quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cristãos ameaçados de morte na Alemanha querem voltar para o Oriente Médio


Em plena véspera de Ano Novo, na cidade de Colônia, mulheres alemãs foram violentadas por jovens de ascendência árabe e norte-africana, em um episódio que choca não só pela gravidade, mas principalmente pelo silêncio com que foi recebido pela mídia ocidental. Mas a violência de parte dos refugiados não se dirige apenas às mulheres europeias. Cristãos que saíram do Oriente Médio e chegaram à Alemanha "suportam pressões tão fortes nos campos de refugiados por parte dos imigrantes muçulmanos, que preferem voltar para as suas casas".

A denúncia é de Daniel Irbits, superior do monastério ortodoxo de São Jorge, situado a 100 quilômetros da capital Berlim. Em carta endereçada ao ministro de assuntos especiais, Peter Altmaier, o religioso afirma que os cristãos "são ameaçados de morte e tratados como animais pelos muçulmanos". "Com grande preocupação e vergonha, ficamos sabendo nesses últimos dias que os imigrantes cristãos procedentes da Síria, da Eritreia e de outros países são expostos em nossos campos de refugiados a ultrajes, perseguições e violências por parte de seus vizinhos muçulmanos", ele escreve. Os casos, desgraçadamente, "não são raros e as violências chegam inclusive a ameaças de morte e ferimentos graves". 

Rito do Lava-pés: também as mulheres poderão ser escolhidas


O Papa Francisco decidiu fazer uma mudança nas rubricas do Missal Romano relativas ao Rito do “Lava pés” contido na Missa da Santa Ceia: de agora em diante, entre as pessoas escolhidas pelos pastores poderão ser incluídas também as mulheres.

O Papa explica sua decisão numa Carta endereçada ao prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah. Por conseguinte, o referido Dicastério vaticano emitiu um Decreto a propósito.

Expressar a caridade sem limites de Jesus

“Expressar plenamente o significado do gesto realizado por Jesus no Cenáculo, o seu doar-se ‘completamente’, para a salvação do mundo, a sua caridade sem limites”: com essas palavras, o Papa Francisco explica, na Carta ao Cardeal Sarah, a decisão de modificar a rubrica do Missal Romano que indica as pessoas escolhidas para receber o “Lava-pés” durante a Missa da Santa Ceia, na Quinta-feira Santa.

Incluídas as mulheres entre os fiéis escolhidos

A decisão do Papa, tomada “após atenta ponderação”, explica o próprio Pontífice, faz de modo que “de agora em diante os pastores da Igreja possam escolher os participantes para o rito entre todos os membros do povo de Deus”.

Efetivamente, se antes estes deviam ser homens adultos ou jovens, agora – explica o decreto da Congregação para o Culto Divino – poderão ser quer homens, quer mulheres, “convenientemente jovens e idosos, sadios e doentes, clérigos, consagrados e leigos”, incluídos casados e solteiros.

“Esse pequeno grupo de fiéis deverá representar a variedade e a unidade de cada porção do povo de Deus”, ressalta o Dicastério, sem especificar o seu número. 

Estado Islâmico destrói mosteiro mais antigo do Iraque


Os terroristas do Estado Islâmico destruíram o Mosteiro cristão mais antigo do Iraque, localizado na cidade de Mossul.

Segundo informa Associated Press (AP), o Mosteiro de Santo Elias, construído há 1.400 anos, foi reduzido a escombros, de acordo com as imagens de satélite difundidas pela agência de notícias.

Este mês, a pedido da AP, a empresa de imagens por satélite DigitalGlobe tirou fotos aéreas do local com uma câmara de alta resolução e as comparou com imagens prévias: é possível observar que a estrutura de 2.500 metros quadrados não existe mais.

O Mosteiro, que tinha 26 salões que incluíam um santuário e uma capela, foi destruído com “bulldozers, maquinas pesadas, marretas e provavelmente com explosivos. A sua estrutura foi completamente destruída”, assinala Stephen Wood, diretor executivo de Allsource Analysis.

Em declarações à AP, o sacerdote Paul Thabit Habib, afirmou sobre esta destruição que “a história da cristandade em Mossul está sendo destruída de forma cruel. Consideramos que esta é uma tentativa de expulsar-nos do Iraque, querem nos eliminar e exterminar nossa existência nesta terra”.

Não esqueçam os pobres, pede Papa ao Fórum Econômico Mundial


MENSAGEM
Mensagem do Papa Francisco ao presidente do Fórum Econômico Mundial
por ocasião do encontro anual em Davos
Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


Ao Professor Klaus Schwab
Presidente executivo do Fórum Econômico Mundial

Antes de mais nada, quero agradecer-lhe pelo gentil convite a dirigir uma palavra à reunião anual do Fórum Económico Mundial, que terá lugar em Davos-Klosters, no final de Janeiro, sobre o tema «Mastering the Fourth Industrial Revolution – Dominar a quarta revolução industrial». Formulo votos cordiais pelo bom sucesso do encontro, que visa incentivar uma contínua responsabilidade social e ambiental através dum diálogo construtivo com responsáveis de governo, da actividade empresarial e da sociedade civil, e também com representantes ilustres dos sectores político, financeiro e cultural.

