quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

São Gilberto de Sempringham


Ele é o decano dos santos ingleses. Foi fundador da única Ordem totalmente inglesa, tanto pela origem do seu nascimento quanto pela trajetória de sua vida sacerdotal. Gilberto era filho do nobre normando Juscelino, que se estabeleceu na Inglaterra depois dela ter ficado sob o domínio de Guilherme, o Conquistador. A sua infância transcorreu, toda ela, nas propriedades paternas da cidade de Sempringham, onde nasceu em 1083. Lá, Gilberto iniciou seus estudos, concluídos depois em Paris.

Retornando à sua pátria, Gilberto se dedicou à educação dos jovens e se ordenou sacerdote em 1130. Também, foi o ano que fundou, na própria Sempringham, um mosteiro feminino que colocou sob as regras beneditinas. Na realidade desejava que fossem dirigidas pelos 'cistercenses', Ordem recém criada pelo amigo Bernardo de Chiaravalle, que a Igreja também honra. O Papa, porém, preferiu vê-las sob a guarda de uma congregação mais antiga. Depois, Gilberto fundou um mosteiro masculino que submeteu às mesmas Regras e direção espiritual dada às religiosas.

Em 1148, os Estatutos de ambas foram aprovados pelo Papa Eugênio III. Dessa forma estava fundada a nova Ordem religiosa, a dos Gilbertinos, que teria cerca de setecentos religiosos e mil e quinhentas religiosas, quando da morte do seu fundador. Mas antes desses balanços finais tão positivos, os períodos obscuros foram muitos.

No rompimento entre o rei Henrique II, o Parlamento inglês e o bispo Tomas Becker, de Canterburi, Gilberto é o alvo preferido dos ataques parlamentares, mas escapa da perseguição, somente porque o rei o estima e o defende, impedindo que se seguisse com tanta violência. Há também uma série de revoltas dentro da própria Ordem, provocadas pelos irmãos leigos que desejavam tomar a administração dos bens e que, portanto, o atacavam diretamente com graves acusações. Mas a essa altura, todos os bispos da Inglaterra correram em seu socorro e, o defenderam junto ao Papa Alessandro III.

Com o passar dos anos, a velhice e a cegueira chegam juntas e Gilberto dá um último sinal de amor à Ordem que criou, pedindo para ser acolhido como um simples monge e pronunciou o voto de total obediência ao Superior geral. Ele morreu santamente na sua cidade natal no dia 04 de fevereiro de 1189, com cento e seis anos de idade.

Eram vinte e quatro mosteiros por toda a Inglaterra, quando entre 1538 e 1539, deixaram de existir bruscamente, por determinação do rei Henrique VIII. Durante o rompimento com Roma, os integrantes dessa Ordem foram assimilados por outras congregações, conforme solicitadas. Entretanto, seu fundador, já havia sido elevado à honra dos altares da Igreja, pelo Papa Inocêncio III em 1202, sendo o dia de sua morte reservado para a sua festa.


O culto à São Gilberto é expressivo entre os povos de língua saxônica e chegou aos nossos tempos graças à sua veneração, que foi mantida pelos monges beneditinos e cistercenses, onde quer que instalassem seus mosteiros.

São João de Brito


O povo português em muito ajudou a divulgação do cristianismo e a sua propagação pelo mundo, nos tempos das grandes navegações. Enquanto alargava suas fronteiras, levava junto com sua bandeira a cruz dos cristãos, empunhada principalmente pelos padres jesuítas que, desta forma, puderam evangelizar pelos quatro cantos do planeta. Através das suas missões a religião católica chegou ao Brasil e a tantos outros países. Foi numa missão jesuítica, na Índia, que brotou em sua plenitude o apostolado do sacerdote português João de Brito.

João nasceu em Lisboa ao 1º de março de 1647, filho de um membro da corte portuguesa que, mais tarde, seria governador do Rio de Janeiro, Salvador de Brito Pereira e da nobre Brites de Portalegre. Apesar de ter saúde débil, desde a infância João alimentou o desejo de se tornar evangelizador. Fez os estudos superiores na famosa Universidade de Coimbra, mas queria completar os estudos teológicos na Índia. Aos vinte e seis anos, ordenou-se sacerdote e entrou para a Companhia de Jesus e, apesar da fragilidade física, rumou para o país onde sonhava pregar seu apostolado.

