do povo. Mas sempre demonstrando a fidelidade do Senhor que vai em busca da esposa perdida.

O início dos sinais de Jesus, segundo João, é justamente vir ao encontro do povo de Deus para restaurar a alegria da festa do casamento simbolizada no vinho novo, que é melhor que o antigo. Aparece a figura de Maria como mãe preocupada com a situação dos filhos e recomenda o caminho do recomeço da aliança: “fazei tudo o que Ele disser”. 

Corrobora com esse aspecto a primeira leitura deste domingo (Is 62, 1-5) em que se conclui a perícope com a clareza dos esponsais eternos: “assim como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposam; e como a noiva é a alegria do noivo, assim também tu és a alegria do teu Deus”! Esses dois textos do domingo (primeira leitura e o evangelho) se comentam entre si e nos fala do amor de Deus por seu povo, e a necessidade de colocar em prática o que Jesus, o Filho de Deus, nos coloca para que tudo se transforme na vida do povo de Deus.

Merecem ser destacadas as palavras de Maria: “Eles não têm mais vinho”; “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 3.5). Em ocasião de festas, era costume que as mulheres amigas da família se encarregassem de preparar tudo. A Virgem Maria, que presta a sua ajuda, percebe o que se passa. Mas Jesus, seu Filho e seu Deus, está ali; acaba de iniciar-se o seu ministério público. E ela sabe melhor que ninguém que o seu Filho é o Messias. E dá-se então um diálogo cheio de ternura e simplicidade entre a Mãe e o Filho, que o Evangelho nos relata: “A Mãe de Jesus disse-lhe: Não têm vinho”. Pede sem pedir, expondo uma necessidade. E desse modo nos ensina a pedir.

“Em Caná, ninguém pede à Santíssima Virgem que interceda junto de seu Filho pelos consternados esposos. Mas o coração de Maria, que não pode deixar de se compadecer dos infelizes, impele a assumir, por iniciativa própria, o ofício de intercessora e a pedir ao Filho o milagre. Se a Senhora procedeu assim sem que lhe tivessem dito nada, que teria feito se lhe tivessem pedido que interviesse?” (Santo Afonso Maria de Ligório). Que não fará quando – tantas vezes ao longo do dia! – lhe dizem “rogai por nós”? Que não iremos conseguir se recorremos a Ela? 

São Marcelo I


Marcelo foi Papa num período conturbado na vida da Igreja. O imperador Diocleciano decretou uma feroz perseguição aos cristãos, condenando milhares a morte. Marcelo era ainda padre quando foi elevado à cátedra de Pedro no ano de 308. Foi o trigésimo papa da Igreja.

O seu pontificado foi uma luta constante para reorganizar a Igreja e lutar pela inclusão daqueles que tinham renegado a fé em Cristo. Com justiça e sabedoria, Marcelo soube tratar o assunto.

Enquanto muitos bispos do Oriente pediam a excomunhão destes cristãos, especialmente para os que faziam parte do clero, ele se mostrou rigoroso mas menos radical. Decidiu que a Igreja iria acolhê-los, depois de um período de penitência.

Outra decisão de Marcelo determinou que nenhum concílio podia ser convocado sem a autorização do Papa.

Marcelo acabou sendo preso pelas forças imperiais e obrigado a trabalhar na sua igreja,transformada em estábulo. Morreu em conseqüência dos maus tratos recebidos, no dia 16 de janeiro de 309.

ORAÇÃO


Pai Celeste, doador da vida e da santidade, dignai-me receber o dom da fé e viver a serviço do vosso evangelho. Faça com que eu seja um cristão honesto e solidário e aprenda de são Marcelo o valor da bondade e da acolhida. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

O Aborto: danos e consequências perante Deus e a Igreja


“Não matarás o inocente” (Ex 23,7).[1]


É doutrina firme e segura da Santa Igreja que a vida humana tem início mesmo no momento da concepção.

Aborto é a expulsão do seio materno de um feto não viável, isto é, incapaz de uma vida extra-uterina. Há dois tipos de aborto: o espontâneo e o voluntário. O aborto espontâneo (casual ou natural), é o provocado por causas que não dependem da vontade dos homens. O aborto voluntário (procurado, intencional, artificial), é o causado pela intervenção humana.

