terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Nossa Senhora não é Iemanjá.


É lamentável que muitas pessoas, dizendo-se devotas de Nossa Senhora dos Navegantes, participem de outras festividades pagãs comemoradas na mesma data, oferecendo tributos e homenagens a uma tal "rainha do mar", a "Iemanjá", a quem umbandistas e macumbeiros atribuem nominalmente tratar-se de Nossa Senhora, numa variação da devoção afro-brasileira.

Prática terrível e blasfematória não é só estabelecer-e na praia para jogar flores a Iemanjá, mas principalmente querer comparar esta figura a Nossa Senhora, Mãe de Deus e Mãe dos homens. Nossa Senhora nunca pediu nenhum tipo de oferenda como, por exemplo: perfumes, melancias, bandejas recheadas de doces , barcos, pentes, espelhos e outras barbaridades, nem sacrifícios de animais para conseguir isso ou aquilo. Isso quem pede, com toda a certeza, são os falsos deuses (demônios), que tanto as Sagradas Escrituras relatam, com seus rituais abomináveis.

Nossa Senhora em todas as suas aparições, sempre pediu e continua a pedir a oração do santo Rosário, a frequência às Santas Missas , leitura orante da Palavra de Deus, confissão mensal, se possível, e o jejum. 

Iemanjá é considerada uma deusa falsa e imaginária da cultura afro.  Na verdade é um demônio disfarçado de anjo de luz, ou quer tentar se passar por Nossa Senhora, coisa esta que o tal nunca conseguirá, é só olhar para as vestes de Iemanjá e ver que não tem nada haver com Maria a Mãe de Jesus! 

Nossa Senhora dos Navegantes


Nossa Senhora dos Navegantes passa a receber muitos pedidos de intercessão na Idade Média, na época das Cruzadas, quando os portugueses e espanhóis cruzavam o mar Mediterrâneo rumo à Palestina para protegerem os lugares sagrados dos infiéis. Nesta devoção Maria é chamada também de Estrela do Mar, aquela que protege os navegantes mostrando-lhes sempre o melhor caminho e um porto seguro para a chegada. Antes das travessias os navegantes participavam da Santa Missa pedindo proteção a Nossa Senhora dos Navegantes, para poderem ter mais coragem de enfrentar o mar e suas tempestades com aqueles pequenos barcos. É a padroeira dos navegantes e dos viajantes.

Quando os Portugueses e Espanhóis deram início às grandes navegações, aos descobrimentos de novas rotas e novas terras pelo mundo, a devoção a Senhora dos Navegantes, Estrela do Mar, começou a ser difundida e nunca mais parou.

As invocações a Nossa Senhora eram gravadas no próprio casco dos barcos. Quase todos os barcos traziam uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes entalhada na proa dos barcos, com uma lâmpada de fogo, que os marujos nunca deixavam se apagar.

Quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, com eles também desembarcou a devoção a Nossa Senhora dos Mares, da Boa Viagem, a Estrela do Mar, a Nossa Senhora dos Navegantes. Pescadores simples e valentes, sempre faziam as orações a Nossa Senhora dos Navegantes antes de irem para o mar buscar o sustento para a família e o trabalho para sobreviverem.

Prova disso é que a grande maioria das Igrejas e Capelas dedicadas a Nossa Senhora dos Navegantes estão situadas no litoral do Brasil. Em Fortaleza, Ceará, Penedo em Alagoas, Porto Alegre no Rio Grande do Sul, em Santos e Cananéia no litoral de São Paulo.  Em Santa Catarina são varias cidades que mantém a devoção com Igrejas ou capelas dedicadas a Senhora dos Navegantes.

No balneário Arroio do Silva, balneário Barra do Sul, as cidades de Laguna, Mondai, Bombinhas e a principal, a cidade de Navegantes. Esta já tinha uma capela dedicada à Santa em 1896. No ano de 1996 o então Bispo Auxiliar de Florianópolis, (hoje Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Salvador e primaz do Brasil), Dom MURILO KRIEGER, fez a dedicação do altar da Igreja.