Começou sua atividade missionária em Malabar. Nessa época, conta-se que caminhava descalço enormes distâncias, levando apenas uma manta de algodão e livros religiosos. A sua figura tornou-se emblemática do novo método de evangelização seguido na Índia pelos missionários. Na mão segurava uma cana de bambú, vestia roupão cor avermelhada e calçava palmilhas de madeira. Em tudo vivia como um habitante hindu; nas vestimentas, nos costumes alimentares e no comportamento, porém sempre revelando sua fé e pregando o cristianismo. Mesmo assim, sofreu perseguições, foi preso e torturado, mas não desistiu.

Ocorre que as ideias defendidas por ele iam totalmente contra os princípios da sociedade hindu que, com suas divisões de castas, tinha verdadeiro horror à pregação de 'um só rebanho onde todos são iguais perante o Criador'. Mesmo com toda a oposição dos poderosos, João de Brito converteu comunidades inteiras de hindus. Foram 15 anos de um difícil e cansativo apostolado, ao fim dos quais chegou a voltar para Portugal.

Lá, recebeu o convite para ser conselheiro do rei Pedro II e preceptor de seu filho, mas recusou a oferta e voltou para a Índia onde, por sua fé, encontraria a morte. Mal pisou em Malabar deparou com um verdadeiro inferno: cristãos haviam sido mortos, suas casas e igrejas saqueadas e queimadas. Era uma revolta dos sacerdotes hindus, chamados brâmanes, especialmente contra cidadãos cristãos.


João de Brito foi também preso e sumariamente decapitado. Era o dia 04 de fevereiro de 1693. No mesmo local onde conseguiu permissão para orar, antes da execução, seu corpo foi exposto, depois de ter os membros decepados. O Papa Pio XII proclamou Santo João de Brito em 1947 marcando sua festa litúrgica para o dia de seu martírio.

Santa Joana de Valois


Filha do rei Luiz XI da França e Carlota de Savóia, Joana nasceu no castelo de Tours, em 23 de abril de 1464. Causou uma grande desilusão a seu pai que desejava um filho homem. Aos vinte e seis dias de idade, foi acertado o seu casamento, para consolidar uma aliança política, com seu primo Luiz de Órleans, de dois anos.

A menina cresceu com uma pequena deformação física, por isto aos cinco anos foi deixada no castelo de Berry, no qual o seu maior prazer era 'conversar com a Santíssima Virgem. Aos seis anos, foi convidada pelo rei a escolher um confessor. Escolheu o monge franciscano Gabriel Maria, que a Igreja também depois beatificou. Um ano depois, conversando com Nossa Senhora, durante as orações, esta a investiu de sua missão mariana: 'Antes de morrer fundarás uma família religiosa em meu nome. Assim fazendo me darás um grande prazer e me prestarás um serviço'.

Como era de costuma, aos doze anos se casou com o primo, apesar de a sogra tentar desfazer a aliança, que já não era conveniente. Portanto, quando o pai de Joana morreu, ela se tornou a nova rainha e o seu marido, o rei Luiz XII, em seguida a repudiou. Após a anulação canônica do matrimônio, Luiz XII casou-se com a filha do duque da Bretanha, em mais uma união de fundo político.

Joana herdou o ducado de Berry e um ano depois, em 1498, ingressou na ordem terceira de São Francisco, em Bourges, dedicando totalmente sua vida ao próximo, a Maria e a Jesus Cristo. Seguindo sempre a orientação espiritual de seu confessor, administrou suas posses com sabedoria e caridade, de forma a ajudar os pobres e doentes. Provou isto durante uma epidemia de peste, que se alastrou pelo território francês, naquele período, mostrando todas as virtudes que carregava no coração.