A aparição da chamada «quarta revolução industrial» foi acompanhada pela crescente percepção da inevitabilidade duma redução drástica do número de postos de trabalho. Os últimos estudos, realizados pela Organização Internacional do Trabalho, indicam que o desemprego afecta, actualmente, centenas de milhões de pessoas. O financiamento e tecnologização das economias nacionais e da global produziram profundas mudanças no campo do trabalho. A diminuição de oportunidades para um emprego vantajoso e digno, aliada a uma redução da cobertura da previdência social, estão a causar um aumento preocupante da desigualdade e da pobreza em vários países. Claramente surge a necessidade de criar novos modelos empresariais que, enquanto promovem o desenvolvimento de tecnologias avançadas, sejam capazes também de utilizá-las para criar trabalho digno para todos, manter e consolidar os direitos sociais e proteger o meio ambiente. O homem deve guiar o progresso tecnológico, sem se deixar dominar por ele!

Mais uma vez faço apelo a todos vós: «Não esqueçais os pobres!» Este é o principal desafio que, como líderes no mundo dos negócios, tendes diante de vós. «Quem tem os meios para levar uma vida decente, em vez de estar preocupado com os privilégios, deve procurar ajudar os mais pobres a terem, também eles, acesso a condições de vida respeitosas da dignidade humana, nomeadamente através do desenvolvimento do seu potencial humano, cultural, económico e social» (Discurso à classe dirigente e ao Corpo Diplomático, Bangui, 29 de Novembro de 2015).

Não devemos permitir jamais que «a cultura do bem-estar nos anestesie» e torne «incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios», de modo que «já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe» (Evangelii gaudium, 54).

Chorar à vista do drama dos outros não significa apenas compartilhar os seus sofrimentos, mas também e sobretudo dar-se conta de que as nossas acções são causa de injustiça e desigualdade. Por isso, «abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo» (Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Misericordiae vultus, 15).

Quando nos damos conta disto, tornamo-nos mais plenamente humanos, uma vez que a responsabilidade pelos nossos irmãos e irmãs é uma parte essencial da nossa humanidade comum. Não tenhais medo de abrir a mente e o coração aos pobres. Desta forma, dareis livre curso aos vossos talentos económicos e técnicos e descobrireis a felicidade duma vida plena, que o consumismo, de por si, não pode oferecer. 

Papa: transmitir a misericórdia de Deus é missão comum aos cristãos


CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Ouvimos o texto bíblico que este ano guia a reflexão na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que vai de 18 a 25 de janeiro: esta semana. Tal trecho da Primeira Carta de São Pedro foi escolhido por um grupo ecumênico da Letônia, encarregado pelo Conselho Ecumênico das Igrejas e pelo Pontifício Conselho para a promoção da unidade dos cristãos.

No centro da catedral luterana de Riga há uma pia batismal que remonta ao século XII, ao tempo em que a Letônia foi evangelizada por São Mainardo. Aquela fonte é sinal eloquente de uma origem de fé reconhecida por todos os cristãos da Letônia, católicos, luteranos e ortodoxos. Tal origem é o nosso comum Batismo. O Concílio Vaticano II afirma que “o Batismo constitui o vínculo sacramental da unidade que vigora entre todos aqueles que, por meio desse, foram regenerados” (Unitatis redintegratio, 22). A Primeira Carta de Pedro é dirigida à primeira geração dos cristãos para torná-los conscientes do dom recebido com o Batismo e das exigências que este comporta. Também nós, nesta Semana de Oração, somos convidados a redescobrir tudo isso e a fazê-lo juntos, indo além das nossas divisões.

Antes de tudo, partilhar o Batismo significa que todos somos pecadores e precisamos ser salvos, redimidos, libertos do mal. É este o aspecto negativo que a Primeira Carta de Pedro chama “trevas” quando diz “[Deus] vos chamou fora das trevas para conduzir-vos na sua luz maravilhosa”. Esta é a experiência da morte, que Cristo fez sua, e que está simbolizada no Batismo quando somos imersos na água e à qual segue o ressurgir, símbolo da ressurreição à vida nova em Cristo. Quando nós cristãos dizemos partilhar um só Batismo, afirmamos que todos nós – católicos, protestantes e ortodoxos – partilhamos a experiência de sermos chamados das trevas impiedosas e alienantes ao encontro com o Deus vivo, cheio de misericórdia. Todos, de fato, infelizmente, fazemos a experiência do egoísmo, que gera divisão, fechamento, desprezo. Partir novamente do Batismo quer dizer reencontrar a fonte da misericórdia, fonte de esperança para todos, porque ninguém está excluído da misericórdia de Deus. 

Santa Inês


Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe possibilitou receber uma bela educação. Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã. Tudo porque não aceitou casar-se com o prefeito de Roma.

A narração que nos chegou conta que o rapaz tentou a todo custo casar-se com Inês, mas nada convencia Inês. Um dia tentou agarrá-la a força e acabou sendo atingido por um raio. O pai do rapaz suplicou a Inês que recuperasse a vida do filho. Inês, armada de fé, rezou e trouxe de novo respiração ao rapaz.