Por isso, ela foi elevada a Santuário Arquidiocesano, sob a invocação de SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES. Em todos esses lugares, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes é celebrada no começo do fevereiro, com Missas e grandes procissões de barcos, no mar ou nos rios. A imagem de Nossa Senhora dos Navegantes é representada por Maria em pé dentro de um barco segurando o Menino Jesus no colo.


Ó Nossa Senhora dos Navegantes, Mãe de Deus, criador do céu, da terra, dos rios, lagos e mares, protegei-me em todas as minhas viagens. Que ventos, tempestades, borrascas, raios e ressacas não perturbem a minha embarcação e que monstro nenhum, nem incidentes imprevistos causem alteração e atraso à minha viagem nem me desviem da rota traçada. Virgem Maria, Senhora dos Navegantes, minha vida é travessia de um mar furioso. As tentações, os fracassos e as desilusões são ondas impetuosas que ameaçam afundar minha frágil embarcação no abismo do desânimo e do desespero. Nossa Senhora dos Navegantes, nas horas de perigo eu penso em vós e o medo desaparece, o ânimo e a disposição de lutar e de vencer tornam a me fortalecer. Com a vossa proteção e a benção de vosso Filho, a embarcação da minha vida há de ancorar segura e tranquila no porto da eternidade. Nossa Senhora dos Navegantes, rogai por nós. Amém.



Saiba mais: Nossa Senhora não é Iemanjá.

Todos corruptos?


Passou quase despercebida na época, a indicação feita pelo Papa João Paulo II, de um padroeiro para os políticos. O escolhido foi S. Tomás Morus, santo inglês  nascido em 1477, contemporâneo portanto, dos albores do mundo moderno em ascensão,  com a emergência dos Estados nacionais e as grandes descobertas.

Tomás Morus foi advogado de formação humanista, pai de família, membro do parlamento, desempenhou várias missões diplomáticas. Conseguiu conciliar sua vida cristã autêntica, com carreira política bastante ativa. Levantava-se bem cedo para rezar, antes de ir para o tribunal. Foi nomeado pelo rei Henrique VIII, membro do conselho secreto, posteriormente chanceler do Reino, em 1529, o mais importante cargo de governo  abaixo do rei.  Sempre gentil, bem humorado, não deixou de se preocupar, estando no governo, com a justiça social e a ética.

Sua obra famosa  A  Utopia, editada em 1516, descreve um Estado imaginário, sem propriedade privada nem dinheiro, um Estado preocupado com a felicidade coletiva, ou seja: o bem comum. “Com efeito, ser o único a viver em prazeres e delícias, tendo ao redor pessoas que gemem e se lamentam, não é ser rei, é ser um guarda de prisão”, ele escreve no Livro Iº desta obra, ao falar do bom governo e da justiça social.

Qual foi o segredo deste político bem sucedido que não cedeu à corrupção? Segundo ele mesmo, foi a fidelidade à sua consciência. Um filme famoso sobre sua vida se intitula a propósito: “O homem que não vendeu sua alma”. Mesmo sendo amigo do rei, não cedeu ao Act of Supremacy, de 1534 que colocava o rei como chefe supremo da Igreja da Inglaterra, após ter rompido com o papa. O papa negara ao rei seu primeiro divórcio, deste divórcio se seguiram outros tantos, além rainhas por ele executadas, como se sabe. 

Apresentação do Senhor


Esta festa já era celebrada em Jerusalém, no século IV. Chamava-se festa do encontro, hypapántè , em grego. Em 534, a festa estendeu-se a Constantinopla e, no tempo do Papa Sérgio, chegou a Roma e ao Ocidente. Em Roma, a festa incluía uma procissão até à Basílica de S. Maria Maior. No século X, começaram a benzer-se as velas.

José e Maria levam o Menino Jesus ao templo, oferecendo-o ao Pai. Como toda a oferta implica renúncia, a Apresentação do Senhor é já o começo do mistério do sofrimento redentor de Jesus, que atingirá o seu ponto culminante no Calvário. Maria e José unem-se à oferta do seu divino Filho estando a seu lado e colaborando, cada um a seu modo, na obra da Redenção.