Depois, com dificuldade e superando todos os empecilhos, fundou, com a ajuda do monge Gabriel Maria, uma nova instituição religiosa para irmãs, tendo a finalidade de servir a Cristo e imitar a Virgem Maria, em todas as suas virtudes. A nova família, essencialmente mariana, recebeu o nome de Congregação da Anunciação, cujo estatuto foi escrito por ela. Também por seu desejo consagrou as irmãs às 'dez virtudes da Santíssima Virgem'. No final de novembro de 1504, com autorização do Vaticano, confiou a congregação aos Frades Menores da Obediência, Ordem terceira franciscana.


Morreu em 4 de fevereiro de 1505, de doença fulminante, no seu convento de Berry, França. As graças e os milagres floresciam sob sua intercessão, enquanto o monge Gabriel Maria consolidava sua obra. Ele morreu vinte e três anos depois, quando as irmãs contemplativas da Anunciação, como são chamadas atualmente, já estavam espalhadas por toda a França, alcançando a Bélgica e a Inglaterra. Santa Joana de Valois foi canonizada em 1950, pelo papa Pio XII, tendo determinando o dia de sua morte para as comemorações.

Tatuar-se: por quê?


A tatuagem se tornou comum nas sociedades ocidentais. Parece paradoxal, mas é precisamente em tempos de comportamentos fugazes e ideais inconstantes que a tatuagem se destaca como um sinal de “identidade” e um símbolo do “para sempre”.

A tatuagem muda o nosso olhar sobre o corpo: se contemplamos o Davi de Michelangelo ou qualquer outra representação clássica de corpo a partir da harmonia do conjunto, na tatuagem olhamos para a particularidade e nela intuímos o conjunto.

Significados

Cada desenho traz consigo um significado, como as andorinhas e o desejo de escapar, ou os motivos marinhos e sua relação com o medo da morte ao longo da navegação… Há caveiras, demônios e símbolos ligados ao lado escuro da existência, ou cobras, panteras e leões que remetem à transgressão e à força, ou borboletas, flores de lótus e pavões que dão ênfase à interação entre as cores. Há tatuagens que evocam o imaginário exótico: samurais, gueixas, monstros mitológicos… Há grupos que usam as tatuagens como marcas da sua identidade social.

Alguns números

Estima-se que 3,3% das pessoas tatuadas tenham tido complicações, reações alérgicas ou infecções, mas este número parece subestimado. 17% dos tatuados declaram ter-se arrependido e 4% procuraram formas de apagar tatuagens.

Ministérios da Saúde, como o italiano, proibiram alguns pigmentos sintéticos (em especial o preto e o vermelho) por causa do seu risco de contaminação; as cores naturais, por outro lado, têm uma ação autoesterilizadora. 18% das substâncias utilizadas para tatuar a pele estão contaminadas com microorganismos ou fungos. 

Santo André Corsini


André nasceu em Florença, na Itália, em 1301, filho de família nobre e famosa. Antes de o dar à luz, sua mãe sonhou que seu filho nascia lobo, mas se transformava em cordeiro ao entrar numa igreja carmelita. Assim foi a vida de André: um jovem de vida desregrada e moralmente falha converteu-se com os apelos da mãe e tornou-se um santo carmelita.

Concluiu os estudos religiosos em Paris, ordenou-se sacerdote e, ainda em vida, operou vários prodígios, portador que era do dom da cura e da profecia. Escolhido para ser bispo, André escondeu-se, mas um menino de seis anos indicou seu esconderijo, dizendo que Deus o queria a seu serviço. Não pode recusar o episcopado.

Durante os anos em que ali atuou, foi amado pelo povo e respeitado pelas autoridades. Na noite de Natal de 1372 teve um desmaio e recebeu, em sonho, a notícia de que morreria em 6 de janeiro. A partir daí foi dominado por uma febre que não mais o deixou até que a profecia se cumpriu.

Santo André Corsini é o padroeiro da cidade de Florença.