O aborto voluntário pode ser direto e indireto. O aborto voluntário direto é aquele que procura a morte do feto, por sua expulsão do seio materno. Pode ser provocado como fim (quando o que se deseja é destruir o feto) e pode ser provocado como meio (para conseguir outro fim, como, por exemplo, a saúde da mãe; é o chamado “aborto terapêutico”). O aborto voluntário indireto é aquele causado como efeito secundário e inevitável – previsto, mas não querido, apenas permitido – de uma ação em si mesma boa (por exemplo, para curar a mãe de uma doença grave, medicando-a com um fármaco que pode ter como efeito secundário a morte do feto).

Não são abortos delituosos o natural e o voluntário indireto. Pelo contrário, o aborto voluntário direto, como fim ou como meio, é um crime hediondo e covarde; perante Deus, um pecado gravíssimo, que jamais pode se justificar. Sua condenação, por parte da Igreja, é firme e contundente: “Com a autoridade que Cristo conferiu a Pedro e a seus sucessores, em comunhão com todos os Bispos – que em várias ocasiões condenaram o aborto e que (...), mesmo dispersos pelo mundo, concordaram unanimemente sobre esta doutrina – declaro que o aborto direto, ou seja, querido como fim ou como meio, é sempre uma desordem moral grave, enquanto eliminação deliberada de um ser humano inocente”.[2] Essa doutrina fundamentada na lei natural e na Palavra de Deus escrita,[3] foi concordemente transmitida pela Tradição da Igreja[4] e ensinada pelo Magistério ordinário e universal.[5]

O cân. 1398 tipifica o delito de aborto provocado, seguido de seu efeito (a morte do embrião ou feto). Foi solicitado à Santa Sé o sentido exato da palavra “aborto”, nos seguintes termos: “Se o aborto de que fala o cân. 1398, se deve entender somente a expulsão do feto imaturo, ou também a morte do feto procurada de qualquer modo e em qualquer tempo, desde o momento da concepção”. Os Padres da Pontifícia Comissão para a Interpretação do Código de Direito Canônico, na reunião plenária do dia 19 de janeiro de 1988, responderam: “Negativo à primeira parte; afirmativo, à segunda”.[6] Essa resposta contempla as novas práticas abortivas, todas elas gravemente delituosas:

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Bíblias queimadas, uma igreja incendiada. As marcas do ódio aos cristãos paquistaneses


No Paquistão, o ódio aos cristãos, que são uma minoria religiosa, parece não ter limites. Durante a semana passada, um grupo de muçulmanos sequestrou uma jovem cristã, outro queimou uma pilha de Bíblias e livros litúrgicos em uma igreja; e, na região do Punjab, queimaram uma igreja protestante.

O Paquistão é o terceiro maior país muçulmano do mundo e onde ocorrem muitos atos de discriminação contra as minorias religiosas, especialmente os cristãos.

Jovem cristã sequestrada

No bairro cristão de Kasur, uma jovem de 18 anos que se encontrava sozinha em casa foi raptada por um grupo de muçulmanos. Os pais da jovem apresentaram queixa contra os sequestradores e contataram Sardar Mushtaq Gill, um advogado cristão perito nos casos de violência e sequestro, que decidiu assisti-los gratuitamente.

Gill também é diretor da ONG Lead (Legal Evangelical Development Association – Associação Legal de Desenvolvimento Evangélico), cuja missão é “assinalar o problema das conversões forçadas às autoridades, apoiando uma legislação correta” neste campo.

O advogado disse à agência vaticana Fides que “frequentemente, mulheres de minorias religiosas são levadas e os sequestradores ficam impunes porque não existe uma normativa no campo da conversão forçada”.

Segundo dados das ONGs, a cada ano, são sequestradas no Paquistão cerca de mil meninas cristãs ou hindus. 

FIFA censura Jesus na entrega da Bola de Ouro


A FIFA, a máxima instituição do futebol mundial, censurou a inscrição “100% Jesus” que levava em uma faixa o jogador brasileiro Neymar no vídeo de apresentação do jogador na cerimônia da Bola de Ouro 2016, no dia 11 de janeiro, em Zurich (Suíça).

Para apresentar Neymar, um dos finalistas para receber a Bola de Ouro, a qual foi entregue ao argentino Lionel Messi (a quinta da sua carreira), a FIFA difundiu uma parte do vídeo do jogo do Barcelona no qual derrotou por 3 a 1 a Juventus da Itália na final da Champions League disputada em Berlim (Alemanha), no último dia 6 de junho.

No vídeo (aos 35 segundos), é possível observar que Neymar está usando uma faixa branca, cuja expressão “100% Jesus” foi censurada pela FIFA.


O fato gerou diversos protestos e expressões de rechaço, entre as quais está um abaixo assinado através da plataforma CitizenGo, no qual exigem uma desculpa formal da instituição futebolística.