Os pais de Jesus, de acordo com a lei mosaica, 40 dias depois do nascimento do primeiro filho, foram ao Templo de Jerusalém para oferecer o primogénito ao Senhor e para a mãe ser purificada. Mas este rito não foi exatamente igual aos outros. Nos ritos comuns, eram os pais que apresentavam os filhos a Deus em sinal de oferta e de pertença; neste rito é Deus que apresenta o seu Filho aos homens. Fá-lo pela boca do velho Simeão e da profetisa Ana. Simeão apresenta-O ao mundo como salvação para todos os povos, como luz que iluminará as gentes, mas também como sinal de contradição; como Aquele que revelará os pensamentos dos corações.

O encontro de Jesus com Simeão e Ana no Templo de Jerusalém é símbolo de uma realidade maior e universal: a Humanidade encontra o seu Senhor na Igreja. Malaquias preanunciava este encontro: «Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que vós procurais». No Templo, Simeão reconheceu Jesus como o Messias esperado e proclamou-o salvador e luz do mundo. Compreendeu que, doravante, o destino de cada homem se decidia pela atitude assumida perante Ele; Jesus será ruína ou salvação. Como dirá João Baptista: Ele tem na mão a joeira para separar o trigo bom da palha (cf. Mt 3, 12).

É o que acontece, a outra escala, também hoje: no novo templo de Deus que é a Igreja, os homens «encontram» Cristo, aprendem a conhecê-lo, recebem-no na Eucaristia, como Simeão o recebeu nos braços; a sua palavra torna-se, aí, para eles, luz e o seu corpo força e alimento. É a experiência que fazemos, sempre que vamos à missa. A comunhão é um verdadeiro encontro entre Deus e nós. Hoje, essa experiência é acentuada pelo simbolismo da festa: a procissão com que entramos na igreja com o sacerdote, levando a vela acesa e cantando, era, sinal deste ir ao encontro de Jesus que nos chama no interior da sua igreja, na esperança de irmos ao seu encontro um dia no Hypapante eterno, quando formos nós a ser apresentados por Ele ao Pai.

A Candelária é festa de luz. A luz da fé não nos foi dada apenas para iluminar o nosso caminho, desinteressando-nos dos outros… A luz da fé também não é para ter acesa apenas na igreja, ou em certos momentos, mas em todos os momentos e situações da nossa vida… A nossa fé há de ser luz que ilumina, fogo que aquece… É luz e fogo quem é compreensivo e bom com todos… quem sabe apoiar os pequenos esforços… os pequenos progressos… quem tem palavras de amizade, de estímulo, de apoio… quem sabe dizer uma boa palavra, dar uma ajuda… O amor cristão tem a sua origem em Deus que nos amou e nos enviou o seu Filho com quem nos encontramos em vários momentos da nossa vida, particularmente quando celebramos a Eucaristia. Esse é o nosso encontro, enquanto esperamos o encontro definitivo no Céu.


ORAÇÃO:


Ó Jesus, eis-me aqui para fazer a vossa vontade. Quero estar atento e ouvir as vossas ordens, os vossos desejos, que me chegam através da vossa Palavra, das orientações dos vossos representantes na terra, dos acontecimentos da minha vida e da vida dos meus irmãos. Uno-me à oblação generosa do vosso divino Coração. Que quereis que vos faça? Dizei-mo, pelos meus pastores, pelas vossas inspirações, pela vossa providência. Falai, Senhor, que o vosso servo escuta. Iluminai-me com a vossa luz divina e refleti-la-ei nos meus irmãos. Amém.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Eucaristia é escola de humilde serviço, diz Papa


MENSAGEM PARA O CONGRESSO 
EUCARÍSTICO INTERNACIONAL

PAPA FRANCISCO

Domingo, 31 de janeiro de 2016


Queridos irmãos e irmãs,

Saúdo a todos vocês reunidos em Cebu para o 51° Congresso Eucarístico Internacional. Agradeço ao Cardeal Bo, que é o meu representante entre vocês e dirijo uma saudação especial ao Cardeal Vidal, Arcebispo de Palma e aos bispos, sacerdotes e fieis de Cebu. Saúdo também o Cardeal Tagle e todos os católicos das Filipinas. Estou particularmente contente que este Congresso tenha reunido tantas pessoas do vasto continente asiático e de todo o mundo.