ORAÇÃO


Senhor, dissestes que seriam chamados filhos de Deus todos os que trabalham pela paz, concedei-nos, por intercessão de Santo André, admirável promotor da paz, a graça de trabalharmos, sem desfalecer, pela instauração daquela justiça que garante aos homens uma paz firme e verdadeira. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Catequese do Papa Francisco: Deus, misericórdia e justiça


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

A Sagrada Escritura nos apresenta Deus como misericórdia infinita, mas também como justiça perfeita. Como conciliar as duas coisas? Como se articula a realidade da misericórdia com as exigências da justiça? Poderia parecer que são duas realidades que se contradizem; na realidade não é assim, porque é justamente a misericórdia de Deus que leva a cumprimento a verdadeira justiça. Mas de qual justiça se trata?

Se pensamos na administração legal da justiça, vemos que quem se considera vítima de uma injustiça se dirige ao juiz no tribunal e pede que seja feita justiça. Trata-se de uma justiça retributiva, que inflige uma pena ao culpado, segundo o princípio de que a cada um deve ser dado aquilo que lhe é devido. Como diz o livro dos Provérbios: “Quem pratica a justiça é destinado à vida, mas quem persegue o mal é destinado à morte” (11, 19). Também Jesus fala da parábola da viúva que ia repetidamente ao juiz e lhe pedia: “Faz-me justiça contra o meu adversário” (Lc 18, 3).

Este caminho, porém, ainda não leva à verdadeira justiça, porque, na realidade, não vence o mal, mas simplesmente contém seu avanço. É, em vez disso, respondendo a ele com o bem que o mal pode ser realmente vencido.

Eis, então, outra maneira de fazer justiça que a Bíblia nos apresenta como caminho-mestre a percorrer. Trata-se de um procedimento que evita o recurso ao tribunal e prevê que a vítima se dirija diretamente ao culpado para convidá-lo à conversão, ajudando-o a entender que está fazendo o mal, apelando à sua consciência. Deste modo, finalmente reconhecido o próprio erro, ele pode se abrir ao perdão que a parte lesada lhe está oferecendo. E isso é belo: após a persuasão daquilo que é o mal, o coração se abre ao perdão, que lhe é oferecido. Este é o modo de resolver os contrastes dentro das famílias, nas relações entre esposos ou entre pais e filhos, onde o ofendido ama o culpado e deseja salvar a relação que o liga ao outro. Não cortar aquele relacionamento, aquela relação.

Certo, este é um caminho difícil. Requer que quem sofreu o erro esteja pronto a perdoar e deseje a salvação e o bem de quem o ofendeu. Mas somente assim a justiça pode triunfar, porque, se o culpado reconhece o mal feito e deixa de fazê-lo, eis que não há mais o mal e aquele que era injusto se torna justo, porque perdoado e ajudado a reencontrar o caminho do bem. E aqui entra justamente o perdão, a misericórdia. 

Infectadas pelo vírus Zika brasileiras optam pelo "aborto preventivo" dos seus bebês


Mulheres casadas, com educação de nível superior e boas condições financeiras que queriam ser mães. Engravidaram, mas foram diagnosticadas com o vírus Zika. Diante dos elevados números de casos de bebês com microcefalia decorrente desta infecção, tomaram uma decisão pelo suposto bem maior: abortar antes mesmo do diagnóstico da malformação.

Esses casos foram relatados em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, do dia 31 de janeiro. Segundo a publicação, médicos contaram sobre gestantes que estavam entre a sexta e a oitava semana e resolveram interromper a gravidez clandestinamente usando o misoprostol (Citotec), cuja venda está proibida nas farmácias desde 1998.

Segundo a Folha procedimentos para abortar custam entre R$5.000 e R$15.000, em clínicas particulares, dependendo do estágio da gestação.

A reportagem cita o caso de duas grávidas de São Paulo, atendidas pelo infectologista Artur Timerman. O médico contou que, após confirmado que estavam com Zika, elas o perguntaram sobre os riscos de o bebê ter microcefalia. Dr. Timerman disse ter explicado que havia sim um risco, mas ele não saberia estimar a porcentagem de certeza. Diante disso, elas decidiram abortar. “Em nenhum momento eu disse faça ou não faça”, afirmou o médico.

Outro caso foi assinalado pelo ginecologista Ana (que preferiu não dar o sobrenome). Ela recordou que, no Nordeste do país, atendeu três mulheres que, após a confirmação do Zika, optaram pelo aborto. A médica constatou: “Não quiseram esperar para ver”.