“A FIFA explicou que retiraram o texto da faixa do cabelo de Neymar ‘por respeito’. Por respeito a quem? A Neymar? Aos milhões de torcedores cristãos? O gesto ‘cristofóbico’ supõe um claro ataque a liberdade religiosa”, indicou o pedido.

Publicada mensagem do Papa para Jubileu dos Adolescentes


MENSAGEM PARA O JUBILEU DA MISERICÓRDIA DOS ADOLESCENTES
Crescer misericordiosos como o Pai
Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2016

Queridos adolescentes!

A Igreja está a viver o Ano Santo da Misericórdia, um tempo de graça, paz, conversão e alegria que abrange a todos: pequenos e grandes, próximos e afastados. Não há fronteiras nem distâncias que possam impedir à misericórdia do Pai de nos alcançar, tornando-se presente no meio de nós. A Porta Santa já está aberta em Roma e em todas as dioceses do mundo.

Este tempo precioso abrange também a vós, queridos adolescentes, pelo que me dirijo a vós para vos convidar a participar nele, a tornar-vos seus protagonistas descobrindo-vos filhos de Deus (cf. 1 Jo 3, 1). Gostaria de vos convidar um por um, gostaria de vos chamar pelo nome, como faz Jesus cada dia, porque – como bem sabeis – os vossos nomes estão escritos no Céu (Lc 10, 20), esculpidos no coração do Pai, que é o Coração Misericordioso donde nasce toda a reconciliação e toda a doçura.

O Jubileu é um ano inteiro no qual se diz santo cada momento, para que toda a nossa existência se torne santa. É uma ocasião para descobrirmos que viver como irmãos é uma grande festa, a mais bela que se pode sonhar, a festa sem fim que Jesus nos ensinou a cantar através do seu Espírito. Para a festa do Jubileu, Jesus convida mesmo a todos, sem fazer distinções nem excluir ninguém. Por isso, desejei viver também convosco alguns dias de oração e de festa. Assim espero-vos, em grande número, no próximo mês de Abril.

«Crescer misericordiosos como o Pai» é não só o título do vosso Jubileu, mas também a oração que fazemos por todos vós, recebendo-vos em nome de Jesus. Crescer misericordiosos significa aprender a ser corajosos no amor prático e desinteressado, significa tornar-se grande tanto no aspecto físico, como no íntimo de cada um. Estais a preparar-vos para vos tornardes cristãos capazes de escolhas e gestos corajosos, capazes de construir cada dia, mesmo nas pequenas coisas, um mundo de paz. 

A marcha para Satã.


Esse é o deus da esquerda... de todo aquele que coloca seu ego acima de tudo...

Para muitos é só mais um desses eventos fictícios criados no Facebook como piada. Mas uma leitura atenta do que propõe essas páginas verá que deve acontecer mesmo. A paródia satânica da Marcha para Jesus, evento que é realizado no mundo todo, será no dia 17 de janeiro de 2016, em São Paulo.

A ideia original convidava adeptos e simpatizantes para percorrer a Avenida Paulista, a partir das 16 horas. Já existem mais de 40 pessoas confirmadas na página oficial.

Uma série de comentários mostra que, se para alguns, a coisa toda é uma brincadeira, há várias pessoas levando a sério. O aviso no alto da página, diz: “Não é evento fake. Vamos todos mesmo para a paulista!”.

Uma espécie de manifesto, assinado pelo criador do evento, que se autodenomina Apo Panthos Kakodaimonaz, convida os interessados para marchar “nas ruas em glória a nosso pai, Satanás… Para não dizer que estamos copiando a Marcha Para Jesus, os participantes da Marcha Para Satanás estão proibidos de pregar ódio contra homossexuais, mulheres, trans…Também queremos exigir que Bolsonaro, Cunha, Malafaia e Feliciano cometam suicídio”.

Replicando o evento de São Paulo, surgiram páginas do evento na mesma data em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Maceió. Todas usam a mesma imagem, uma representação da Santa Ceia, tendo uma figura demoníaca no centro.

Em todas, os organizadores afirmam que o evento é real e alegam que as leis do país asseguram liberdade de expressão e liberdade religiosa, por isso têm o mesmo direito que os cristãos de expressar sua fé publicamente.

Os comentários deixados por crentes são rebatidos e ridicularizados. Proliferam os palavrões, as ofensas à fé e as ameaças contra cristãos. Algumas mensagens chegam a pedir a morte de líderes e incentivam que igrejas sejam queimadas e saqueadas.