Há apenas um ano visitei as Filipinas logo após o tufão Yolanda. Pude constatar pessoalmente a profunda fé e resiliência de seu povo. Sob a proteção do Santo Niño, o povo filipino recebeu o Evangelho de Jesus Cristo há quinhentos anos. Desde então, os filipinos deram ao mundo um exemplo de fidelidade e de profunda devoção ao Senhor e à sua Igreja. Foram também um povo de missionários, que difundiu a luz do Evangelho na Ásia e até os extremos confins da terra.

O tema do Congresso Eucarístico – “Cristo em vós, a nossa esperança de glória” – é de grande atualidade. Ele nos recorda que Jesus Ressuscitado está sempre vivo e presente na sua Igreja, sobretudo na Eucaristia, Sacramento de Seu Corpo e Sangue. A presença de Cristo em meio a nós não é somente uma consolação, mas também uma promessa e um convite. É uma promessa de que uma eterna alegria e paz serão nossas, um dia, na plenitude de seu Reino. Mas é também um convite a seguir em frente como missionários, para levar a mensagem da ternura, do perdão e da misericórdia do Pai a todos os homens, mulheres e crianças.

Como o nosso mundo tem necessidade desta mensagem! Quando pensamos nos conflitos, nas injustiças e nas urgentes crises humanitárias que marcam o nosso tempo, nos damos conta do quanto é importante para cada cristão ser um verdadeiro discípulo missionário que leva a boa nova do amor redentor de Cristo a um mundo que tem tanta necessidade de reconciliação, justiça e paz.

Assim é apropriado que este Congresso tenha sido celebrado no Ano da Misericórdia, em que toda a Igreja é convidada a concentrar-se no coração do Evangelho: a Misericórdia. Somos chamados a levar o bálsamo do amor misericordioso de Deus a toda família humana, a enfaixar as feridas, levando a esperança onde tão frequentemente parece que o desespero tem a soberania.

Enquanto vocês se preparam para “ir em frente” na conclusão deste Congesso Eucarístico, existem dois gestos de Jesus durante a Última Ceia, sobre os quais vos peço para refletir. Ambos têm a ver com a dimensão missionária da Eucaristia. São a mesa da comunhão e o lava-pés. 

Pedagogia Litúrgica para o mês de Fevereiro de 2016


A misericórdia no Tempo Quaresmal

Neste mês de fevereiro, a Liturgia conclui a primeira parte do Tempo Comum num contexto tipicamente vocacional, a partir da experiência mística e espiritual de quem escuta e acolhe a Palavra de Deus. A resposta vocacional de Isaias (1L) e dos Apóstolos (E) não acontece unicamente na esfera da experiência emocional, mas principalmente pela experiência mística da transcendência divina. Ao contemplar a glória divina, Isaias e os Apóstolos se prontificam ao seguimento e à missão. Por isso, a proposta celebrativa para o 5º Domingo do Tempo Comum - C desenvolve-se num contexto vocacional, com destaque para o chamado ao discipulado a partir da escuta e do acolhimento da Palavra. Só quem ouve e acolhe a Palavra é capaz de se dispor ao seguimento, no discipulado e, igualmente ao envio missionário.
  
Quaresma no contexto do Ano Santo da Misericórdia

Concluída a primeira parte do Tempo Comum, a Liturgia conduz os celebrantes para o seu grande retiro anual, que é a Quaresma. E, como não poderia deixar de ser, a Quaresma deste ano é iluminada pela luz da misericórdia divina. Uma luz que ilumina a vida pessoal, para que sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso (Lc 6.36). O motivo de uma Quaresma iluminada pela misericórdia situa-se no contexto do Ano Santo da Misericórdia. Por isso, se a natureza da Quaresma tem um caráter, em si, misericordioso, o tem com mais intensidade neste tempo tão rico devido ao Ano Santo da Misericórdia.