Diante desses casos chamados muitas vezes de “abortos preventivos”, a presidente do Movimento Brasil Sem Aborto e doutora em microbiologia, Lenise Garcia, declarou em entrevista ao site da Arquidiocese de Brasília que a interrupção da gravidez por causa da microcefalia pode ser considerada eugenia (seleção da espécie).

“Inclusive, tecnicamente, a legislação de vários países que permitem o aborto de crianças com malformação chama esse aborto de eugênico”, afirmou a especialista.

No Brasil, a prática do aborto é despenalizada em três casos. Quando a gravidez é resultante de estupro, o aborto deve contar com a autorização da gestante ou de um responsável e deve acontecer até a 20ª semana. Quando à risco à vida da mãe e se não houver outro meio de salvá-la, o aborto pode ser feito em qualquer ponto da gravidez. E, o último caso foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012 e diz respeito aos fetos com anencefalia.

Sobre a associação entre os casos de anencefalia e os de microcefalia, Dra. Garcia sublinhou que a jurisprudência da primeira não pode ser utilizada na segunda, uma vez que são situações diferentes.

A especialista explicou que “a decisão do STF que autorizou o aborto de anencéfalos foi bem específica em falar em ‘incompatibilidade com a vida’”, por outro lado, “o próprio Conselho Federal de Medicina disse em nota que ‘no caso de fetos com diagnóstico de microcefalia, em princípio, não há incompatibilidade com a vida’”.

A presidente do Movimento Brasil sem Aborto ressaltou ainda que mesmo em relação à anencefalia, o termo usado pelo STF para justificar sua decisão “é impróprio, uma vez que temos várias crianças anencéfalas que viveram vários anos”. “Mas certamente a expressão não se aplica para a microcefalia” reforçou.

“Crianças com deficiência devem ser especialmente protegidas e ajudadas, e não descartadas”, afirmou Dra. Lenise ao site da Arquidiocese de Brasília, acrescentando que “as suas famílias também merecem todo o apoio”.

De acordo com ela, “o aborto nunca é uma solução, pois mata uma criança inocente, deixando marcas físicas e principalmente psíquicas e espirituais na mãe e nos outros envolvidos”. 

Parlamento Europeu pode qualificar como genocídio ações do Estado Islâmico


No próximo 4 de fevereiro o plenário do Parlamento Europeu votará uma resolução em que poderiam qualificar como “atos de genocídio”, os crimes e atrocidades que está cometendo o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) na Síria e Iraque.

Segundo a organização internacional Ajuda á Igreja Que Sofre (AIS), esta resolução é o resultado do debate que teve lugar neste último 20 de janeiro, quando boa parte dos eurodeputados qualificaram como genocídio o extermínio de minorias religiosas, em particular cristãos e yazidis nestes países.

Nesse sentido, no dia 27 de janeiro, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa adotou quase de maneira unânime a resolução “2091 (2016) Combatentes estrangeiros na Síria e Iraque” em que se reconhecia que “os indivíduos que atuem em nome da entidade terrorista que se chama a si mesma de Daesh” “perpetraram atos de genocídio e outros graves crimes puníveis sob o Direito Internacional”.

Além disso, a Assembleia também “recorda que sob o Direito internacional os estados têm uma obrigação positiva de prevenir o genocídio, e, portanto, deveriam fazer o máximo possível para evitar que seus próprios cidadãos tomem parte em tais atos”.

Neste sentido destaca-se as declarações do eurodeputado sueco Lars Adaktusson, que impulsionou esta resolução no Parlamento Europeu, quem afirmou: “sou responsável por uma resolução que pede aos estados membros da UE definir os abusos contra cristãos e yazidis como genocídio e deste modo atuar no marco de Nações Unidas para desenvolver as necessárias intervenções humanitárias e militares”.

Resoluções similares foram aprovadas em outros Parlamentos, como é o caso da Lituânia, onde se adotou a resolução sobre o genocídio dos cristãos e outras minorias religiosas no Oriente Médio e Norte da África. Iniciativas similares estão sendo impulsionadas no Congresso dos Estados Unidos.