Diante disso, o rapaz converteu-se, mas o pai, endurecido de coração, passou a perseguir Inês. Acabou presa, mas nem sob tortura renegou a fé em Cristo. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações à Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo.

Num ato de desespero, o prefeito mandou decapitar a jovem menina, que tornou-se uma das mártires mais conhecidas do cristianismo. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha, e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência.

ORAÇÃO


Senhor nosso Deus, que deste Santa Inês como modelo e guia a numerosas virgens, concedei que conservemos sempre bem vivo aquele espírito seráfico, que ela ensinou com sabedoria e confirmou com magníficos exemplos de santidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Dos crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos


Direito Penal

Capitulo I

DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO 
E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS

Considerações gerais

A tutela do sentimento religioso e do respeito aos mortos, abrange-se, de modo geral, a proteção aos valores ético-social de uma sociedade, ao qual a liberdade é sua força-motriz, pois que esta abrange a liberdade de crença, de culto e de organização religiosa, em que nossa Constituição Federal, coube tratar, ao passo que o Código Penal, ainda que anterior a Carta Maior, os tutelou em caso de violabilidade, tipificando-os como crime. Assim, numa visão Constitucional, trata-se da dignidade da pessoa humana e seus valores perante a sociedade em ter sua liberdade protegida, deixando a livre escolha de o cidadão optar em seu prospecto filosófico-religioso.

A liberdade de crença trata-se da simples liberdade de consciência, ou seja, do cidadão optar e manifestar-se de sua religião, como prevê o estatuto Constitucional “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias” assim como “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”; (art.5°, VI e VIII)

A liberdade de culto exterioriza-se com a prática do corpo doutrinário e de seus ritos, com suas cerimônias, manifestações, hábitos, tradições, na forma que indicada para a religião escolhida. (art. 5°, VI, CF).

A liberdade de organização religiosa tem dois primados, um refere-se a organização da igreja em seu espaço físico como também a profanação de sua crença, separando aos ditames ideológicos com o Estado, devido seu laicismo declarado (art.19, CF)

Por fim, pujante as breves considerações gerais acima colocadas quanto aos delineios endo-constitucionais a temática, cumpre-se promover o Capitulo I do Código Penal. 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Papa Francisco: um perigo não tão claro, mas bem presente


Aqueles que levam a cabo atos perversos de terror em nome do chamado Estado Islâmico (o que, apesar de suas reivindicações distorcidas, nada tem a ver com Deus ou religião) se transformaram numa grande ameaça para o mundo de hoje. 

Cada ataque terrorista que eles, e aqueles a quem inspiram, infligem contra os cidadãos desavisados serve para interromper as nossas rotinas e modos de vida bem-estabelecidos. Eles estão encontrando meios de tumultuar cada canto desta natureza divina e de piorar muitos lugares que já estavam arrasados.

Mas estes fanáticos desorientados e depravados não são a maior ameaça à vida na forma como a conhecemos atualmente.

Há uma ameaça muito mais perigosa aí fora.

É o Papa Francisco.

Não, ele não está planejando um reino de terror. Ele está, isto sim, profeticamente disseminando uma mensagem que – se a acatarmos de fato – poderá facilmente abalar e mudar as nossas vidas de um modo muito mais radical e desestabilizador do que tudo o que os militantes do ISIS possam vir desencadear.

Ele vem assim agindo em níveis múltiplos e em várias frentes. Ele tem encontrado focos de resistência em setores da sociedade, e mesmo dentro da Igreja Católica.

Existem aqueles que frequentam as missas aos domingos e que se irritam com os seus pedidos insistentes por uma reforma ampla da “economia que mata”, incluindo uma maior regulamentação dos livres mercados. Existem os benfeitores ricos e generosos das dioceses católicas, pessoas que tentam ser tão responsáveis com os seus recursos quanto ser esforçados em lucrar, pessoas que se ofendem pelos apelos angustiados do papa por uma distribuição mais justa da riqueza.

Existem cidadãos bons e decentes de todas as crenças e entre aqueles que não possuem nenhuma religião, pessoas apaixonadas que se ofendem com o pontífice e acreditam que ele está redondamente enganado ao exigir que a Europa e a América do Norte abram suas portas aos migrantes e refugiados da África e do Oriente Médio.

Existem católicos sérios que estão escandalizados com as exortações infindáveis do papa em acolher aqueles a quem as regras de suas igrejas definem como impuros ou vivendo em pecado (tais como os divorciados e recasados, os gays e as lésbicas autoafirmados e os que, em boa consciência, usam métodos contraceptivos).

Eles e outros ficam horrorizados com a convicção de Francisco de que a Igreja de Roma não tem escolha senão se envolver no diálogo com os cristãos que rejeitam alguns de seus dogmas, com as pessoas de outros credos que não acreditam em Jesus Cristo, com os que não acreditam em Deus, com os céticos e mesmo com os que são os inimigos declarados da Igreja.