É justo que vivamos esta Quaresma meditando e refletindo de modo mais profundo a misericórdia divina, para que também nós possamos ser misericordiosos, como o Pai é misericordioso. Por isso, a proposta celebrativa do 1º Domingo da Quaresma - C, pretende incentivar os celebrantes a crescerem na misericórdia, não só como sentimento, de quem tem dó e pena dos sofredores — embora isso seja louvável — mas como atitude de quem vence as tentações do comodismo e da “mundanização” para crescer na solidariedade, no serviço fraterno e na confiança em Deus. 

Após reabilitação, imagem de padre Cícero entra em Igreja Católica pela 1ª vez


Os católicos fiéis a padre Cícero Romão Batista, considerado santo popular no Nordeste, celebraram um dia histórico neste sábado (30) em Juazeiro do Norte: pela primeira uma imagem do padre foi autorizada a entrar dentro de um templo católico, permitido após a reabilitação da Igreja com o padre. O evento ocorreu durante a romaria das Candeias, que atrai cerca de 300 mil católicos à cidade.

Padre Cícero morreu sem conciliação com a Igreja Católica após o caso conhecido como "milagre da hóstia", no final do século XIX. Segundo a crença popular, uma hóstia dada pelo padre Cícero virou sangue na boca de uma beata. A Igreja Católica afirmou que o padre interpretou de forma equivocada a teologia bíblica e foi proibido de exercer funções eclesiásticas.

Em dezembro de 2015, o Vaticano anunciou a reconciliação de padre Cícero com a religião. Com o perdão, não há mais fatores impeditivos para que o "santo popular" do interior do interior do Ceará seja beatificado ou canonizado, segundo o chanceler da diocese do Crato, Armando Lopes Rafael. Leia o resumo da carta em que o Vaticano declara reconciliação com padre Cícero.

"Houve certo erro por parte de igreja em condenar o padre Cícero, mas com esse perdão temos uma renovação na fé que o Papa Francisco nos convidar a celebrar", diz o padre Cícero José, da paróquia de Juazeiro do Norte.


Palavra de Vida: “Qual mãe que consola os filhos, assim vou dar-vos meu consolo.” (Is 66,13).


Quem nunca viu uma criança chorar e lançar-se nos braços da mãe? Qualquer que seja a razão da preocupação, grande ou pequena, a mãe enxuga suas lágrimas, cobre-a de carinhos e pouco depois a criança volta a sorrir. Basta-lhe sentir a presença e o afeto da mãe. É isso que Deus faz conosco, comparando-se Ele mesmo a uma mãe.

É com essas palavras que Deus se dirige ao seu povo que retorna do exílio da Babilônia. Depois de ver destruídas suas próprias casas e arrasado o Templo, depois de ter sido deportado para uma terra estranha onde teve de amargar desilusões e desconforto, o povo volta à própria pátria, tendo de recomeçar tudo a partir das ruínas da destruição sofrida.

A tragédia vivida por Israel é a mesma que se repete ainda hoje para tantos povos em guerra, vítimas de atos terroristas ou de exploração desumana. Casas e ruas devastadas, marcos simbólicos da própria identidade arrasados, bens depredados, lugares de culto destruídos.

Quantas pessoas sequestradas, milhões de fugitivos, milhares que encontram a morte nos desertos ou pelas rotas do mar. Parece um apocalipse.

Essa Palavra de Vida é um convite a acreditar na ação amorosa de Deus, mesmo lá onde não se percebe a sua presença. É um anúncio de esperança. Ele está ao lado de quem sofre perseguições, injustiças, exílio. Está conosco, com a nossa família, com o nosso povo. Ele conhece a nossa dor pessoal e a dor de toda a humanidade. Ele se fez um de nós, até o ponto de morrer na cruz. Por isso Ele sabe compreender-nos e consolar-nos. Exatamente como uma mãe que toma a criança ao colo e a consola.